Certamente, é bastante complicado elencar os 10 maiores jogadores da história do Palmeiras. É difícil não cometer nenhuma injustiça diante de um clube com uma trajetória tão marcante e com jogadores tão expressivos.
O Palmeiras é um clube centenário, repleto de conquistas e grandes times. Em toda a sua história, o clube encantou o Brasil com elencos espetaculares e ofensivos, que jogavam para cima dos adversários e marcavam muitos gols.
Para escolhermos os 10 maiores jogadores da história do Palmeiras, abordamos diferentes épocas vencedoras do clube, tentando colocar ao menos um nome importante de cada período.
Além disso, outros fatores são determinantes, como a importância de cada jogador para o clube no período em que atuou, a idolatria, a longevidade e, obviamente, o talento dentro de campo.
Dito isso, venha conferir o top 10 dos maiores ídolos da história do Palmeiras!
Os 10 maiores jogadores da história do Palmeiras
- Ademir da Guia
- Luís Pereira
- Marcos
- Dudu (volante)
- Julinho Botelho
- Evair
- Djalma Santos
- Jair Rosa Pinto
- Dudu (atacante)
- Oberdan Cattani
Oberdan Cattani (10° lugar)
O Palmeiras é notavelmente reconhecido pelos grandes goleiros que fizeram parte de sua história, não é a toa que o clube é conhecido como “Academia de Goleiros”. O primeiro grande nome dessa posição no alviverde paulista foi, certamente, Oberdan Cattani.
Oberdan chegou ao clube em 1940, quando a instituição ainda chamava Palestra Itália. Goleiro de alta estatura, elasticidade e conhecido pelas suas mãos grandes, Cattani era o principal goleiro brasileiro da década de 40.
Nessa época, inclusive, seria certamente o goleiro das Copas do Mundo de 1942 e 1946, mas, por conta da Segunda Guerra Mundial, que ocorria nesse período, as Copas não aconteceram, e Oberdan não teve a oportunidade de disputar essa competição durante a sua carreira.
Pelo Palestra Itália, o goleiro natural de Sorocaba atuou durante 14 anos, de 1940 até 1954. Foram 351 jogos disputados e diversas conquistas, entre elas: Campeonato Paulista (1942, 1944, 1947 e 1950), Torneio Rio São Paulo (1951) e Copa Rio Internacional (1951).
Dudu (9° lugar)
Eduardo Pereira Rodrigues, mais conhecido como Dudu, é o jogador mais recente da nossa lista. A 9ª colocação para o atacante palmeirense se dá principalmente pela importância dele durante o período em que atuou no clube paulista.
Desde o começo dos anos 2000, até 2015, o clube passou por uma época bastante conturbada, com apenas um título Paulista e uma Copa do Brasil, e com dois rebaixamentos para a conta.
Esse cenário começou a mudar em 2015, e foi ao mesmo tempo que Dudu chegou ao Palmeiras. Buscando uma reformulação, com as contas sanadas e patrocinadores investindo forte no clube, o Palmeiras voltava a se lançar entre os principais times do país, e teve Dudu como o principal nome da equipe.
Logo no seu primeiro ano, em 2015, Dudu comandou o time para o título da Copa do Brasil. Na final diante do Santos, ele marcou os dois gols do jogo da volta, que garantiram a vitória ao Palmeiras e possibilitaram que o confronto fosse para as disputas de pênaltis. Nas cobranças, o time alviverde levou a melhor.
No ano seguinte, Dudu foi novamente o nome mais regular da equipe que conquistou o Campeonato Brasileiro para o Palmeiras, o primeiro após 22 anos.
Em 2018, o atacante foi mais uma vez o principal jogador do clube em outra conquista do Campeonato Brasileiro, sendo eleito craque do campeonato pelas principais organizações do futebol nacional.
Em 2020, após a conquista do Campeonato Paulista, Dudu foi emprestado pelo clube para atuar no Al-Duhail, do Catar. Ao todo, Dudu disputou mais de 400 jogos, marcando 88 com a camisa alviverde.
Quando voltou ao Palmeiras no ano seguinte, o camisa 7 chegou a marca de 12 títulos pelo Verdão. Entre os principais, o bicampeonato da Copa Libertadores da América.
