Pelé. Poucos substantivos, objetos ou verbetes têm a força desta simples junção de quatro letras e um solene acento agudo.

É que Pelé é mais que um nome. Melhor jogador de futebol de todos os tempos” é apenas mais um dos títulos que cabem em sua imensidão conceitual. Pelé é praticamente uma entidade, que até o homem que o encarnou faz questão de separá-la de sua existência, digamos, mortal.

Se o futebol, como falam os sociólogos, é análogo a uma religião, então Pelé é uma divindade. Seus gols, no entanto, não eram exatamente milagres, pelo menos não no termo mais usado no esporte. Eram algo como um presente etéreo, algo além da compreensão.

Se assim é, então a carreira do jogador tem um quê de bíblica. Vestindo a sacra camisa 10, do Santos ou da Seleção Brasileira, Pelé acumula em sua trajetória passagens que são decoradas, relembradas, estudadas e proferidas por suas testemunhas e por seus estudiosos em momentos de verdadeira comunhão futebolística-religiosa.

No texto a seguir, longe da pretensão de estar a altura dos sagrados, contamos, brevemente, a história de Pelé, o homem, a entidade, a divindade, o melhor jogador de futebol de todos os tempos.

História de Pelé

Nascido no dia 23 de outubro de 1940, na pequena cidade de Três Corações, Minas Gerais, Edson Arantes do Nascimento se mudou para Bauru em 1944, ano em que o pai, também jogador de futebol, conhecido como Dondinho, acertou com o Bauru Atlético Clube, o BAC.

Entre bolas de meias e as de verdade — que aconteciam nas partidas dos juniores do BAC, o “Baquinho”, e o do América, o “Ameriquinha” —, Pelé procurava jogar como seu ídolo Zizinho, craque do Flamengo e da Seleção Brasileira, mas sonhava mesmo era ser como seu pai.

Para seu Dondinho, prometeu, ao fim da Copa do Mundo de 1950, após ver seu pai chorar na icônica derrota do Maracanazo, que venceria um Mundial. A Zizinho, honrou e redimiu a camisa 10 do Brasil alguns anos depois. Ao pai, cumpriu a promessa e triplicou.

Antes, aos 11 anos de idade, foi levado pelo ex-jogador Waldemar de Britto para outro clube da cidade, o Clube Atlético Bauru. Aos 16 anos, o mesmo Waldemar o encaminhou para o Santos.

Foto de Pelé na escola em Bauru, São Paulo

Santos

Chegada e primeiros anos na Vila Belmiro

O início de Pelé no Santos aconteceu quando o jovem chegou na Vila Belmiro apresentado por Britto como o futuro melhor jogador do mundo. Hoje sabemos que ele estava absolutamente certo, mas não é como se o ex-atleta tivesse feito uma grande profecia.

Aos 15 anos, Pelé já mostrava um porte físico acima da média, enorme habilidade para controlar e conduzir a bola e uma velocidade de raciocínio de invejar supercomputadores.

Não à toa, estreou no time profissional com essa idade, entrando no segundo tempo e marcando um gol na partida de um torneio amistoso contra o Corinthians, de Santo André.

Quando tinha 16 anos, Pelé já era motivo de um certo burburinho entre os torcedores paulistas, que ouviam falar de um jovem craque do Santos.

Pelé com a camisa do Vasco

A confirmação das “especulações” foi em um torneio amistoso internacional, a Taça Morumbi, com sedes no Pacaembu e no Maracanã. Como os titulares de Vasco e Santos excursionavam, os clubes formaram um combinado, com jovens dos dois times.

Neste cenário, o combinado vestiria a camisa do Vasco nos jogos no Rio de Janeiro e a camisa do Santos nos jogos em São Paulo. Então, com o manto do Vasco, seu time do coração, Pelé deixou três gols, ou melhor dizendo, golaços, e seu nome se espalhou Brasil afora.

A goleada foi sobre o Belenenses, de Portugal. Ainda com a camisa do cruz-maltino, anotou gols nos empates por 1 x 1 com Flamengo e Dínamo Zagreb, da Croácia. Ambos os jogos no Maracanã. Ou seja, Pelé fez 5 gols com a camisa do Vasco no Maracanã.

Início do sucesso pelo Santos

Então, veio o Campeonato Paulista de 1957. O “menino” apresentou não só o cartão de visitas, como também já fez toda a consulta. Dribles, passes, grandes jogadas e muitos gols, 36 deles, para sermos mais exatos.

Com eles, a artilharia da competição — a primeira das 17 que alcançou, entre todos os torneios que disputou, com a camisa do Santos — e a primeira convocação para a Seleção Brasileira.

Consagração de Pelé no Santos: 1 mil jogos, 1 mil gols

Se com a camisa 10 da Seleção Pelé irradiou os corações brasileiros de alegria, com a do Santos os encheu de confusão. Imagine só o sentimento de sofrer um gol de Pelé, que bela e sublime desilusão devia ser.

O torcedor corintiano é quem melhor vai saber dizer. O Timão levou nada menos que 50 gols do Rei. Longe, porém, de ser um privilégio. Na verdade, nos anos de Pelé, Dorval, Mengálvio, Coutinho e Pepe, não sofrer gols do Santos era praticamente uma ofensa.

O Rei e seus súditos dominaram o futebol paulista e brasileiro, especialmente na primeira metade dos anos 60. Entre 1960 e 1965, foram pentacampeões paulistas e pentacampeões brasileiros.

Nesse meio-tempo, levaram ainda o bicampeonato da Libertadores e também do Mundial Interclubes, entre 1962 e 1963.

O auge do Rei Pelé

É a partir desses fatos e, com muita parcimônia, que afirmamos que esses seis anos foram o auge de Pelé no futebol profissional. Voando física, técnica e taticamente, o Rei também estava no meio de um time que estava tinindo. Nessa época, sua completude nunca foi tão visível.

“Quando Pelé ia correndo, Pelé passava através dos adversários como um punhal. Quando parava, os adversários se perdiam nos labirintos suas pernas desenhavam. Quando saltava, subia no ar como se o ar fosse uma escada. Quando cobrava uma falta, os adversários formavam a barreira queriam ficar de costas, de cara para a meta, para não perder o golaço” – Eduardo Galeano, em “Futebol ao Sol e à Sombra”.

Foi nessa época, por exemplo — 1961, para ser mais exato —, que Pelé marcou o primeiro Gol de Placa. Driblando meio time do Fluminense, incluindo o goleiro, o camisa 10 encantou o Maracanã.

Mas ninguém ficou mais maravilhado do que o jornalista Joelmir Betting, que cobria a partida pela rádio. Ao fim da partida Joelmir literalmente mandou fazer uma placa, que levou e pregou pessoalmente no corredor de honra do estádio carioca.

