No vôlei, cada jogador desempenha um papel crucial para o funcionamento tático da equipe. Neste texto, vamos analisar as funções de cada posição e como o rodízio afeta o ritmo e a dinâmica das equipes no vôlei.

As posições em quadra vão além da simples ocupação de espaço; elas desempenham funções específicas que moldam as estratégias de ataque, defesa e transição durante o jogo. O rodízio entre essas posições é um elemento fundamental, permitindo que os jogadores atuem em diversas áreas do campo ao longo da partida.

Posições do vôlei

  • Levantador
  • Oposto
  • Ponteiro (Pontas)
  • Central ou meio-de-rede
  • Líbero

No vôlei profissional, as equipes titulares normalmente são compostas por cinco jogadores e um líbero na fase defensiva, totalizando seis atletas em quadra. Vale ressaltar que, durante o saque, o líbero pode ser substituído pelo sexto jogador, já que sua função é limitada à defesa.

O líbero se destaca dos demais jogadores por usar um uniforme de cor diferente. A seguir, vamos explorar as posições e as funções de cada jogador no vôlei.

Levantador

O levantador é uma das peças-chave em uma equipe de vôlei, responsável por organizar o ataque. Sua principal função é realizar o segundo toque, distribuindo a bola com precisão para os atacantes e possibilitando finalizações eficazes.

O levantador precisa tomar decisões rápidas sobre qual atacante acionar, levando em conta a posição dos adversários, e deve ajustar o passe para maximizar as chances de pontuação.

Além disso, é essencial que o levantador possua uma ótima visão de jogo, agilidade e técnica. A comunicação eficaz com seus companheiros também é fundamental para coordenar as jogadas ofensivas.

Resumidamente, o papel do levantador está totalmente ligado aos sistemas táticos do vôlei.

Roberta defendendo a Seleção Brasileira (Volleyball World)
Roberta defendendo a Seleção Brasileira (Volleyball World)

Oposto

Sheilla Castro foi ouro nas Olimpíadas de Pequim 2008 e Londres 2012. (Reprodução/Instagram @sheillacastro)
Sheilla Castro foi ouro nas Olimpíadas de Pequim 2008 e Londres 2012. (Reprodução/Instagram @sheillacastro)

O oposto é um dos principais finalizadores de uma equipe de vôlei, focando especialmente no ataque. Sua função é atacar bolas levantadas tanto na rede quanto no fundo da quadra, geralmente do lado oposto ao levantador, o que justifica seu nome.

Ele deve ser versátil, forte e eficaz, capaz de atacar de diferentes ângulos e enfrentar os bloqueios adversários. Além de seu papel no ataque, o oposto também contribui na defesa, bloqueando os ataques dos oponentes na rede e, em certas situações, ajudando na recepção.

No entanto, sua principal responsabilidade é pontuar, especialmente em momentos decisivos da partida. Entre os medalhistas olímpicos da Seleção Brasileira, André Nascimento e Leila são exemplos notáveis de opostos canhotos.

Ponteiro ou ponta

O ponteiro (ou ponta) tem uma função bastante versátil no vôlei, sendo responsável tanto por atacar quanto por defender.

É um dos principais recebedores da equipe, participando ativamente da recepção do saque adversário e da defesa, além de desempenhar um papel crucial no ataque. Ele precisa ser eficiente em atacar tanto na rede quanto do fundo da quadra, explorando diferentes ângulos para superar os bloqueios adversários.

Devido às suas responsabilidades defensivas, o ponteiro deve ter um bom controle de passe, facilitando o trabalho do levantador. Sua versatilidade e habilidade em equilibrar recepção, defesa e ataque tornam-no uma peça essencial na estratégia da equipe.

Gabi em ação pela Seleção Brasileira (Volleyball World)
Gabi em ação pela Seleção Brasileira (Volleyball World)

Central ou meio-de-rede

O central é o jogador especializado em bloquear e atacar rapidamente pelo meio da rede, sendo essencial tanto na defesa quanto no ataque de uma equipe de vôlei.