Jair Rosa Pinto (8° lugar)
Mais um ídolo saudoso da nossa lista, Jair Rosa Pinto é considerado um dos melhores jogadores da história do futebol brasileiro e, como seu momento mais longevo e de maior destaque foi no Palmeiras, certamente ele é um dos maiores ídolos do clube.
Meio-campista clássico, de muita categoria e habilidade, Jair foi o camisa 10 da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1950.
Na época da convocação para a Copa que seria realizada no Brasil, Jair atuava pelo clube paulista. O meia chegou em 1949 no Palmeiras e permaneceu até 1955.
Durante o período em que atuou pela equipe alviverde, ele entrou em campo em 206 oportunidades e marcou 71 gols. Pelo clube, conquistou a Copa Rio Internacional (1951), Campeonato Paulista (1950) e a Taça Rio-São Paulo (1951).
Djalma Santos (7° lugar)
Considerado por muitos o maior lateral-direito da história do futebol, Djalma Santos foi, ao menos, o maior da posição na história do Palmeiras.
O craque chegou ao clube em 1959 e foi um dos grandes nomes da chamada “Primeira Academia de Futebol” — apelido dado ao time do Palmeiras que “dava aula de futebol” na década de 60.
Dono da posição, Djalma Santos atuou em 502 jogos com a camisa alviverde, de 1959 até 1968. Pelo clube, conquistou a Taça Brasil (1960 e 1967) e a Taça Roberto Gomes Pedrosa (1967), títulos que anos depois seriam pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Além das conquistas nacionais, também ganhou importantes títulos regionais, como o Campeonato Paulista (1959, 1963 e 1966) e o Torneio Rio-São Paulo (1965).
Djalma Santos está na 8ª colocação do ranking de jogadores que mais atuaram com a camisa do Palmeiras. No nosso ranking, acreditamos que a 7ª colocação é totalmente merecida para esse que foi um dos maiores jogadores da história do clube.
Evair (6° lugar)
Evair Aparecido Paulino, ou apenas Evair, foi um dos maiores atacantes e, certamente, um dos melhores jogadores de todos os tempos da história do alviverde paulista.
O jogador chegou ao clube em 1991, aos 26 anos. Na sua primeira passagem, ficou até 1994 e ajudou o Palmeiras a sair da fila de títulos nacionais que já durava 20 anos.
Nesse período, participou de 180 jogos e marcou 102 gols. Jogando ao lado de craques históricos do Palmeiras, Evair era o homem gol da equipe que dominou o futebol nacional entre 1993 e 1994. Nesses dois anos conquistou o bicampeonato brasileiro, o bicampeonato paulista e a Taça Rio-São Paulo (1993).
Depois de deixar o clube em 1994, o atacante retornou em 1999, para fazer parte da principal conquista da história do clube, a Copa Libertadores da América. Naquela oportunidade, Evair ajudou o clube na conquista inédita, marcando, inclusive, um dos gols do Palmeiras na final da competição.
Nessa segunda passagem, atuou em 65 partidas e marcou 24 gols. Somando todo o período em que atuou pelo clube, Evair disputou 245 jogos e balançou as redes 126 vezes, sendo o 8° maior artilheiro da história do Palmeiras.
Na nossa lista, Evair e Edmundo disputaram um lugar entre os maiores da história do Palmeiras. Ambos fizeram história no clube, atuando inclusive juntos na conquista dos bi no Brasileiro e no Paulista, em 1993 e 1994.
A escolha por Evair é uma questão estatística e de conquista: o centroavante tem mais gols pelo clube e mais títulos conquistados. Mas, é importante deixar a menção honrosa para o “Animal”, que também teve uma história gigante no Palmeiras
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Julinho Botelho (5° lugar)
Mais um grande nome da “Primeira Academia de Futebol”, Julinho Botelho é considerado pelos mais saudosos o segundo maior ponta da história do futebol, ficando atrás apenas de Garrincha.
Antes de chegar no Palmeiras, já havia feito história na Portuguesa, o que o credenciou a disputar a Copa do Mundo de 1954 pelo Brasil.
Julinho Botelho começou sua trajetória no Palmeiras em 1958. Atuando ao lado de grandes ídolos palmeirenses, era o principal atacante da “Primeira Academia de Futebol”.
Com as atuações individuais do craque, atreladas ao coletivo do time, Julinho Botelho participou de grandes conquistas do Palmeiras: Campeonato Paulista (1959 e 1963), Campeonato Brasileiro (1960) e Taça Rio-São Paulo (1965).