O milésimo gol de Pelé

Mas, como falamos, chamamos o período de auge com certa cautela. Antes, ora, Pelé foi campeão mundial e marcou o gol que o parceiro Pepe chamou de o mais bonito da sua carreira real, contra o Juventus de São Paulo.

Após os “pentas”, o Rei foi campeão brasileiro mais uma vez, em 1968, e campeão paulista outras quatro, além do já mencionado Tri de 1970. Ah! E também marcou o seu milésimo gol. Era novembro de 1969, num de seus palcos favoritos, o Maracanã.

O destino foi um pouco cruel com ele, mas não mais que os zagueiros do Vasco que, depois de ver o camisa 10 passar por marcadores o derrubaram na área e o impediram de fazer do milésimo um belo gol.

Pior: o fizeram marcar o seu mais icônico gol de pênalti, justo o tipo de gol que ele mesmo admitiu não gostar de fazer. O Rei até tentou evitar a cobrança, mas o clamor de seus súditos, que quase explodiam em expectativa, o “obrigou” a marcar e entrar para história naquela hora mesmo.

A despedida de Pelé do Santos

Depois do milésimo, Pelé fez ainda outros 91 gols pelo Santos antes de deixar o Brasil rumo ao Cosmos, dos EUA. Sua despedida foi contra a Ponte Preta, no dia 2 de outubro de 1974. Jogou apenas 21 minutos quando, mergulhado em lágrimas, pegou a bola nos braços, ajoelhou no centro do gramado e chorou. Depois levantou-se e desceu, pela última vez, as escadas para o vestiário da Vila Belmiro.

Pelé no New York Cosmos

Comprado por uma bagatela de 9 milhões de dólares, Pelé jogou num estrelado Cosmos aos lado de Franz Beckenbauer e de Carlos Alberto Torres.

Atuou em 111 partidas pelo clube estadunidense. Marcou 65 gols e todo um país, que começou então a dar maior atenção ao tal do “Soccer”.

No dia 1º de outubro de 1977, o Rei despediu-se dos gramados de vez. A ocasião foi perfeita, uma partida entre Cosmos e Santos.

Jogou pelos americanos no primeiro tempo e fez seus últimos 45 minutos como jogador profissional vestindo a camisa do Santos. A 10, é claro.

História de Pelé na Seleção Brasileira

A primeira Copa do Mundo – 1958

O primeiro gol de Pelé em Copas do Mundo foi uma pintura. Aconteceu nas quartas de final do Mundial de 1958, contra o País de Gales.

A bola veio da direita, pingando alto na entrada da área. Didi, o craque daquela Copa, foi de encontro a ela, cabeceando-a em direção ao camisa 10, que, dentro da área, estava de costas para o zagueiro galês.

Pelé dominou a bola no peito e imediatamente puxou-a para trás. Em frações de segundo, o garoto já tinha girado e ficado de frente para o gol com o chute armado. Quando a bola entrou na rede, foi muita emoção por parte do autor da obra e dos companheiros. Mas zero surpresas.

Um ano antes, Pelé já encantava na Copa Rocca, que também foi o seu primeiro torneio vencido pela Seleção Brasileira. O primeiríssimo gol do Rei pele Seleção foi justamente contra a Argentina. A bola viajou da esquerda e o craque estufou as redes.

Pelé e as lesões nas Copas de 1962 e 1966

Pelé redimiu o ídolo Zizinho e cumpriu a promessa ao pai com apenas 17 anos de idade. É até hoje o mais jovem campeão mundial, sendo titular e vice-artilheiro. E estava só começando.

Em 1962, já um craque consagrado, decretado como “tesouro nacional” pelo governo brasileiro e autor de 500 gols como jogador profissional, o Rei foi bicampeão mundial. Ah, e tinha apenas 22 anos.

Ainda assim, a Copa do Chile foi uma experiência diferente para Pelé. O camisa 10 lesionou-se na segunda partida da competição, um 0 a 0 contra a Tchecoslováquia, curiosamente o adversário da final.

Em 1966, na Inglaterra, a lesão aconteceu ainda mais cedo, na partida inaugural contra a Bulgária. Dessa vez, sem Amarildo, Zagallo, Didi e os joelhos saudáveis de Garrincha, a Seleção não conseguiu se virar sem seu maior craque.

Tanto foi que até forçaram uma volta do camisa 10 no sacrifício contra Portugal, na última e decisiva rodada da do grupo 3. O time infelizmente não foi páreo para a equipe de Eusébio, o Pantera Negra, um dos poucos jogadores capazes de aguentar a pressão da comparação com o Maior de Todos os Tempos.

Pelé em ação na Copa de 1966
Pelé fez sua última partida em Copas ao de Garrincha contra a Bulgária. Ambos marcaram gols. (Art Rickerby/Getty Image)

O Pelé da Copa de 1970: o armador “milenar”

O Pelé do Tri foi um Pelé diferente. Para começar, já tinha ultrapassado os mil gols, completos ainda 1969.

Depois, estava beirando os 30 anos, o que não parece muito mas, depois de quase 15 anos recebendo pancadas constantes e sendo o único jogador indispensável dos incessantes compromissos do Santos pelo Brasil e pelo mundo afora, estava com o físico mudado.

Não que o Rei estivesse pesado no México. Muito pelo contrário. Ia e voltava com facilidade e tinha a potência necessária para saltar e permanecer no ar, como falou o zagueiro italiano Burgnich ao lembrar do gol de cabeça do craque na finalíssima.

Acontece que o Pelé da Copa do Mundo de 1970 era mais armador, mais cerebral, dosando energia e procurando, com um passe, antever os próximos três. A assistência que dá para o antológico gol de Carlos Alberto Torres, também contra a Itália, é o seu lance mais simbólico.

A despedida de Pelé na Seleção Brasileira

Tricampeão mundial e autor de 95 gols em 114 jogos, Pelé aposentou-se da Seleção Brasileira em 1971.

Querendo “cultivar a vida ao seu gosto”, como bem escreveu Carlos Drummond de Andrade na ocasião, o Rei despediu-se da camisa 10 amarela no dia 18 de julho, num amistoso contra a Iugoslávia.

Atuou apenas no primeiro tempo e não marcou gols, mas ouviu incessantes gritos de “Fica, Pelé” de um Maracanã lotado em 140 mil chorões.

Adeus ao Rei do futebol: morte de Pelé

Em 29 de dezembro de 2022, morreu o maior jogador de todos os tempos, o Rei Pelé, aos 82 anos de idade. O ex-jogador estava internado no hospital Albert Einstein desde do dia 29 de novembro tratando de uma infecção respiratória depois de contrair Covid-19 e também para reavaliar seu tratamento de câncer de cólon.

Quem morreu foi o Edson; Pelé é eterno – Juca Kfouri.

