Categoria Classic Physique, físicos clássicos, shapes mais estéticos, o futuro do Bodybuilding. Todos esses termos positivos apontam para uma única categoria: a Classic.
Sem dúvida, esta é a classe mais popular e adorada no cenário atual do fisiculturismo mundial, atraindo a maior audiência entre os fãs do esporte.
Para entender o porquê, preparamos este guia que explicará tudo o que você precisa saber sobre a categoria clássica e o motivo pelo qual ela se tornou o “centro das atenções” do bodybuilding.
Conheça tudo sobre a Classic Physique
Já sendo bastante conhecida em outras federações, primordialmente, a categoria clássica sempre prezou um físico menos agressivo, competidores com sungas pretas e um condicionamento que fica na linha tênue que divide a Men’s Physique da Open Bodybuilder.
Desse modo, podemos dizer que esta classe se encaixa justamente no meio-termo entre às duas outras categorias:
- Físico menos volumoso e menos condicionado (na teoria) que a Open;
- Físico mais volumoso e mais condicionado que a Men’s Physique.
Contudo, para conseguir essas distinções, os criadores tiveram que optar por uma regra exclusiva desta classe: o limite de peso por altura.
Precisa bater peso na Classic?
Sim, e essa é a principal diferença da Classic para a Men’s e para a Open Bodybuilding.
Os atletas desta classe precisam bater um peso pré-determinado de acordo com sua altura.
Por exemplo: um fisiculturista de 1,80 cm de altura tem um limite de peso de 99,3 kg. Enquanto um de 1,98 cm pode bater até 122,5 kg.
Vale dizer que o peso muda quando o atleta sai do amador e vira profissional, sendo acrescentados de 4 kg a 6 kg a mais no teto de pesagem, dependendo da altura.
Assim, os atletas costumam sofrer bastante para conseguir se adequar ao limite proposto pela altura. Porém, quanto maior o sofrimento na dieta e no treino, maior é a condição física apresentada no palco.
Como é o shape de um atleta da categoria Classic Physique?
Ao longo dos anos, a categoria pesada foi perdendo a estética do físico, apresentando atletas com muito volume, cinturas largas e definição apenas razoável.
Nesse ínterim, a categoria Classic Physique surgiu trazendo detalhes que remetem à era de ouro do bodybuilding, quando os físicos conseguiam combinar estética e massa muscular sem comprometer uma estrutura agradável aos olhos.
Sendo assim, um shape da categoria Classic Physique precisa ter:
- Físicos cheios;
- Extrema condição;
- Pouca ou nenhuma assimetria;
- Pouca ou nenhuma desproporção;
- Poses bem trabalhadas.
Como resultado isso, a categoria Classic Physique se tornou a mais visada atualmente por mostrar um conjunto harmônico entre membros inferiores e superiores.
As poses da categoria Classic Physique
Neste tópico, abordaremos o principal diferencial da categoria Classic Physique em relação às outras categorias: as poses.
Com menos poses compulsórias do que o bodybuilding, mas mais do que a Men's Physique, esta classe busca exibir a leveza do corpo humano através dos músculos e a maneira de apresentá-los no palco.
Assim, não basta apenas tornar seus músculos visíveis para os árbitros. É necessário realizar uma verdadeira dança, semelhante ao balé, demonstrando tranquilidade ao posar e fazendo tudo parecer o mais natural possível.
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Dentro disso, temos ao todo 5 poses obrigatórias, além do “quarto de voltas” (onde o atleta mostra os quatro lados do corpo de forma simples), na categoria Classic Physique. Conheça abaixo:
- Duplo bíceps de frete;
- Duplo bíceps de costas;
- Peitoral melhor lado;
- Abdominal e coxas;
- Pose clássica favorita.
Dentro disso, a pose clássica favorita é a que mais chama atenção por ser exclusiva dessa classe.
Sendo ao contrário da “Mais musculoso”, presente na Open e na 212, a “clássica favorita” faz com que o atleta escolha uma pose que marcou a história do fisiculturismo e a interprete no palco.
Assim, podemos relembrar os atletas presentes na Golden Era do Bodybuilding, como Arnold Schwarzenegger e Franco Columbu.