Ao todo, Julinho atuou durante nove anos com a camisa alviverde, de 1958 até 1967. Foram 269 jogos e 80 gols marcados.
Ponta-direita habilidoso, rápido e artilheiro, Julinho Botelho poderia ser ainda mais renomado.
Entre as façanhas de sua carreira, o jogador, que atuava pela Fiorentina da Itália, se recusou a jogar a Copa do Mundo de 1958, pois acreditava que era injusto que ele “tomasse” a vaga de algum atleta que atuava aqui no país.
Além disso, recusou mais uma vez a Seleção para a disputa da Copa de 1962, pois havia se lesionado pouco antes do torneio e, mesmo com a expectativa de que ele pudesse voltar a tempo, o ponteiro achava injusto novamente que fosse convocado.
Dudu (4° lugar)
Olegário Tolói de Oliveira, também conhecido como Dudu, é mais um Dudu na nossa lista, mas dessa vez um jogador que atuava na volância e em um período histórico bem distante do nosso 9° colocado.
Dudu, natural da cidade de Araraquara, é considerado por muitos o maior volante da história do Palmeiras e é, inevitavelmente, um dos maiores jogadores da história do clube.
O jogador chegou ao Palmeiras em 1964, para incrementar ainda mais o clube que encantava o futebol nacional na época. Volante de muita categoria, classe e entrega dentro de campo, Dudu é um dos nomes mais lembrados da Primeira e da Segunda Academia do Palmeiras.
Pelo clube, Dudu atuou em 615 partidas, de 1964 até 1975, e depois em 1976. Esse grande número o torna, até hoje, o 4° jogador com maior número de partidas vestindo a camisa palestrina.
O volante era titular absoluto da equipe alviverde e participou diretamente de grandes conquistas, como: Campeonato Brasileiro (1967, 1967, 1969, 1972 e 1973), Torneio Rio-São Paulo (1965) e Campeonato Paulista (1966, 1972 e 1973).
Marcos (3° lugar)
O Palmeiras é um clube que sempre teve excelentes goleiros em sua história. Depois de Oberdan Cattani, que está na nossa 10ª colocação, outros grandes “arqueiros” se tornaram ídolos do Palmeiras, como Emerson Leão e Velloso, e é justo fazer uma menção honrosa a esses dois atletas que conquistaram muito pelo Palmeiras.
Porém, a escolha do nosso terceiro lugar vai para outro goleiro marcante no alviverde paulista, que superou esses dois, pelo menos na idolatria do torcedor. Além disso, o eterno camisa 12 palmeirense é o símbolo da principal conquista da história do clube, a Libertadores de 1999.
Marcos chegou no clube em 1993, época em que o Palmeiras era um dos grandes times do Brasil. A sua titularidade, no entanto, demorou a ser conquistada, até porque Velloso era um nome incontestável debaixo das traves alviverdes.
A titularidade foi alcançada apenas em 1999. Após Velloso se contundir, Marcos estreou na Libertadores daquele ano na 5ª rodada, e não saiu mais.
Após grandes atuações, com defesas impactantes, principalmente nas quartas de final da competição, diante do Corinthians, Marcos se tornou peça fundamental e conduziu o Palmeiras para o título inédito do torneio.
No ano seguinte, em 2000, Marcos também foi titular da conquista do Torneio Rio-São Paulo e da Copa dos Campeões.
Depois dessas conquistas, o Palmeiras passou por um período bastante conturbado, sendo rebaixado em 2002 e novamente em 2012.
No primeiro rebaixamento, em 2002, Marcos poderia ter deixado o clube, já que ele se tornou destaque mundial após ser o goleiro titular da Seleção Brasileira que conquistou a Copa do Mundo daquele ano.
Mas, apesar das propostas que recebeu, Marcos se manteve fiel ao clube e ajudou a recolocar o Palmeiras na primeira divisão do Campeonato Brasileiro.
O arqueiro permaneceu no palestrino até 2012, quando se aposentou. No total, foram 19 anos vestindo a camisa alviverde. Como goleiro titular, entrou em campo em 533 oportunidades, sendo o 7° jogador com mais atuações pelo Palmeiras.
Apesar de não atuar, ele estava no grupo que conquistou o bicampeonato brasileiro e estadual em 1993-1994, além da Copa do Brasil (1998), Torneio Rio-São Paulo (1993) e Mercosul (1993).
Como titular, foi campeão da Copa Libertadores da América (1999), Copa dos Campeões (2000), Torneio Rio-São Paulo (2000), Campeonato Brasileiro Série B (2003) e o Campeonato Paulista (2008).
Luís Pereira (2° lugar)
Luís Edmundo Pereira, ou apenas Luís Pereira, foi o maior zagueiro da história do Palmeiras e é um dos maiores ídolos da torcida palmeirense.
Luís Pereira ficou marcado pela sua categoria e controle da bola, mesmo atuando de zagueiro. Por isso, até hoje é considerado um símbolo da grandiosa geração do Palmeiras da Segunda Academia de Futebol, pois mesmo sendo um defensor, representava o que aquele time tinha de melhor: a classe.
O zagueiro teve duas passagens pelo Palmeiras e ambas com muito destaque. Na primeira, chegou ao clube em 1968, fazendo parte do fim da Primeira Academia e pegando a época da Segunda Academia do Palmeiras desde o começo.
Nessa oportunidade, Luís Pereira ficou no clube de 1968 até 1975, atuou por 346 jogos e marcou 19 gols. Conquistou, então, o Campeonato Brasileiro (1969, 1972 e 1973) e o Campeonato Paulista (1972 e 1974).
Depois de ser negociado com o Atlético de Madrid, clube em que também é ídolo, e de uma passagem pelo Flamengo, Luís Pereira retornou ao Palmeiras em 1981, onde permaneceu até 1984.
Nessa época, atuou em mais 230 partidas e marcou 16 gols. Ao todo, Luís Pereira entrou em campo com a camisa alviverde em 576 oportunidades, sendo o 6° jogador com mais atuações pelo Palmeiras em toda a história.
Ademir da Guia (1° lugar)
Ademir da Guia, o “Divino”, é certamente o maior jogador da história do Palmeiras, colecionando títulos, recordes e uma história gigantesca com a camisa alviverde.
O meio-campista, notável pela sua capacidade técnica, habilidade e categoria, chegou ao Palmeiras em 1962, e por lá permaneceu durante 15 anos, aposentando-se do futebol com a camisa do clube em 1977.
Ademir da Guia era a principal referência do único time que batia de frente com o Santos de Pelé, na década de 60 e 70.
Jogando ao lado de grandes jogadores já listados aqui, como Djalma Santos, Luís Pereira, Julinho Botelho, Dudu e outros que também merecem uma menção honrosa, como César Maluco, Djalma Dias e Leivinha, Ademir da Guia foi o principal nome da Academia de Futebol do Palmeiras, especialmente da Segunda Academia, quando já tinha mais rodagem.
Usando a camisa 10, conduziu o clube para grandes conquistas, tais como: Campeonato Paulista (1963, 1966, 1972, 1974 e 1976), Campeonato Brasileiro (1967, 1967, 1969, 1972 e 1973) e o Torneio Rio-São Paulo (1965).
Durante esse tempo vestindo a camisa alviverde, atuou em 902 partidas, sendo o jogador disparado com mais atuações pelo Palmeiras. Além disso, marcou 155 gols e é até hoje o 3° maior artilheiro da história do clube.
Ademir da Guia é filho de Domingos da Guia, outro notório jogador de futebol, que fez história vestindo, principalmente, as camisas do Flamengo e do Corinthians.
O apelido “Divino” é, justamente, uma homenagem ao pai, que era chamado de “Divino Mestre”. Mas, claro, esse apelido também faz clara referência ao que Ademir da Guia fazia em campo, onde esbanjava um futebol digno de divindades.
Por tudo o que fez em campo, por ser o principal nome do período mais marcante da história do clube, pelos números e pelos títulos, Ademir da Guia não poderia estar em outro patamar em uma lista que elege os maiores jogadores da história do Palmeiras.
E aí, concorda com a nossa lista dos 10 maiores jogadores da história do Palmeiras? Acha que ficou alguém de fora? Comente!
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Repórter do Esportelândia. Jornalista pela Belas Artes. Responsável pela popularização da mídia do fisiculturismo de forma jornalística. Acadêmico de nutrição e criador da página Notícias Sobre Fisiculturismo. Está no Esportelândia desde 2021.