Vá além do futebol:

Estilo de jogo de Pelé

O estilo de jogo de Pelé é, de fato, em primeiro lugar, um grande artilheiro, afinal, o maior artilheiro do futebol é muito conhecido pelos gols. Mas Pelé também tinha uma grande habilidade de antecipar os pensamentos dos adversários.

Era comum ouvir rivais dizerem que quando pensavam que Pelé faria tal coisa, ele já tinha feito, dado seu rápido raciocínio em campo. Além disso, chutava com as duas pernas, batia falta e ainda fazia gols de cabeça.

Claramente era um atacante completo, com excelente poder de finalização, visão de jogo aguçada e inteligência excepcional. Sem contar os passes precisos para assistências magistrais, como na final da Copa do Mundo de 1970, quando dá assistência a Carlos Alberto Torres sem nem vê-lo.

Apesar de já ter atuado em várias posições de ataque, ficou mais famoso por fazer a função de segundo atacante, aquele que joga atrás do centroavante, às vezes fazendo a armação do jogo e entrando na área para fazer gols. Estas posições consagraram também nomes como Zico, Bebeto, Neymar e Messi.

Pelé combinava velocidade, criatividade e habilidade técnica com força física, resistência e capacidade atlética. Sua excelente técnica, equilíbrio, talento, agilidade e habilidade de drible permitiram-lhe vencer os adversários com a bola, e frequentemente o viu usar mudanças repentinas de direção e fintas elaboradas para ultrapassar os jogadores, como seu movimento característico, o drible da vaca.

Apesar de já ter cobrado pênaltis muitas vezes, chegou a abdicar de cobrar afirmando que acreditava ser uma forma covarde fazer gols. Pelé apanhava muito quando jogador e também ficou conhecido por ser maldoso eventualmente, como uma forma de revide e proteção contra os rivais.

Craque máximo por onde passou, exercia uma liderança carismática e um grande espírito esportivo em campo. Sempre foi um atleta decisivo e muito vencedor, sendo até hoje o jogador com mais títulos de Copas do Mundo.

Principais atributos do estilo de jogo de Pelé

  • Agilidade
  • Ambidestria
  • Antecipação dos movimentos dos adversários
  • Cabeceio
  • Capacidade atlética
  • Cobrança de falta
  • Confiança inabalável
  • Criatividade
  • Drible
  • Drible da vaca
  • Equilíbrio
  • Elevar o nível dos companheiros
  • Entendimento de espaços
  • Espírito de liderança
  • Excepcional noção tática
  • Extrema técnica
  • Faro de gol
  • Fintas elaboradas
  • Força física
  • Inteligência incomum
  • Mentalidade vencedora
  • Mudanças repentinas de direção
  • Passes precisos para assistências
  • Raciocínio rápido
  • Resistência
  • Talento
  • Velocidade
  • Visão de jogo aguçada

Vida pessoal de Pelé

Pelé desde muito jovem teve sua vida pública exposta na mídia. Aos 17 anos já campeão de Copa do Mundo, o universo aos poucos se rendia ao craque e tudo que fazia, virava manchetes de jornais, capas de revistas, notícias nos rádios e audiência nos programas de TV.

Todos os relacionamentos de Pelé

Um homem de muitos amores, Pelé teve três casamentos e muitos outros casos e romances.

  • Rosemari Cholbi (1962 a 1982): seu primeiro casamento foi com Rosemari dos Reis Cholbi, em 1966, mãe de três de seus filhos: Kely Cristina, Jennifer e Edinho. Começaram a namorar em 1962, se separaram em 1980 e o divórcio saiu em 1982.
  • Anizia Machado (1963): breve relacionamento com a empregada doméstica que resultou na filha mais velha, Sandra Machado.
  • Lenita Kurtz (1969): com a jornalista gaúcha em relação extracongulgal, Pelé teve a filha Flávia, nascida em 1970.
  • Xuxa Meneghel (1981-1986): Pelé namorou a apresentadora Xuxa Meneghel, então ainda apenas uma modelo de 17 anos, enquanto ele tinha mais de 40 anos.
  • Deise Nunes (1986): foi a primeira negra a ser coroada Miss Brasil, no concurso de 1986. Em sua biografia, Pelé relatou o breve romance com a miss.
  • Flávia Cavalcante (1989): o Rei e a Miss Brasil 1989 namoraram publicamente e chegaram a ir juntos em programas de TV.
  • Assíria Seixas Lemos (Assíria Nascimento) (1990-2008): com Assíria Pelé namorou de 1990 a 1994, quando se casaram. Em 1996, teve os filhos Joshua e Celeste, gêmeos, além de ter criado Gemima desde os 8 meses (posteriormente filha reconhecida por relacionamento socioafetivo).
  • Marcia Aoki (2010-morte): em 2010 começou a namorar a empresária, com quem se casou em 2016, aos 76 anos. Ficou com Marcia até morrer, em dezembro de 2022.

Quantos filhos Pelé tem? Conheça todos os filhos de Pelé

Pelé ao todo teve sete filhos, sendo cinco dentro do casamento, dois extraconjugais, além de ter adotado sua enteada como oitava filha já mais recentemente.

  • Sandra Machado
  • Kely Cristina
  • Flávia Kurtz
  • Edinho
  • Jennifer
  • Joshua
  • Celeste
  • Gemima Lemos MacMahon

Sandra Regina Arantes do Nascimento Felinto (1964-2006)

Seu primeiro herdeiro nasceu em 1964, Sandra Machado, fruto de um caso do camisa 10 com a empregada doméstica Anisia Machado enquanto namorava Rosemari, sua futura esposa.

Sandra lutou por muitos anos para ser reconhecida pelo Rei como filha legítima, mas o astro se recusou a fazer exames de DNA. Pelé só fez o exame por ordem judicial em 1996, que comprovou a paternidade.

Mesmo reconhecida, o ex-jogador nunca quis um relacionamento com a filha, que morreu com câncer, em 2006, sem contato com o pai.

Esta é uma das piores críticas que Pelé teve que conviver na carreira, pois tanto a mídia quanto a população e torcida começaram a questionar seu caráter. A amigos próximos o Rei confessou enorme tristeza pela forma como tratou a filha e sua morte aos 42 anos.

Kely Cristina Cholbi Nascimento (1967)

Filha mais velha do casamento com Rosemari. É ativista nas redes sociais sobre o direito dos negros e das mulheres no futebol.

Fez um documentrário sobre o futebol feminino chamado Warriors of a Beautiful Game, onde entrevistou nomes como Marta, Billie Jean, Neymar e Martina Navratilova.

Também é dona da Nascimento Foundation, volta para ações sociais por meio do esporte.

Flávia Christina Kurtz Arantes do Nascimento (1970)

Em 6 janeiro de 1970, em São Paulo, nascia Flávia Christina Kurtz, a terceira filha de Pelé, também fruto de um relacionamento fora do casamento. Na época, o Rei se envolveu com a gaúcha Lenita Kurtz.

