Para falar dos maiores jogadores da história do São Paulo é preciso passar pelo “livro” do São Paulo Futebol Clube.
O clube, fundado em 1930, demorou para entrar no hall dos grandes clubes do Brasil, mas quando entrou, não saiu mais.
Na década de 90, contou com um dos maiores times da história do futebol brasileiro e foi bicampeão mundial. Comandado pelo técnico Telê Santana, o São Paulo venceu os poderosos Milan e Barcelona, seguidamente.
Já na primeira década de 2000, voltou a ser dominante, conquistando novamente a Libertadores e o Mundial, além de um tricampeonato nacional.
Claro, essas conquistas se devem principalmente aos grandes jogadores que fazem parte dessa linda história vencedora. Por isso, decidimos montar uma lista com o top 10 dos maiores jogadores do São Paulo de todos os tempos.
Os critérios se baseiam no talento dos jogadores, nos títulos conquistados, na importância de cada um para o clube no período em que atuou, e claro, na idolatria perante ao torcedor.
Portanto, vamos ao que interessa!
Maiores jogadores da história do São Paulo
- Rogério Ceni
- Raí
- Serginho Chulapa
- Muller
- Careca
- Darío Pereyra
- Cafu
- Toninho Cerezo
- Leônidas da Silva
- Mineiro
Mineiro (10° lugar)
Para começar nossa lista, temos um ídolo recente. Carlos Luciano da Silva, mais conhecido como Mineiro, foi um jogador decisivo em um momento em que o São Paulo buscava ser dominante no futebol nacional.
Mineiro chegou no São Paulo em 2005, após ganhar destaque no São Caetano, sendo campeão do Campeonato Paulista de 2004 com a equipe do ABC paulista.
Já em seu primeiro ano no Morumbi, Mineiro assumiu rapidamente a titularidade e foi importantíssimo na conquista de todos os títulos da equipe na temporada: Campeonato Paulista, Copa Libertadores e Mundial de Clubes da Fifa. Veja abaixo o gol de Mineiro que deu ao São Paulo o terceiro mundial.
Naquele ano, além da segurança que o volante passava para o resto do time, a capacidade ofensiva também foi fundamental. Foi dele o gol que garantiu o título Mundial da equipe no confronto diante do Liverpool, na final da competição.
No seu último ano vestindo a camisa tricolor, em 2006, Mineiro fez parte da seleção do Campeonato Brasileiro, conquistado pela equipe do São Paulo.
Pelo poder de decisão, ao marcar um dos gols mais importantes da história do clube, e pela regularidade que ele teve nos dois anos que esteve no Morumbi, acreditamos que ele é merecedor dessa posição.
Leônidas da Silva (9° lugar)
Leônidas da Silva é certamente um dos maiores jogadores da história do futebol brasileiro, e muito disso se deve ao período em que atuou no São Paulo.
O atacante chegou ao Tricolor já com 29 anos, em 1942, 12 anos após a fundação do clube. Apesar de estar mais para o fim da carreira, provou que ainda tinha muita lenha para queimar e conseguiu se tornar o primeiro grande ídolo da história do São Paulo
Conhecido como “Diamante Negro”, Leônidas permaneceu na capital paulista até 1950, quando se aposentou do futebol vestindo a camisa do Tricolor.
Durante esse período atuando nos gramados do saudoso Pacaembu, Leônidas entrou em campo em 212 oportunidades e marcou incríveis 140 gols.
No currículo, 5 títulos do Campeonato Paulista (1943, 1945, 1946, 1948 e 1949) e uma história que marcou a transformação da equipe no futebol do estado de São Paulo.
Toninho Cerezo ( 8° lugar)
Apesar de pouco tempo vestindo a camisa do São Paulo, a qualidade do meio-campista e os títulos conquistados no Morumbi são o suficiente para Toninho Cerezo ocupar a nossa 8ª colocação.
Depois de grandes conquistas com a camisa do Atlético Mineiro e passagens no futebol europeu, Cerezo chegou ao São Paulo em 1992 e logo foi campeão mundial com a equipe.
No ano seguinte, o São Paulo repetiu a dose, conquistando novamente a Libertadores e Mundial, tendo Cerezo com um dos grandes jogadores dessas conquistas.
O meia, inclusive, marcou um dos gols da grande final do Mundial de 1993, diante do Milan.
Cerezo ficou apenas dois anos no tricolor e foi embora após atritos com o técnico Telê Santana, um dos grandes técnicos do Brasil e do São Paulo.
Ao todo, Toninho Cerezo disputou 60 jogos e marcou 6 gols pelo Tricolor, conquistando Campeonato Paulista (1993), Libertadores (1993), Mundial de Clubes (1992 e 1993), Recopa Sul-Americana (1993) e a Supercopa da Libertadores (1993).
Cafu (7° lugar)
Capitão do pentacampeonato da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2002, Cafu fez história no tricolor paulista na década de 90, atuando como lateral-direito.
Cria da base do São Paulo, Cafu estreou como profissional em 1990 e participou dos anos de ouro do tricolor, em que o clube dominou o futebol brasileiro e sul-americano.