Sua principal função é realizar bloqueios eficazes, tentando interceptar os ataques adversários e dificultar a ação dos ponteiros e opostos da outra equipe. No ataque, o central geralmente recebe bolas rápidas do levantador, conhecidas como “meio”, para surpreender o bloqueio adversário e explorar falhas na defesa.

Ele deve ser ágil, ter um excelente tempo de salto e uma boa leitura de jogo para antecipar as jogadas do adversário, tanto no bloqueio quanto nas ações ofensivas.

A central Thaísa é uma das jogadoras bicampeãs olímpicas pela Seleção Brasileira (Volleyball World)
A central Thaisa é uma das jogadoras bicampeãs olímpicas pela Seleção Brasileira (Volleyball World)

Líbero

O líbero tem uma função exclusivamente defensiva no vôlei, sendo responsável por garantir a estabilidade da recepção e da defesa da equipe.

Ele atua principalmente no fundo da quadra, participando da recepção do saque e defendendo os ataques adversários. O líbero é especializado em realizar passes precisos, ajudando a controlar a bola e facilitando o trabalho do levantador.

Camila Brait defendendo as cores do Osasco na Superliga. (Reprodução/Instagram @cbrait)
Camila Brait defendendo as cores do Osasco na Superliga. (Reprodução/Instagram @cbrait)

Esse jogador não pode atacar, bloquear ou realizar saques, destacando-se por suas habilidades em passar e defender.

O líbero usa um uniforme de cor diferente dos demais atletas e pode entrar e sair do jogo livremente, sem que essas substituições sejam contabilizadas. Sua presença é fundamental para garantir a consistência defensiva e o equilíbrio da equipe nas jogadas.

Regras e posições do vôlei 

rodízio no vôlei

Apesar das funções e posições no vôlei serem bem definidas, as regras do esporte determinam como os jogadores devem se posicionar em quadra. Antes de realizar o saque, todos os atletas devem estar corretamente posicionados para evitar a penalização com a perda de um ponto.

Em quadra, as posições dos jogadores de uma equipe de vôlei são numeradas de 1 a 6. O jogador que realiza o saque ocupa a posição 1, enquanto o atleta diretamente à sua frente, mais próximo da rede, está na posição 2.

As outras posições próximas à rede são 3 e 4, enquanto os jogadores na parte de trás da quadra ocupam as posições 5 e 6.

  • A posição n.º 1 chama-se defesa direita, e é a posição de saque.
  • A posição n.º 2 chama-se saída de rede.
  • A posição n.º 3 chama-se meio de rede.
  • A posição n.º 4 chama-se entrada de rede.
  • A posição n.º 5 chama-se defesa esquerda.
  • A posição n.º 6 chama-se defesa central.

Rodízio de posições do vôlei

Ao realizar o saque, a equipe deve rotacionar seus jogadores no sentido horário. Isso significa que o atleta na posição 2 se desloca para o saque, enquanto o jogador que sacou anteriormente vai para a posição 6.

Após o saque, os jogadores têm liberdade para se movimentar pela quadra. No entanto, aqueles nas posições 1, 5 e 6 (na parte de trás) não podem atacar de dentro da linha dos três metros. Se o fizerem, será caracterizada uma “invasão”, resultando em pontos para o time adversário.

Assim que o saque é executado, cada jogador volta à sua função específica. Por exemplo, os levantadores se posicionam na área próxima à rede, na posição central, prontos para receber o passe e realizar o levantamento.

A escolha de quem vai atacar depende da leitura do levantador sobre o andamento do jogo. Porém, os treinadores também orientam os atletas com base nas melhores opções de ataque, levando em conta a disposição da rede adversária.

Bernardinho e José Roberto Guimarães, considerados os melhores treinadores da história do voleibol brasileiro, se tornaram experts em desenvolver os melhores movimentos ofensivos, sempre buscando surpreender a defesa adversária.

Para evitar que a bola toque o chão, a equipe deve se concentrar em cobrir a quadra, posicionando corretamente o bloqueio durante na hora de defender.

Agora que você já sabe tudo sobre as posições do vôlei, alimente sua paixão pelo esporte com outros conteúdos: