Antes de mais nada, biotipos corporais são maneiras de classificar as estruturas ósseas da população.

Em tempos, a ciência e a medicina utilizam três diferentes bases para descrever as estruturas: ectomorfo, mesomorfo e endomorfo.

Cada uma tem suas especificidades, tanto em tamanho e peso quanto em bases morfológicas.

Diante disso, é comum encontrar profissionais que conectam os biotipos com as categorias do fisiculturismo.

Assim, disponibilizamos abaixo as conexões entre os dois conceitos e o porquê deles andarem juntos.

Biotipos corporais: Men’s Physique: ectomorfo

Biotipos corporais no fisiculturismo: entenda tudo
Reprodução/ Kyle Murzel

De início, a categoria Men ‘s Physique prezou por uma linha mais estética do que brutal no quesito massa. Sempre tentando ser algo palpável para a maioria da população.

Além disso, alguns fatores ligados ao formato do shape se fazem presente nela, como ombros largos e cintura fina.

Diante disso, fica claro a ligação desta classe com indivíduos ectos. A classe de ectomorfos, nos biotipos corporais, é definida por aqueles que possuem ossos mais finos e estrutura menor.

Fora que ganhar massa muscular ser mais difícil, assim como ganhar gordura também ser um desafio.

Desta maneira, quem possui cintura mais fina, ombros e peitos largos e um volume muscular mais baixo pode fazer sucesso na Men’s.

Claro, isso não impede que um ecto seja campeão de uma Classic ou até de uma Bodybuilder. Um exemplo disso é Julio Balestrin, ex-bodybuilder que compete na Classic atualmente.

Classic Physique: mesomorfo

Na sequência de biotipos corporais temos a categoria Classic Physique, considerada a de maior expressão dentro do culturismo.

Se destacando por equilibrar massa muscular, definição e leveza nas poses de maneira excelente, esta classe está em constante evolução.

Diante disso, mesomorfos, aqueles que possuem dificuldade de ganhar gordura e facilidade em ganhar massa, podem se sair bem nela.

Isto pode ser explicado partindo da premissa que esta classe depende do atleta bater um peso. Assim, quanto maior a facilidade em perder, ou até não acumular gordura, maiores são as suas chances de chegar bem no evento.

biotipos corporais no fisiculturismo
Junior Javorski. Reprodução/Magaclick

Entretanto, vale dizer que os biotipos corporais não limitam as pessoas. Um ecto ou um endo pode ser Classic normalmente. Assim como Junior Javorski, que possui características de meso e endo, e é um dos sucessos na Classic.

Bodybuilder: endomorfo

Por fim, temos a Bodybuilder, conhecida como a classe de maior volume. Este fator faz com que ela seja a mais difícil de alcançar no esporte, fazendo com que o atleta dedique sua vida para o culturismo.

Entretanto, atualmente ela vem sendo debatida devido aos atuais campeões. Como o Big Ramy, duas vezes Mr. Olympia, que mesmo entregando um shape muito musculoso, não mostra o condicionamento ideal.

Biotipos corporais no fisiculturismo: entenda tudo
Reprodução/Chriss Nicoll

Diante desses aspectos, indivíduos endo podem se encaixar nesta categoria com maior “facilidade.” Isto porque ela também não precisa de uma cintura fina, facilitando para quem possui uma estrutura endomórfica.

Assim, pessoas que se encaixam dentro desta classe de biotipos corporais possuem facilidade de ganhar massa, porém, a gordura também vem mais fácil.

Por outro lado, vale lembrar que os biotipos corporais no fisiculturismo não limitam a classe. Qualquer um pode ser Bodybuilder, depende apenas do seu esforço.

Um exemplo disso é Rafael Brandão, que tem um corpo parecido com um ecto, porém, é o maior brasileiro da categoria atualmente.