Pelo São Paulo, Cafu conquistou tudo: Campeonato Paulista (1991 e 1992), Campeonato Brasileiro (1991), Libertadores (1992 e 1993), Mundial de Clubes (1992 e 1993), Recopa Sul-Americana (1993 e 1994) e Supercopa da Libertadores (1993).
As conquistas, as grandes atuações e o domínio da posição entre os jogadores que atuavam no futebol brasileiro, fizeram com que Cafu fosse convocado para a Copa do Mundo de 1994.
Até hoje, muitos consideram que Marcos Evangelista de Morais, o Cafu, é o maior lateral direito da história do Tricolor Paulista.
Jogando pelo time do Morumbi, Cafu entrou em campo em 273 oportunidades e anotou 38 gols, levando na bagagem uma história brilhante e vencedora e o 7° lugar da lista de maiores jogadores da história do São Paulo.
Darío Pereyra (6° lugar)
Único jogador que não é brasileiro na nossa lista, o uruguaio Darío Pereyra é certamente o maior jogador estrangeiro que atuou no São Paulo e um dos maiores que atuaram no Brasil.
Originalmente volante, Darío Pereyra se adaptou às necessidades e passou a atuar como zagueiro no tricolor do Morumbi.
Ele chegou ao São Paulo em 1997, dois anos após iniciar a carreira, e por lá permaneceu até 1988, somando mais de 11 anos de clube.
Sendo o jogador de linha estrangeiro com maior número de partidas pelo São Paulo, com 453 jogos disputados, Darío também tem na bagagem grandes conquistas com a camisa tricolor.
O zagueiro foi titular e fundamental nas campanhas de diversos títulos: Campeonato Paulista (1980, 1981, 1985 e 1987) e Campeonato Brasileiro (1977 e 1986).
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Careca (5° lugar)
Antônio de Oliveira Filho, mais conhecido como Careca, é o melhor atacante da história do São Paulo, pelo menos no talento com a bola nos pés, e um dos maiores atacantes do Brasil em todos os tempos.
Titular do ataque da Seleção Brasileira durante muito tempo, principalmente na década de 80, Careca atuou durante 4 anos na equipe do São Paulo, de 1983 até 1987.
Durante esse período, conquistou alguns títulos importantes com a camisa tricolor: Campeonato Paulista (1985 e 1987) e Campeonato Brasileiro (1986)
Ao todo, Careca atuou em 191 partidas na capital paulista e marcou 115 gols.
Apesar de não ser um dos jogadores com mais tempo de casa, Careca se consagrou no São Paulo, e o seu grande nível de atuações fez com que ele fosse contratado pelo Napoli, para jogar ao lado de Maradona no auge de sua carreira.
Muller (4° Lugar)
No nosso quarto lugar, temos um jogador que marcou época nos anos 80 e 90. Luís Antônio Corrêa da Costa, mais conhecido como Muller, é um dos jogadores mais vencedores do Tricolor Paulista e, certamente, um dos maiores jogadores da história do São Paulo.
Muller chegou ao São Paulo em 1984 e teve três passagens distintas pelo clube. Na primeira, permaneceu no Morumbi até 1988, e conquistou os Campeonatos Paulista (1985 e 1987) e o Brasileiro (1986).
Depois de ficar dois anos no Torino, da Itália, Muller retornou ao São Paulo em 1990, e foi nessa passagem que viveu seus melhores momentos da carreira.
Titular absoluto do clube, Muller foi importantíssimo na conquista do Brasileiro de 1991, além do bi da Libertadores e do Mundial, em 1992 e 1993.
Na decisão do Mundial de Clubes de 1993, o São Paulo empatava com o Milan, porém, aos 41 minutos do segundo tempo o atacante marcou um gol “meio que sem querer”, dando o título ao time brasileiro e entrando de vez na história do clube. Veja abaixo o gol.
Depois de sair novamente do clube, em 1994, retornou em 1996, mas dessa vez teve uma passagem mais discreta e pouco jogou.
No total, foram 360 jogos atuando com a camisa tricolor e 165 gols marcados, números suficientes para o atacante ser o 7° maior artilheiro da história do clube e o 4° da nossa lista de maiores ídolos do São Paulo de todos os tempos.
Serginho Chulapa (3° lugar)
O nosso top 3 se inicia com um dos maiores jogadores da história do São Paulo. Aqui, a escolha é uma questão numérica, já que estamos falando de Serginho Chulapa, o maior artilheiro de todos os tempos do Tricolor Paulista.
Irreverência, polêmicas e brincadeiras marcaram a carreira de Chulapa, mas, acima de tudo, o faro de artilheiro é um ponto fundamental da história desse jogador.
As grandes atuações com a camisa do tricolor o credenciaram para ser o atacante titular da memorável Seleção Brasileira 1982, substituindo o lesionado Careca.
Chulapa permaneceu no clube paulista durante 9 anos, de 1973 até 1982, disputou 399 jogos e marcou incríveis 242 gols.
Durante esse período, Chulapa conquistou o Campeonato Paulista em 3 oportunidades (1975, 1980 e 1981), sendo artilheiro da competição em 75. Além disso, foi campeão do Campeonato Brasileiro de 1977.