A menina só descobriu ser filha de Pelé aos 17 anos e o conheceu apenas em 9 de abril de 1990, aos 20 anos. Foi criada em Porto Alegre pela mãe e pelo padrasto.

Edson Cholbi Nascimento, o Edinho (1970)

O filho mais famoso do Rei, Edinho seguiu os passos do pai no futebol, se tornando jogador profissional. Entretanto, para não sofrer com as comparações, decidiu ser goleiro. Começou nas categorias de base do Santos e se profissionalizou em 1990. Jogou também por Portuguesa Santista, São Caetano e Ponte Preta, encerrando a curta carreira em 1999.

Mas o ex-goleiro ficou muito mais famoso fora dos gramados e não por uma coisa boa. Após a aposentadoria como jogador, foi condenado a cumprir pena de 6 anos de prisão por homicídio por ter se envolvido em um racha na cidade de Santos, no início da década de 1990, que teve uma morte. Porém, a sentença, porém, acabou sendo anulada.

Já em 6 de junho de 2005, juntamente com outras 50 pessoas, foi detido por associação ao tráfico de cocaína em Santos com facções criminosas como Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV).

Em consequência, em maio de 2014, recebeu uma sentença de 33 anos de prisão pelo crime de lavagem de dinheiro do tráfico. Em 24 de fevereiro de 2017, se entregou às autoridades para cumprir 12 anos e 10 meses de detenção. Em 25 de setembro de 2019, foi-lhe concedido o direito de progredir para o regime aberto.

Desde 2015, Edinho se aventura também na carreira de técnico de futebol. Estreou no Mogi Mirim (2015), passou por Água Santa (2016), Tricordiano (2016/17), Santos sub-23 (auxiliar e treinador) (2020/21), Londrina sub-17 e sub-19 (2021/22), auxiliar técnico do Londrina (2022) e treinador principal em 2023, este seu trabalho mais recente.

Jeniffer Cholbi Nascimento (1978)

Filha mais nova do primeiro casamento de Pelé, nasceu quando o Rei já estava aposentado. Apesar de ter uma vida discreta nas redes sociais, é DJ. Seu codinome é Jen Nascimento ou DJ Tia Jenny.

Gemima Lemos MacMahon, a Gegê (1991)

Em 1994, o Rei casou-se com Assíria Lemos Seixas, com quem teve os gêmeos Joshua e Celeste em 1996. Mas sua esposa já tinha uma filha, Gemima, a quem Pelé adotou como filha sentimentalmente, não no papel. Ela é irmã mais velha de Joshua e Celeste.

Pelé conheceu Assíria quando Gegê tinha apenas 8 meses, em Nova York. A jovem nasceu nos Estados Unidos, passou boa parte da vida no Brasil, mas voltou aos EUA para fazer faculdade.

Na Flórida, tornou-se conselheira de saúde mental licenciada pelo Centro de Aconselhamento Total Life. Gemima é especializada em aconselhamento para questões femininas, casais, crianças e adolescentes.

Os irmãos de sangue de Gemima, filhos de Pelé por nascimento, Joshua e Celeste, entraram com um pedido de paternidade socioafetiva para ela. Com o consentimento de todos os irmãos e familiares, foi aprovado e ela se tornou mais uma das filhas e herdeiras de Pelé.

Joshua Seixas Arantes do Nascimento (1996)

Joshua chegou a jogar nas categorias de base do Santos, mas largou o futebol antes de se profissionalizar. Ele é apenas 4 anos mais novo que Neymar, mas é da mesma safra de Gabigol.

Em 2019 chegou a fazer estágio no departamento de fisiologia das categorias de base do Santos. Hoje atua como coach de performance esportiva em Orlando, na Flórida, Estados Unidos, onde estuda fisiologia do exercício. Ele é casado com Bárbara Meireles.

Celeste Seixas Arantes do Nascimento (1996)

Já a gêmea de Joshua pouco aparece nas redes sociais, tendo perfil fechado.

Quantos netos Pelé tem? Conheça todos os netos de Pelé

Ao todo, do que foi possível contabilizar, Pelé tem um total de 9 netos, sendo dois filhos de Sandra Machado, quatro filhos de Kely Nascimento, duas filhas de Edinho e um filho de Flávia. Aparentemente apenas Jeniffer, Gemima, Joshua e Celeste não têm filhos.

Vida acadêmica

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Causas sociais e filantropia

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Atividade empresarial, política e religiosa

Política

Durante boa parte de sua carreira Pelé evitou conflitos ao máximo, fossem eles políticos, religiosos ou até mesmo raciais, o que em muitos casos lhe rendeu críticas, afinal, todos esperam que o maior jogador da história do futebol se posicione firmemente.

  • 1970 – Após a Cppa do Mundo de 1970, foi representante do governo militar do Brasil durante a inauguração da Plaza Brasil (hoje Guadalajara Plaza), na cidade de Guadalajara, no México, em homenagem à Seleção Brasileira. Devido à natureza oficial da viagem, Pelé e sua esposa receberam passaportes diplomáticos e tiveram suas despesas cobertas pelo governo brasileiro.
  • 1984 – Pelé deu seu apoio ao movimento Diretas Já.
  • 1995 – Foi designado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso como Ministro do Esporte. Durante seu mandato, foram propostas várias medidas para combater a corrupção no futebol brasileiro, principalmente a Lei Pelé.
  • 2001 – Deixa o cargo de Ministro do Esporte.

Religiosa

Pelé sempre se mostrou um católico de fé. Em sua lua de mel com Rosemari, por exemplo, foi recebido pelo Papa Paulo VI, em audiência na Biblioteca Apostólica Vaticana, local tradicionalmente reservado a encontros com estadistas, dada a importância do jogador.

Pelé também doou uma camisa autografada ao Papa Francisco acompanhado de uma bola de futebol autografada por Ronaldo Nazário. Ambos os itens estão localizados em um dos Museus do Vaticano.

Curiosidades sobre Pelé

  • Pelé virou verbete no dicionário brasileiro para significar: aquele que faz algo fora do comum (quem nunca foi chamado de Pelé disso ou daquilo quando fazia algo extremamente bem)
  • Jogador com melhor rating no FIFA 16 com 95 – superando Messi e Cristiano Ronaldo com 94
  • Primeiro jogador de futebol a ser a atração principal de um videogame – Pelé's Soccer – lançado para o Atari 2600 em 1980
  • Os ingleses falam, em português, “Jogo Bonito” para associar realmente um jogo bonito de se ver. O correto seria falarem beautiful game, em inglês, mas essa expressão é usada em português por causa de Pelé.

