Você sabia que, entre todas as posições do vôlei, uma delas não existe desde a criação do esporteA função do líbero no vôlei veio apenas no fim da década de 1990. Já pensou como eram as defesas antes disso?

Não é difícil identificar esse jogador em quadra, já que ele veste uniforme de cor diferente da dos demais atletas de sua equipe. Tampouco é complicado entender a sua importância para a dinâmica do esporte.

Mas você sabe qual sua função em quadra, o que ele pode fazer e o que é proibido pela regra? Fique com a gente para entender tudo sobre o líbero no vôlei!

Qual a regra do líbero no vôlei?

Regra do líbero no vôlei
Líbero só pode jogar nas posições do fundo de quadra

De acordo com as regras do vôlei, cada equipe tem o direito a designar, dentre os jogadores constantes na súmula, até dois jogadores especialistas em defesa: os líberos. Se uma equipe tiver mais que 12 jogadores registrados, é obrigatório ter dois líberos na sua relação.

Em competições em que as equipes podem inscrever apenas 12 jogadores, como acontece no torneio de vôlei nas Olimpíadas, os treinadores costumam convocar apenas um líbero.

Todos os líberos devem estar registrados na súmula antes da partida nas linhas especiais reservadas para isso. Ainda que a equipe tenha dois jogadores da posição na súmula, somente um líbero poderá estar em quadra por vez.

A função do líbero no voleibol foi criada pela FIVB (Federação Internacional de Voleibol) em 1998. Esse jogador é facilmente identificado, já que utiliza uniforme de cor diferente dos companheiros de time.

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Qual o equipamento do líbero no vôlei?

Equipamento de líbero no vôlei
Líbero deve usar uniforme com cores diferentes do restante do time

Em um jogo de vôlei, os líberos devem usar um uniforme (ou um colete para o líbero redesignado) que possua uma cor dominante diferente de qualquer outra cor do uniforme do resto da equipe. O uniforme deve contrastar, claramente, com o resto da equipe. 

Além disso, os uniformes dos líberos devem ser numerados da mesma forma que o resto da equipe. 

O que é permitido para o líbero no vôlei?

O líbero poderá efetuar a troca com qualquer jogador que ocupe uma posição da linha de trás. Ou seja, é permitido substituir qualquer companheiro de equipe que esteja posicionado no fundo, de quadra.

As trocas com o líbero são ilimitadas e não contam como substituições. Contudo, assim como qualquer substituição no vôlei, é necessário esperar a conclusão de um ponto para ser feita a troca com o líbero.

O jogador que foi substituído pelo líbero poderá retornar ao jogo na vaga de qualquer um dos líberos. Em contrapartida, o líbero que está em quadra somente poderá ser trocado pelo mesmo jogador que ele substituiu ou pelo líbero reserva.

O que o líbero não pode fazer no vôlei?

  • O líbero tem atuação restrita às posições de fundo de quadra e atacar. Ou seja, não pode completar um golpe de ataque, de qualquer parte da quadra, se, no momento do contato com a bola, ela estiver acima da linha da rede;
  • O líbero não pode sacar, bloquear ou tentar bloquear;
  • O líbero também não pode ser capitão da equipe;
  • O líbero não tem permissão fazer um levantamento de toque à frente da linha de 3 metros. Caso isso aconteça, o companheiro de equipe não pode atacar a bola se ela estiver acima da linha da rede. É necessário esperar a bola ficar abaixo do topo da rede para passá-la à quadra adversária;
  • O líbero somente pode levantar a bola à frente da linha de 3 metros se o movimento for executado com uma manchete;
  • O líbero não pode deixar a quadra para a entrada de um jogador diferente daquele que ele havia substituído. Obrigatoriamente, na troca, deve retornar o jogador pelo qual ele foi trocado anteriormente ou então o líbero reserva;
  • No início de cada set, o líbero não poderá entrar em quadra até o 2º árbitro fazer a conferência da formação inicial e autorizar a troca de um jogador dessa formação com o líbero.

Como é a participação do líbero no rodízio?

O líbero somente pode permanecer em quadra enquanto estiver no fundo de quadra, nas posições 1, 6 e 5. Ao participar do rodízio, caso o líbero chegue à posição 4 (na entrada de rede), obrigatoriamente, ele deve ser substituído por um atacante.

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Quais as regras em caso de lesão ou expulsão do líbero?

Caso uma equipe tenha apenas um líbero registrado na súmula em uma partida e ele não puder continuar jogando, seja por lesão ou expulsão, o treinador de seu time poderá selecionar qualquer outro jogador que não esteja em quadra para a função de líbero. 

