O ranking da ATP serve para muitas coisas, mas uma de suas utilidades é saber quem está sendo o melhor tenista da temporada. Com a Associação dos Tenistas Profissionais atualizando de forma semanal, apenas os últimos resultados no último ano são considerados.

Só que a ordem do ranking também é utilizada para saber quem serão os cabeças de chaves em Grand Slams ou qualquer outro torneio da temporada. Está curioso para saber como é o funcionamento do ranking da ATP? O Esportelândia irá explicar todos os detalhes! 

Os 20 melhor colocados do Ranking da ATP

O que é o ranking da ATP?

O ranking da ATP, atualizado toda segunda-feira pela Associação dos Tenistas Profissionais (ATP), é a lista que classifica os melhores tenistas do mundo.

Essa classificação também serve para determinar os cabeças de chave em todos os torneios do circuito mundial e definir quem tem direito a participar dessas competições.

Nos torneios da ATP, os participantes são definidos da seguinte forma:

  • 32 tenistas, 24 inscritos são definidos de acordo com o ranking de 42 dias (6 semanas) antes da competição;
  • 64 tenistas, 50 participantes são selecionados de acordo com o ranking da ATP;
  • 128 participantes, como nos quatro Grand Slams, 104 tenistas são definidos seguindo o ranking.

No caso de torneios Challenger, é utilizada a lista do ranking há 21 dias (ou três semanas) do início da competição. Já os torneios futuros, a partir de 2019, não contam mais pontos para a ATP.

Para a definição de cabeças de chave, a ATP utiliza como referência o ranking divulgado na segunda-feira anterior ao início do campeonato.

Nos torneios da ATP, o número de cabeças de chave é:

  • 8 cabeças de chave em torneios de 32 participantes;
  • 16 cabeças de chave em torneios de 64 participantes;
  • 32 cabeças de chave para torneios de 96 participantes;
  • 32 cabeças de chave para os quatro Grand Slams: Australian Open, Roland Garros, Wimbledon e US Open.

Como funciona o ranking da ATP?

A ATP considera os 19 principais torneios de cada jogador, independentemente de sua categoria, para definir as posições do ranking. Porém, para os melhores do mundo, obrigatoriamente, devem ser considerados os quatro Grand Slams e nove dos nove Masters 1000.

Ou seja, o ranking de cada tenista é formado pela soma dos resultados nos 19 principais torneios no último ano (ou 52 semanas). Dessa forma, são descontados os pontos que o jogador somou anteriormente às últimas 52 semanas, coincidindo ou não com o mesmo torneio.

Obrigatoriamente, os principais tenistas do ranking da ATP devem disputar Australian Open, Roland Garros, Wimbledon e US Open, além de oito Masters 1000 — o Masters de Monte-Carlo não é obrigatório.

Caso não dispute uma dessas 12 competições, seja qual for a razão para a ausência, o tenista receberá zero ponto. Para completar os 19 torneios, não há um número certo de torneios ATP 500 ou ATP 250 a serem jogados.

Ou seja, o ranking considera os melhores resultados do atleta, seja em torneios no nível ATP 500, ATP 250, ATP Cup, ATP Masters 1000 Monte-Carlo, Challenger e ITF. Aqueles que disputarem o ATP Finals terão direito a somar um 20º resultado no seu ranking.

Qual é a pontuação de um Grand Slam da ATP?

Principais torneios do circuito mundial de tênis, os Grand Slams são as competições que dão mais pontos aos tenistas no ranking da ATP. Os vencedores do Australian Open, Roland Garros, Wimbledon e US Open recebem 2.000 pontos pelo título.

Para os demais torneios, a própria nomenclatura indica quantos pontos vale o título. ATP Masters 1.000 dão 1.000 pontos aos campeões, ATP 500 oferecem 500 pontos aos vencedores, e torneios ATP 250 premiam os ganhadores com 250 pontos no ranking da ATP. Essas são as pontuações para os campeões, mas e quem não levanta a taça?

Os outros tenistas recebem pontuações de acordo como uma regra já definida pela ATP. A pontuação é a seguinte:

Torneio Campeão Vice Semifinal Quartas Oitavas R32 R64 R128 Qualifying
Grand Slam 2.000 1.200 720 360 180 90 45 10 25
Masters 1000 1.000 600 360 180 90 45 10 (25) 25
ATP 500 500 300 180 90 45 20 20
ATP 250 250 150 90 45 20 5 12
Challenger 175.000 +H 175 100 60 32 15 0 6
Challenger 125.000 125 75 45 25 11 0 5
Challenger 100.000 100 60 36 20 9 0 5
Challenger 75.000 75 50 30 16 7 0 4
Challenger 50.000 50 30 17 9 4 0 3

Quantos pontos vale o ATP Finals?