Os apelidos de Pelé

Dico

Pelé nem sempre foi o apelido de Edson Arantes do Nascimento. Ainda na infância, teve dois apelidos antes de ganhar o apelido que o consagrou. Enquanto seu pai, João Ramos do Nascimento, era apelidado de Dondinho, o menino Edson era o mini Dondinho, ou seja, um Dondico, que acabou virando apenas Dico, abreviado.

Pelé

Dico ia ver o pai jogar pelo Vasco da Gama, de São Lourenço, em Minas Gerais. Um dos principais nomes do time era o goleiro José Lino da Conceição Faustino, conhecido como Bilé. Quando Pelé jogava com bola com o tio Jorge Arantes, irmão de sua mãe, ele gostava de ir no gol. Quando defendia, gritava: “defesa de Pilé” (pois não sabia falar Bilé).

Os amigos de infância zombavam dele o chamando de Pelé, que obviamente não gostava. Aliás, contou que chegou a dar um soco no coleguinha de escola que o chamou de Pelé. Então, o apelido pegou.

Gasolina

Ao chegar no Santos, o jovem de 16 anos era chamado de Gasolina, por sua supostas semelhança com o artista Antonio Monte de Souza, que também era apelidado de Gasolina em “homenagem” ao combustível. Há quem diga que o apelido também era por conta de sua velocidade, como se o menino “tivesse gasolina”.

Rei

O apelido de Rei para Pelé foi dado pela revista francesa Paris Match após seu sucesso na Copa do Mundo de 1958. O jovem de 17 anos estava nas primeiras páginas de jornais e revistas de todo o mundo. O revista dizia: “Tem novo rei em jogo (Pelé)”. Então, o apelido pegou e Pelé só mostrou que realmente os franceses estavam certos.

Júlio

Durante seu período de Santos, Pelé gostava de pegar no gol nos treinamentos. E realmente até no gol ia bem. Isso fez com que os colegas de clube, como Lima e Pepe, chamasse Pelé de Júlio, pois ele voava no gol e lembrava fisicamente o goleiro do Noroeste, Julião.

Mamãe Dolores

Bem mais para frente, na Copa do Mundo de 1970, para ser mais exato, Pelé tinha um apelido carinhoso dos seus colegas de equipe: Mamãe Dolores. A dita cuja era uma personagem interpretada pela atriz Isaura Bruno na novela “Pelo Direito de Nascer”, sucesso absoluto do ano do Tri.

Pelé parou uma Guerra

No dia 4 de fevereiro de 1969, o Santos de Pelé parou a guerra. Pelo menos é isso que contam os presentes na delegação que viajou a Nigéria para um amistoso na cidade de Benin.

Na época, o país africano vivia uma intensa guerra civil após a declaração de emancipação da região de Biafra. Contam os historiadores que, naquele dia, foi declarado um cessar-fogo no combate, só para ver o Rei jogar.

Quantos gols Pelé fez?

Segundo a CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Pelé marcou 1.281 em 1.363 partidas. Por outro lado, o Santos considera que ele fez 1.282 gols em 1.364 jogos — 1.091 deles foram marcados só pelo Santos, time por qual jogou 1.116 vezes em 18 anos da carreira.

Pela Seleção Brasileira foram 95 gols, sendo 77 em jogos oficiais e 18 em jogos amistosos. Totalizando assim 113 jogos oficiais e média de 0,84 gol por jogo. Foram mais 107 jogos pelo New York Cosmos e 65 gols, média de 0,60 gol por jogo. Em jogos não oficiais são 40 jogos e 31 gols.

Em jogos oficiais, Pelé marcou 762 gols em 825 jogos, tendo uma média de 0,92 gol por jogo, que é uma média absurda. São 547 jogos e 520 gols não oficiais. Lembrando que, antigamente, era muito comum os times deixarem de jogar competições oficiais, como Campeonato Paulista ou Brasileirão para fazer excursão pelo mundo para ganhar mais dinheiro.

Times que Pelé jogou

  • Santos (1956-1974)
  • Vasco (1957 – foram apenas três jogos amistosos – um combinado entre Vasco e Santos pela Taça Morumbi -, contra o Belenenses, Flamengo e Dínamo Zagreb, mas todos com a camisa do Vasco)
  • Seleção Brasileira (1957-1971)
  • New York Cosmos (1975-1977)
  • Seleção da Nigéria (1978 – No dia 22 de abril de 1978, no Estádio Municipal de Lagos, Pelé vestiu a camisa da Nigéria em um amistoso contra o Fluminense e perderam por 3 x 1. Pelé jogou 45 minutos)
  • Fluminense (1978 – após vencer a Nigéria, o Flu encariria o vice-campeão nigeriano, Racca Rovers, também em amistoso, onde Pelé iria apenas receber homenagens, daria o pontapé inicial e saudaria a torcida em volta olímpica. Entretanto, jornais e rádios divulgaram que o Rei jogadria e o chefe de polícia disse que uma tragédia poderia acontecer se ele não jogasse. Então, Pelé jogou 45 minutos com a camisa do Fluminense – “Certa vez, eu joguei pelo Fluminense, na Nigéria. Tantas pessoas foram me ver que a polícia me fez jogar para manter a paz”, disse o Rei)
  • Flamengo (1979 – em um jogo beneficente em prol das vítimas de uma enchente em Minas Gerais, Pelé vestiu a camisa do Flamengo por 60 minutos na goleada sobre o Atlético-MG por 5 x 1)

 

Pelé em filmes, séries, documentários e TV

Prepare-se para mergulhar na extraordinária vida e legado de Pelé, o ícone do futebol mundial. Dos campos verdejantes para as telas prateadas, sua história inspiradora tem sido imortalizada em filmes, séries, documentários e programas de televisão, cativando audiências ao redor do mundo.

Explore os altos e baixos, as glórias e os desafios deste lendário atleta através das lentes da sétima arte e da narrativa televisiva. Em cada cena, sua habilidade incomparável e sua jornada de triunfo transcendem fronteiras, tocando os corações de milhões e garantindo seu lugar eterno na história do esporte e do entretenimento.

Pelé na TV

  • La Noche del 10 (2005) – talk show com Maradona
  • Celebridades (2004) – Pelé participa como ele mesmo na novela visitando a casa de samba Sobradinho
  • O Clone (2001) – participação especial na novela indo ao Bar da Dona Jura como Pelé
  • História de Amor (1995) – participação especial como Pelé, que na época era ministro dos esportes do governo Fernando Henrique Cardoso, fala sobre esportes e competições paralímpicas
  • Salvador da Pátria (1989) – participação especial como Pelé na novela
  • Família Trapo (1967) – participação especial no programa humorístico da TV Record como Pelé
  • Os Estranhos (1969) – como Plínio Pompeu, um escritor que morava em uma ilha onde chegariam extraterrestres, na novela da TV Excelsior

Pelé e Maradona na TV (2005)

Um dos momentos mais sublimes da televisão mundial foi a participação de Pelé no programa “La Noche del 10”, uma espécie de talk-show misturado com programa de variedades comandado por Maradona.