Raí (2° Lugar)
No nosso segundo lugar, temos o principal jogador do esquadrão imortal tricolor da década de 90. Irmão de Sócrates, craque da Seleção Brasileira nos anos 80, e um dos maiores jogadores da história do principal rival do São Paulo, o Corinthians, Raí é certamente um dos maiores ídolos da torcida do São Paulo.
Seguindo os passos do irmão, Raí começou no futebol profissional no Botafogo de Ribeirão Preto, clube da cidade em que nasceu, mas foi no São Paulo em que mostrou todo o seu potencial.
O meia chegou ao tricolor do Morumbi em 1987 e não demorou muito para começar a conquistar títulos com a camisa do São Paulo. Já em 1989, levantou seu primeiro troféu, o Campeonato Paulista de 1989.
Em sua primeira passagem, Raí permaneceu no São Paulo até 1993 e foi o grande nome das principais conquistas do clube durante esse período.
No Mundial de 1992, Raí foi o nome do São Paulo na decisão, o jogador foi o autor dos dois gols na vitória por 2 x 1 contra o Barcelona.
O segundo, e mais emblemático foi um golaço de falta, acertando o ângulo superior direito do goleiro Zubizarreta. Veja os gols desta decisão.
Vestindo a camisa 10, Raí ganhou tudo nessa passagem: Campeonato Paulista (1989, 1991 e 1992), Campeonato Brasileiro (1991), Copa Libertadores (1992 e 1993) e Mundial de Clubes (1992).
Após deixar o Tricolor, em 1993, para vestir a camisa do PSG, clube em também fez história e se tornou ídolod, Raí retornou ao São Paulo em 1998, para encerrar a carreira.
Ainda deu tempo de mais conquistas importantes, os Paulistas de 1998 e 2000, fazendo inclusive gol na final do título em 88. Ao todo, Raí entrou em campo 393 vezes com a camisa do São Paulo e marcou 128 gols.
Rogério Ceni (1° lugar)
O primeiro lugar da nossa lista, não deixa dúvidas. Rogério Ceni, o “Mito”, é certamente o maior jogador da história do São Paulo.
Revelado pelo Sinop-MT, Rogério Ceni chegou ao Morumbi com apenas 17 anos e foi fiel ao clube até o fim da carreira, atuando durante toda sua trajetória com a camisa do São Paulo.
Foram 25 anos de clube, de 1990 até 2015, contando desde o fim da trajetória como juvenil e toda a sua carreira como profissional profissional.
A estreia de Rogério Ceni pelo São Paulo foi em junho de 1993, mas ele só assumiu a titularidade em 1997, com a saída do goleiro Zetti.
Apesar disso, estava presente no grupo que foi campeão da Libertadores e do Mundial em 1993. Depois, foi titular absoluto nas grandes conquistas do Tricolor na década de 2000.
Capitão e decisivo, Rogério Ceni coleciona recordes e títulos com a camisa do São Paulo. É o jogador que mais atuou, com 1.237 jogos disputados, e o recordista de temporadas disputadas pelo clube paulista.
Outro fator determinante para a idolatria de Ceni é uma característica incomum para um goleiro de futebol. Rogério foi um exímio batedor de faltas e de pênaltis, alcançando a marca de 132 gols na carreira, número que o torna o maior goleiro artilheiro da história do futebol.
No dia 27 de março de 2011, Rogério Ceni entrava de vez para a história do clube. O goleiro chegou ao centésimo gol de sua carreira diante do arqui-rival Corinthians, em jogo realizado na Arena Barueri, terminando 2 x 1 para o São Paulo no Campeonato Paulista daquele ano.
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No total, Rogério Ceni conquistou 18 títulos oficiais com a camisa tricolor, entre eles Libertadores (1993 e 2005), Mundial de Clubes (1993 e 2005) e o tricampeonato do Brasileirão (2006, 2007 e 2008).
A longevidade, a liderança, as conquistas e categoria do goleiro com a bola nos pés marcaram a carreira de Rogério Ceni e, sem dúvida alguma, ele merece o posto de 1° lugar da nossa lista de maiores jogadores da história do São Paulo.
Após se aposentar em 2015, Rogério retornou ao São Paulo em 2017, mas desta vez na beira do campo. Assumindo o cargo como treinador, Ceni fez duas passagens a frente do clube, assim como em 2017, assumiu novamente em 2021 e ficou até abril deste ano.
O aproveitamento foi de 53.89%. com 141 jogos, 63 vitórias, 39 empates e 59 derrotas somando ambas as passagens. Nenhum título foi conquistado, mas Ceni levou o clube ao vice-campeonato do Paulistão 2021 e Sul-Americana 2022.
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*Última atualização em 05 de agosto de 2023.
Trabalho com esportes em geral, além dos americanos, redação e SEO há alguns anos. Coberturas em Taça Brasil FA, Superliga Masculina/Feminina, Seleção Brasileira de vôlei masculino, NBB, LNF e Powerlifting. Somo experiências em portais como Quinto Quarto, Blogdescalada, Minha Torcida, Futebol Interior, entre outros.