Principais nomes da história da categoria Classic Physique
Atualmente, é inegável dizer que o maior atleta do esporte fisiculturismo é o Chris Bumstead, eleito cinco vezes seguidas como o melhor Classic do mundo e um dos nomes com mais “marketing” dentro do bodybuilding.
Além de muita simpatia e estar sempre longe das brigas presentes no esporte, Chris tem um dos melhores físicos que já pisaram na face da Terra, com muita simetria, proporção e volume.
E também, ele consegue se sobressair pelo fato de posar com maestria e sempre estar dotado de algum corte de cabelo ou barba típica dos anos 80 (no Mr. Olympia 2021 estava com Mullet e bigode).
Vale dizer que muitos especialistas afirmam que o mesmo vai perdurar no topo durante mais alguns anos, e se depender dele e de seus milhões de fãs, a realidade deve ser, de fato, essa.
Porém, destaca-se também que o atleta brasileiro Ramon Dino, no qual será apresentado ao decorrer do artigo, já conseguiu enfrentar frente a frente no Mr. Olympia 2022 e 2023. Nestas ocasiões, Dino acabou com a 2° posição do show mais importante do cenário.
Além do canadense, outros nomes brilham no cenário atual da Classic, como Urs Kalecinski, atual top 3 no Mr. Olympia, e Terrence Ruffine, que foi duas vezes vice-campeão do show.
Vale dizer que Ruff ainda é considerado um nome maior que Urs, pois possui uma longa jornada percorrida no fisiculturismo. Porém, o alemão ainda tem muito caminho a trilhar por ter apenas 24 anos.
Principais nomes brasileiros da categoria Classic Physique
O acriano, citado no fim do último tópico, que ficou em quinto lugar na sua estreia no Mr. Olympia e em 2° no Olympia 2022 e 2023, é eleito como o principal sucessor do “CBum” na categoria.
Além da classe presente no físico, especialistas do esporte dizem que o mesmo possui a melhor genética de um ser humano.
Falar da categoria Classic Physique sem citar o nome de Ramon é, atualmente, esconder o inevitável.
Além desses fatores, o “marketing” do Ramon com sua patrocinadora e amigos do esporte fazem dele um fenômeno brasileiro e internacional do fisiculturismo.
Por se tratar de uma categoria de tanto renome, logo podemos destacar outro nome de um brasileiro que também pisou no Mr. Olympia três vezes seguidas: Gabriel Zancanelli.
Apesar de que ele não tenha ficado numa posição relevante no campeonato em 2021, Zancanelli ainda é novo e tem muito chão para percorrer com um físico que ainda cabe muita massa. Na edição de 2022 e 2023 do Olympia Zanca ficou com a 13° colocação.
O futuro da categoria Classic Physique
O título desse tópico deveria ser “O futuro do fisiculturismo”. Isso porque a categoria Classic Physique já passou de ser apenas uma das quatro principais categorias para se tornar “A principal categoria”.
E isso não é só opinião dos especialistas e principais nomes do esporte, os números demonstram que esta classe vem chamando mais atenção do que a Bodybuilding (que era a chave do fisiculturismo).
Portanto, são vários os motivos que podem explicar esse fenômeno:
- Mais condicionamento;
- Atletas mais carismáticos;
- Físicos mais “bonitos”;
- O maior embaixador do esporte é Classic Physique;
Assim, pouco a pouco a tendência é que esta categoria se torne a mais visível mundialmente e com o maior número de espectadores, superando a Open.
Agora que você já conhece sobre as categorias do fisiculturismo masculino, veja outros conteúdos para entender mais sobre o esporte:
- Os 20 melhores fisiculturistas do Brasil na história
- As 7 competições de fisiculturismo mais importantes do mundo
- Segredo dos músculos? Conheça os 12 carboidratos mais consumidos por fisiculturistas
- Categoria Men’s Physique: conheça tudo sobre
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Marcelo Cartaxo é jornalista, redator e repórter no Esportelandia, um dos maiores sites olímpicos do Brasil. Com passagens por Futebol na Veia, Premier League Brasil, Minha Torcida, Quinto Quarto e ShaftScore, adquiriu experiências que hoje somam na equipe de redação do site.