O craque argentino recebeu o brasileiro em 2005 com a maior classe. A cena mais icônica foi a “altinha” de cabeça que ambos trocaram em pleno auditório.

Pelé na novela “O Clone” (2001)

Além de sua presença nos cinemas, Pelé também teve incursões na televisão, participando de algumas novelas com pequenas pontas e aparições especiais. Uma das mais memoráveis foi em “O Clone”, em 2001, onde ele visitou o famoso Bar da Dona Jura, interpretada por Solange Couto, e até mesmo lançou uma música sobre o penta.

Pelé novela O Clone
Pelé fez uma participação especial na novela da Rede Globo, O Clone (2001)

Filmes

Pelé não é apenas o astro dos gramados, mas também uma figura icônica nas telas de cinema. Seja como tema principal ou como participante ativo, sua presença resplandece nas produções cinematográficas que capturam sua vida extraordinária.

Além disso, sua incursão como ator ou produtor em filmes adiciona camadas fascinantes à sua já impressionante trajetória. Em cada filme, sua história é contada com paixão e autenticidade, garantindo que sua essência seja imortalizada para as gerações presentes e futuras.

Filmes sobre Pelé

  • Pelé (2021) – Netflix
  • Pelé: O último show (L’ultimo spettacolo di Pelé) (2018)
  • Pelé: A Origem (2017) – Amazon Prime Video
  • Pelé, o Nascimento de Uma Lenda (2016)
  • Pelé Eterno (2004)
  • Isto é Pelé (1974)
  • O Rei Pelé (1962)

Filmes com participação de Pelé

Séries sobre Pelé

  • Pelé: Long Live the King (Pelé: Viva o Rei) (2023) – Warner Bros. Discovery e Apple TV

Frases famosas do Pelé

  • “Se eu pudesse me chamaria Edson Arantes do Nascimento Bola. Seria a única maneira de agradecer o que ela fez por mim”
  • O sucesso não acontece por acaso. É trabalho duro, perseverança, aprendizado, estudo, sacrifício e, acima de tudo, amor pelo que você está fazendo ou aprendendo a fazer”
  • “Se você fica em primeiro lugar você é o maior. Se você fica em segundo lugar, você não é nada”
  • “As pessoas tentam encontrar um novo Pelé, mas isso não pode ser. Como na música, em que só existe um Frank Sinatra e um Beethoven, ou nas artes, com um único Michelangelo, no futebol só há um Pelé”
  • “Um pênalti é uma forma covarde de fazer um gol”
  • “Um craque é um jogador que pode fazer tudo no campo. Ele pode dar passes, motivar seus companheiros e dar-lhes confiança. É alguém que, quando uma equipe não está bem, torna-se um dos líderes”
  • “A prática é tudo”
  • “Sou católico e sei o que Jesus significa. Mas na Ásia, por exemplo, há milhões de budistas e talvez eles não saibam quem foi Cristo. Mas de Pelé os budistas já ouviram falar”
  • “Quanto mais difícil a vitória, maior a alegria de vencer”
  • “Eu cansei de ouvir de zagueiros em campo: crioulo filho da mãe e outras coisas”
  • “É bom esfriar a cabeça. Toda vez que uma seleção sai como favorita para ganhar a Copa do Mundo ela acaba perdendo”
  • “O clube do meu coração sempre foi o Vasco. Eu gostei muito do Vasco. Gosto muito do Vasco”, Vox Populi, da TV Cultura, em 1977

Livros, quadrinhos e personagens

  • Pelé – A Autobiografia (2006)
  • Pelé – A importância do Futebol (2014)
  • Pelé – Minha Vida em Imagens (2010)
  • Pelé: Estrela Negra em Campos Verdes (2008)
  • Pelé: Os Dez Corações do Rei (2004)
  • Por Amor ao Futebol! (2010)
  • Pelé 70 (2010)

Títulos, recordes, artilharias e premiações de Pelé

Quer saber quantos títulos Pelé conquistou? Somando todos os torneios oficiais, Pelé conquistou 32 títulos na carreira. É uma média superior a um 1,5 por ano.

Entretanto, considerando os torneios amistosos, Pelé tem um total de 62 títulos na carreira. Já artilharias foram 18 oficiais, sendo 11 vezes no Campeonato Paulista.

Títulos do Pelé pelo Santos (49)

Oficiais (26)

  • 10x Campeonato Paulista (1958, 1960, 1961, 1962, 1964, 1965, 1967, 1968, 1969 e 1973)
  • 4x Torneio Rio-São Paulo (1959, 1963, 1964 e 1966)
  • 6x Campeonato Brasileiro (1961, 1962, 1963, 1964, 1965 e 1968)
  • 2x Copa Libertadores (1962 e 1963)
  • 2x Mundial Interclubes (1962 e 1963)
  • 1x Recopa Sul-Americana (1968)
  • 1x Recopa Mundial (1968)

Não oficiais (23)

  • Torneio Tereza Herrera – Espanha (1959)
  • Torneio Pentagonal do México (1959)
  • Torneio de Valência – Espanha (1959)
  • Torneio Dr. Mario Echandi – Costa Rica (1959)
  • Torneio Giallorosso – Itália (1960)
  • Quadrangular de Lima – Peru (1960)
  • Torneio Itália (1961)
  • Torneio de Paris – França(1960 e 1961)
  • Pentagonal de Guadalajara – México (1961)
  • Torneio 4º Centenário de Caracas – Venezuela (1965)
  • Hexagonal do Chile (1965 e 1970)
  • Torneio Internacional de Nova York – EUA (1966)
  • Torneio Triangular de Florença – Itália – (1967)
  • Torneio da Amazônia (1968)
  • Pentagonal de Buenos Aires – Argentina (1968)
  • Octogonal do Chile (1968)
  • Torneio de Cuiabá (1969)
  • Torneio Triangular da Guatemala (1970)
  • Torneio de Kingston – Jamaica (1971)
  • Troféu Independência (1972)
  • Torneio Laudo Natel (1974)

Seleção das Forças Armadas (1)

  • Sul-Americano Militar (1959)

Seleção Paulista (1)

  • Brasileiro de Seleções (1959)

Títulos do Pelé pelo New York Cosmos (1)

  • North American Soccer League (NASL) (1977)

Títulos do Pelé pela Seleção Brasileira (10)

Oficiais (5)

  • 3x Copa do Mundo (1958, 1962 e 1970)
  • 2x Copa Roca (1957 e 1963)

Não oficiais (5)

  • Taça do Atlântico (1960)
  • 3x Taça Oswaldo Cruz (1958, 1962, 1968)
  • Taça Bernardo O'Higgins (1959)