Porém, há uma exceção: o jogador que assumirá a função de líbero não pode ser aquele que havia sido substituído pelo líbero na última troca.

Caso o líbero seja declarado incapaz de continuar na partida e o treinador selecionar um novo jogador para a essa função, o líbero substituído não poderá retornar mais à partida.

Se o jogador que assumiu a função de líbero também não puder continuar jogando, seja por expulsão ou lesão, uma indicação de um novo líbero será permitida.

Como o líbero não pode ser o capitão da equipe, caso o treinador selecione o capitão para assumir essa função, a troca será somente permitida se o capitão renunciar a todos os direitos do posto.

Qual a função do líbero no vôlei?

Função do líbero no vôlei Camila Brait
Líbero é especialista nos fundamentos de passe e recepção

Entre todas as posições do vôlei, o líbero é aquele que tem função exclusivamente defensiva. Não pode atacar, bloquear ou sacar. Em contrapartida, quando a bola não está em jogo, pode trocar de posição com outro jogador do time sem precisar de autorização do árbitro.

Por serem jogadores com funções exclusivamente defensivas, os líberos são jogadores que devem dominar os fundamentos de passe e recepção. Além disso, devem fazer as coberturas de bloqueio.

Geralmente, os líberos substituem os centrais que estão posicionados no fundo de quadra de acordo com o rodízio.

Ainda que possa haver exceções, jogadores dessa função costumam ser mais baixos e ágeis, para não deixar a bola cair no chão. Eles também costumam se encarregar do levantamento caso o levantador tenha feito o primeiro dos três toques ou esteja distante da bola.

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Quais os melhores líberos do vôlei?

  • Serginho
  • Fabi

Serginho

Serginho líbero da seleção brasileira de vôlei
Medalhista em quatro Olimpíadas, Serginho é considerado o melhor líbero da história

Reconhecido como o melhor líbero de todos os tempos, Serginho conquistou quatro medalhas olímpicas pela Seleção Brasileira de vôlei masculino, um recorde na história dos esportes coletivos no país. 

O antigo camisa 10 do Brasil foi bicampeão olímpico, conquistando o ouro em Atenas em 2004 e no Rio de Janeiro em 2016. Ele levou ainda duas pratas, em Pequim 2008 e em Londres 2012.

O maior líbero da história foi também bicampeão mundial (2002 e 2006), bicampeão da Copa do Mundo de Vôlei (2003 e 2007) e heptacampeão da Liga Mundial de Vôlei (2001, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007 e 2009).

Serginho encerrou sua trajetória na Seleção Brasileira depois da Olimpíada do Rio, em 2016.

Num esporte dominado por gigantes, Serginho marcou seu nome na história do vôlei com 1,84m de altura.

Fabi

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Fabi encerrou sua trajetória no vôlei com a melhor líbero da história. Pela Seleção Brasileira, ela foi bicampeã olímpica, conquistando as medalhas de ouro de Pequim em 2008 e de Londres em 2012.

Quando era atleta juvenil, a jogadora atuava como atacante. Ela se tornou líbero a partir do momento em que a posição foi criada pela FIVB, em 1998. 

A mudança foi fundamental para que ela pudesse realizar o sonho de se tornar jogadora profissional, já que sua altura de 1,65m poderia ser um fator de limitação onde as grandes atletas costumam ser muito altas.

Jogando pela Seleção Brasileira, a líbero foi duas vezes vice-campeã mundial (em 2006 e 2010) e pentacampeã do Grand Prix.

Como líbero do Sesc-RJ (equipe que nasceu como Rexona, passou a ser Unilever e, posteriormente, voltou a ser nomeada Rexona-Ades), Fabi foi decacampeã da Superliga Feminina de Vôlei

Ela conquistou os títulos nacionais nas temporadas 2005/2006, 2006/2007, 2007/2008, 2008/2009, 2010/2011, 2012/2013, 2013/2014, 2014/15, 2015/16 e 2016/17.

Na Seleção Brasileira Feminina, Fabi foi sucedida por uma geração de líberos liderada por Camila Brait, Léia e Suelen.

Já na Seleção Masculina, sem Serginho, Maique e Thales são os principais candidatos a brigar pela vaga de líbero nos próximos Jogos Olímpicos. Ex-atacante Murilo trocou de posição, passou a ser líbero graças à sua habilidade defensiva e também já recebeu chances com o técnico Renan Dal Zotto.

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