Ao fim de cada temporada, os oito melhores tenistas ainda disputam o ATP Finals. Se um tenista for campeão invicto, ele receberá 1.500 pontos no ranking da ATP. Ou seja, menos que um Grand Slam, mas mais que qualquer outro torneio do circuito.

Mas essa pontuação é apenas se o título for de forma invicta, já que cada vitória em seu grupo na fase inicial vale 200 pontos. As semifinais valem mais 400 pontos e o triunfo na final outros 500.

Se você não entendeu porque falamos de grupos na fase inicial, é válido lembrar que o ATP Finals não é jogado no formato eliminatório como os demais torneios do circuito. Os oito tenistas são divididos em dois grupos de quatro jogadores, jogando entre si. Os dois melhores de cada chave avançam para as semifinais.

Ranking da ATP: classificação atual e como funciona
Djokovic com a taça do ATP Finals (Icon Sport)

Qual tenista liderou o ranking da ATP por mais tempo?

Como o ranking da ATP é atualizado semanalmente, o parâmetro para definir quem liderou o ranking por mais tempo é a quantidade de semanas como número 1 do mundo. E nesse critério, o recorde pertence a Novak Djokovic.

Em 8 de março de 2021, o sérvio superou o recorde que pertencia a Roger Federer. O suíço já liderou o ranking da ATP por 310 semanas — como ele já está aposentado, esse número não pode crescer mais, logo é alguns de seus recordes pessoais na carreira.

Roger Federer havia superado um recorde de Pete Sampras, que ficou na liderança do ranking da ATP por 286 semanas.

Lista de tenistas que já lideraram o ranking da ATP

  1. Novak Djokovic (Sérvia) – 428 semanas
  2. Roger Federer (Suíça) – 310 semanas
  3. Pete Sampras (Estados Unidos) – 286 semanas
  4. Ivan Lendl (República Tcheca) – 270 semanas
  5. Jimmy Connors (Estados Unidos) – 268 semanas
  6. Rafael Nadal (Espanha) – 209 semanas
  7. John McEnroe (Estados Unidos) – 170 semanas
  8. Bjorn Borg (Suécia) – 109 semanas
  9. Andre Agassi (Estados Unidos) – 101 semanas
  10. Lleyton Hewitt (Austrália) – 80 semanas
  11. Stefan Edberg (Suécia) – 72 semanas
  12. Jim Courier (Estados Unidos) – 58 semanas
  13. Gustavo Kuerten (Brasil) – 43 semanas
  14. Andy Murray (Grã-Bretanha) – 41 semanas
  15. Ilie Nastase (Romênia) – 40 semanas
  16. Carlos Alcaraz (Espanha) – 36 semanas
  17. Mats Wilander (Suécia) – 20 semanas
  18. Daniil Medvedev (Rússia) – 16 semanas
  19. Andy Roddick (Estados Unidos) – 13 semanas
  20. Boris Becker (Alemanha) – 12 semanas
  21. Jannik Sinner (Itália) – 12 semanas
  22. Marat Safin (Rússia) – 9 semanas
  23. Juan Carlos Ferrero (Espanha) – 8 semanas
  24. John Newcombe (Austrália) – 8 semanas
  25. Yevgeny Kafelnikov (Rússia) – 6 semanas
  26. Thomas Muster (Áustria) – 6 semanas
  27. Marcelo Ríos (Chile) – 6 semanas
  28. Carlos Moyá (Espanha) – 2 semanas
  29. Patrick Rafter (Austrália) – 1 semana

Essa lista acima é a relação de todos os tenistas que já lideraram o ranking da ATP, desde que a relação foi publicada pela primeira vez, em 23 de agosto de 1973.

Desde que Roger Federer assumiu o topo do ranking da ATP pela primeira vez, em 2 de fevereiro de 2004, somente ele, Nadal, Djokovic, Andy Murray, Daniil Medvedev, Carlos Alcaraz e Jannik Sinner ocuparam o posto de melhor do mundo.

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