Como o armador no basquete ou o quarterback no futebol americano, o levantador no vôlei é o responsável por determinar como serão todas as jogadas de ataque de uma equipe. Sua função em quadra é atuar como o “cérebro do time”.
Para ser um bom levantador, é preciso dominar a técnica, ter bom entrosamento com os atacantes e ainda ter boa leitura de jogo, para identificar qual a melhor decisão a ser tomada.
Alguns dos melhores levantadores da história do vôlei são brasileiros. Mas você sabe tudo sobre o levantamento no voleibol?
Se tem alguma dúvida, não se preocupe. Estamos aqui para explicar como é feito o levantamento no vôlei, as regras sobre esse fundamento e quais as técnicas que podem ser utilizadas!
Função do levantador no vôlei
Todas as jogadas ofensivas no voleibol passam pelas mãos do levantador. Assim como o quarterback no futebol americano, ele é responsável por armar os ataques, passando ou “levantando” a bola para aquele que será o responsável por atacar.
Os levantadores precisam ser precisos nos passes e ter atenção ao posicionamento do time adversário, para saberem para qual companheiro de time devem direcionar o levantamento, evitando bloqueios.
A função de levantador está diretamente relacionada aos sistemas táticos do vôlei.
Melhores levantadores do voleibol brasileiro
- Maurício
- Fernanda Venturini
- Ricardinho
- Fofão
- Dani Lins
- Bruninho
Maurício
Maurício é um dos maiores jogadores da história do vôlei no Brasil. Ele foi o levantador titular da Seleção Brasileira em sua primeira medalha de ouro em Olimpíadas, nos Jogos de Barcelona, em 1992.
Em Atenas, em 2004, ele era o reserva de Ricardinho no time que foi bicampeão olímpico.
Além das edições de Barcelona e Atenas, Maurício participou de mais três Olimpíadas — esteve em todas entre 1988 e 2004.
Também foi campeão mundial em 2002 e tetracampeão da Liga Mundial.
Fernanda Venturini
Fernanda Venturini foi uma das melhores jogadoras de vôlei no mundo em sua geração. A levantadora disputou quatro Olimpíadas e conquistou a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996.
Como profissional, conquistou também três títulos do Grand Prix (1994, 1996 e 2004). No sub-20, foi bicampeã mundial pela Seleção Brasileira.
Por clubes, Fernanda Venturini foi 12 vezes campeã brasileira, bicampeã mundial e campeã espanhola.
Ricardinho
Ricardinho foi o levantador titular da Seleção Brasileira na conquista da segunda medalha de ouro olímpica, em Atenas 2004, e fez parte da era mais vitoriosa do Brasil no vôlei.
Ex-capitão da seleção, ele conquistou também seis medalhas de ouro na Liga Mundial (2001, 2003, 2004, 2005, 2006 e 2007), duas medalhas de ouro no Campeonato Mundial (2002 e 2006), foi tetracampeão sul-americano (1997, 1999, 2001 e 2003), tricampeão da Copa América (1998, 1999 e 2001), bicampeão da Copa dos Campeões (1997 e 2005) e campeão da Copa do Mundo (2003).
Fofão
Reserva de Fernanda Venturini na medalha de bronze em Atlanta 1996, Fofão assumiu a condição de levantadora titular da Seleção Brasileira, conquistou mais um bronze em Sydney 2000 e comandou a equipe em quadra no ouro em Pequim 2008.
Em toda a sua trajetória pela Seleção Brasileira, entre 1991 e 2008, Fofão disputou 340 partidas e esteve em 5 edições dos Jogos Olímpicos.
Dani Lins
Em Londres 2012, coube a Dani Lins a missão de ser a levantadora titular da Seleção Brasileira. Ela manteve o alto nível de suas antecessoras e ajudou o Brasil a ser bicampeão olímpico no voleibol feminino.
Dani Lins esteve também na Olimpíada do Rio de Janeiro em 2016, quando o Brasil parou nas quartas de final.
Bruninho
Filho do técnico Bernardinho, Bruninho conquistou seu lugar entre os maiores levantadores da história do vôlei no Brasil. Foi com ele como levantador titular que a Seleção Brasileira conquistou o tricampeonato olímpico, no Rio de Janeiro em 2016.
Pela equipe nacional, Bruninho foi também campeão mundial em 2010, campeão da Copa do Mundo de 2007, tetracampeão da Liga Mundial, bicampeão pan-americano e pentacampeão sul-americano.
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Como fazer um bom levantamento no voleibol
Depois que uma equipe recebe um saque ou defende um ataque, aparece o próximo fundamento: o levantamento no voleibol.
Nesse movimento, um jogador faz um passe para que um companheiro de equipe ataque a bola e a mande para a quadra adversária.
Essa função, normalmente, cabe a um jogador específico da equipe, chamado levantador.
Geralmente, o levantamento é feito com um toque, mas também há possibilidade de ser utilizada uma manchete.