Artilharias de Pelé (18)

Santos (17)

Campeonato Paulista (11)
  • 1957 (36 gols)
  • 1958 (58 gols)
  • 1959 (46 gols)
  • 1960 (32 gols)
  • 1961 (47 gols)
  • 1962 (37 gols)
  • 1963 (22 gols)
  • 1964 (34 gols)
  • 1965 (49 gols)
  • 1969 (26 gols)
  • 1973 (11 gols)
Torneio Rio-São Paulo (1)
  • 1963 (14 gols)
Campeonato Brasileiro (2)
  • 1961 (9 gols)
  • 1964 (7 gols)
Copa Libertadores da América (1)
  • 1965 (7 gols)
Copa Intercontinental (2)
  • 1962 (5 gols)
  • 1963 (2 gols)

Seleção Brasileira (1)

  • Campeonato Sul-Americano de 1959 (Argentina) (8 gols)

Recordes de Pelé

  • Maior número de hat-tricks (128 vezes – 88 oficiais e 42 não oficiais)
  • Jogador com mais gols em uma mesma temporada – 1959 (127 gols – 63 oficiais e 64 não oficiais)
  • 2º jogador com mais gols em uma mesma temporada – 1961 (111 gols – 62 oficiais e 49 não oficiais)
  • 5º jogador com mais gols em uma mesma temporada – 1965 (105 gols – 72 oficiais e 33 não oficiais)
  • 7º jogador com mais gols em uma mesma temporada – 1958 (89 gols – 75 oficiais e 14 não oficiais)
  • Primeiro jogador a marcar um hat-trick em uma final de Mundial de Clubes (Cristiano Ronaldo repetiu o feito em 2016)

Campeonato Paulista

  • Mais jovem artilheiro: 1957 – Santos – 17 anos e 67 dias
  • Mais vezes artilheiro: 11 (1957, 1958, 1959, 1960, 1961, 1962, 1963, 1964, 1965, 1969 e 1973)
  • Mais vezes artilheiro consecutivo: 9 (1957-1965)
  • Maior artilheiro: 466 gols
  • Maior artilheiro em uma edição: 58 gols (1958)
  • 2º maior artilheiro em uma edição: 49 gols (1965)
  • 3º maior artilheiro em uma edição: 47 gols (1961)
  • 4º maior artilheiro em uma edição: 44 gols (1959)
  • 7º maior artilheiro em uma edição: 37 gols (1962)
  • 9º maior artilheiro em uma edição: 34 gols (1960 e 1964)
  • 63 hat-tricks (3 gols em um jogo)
  • 26 pokers (4 gols em um jogo)
  • 5 manitas (5 gols em um jogo)
  • 1 Double Hat-trick (6 gols em um jogo)
  • 1 Hat-Poker (7 gols em um jogo)
  • 1 Double Poker (8 gols em um jogo)

Campeonato Brasileiro

  • Maior vencedor: 6 títulos (1961, 1962, 1963, 1964, 1965 e 1968 – junto com Lima e Pepe, também do Santos)
  • 16º maior artilheiro: 101 gols

Copa do Mundo

  • Mais jovem a marcar um gol: 17 anos e 239 dias (Brasil x País de Gales, 1958)
  • Mais jovem a marcar um hat-trick: 17 anos e 244 dias (Brasil x França, 1958)
  • Mais jovem a participar de uma final: 17 anos e 249 dias (Brasil x Suécia, 1958)
  • Mais jovem a marcar um gol em uma final: 17 anos e 249 dias (Brasil x Suécia, 1958)
  • Mais jovem campeão: 1958 – Brasil (17 anos e 249 dias)
  • Mais jovem bicampeão de Copa do Mundo: 1962 – Brasil (21 anos e 237 dias)
  • Mais assistências dadas: 10 (1958–1970)
  • Mais assistências em uma única edição: 6 (1970)
  • Mais assistências dadas em diferentes finais: 3 (1958 e 1970)
  • Mais gols em uma final (junto de Vavá, Geoff Hurst, Zinédine Zidane e Kylian Mbappé): 3 gols
  • 2º jogador com mais gols marcados em diferentes Copas: 4 (junto com Uwe Seeler e Miroslav Klose, todos passados por Cristiano Ronaldo com 5) (1958, 1962, 1966 e 1970)

Guinness World Records

  • Jogador com mais gols (futebol): 1282 gols em 1363 partidas
  • Jogador com mais Copas do Mundo vencidas: três
  • Jogador mais jovem a vencer uma Copa do Mundo: 17 anos e 249 dias – Copa do Mundo FIFA de 1958

Santos

  • Maior artilheiro (1.093 gols – 642 oficiais e 451 não oficiais)
  • Maior artilheiro da Copa Intercontinental (7 gols em 3 jogos)

Seleção Brasileira

  • Maior artilheiro (CBF) (95 gols)
  • Segundo maior artilheiro (Fifa) (77 gols) (oficiais)
  • Maior artilheiro sul-americano no século XX (77 gols)

Premiações de Pelé

  • 7x Melhor jogador do mundo: 1958, 1959, 1960, 1961, 1963, 1964 e 1970
  • Seleção de futebol do Século XX pela Placar: 1981
  • Seleção de futebol do Século XX pela Italian FA: 1988
  • Seleção de futebol do Século XX pela Revista Planete Foot: 1996
  • Seleção de futebol do Século XX pela Revista Venerdì – 100 Magnifici: 1997
  • Seleção de futebol do Século XX pela Voetbal International: 1999
  • Seleção de futebol do Século XX pelo Jornal A Tarde: 2004
  • Personalidade do esporte no exterior da BBC: 1970
  • Prêmio Rei da América – El Mundo: 1973
  • Jogador do Século XX pela IFFHS: 1999
  • Jogador Sul-Americano do Século XX pela IFFHS: 1999
  • Atleta do Século XX da Reuters: 1999
  • Atleta do Século XX pelo Comitê Olímpico Internacional: 1999
  • Jogador do Século XX da FIFA: 2000
  • Prêmio Laureus do Esporte Mundial: 2000
  • Prêmio do Centenário da FIFA: 2004
  • Prêmio personalidade do esporte no exterior da BBC Lifetime Achievement: 2005
  • Jogador Brasileiro do Século XX pela IFFHS: 2006
  • Melhor futebolista que já jogou da Golden Foot: 2012
  • Prêmio Honorário Bola de Ouro FIFA: 2013
  • Seleção de Todos os Tempos da World Soccer: 2013
  • Prêmio Tributo da Football Writers' Association: 2018
  • Bola de Ouro Dream Team: 2020
  • 11 Leyendas pelo Jornal AS: 2021
  • Dream Team Masculino de Todos os Tempos pela IFFHS: 2021
  • Melhor jogador da história pela Budweiser: 2022