Para fazer um bom levantamento, o jogador deve:
- Flexionar levemente os joelhos, mantendo as costas retas;
- Flexionar os cotovelos em um ângulo reto, acima dos ombros;
- As mãos devem ficar acima da testa, abertas e a uma distância de cerca de 15 centímetros uma da outra;
- Os dedos devem estar relaxados e ligeiramente curvados, formando um triângulo com polegares e indicadores;
- Para tocar na bola, as pernas devem ser esticadas, para elevar o corpo;
- A bola deve ser empurrada com os dedos com força e esticando os braços para cima.
Regras de levantamento no voleibol
As regras do vôlei não falam especificamente sobre o levantamento, ao contrário do que acontece sobre outros fundamentos como o saque e o bloqueio.
Os toques podem ser feitos com qualquer parte do corpo, mas os jogadores de voleibol, especialmente os levantadores, devem ficar atentos a duas ações que podem caracterizar infrações no levantamento: condução e dois toques.
O que não pode na hora de fazer o levantamento?
1 – Condução
A condução no vôlei acontece quando a bola é retida e/ou lançada, e não é rebatida com o toque do jogador.
Isso ocorre quando o jogador amortece a bola entre suas mãos antes de efetivamente jogá-la para o alto. Assim, há um erro no levantamento e é marcado ponto para o time adversário.
2 – Dois toques
Os dois toques acontece quando um jogador toca a bola duas vezes consecutivas ou a bola toca, consecutivamente, várias partes de seu corpo.
No vôlei, a bola pode tocar várias partes do corpo, contanto que estes contatos ocorram simultaneamente
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Tipos de levantamento no voleibol
O levantamento no vôlei, geralmente, é executado com um toque, mas também pode ser feito com manchete, quando a bola está muito baixa, ou com uma mão só, em casos que o levantador tem habilidade para tal e precisa ser ágil ao ajeitar a bola para o atacante.
Em relação à altura do levantamento, há três alternativas no vôlei mais comuns, além da manchete, da com uma mão apenas e daquela do sacrifício, que é mais uma salvação de uma bola perdida que vira um levantamento do que propriamente um fundamento.
1 – Levantamento alto
Esse tipo de levantamento é aquele que é feito direcionando a bola com uma parábola mais alta para os atacantes de ponta. Normalmente, é usado quando a recepção é ruim, e o levantador precisa “corrigir” o passe.
Também é executado quando o levantador faz o primeiro passe e o levantamento precisa ser feito por outro jogador da equipe. Na maior parte das vezes, essa função fica com o líbero.
2 – Levantamento médio
Nem tão alto, nem tão rápido. Assim, é o levantamento intermediário. Também chamado de “meia bola”, é usado principalmente com os opostos, em jogadas combinadas e nos ataques atrás da linha dos três dos jogadores que ocupam as posições 1 e 6. Os levantamentos médios são mais rápidos que os altos e, por isso, tendem a dificultar mais a ação do bloqueio.
3 – Levantamento baixo
O levantamento baixo é o mais rápido do vôlei, com uma parábola baixa. Geralmente, é utilizado pelos jogadores de meio de rede. Para que seja bem executado, demanda ótimo entrosamento entre levantador e central, com precisão no tempo de bola.
Com os ponteiros, esse levantamento é chamado de “chute da ponta”. Há também a alternativa de ser feito na saída de rede. Nesse caso, é apelidado de “China”.
4 – Levantamento de manchete
O levantamento de manchete é um movimento muito comum no vôlei. Normalmente é feito na recepção (primeiro toque do time na bola quando ela chega na sua quadra). O atleta leva os braços para frente, juntas as mãos, colocando uma em cima da outra, e “abraça” as mãos com os polegares de forma que eles fiquem lado a lado.
Veja o passo a passo de como fazer uma manchete
5 – Levantamento com uma mão
Este movimento requer um nível mais elevado de treino, prática e técnico, pois se já é difícil levantar com ambas às mãos, este recurso não é para qualquer um. Ele é utilizado quando a bola está muito próxima da rede que a única forma de pegar a bola é com um braço só.
Ele é esteticamente bonito, mas é mais uma válvula de escape para evitar a perda do ponto do que propriamente um estilo. Logo, o levantamento com uma mão tem menos força, altura, direcionamento e equilíbrio.
Conclusão
Independentemente do modo como vão passar a bola para os atacantes, os levantadores devem deixar os companheiros de equipe em boa condição para pontuar. Por isso, precisam também ter boa leitura do bloqueio adversário, para identificar para onde a bola deve ir.
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Matheus Carvalho é um profissional multifacetado com experiência em marketing, comunicação e nas areas esportivas. Atualmente, Matheus é redator no site Esportelândia, cobrindo diversos esportes pelo Brasil e o mundo, seja Futebol, Tênis, Vôlei, Basquete, Fórmula 1, entre outros. Além de ser um apaixonado por esportes, como todo brasileiro.