Campeonato Brasileiro

  • Bola de Prata: 1970

Copa América

  • Melhor Jogador: 1959

Copa do Mundo de 1958

  • Seleção da Copa
  • Bola de Prata (2º melhor jogador)
  • Chuteira de Prata (vice-artilheiro com 6 gols)
  • Melhor jogador jovem

Copa do Mundo de 1970

  • Seleção da Copa
  • Bola de Ouro (melhor jogador)

Nomeações e honrarias de Pelé

  • Time de estrelas da North American Soccer League (NASL): 1975, 1976 e 1977
  • Número 10 aposentado pelo New York Cosmos como reconhecimento pela sua contribuição ao clube: 1977
  • Cidadão do Mundo pela ONU: 1977
  • Embaixador da Boa Vontade pela UNESCO: 1993
  • Hall of Fame National Soccer: 1999
  • 100 pessoas mais importantes do século XX pela TIME: 1999
  • FIFA 100 Melhores Futebolistas Vivos: 2004

Ordens

  • Cavaleiro da Ordem de Rio Branco: 1967
  • Comandante da Ordem de Rio Branco após marcar seu milésimo gol: 1969
  • Ordem dos Campeões pela Organização da Juventude Católica dos Estados Unidos: 1978
  • Ordem da FIFA em homenagem aos seus 80 anos como instituição esportiva: 1984
  • Ordem do Mérito da América do Sul pela CONMEBOL: 1984
  • Ordem Nacional do Mérito pelo governo do Brasil: 1991
  • Cruz da Ordem da República da Hungria: 1994
  • Ordem do Mérito Militar no grau de Grande-Oficial especial: 1995
  • Cavaleiro Celibatário da Ordem do Império Britânico (honorário): 1997
  • Ordem do Mérito Cultural pelo governo do Brasil: 2004
  • Ordem Olímpica pelo Comitê Olímpico Internacional: 2016

Doutorados honorários

  • Honoris causa pela Universidade de Edimburgo: 2012
  • Honoris causa pela Universidade Metropolitana de Santos: 2018

Estatísticas de Pelé

  • 1.372 jogos (825 oficiais e 547 não oficiais)
  • 887 vitórias (518 oficiais e 369 não oficiais)
  • 238 empates (150 oficiais e 88 não oficiais)
  • 247 derrotas (157 oficiais e 90 não oficiais)
  • 1.282 gols marcados (762 oficiais e 520 não oficiais)
  • 128 hat-tricks (3 gols em um jogo – 88 oficiais e 42 não oficiais)
  • 39 pokers (4 gols em um jogo – 29 oficiais e 10 não oficiais)
  • 7 manitas (5 gols em um jogo – 5 oficiais e 2 não oficiais)
  • 1 double hat-trick (6 gols em um jogo – oficial)
  • 1 hat-poker (7 gols em um jogo – oficial)
  • 1 double poker (8 gols em um jogo – oficial)
  • 0,93 gol por jogo em média (0,92 oficial e 0,90 não oficial)
  • 62 títulos (32 oficiais e 30 não oficiais)
  • 18 artilharias

Gols de Pelé ano a ano

  • 1956: 2 gols
  • 1957: 65 gols
  • 1958: 89 gols
  • 1959: 127 gols
  • 1960: 74 gols
  • 1961: 111 gols
  • 1962: 73 gols
  • 1963: 74 gols
  • 1964: 60 gols
  • 1965: 105 gols
  • 1966: 42 gols
  • 1967: 55 gols
  • 1968: 59 gols
  • 1969: 68 gols
  • 1970: 60 gols
  • 1971: 29 gols
  • 1972: 50 gols
  • 1973: 53 gols
  • 1974: 20 gols
  • 1975: 15 gols
  • 1976: 26 gols
  • 1977: 23 gols
  • 1980: 1 gol em um jogo amistoso
  • 1983: 1 gol em um jogo amistoso

All-Stars New York Cosmos

  • 1 jogo
  • 1 derrota
  • 0 gol

American All-Stars

  • 2 jogos
  • 2 derrotas
  • 0 gol

Flamengo

  • 1 jogo
  • 1 vitória
  • 0 gol

Fluminense

  • 1 jogo
  • 1 vitória
  • 0 gol

New York Cosmos

  • 107 jogos
  • 57 vitórias
  • 17 empates
  • 33 derrotas
  • 65 gols
  • 0,60 gol por jogo
  • 1 título

Nigéria

  • 1 jogo
  • 1 derrota
  • 0 gol

Santos

  • 1.118 jogos (663 oficiais e 455 não oficiais)
  • 724 vitórias (407 oficiais e 317 não oficiais)
  • 204 empates (130 oficiais e 74 não oficiais)
  • 190 derrotas (126 oficiais e 64 não oficiais)
  • 1.093 gols marcados (642 oficiais e 451 não oficiais)
  • 0,97 gol por jogo em média (0,97 oficial e 0,99 não oficial)
  • 6.662 dias no clube
  • 26 títulos de torneios oficiais
  • 23 títulos de torneios amistosos
  • 17 vezes artilheiro de campeonatos

Seleção Brasileira

  • 112 jogos (91 oficiais e 21 não oficiais)
  • 83 vitórias (67 oficiais e 16 não oficiais)
  • 15 empates (13 oficiais e 2 não oficiais)
  • 14 derrotas (11 oficias e 3 não oficiais)
  • 95 gols (77 gols oficiais e 18 gols não oficiais)
  • 0,848 gol por jogo em média (0,846 oficial e 0,857 não oficial)
  • 10 títulos

Seleção Brasileira de Masters

  • 1 jogo
  • 1 vitória
  • 0 gol

Seleção das Forças Armadas (Exército)

  • 10 jogos
  • 9 vitórias
  • 1 empate
  • 15 gols
  • 1,5 gol por jogo em média

Seleção do Sudeste

  • 1 jogo
  • 1 derrota
  • 1 gol
  • 1 gol por jogo em média

Seleção dos Amigos de Garrincha

  • 1 jogo
  • 1 vitória
  • 1 gol
  • 1 gol por jogo em média

Seleção Mundial de Astros

  • 1 jogo
  • 1 derrota
  • 0 gol

Seleção Paulista

  • 6 jogos
  • 3 vitórias
  • 1 empate
  • 2 derrotas
  • 3 gols
  • 0,5 gol por jogo em média

Sindicato de Atletas-SP

  • 2 jogos
  • 1 vitória
  • 1 derrota
  • 3 gols
  • 1,5 gol por jogo em média

Vasco da Gama (já contabilizadas nas estatísticas do Santos)

  • 3 jogos (3 com a camisa do Vasco e um 4º jogo com a camisa do Santos)
  • 1 vitória
  • 2 empates
  • 5 gols
  • 1,6 gol por jogo em média

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