O Mundial de Atletismo 2023 foi palco de novos recordes, emoção, exemplos de espírito esportivo e mais. De primeiro lugar compartilhado a retorno emocionante.

O Mundial de Atletismo 2023 não contou com grande destaque no quadro de medalhas para o Brasil, mas foi muito especial.

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Brasileiros no Mundial de Atletismo 2023

As dificuldades já começaram no início da viagem de alguns atletas brasileiros para o Mundial após problemas com bagagem, mas a esperança de medalhas não podia ser afetada.

No início do Mundial, Caio Bonfim conquistou a medalha de bronze na marcha atlética dos 20km, aumentando o quadro geral de medalhas brasileiras em mundiais para 16 pódios (2 ouros, 6 pratas e 8 bronzes).

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O Brasil anunciou uma equipe que contava com alguns nomes de sucesso no atletismo nacional e até mundial. Darlan Romani era um deles, no entanto, o arremessador de peso ficou em oitavo nesta edição.

A saber, Romani foi campeão mundial indoor em 2022, enquanto participava do Campeonato Mundial realizado na Sérvia. Uma lenda brasileira da modalidade, assim como Elisângela Adriano. Com derrota em Budapeste, Darlan segue sua trajetória em busca de Paris 2024.

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Brasileiros fora dos pódios em provas de corridas

(Icon Sport) Alison dos Santos era esperança de pódio nos 400m com barreira
(Icon Sport) Alison dos Santos era esperança de pódio nos 400m com barreira

Dos brasileiros, Paulo André era um dos mais festejados. Havia a expectativa de que o velocista contribuísse na conquista de alguma medalha.

Suas atuações douradas em Campeonato Mundial de Revezamento, Sul-Americano, Troféu Brasil, entre outros, geraram esperança de pódio em cima do atleta de 25 anos.

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Além de André, a equipe 4 x 100m contava com Erik Cardoso, o primeiro brasileiro a correr abaixo dos 10s nos 100m. No entanto, o estrelado grupo de velocistas ficou fora do pódio.

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Alison dos Santos era um dos principais nomes da delegação brasileira também. No entanto, vindo de uma lesão, o atleta não se preparou como desejava, apesar de ainda conseguir finalizar a recuperação a tempo e se classificar para a final dos 400m com barreira do Mundial.

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De fato, a vida do Brasil nas provas de corrida não estava fácil, seja no masculino ou feminino. Uma das brasileiras que sofreu com extravios de malas às vésperas do Mundial de Atletismo, Vitória Rosa, também registrou marca abaixo do seu potencial.

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Melhores momentos no Mundial de Atletismo 2023

(Icon Sport) Noah Lyles conquistou 3 medalhas de ouro em Budapeste
(Icon Sport) Noah Lyles conquistou 3 medalhas de ouro em Budapeste

Natural que uma lenda seja lembrada pelo sucesso ou que vire objetivo de melhores resultados. Usain Bolt sofreu os dois.

A jamaicana Shelly-Ann Fraser-Pryce conquistou sua 16ª medalha em mundiais e passou o lendário velocista no quesito.

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Dentro disso, o atleta americano Noah Lyles também lembrou de Bolt, no entanto, de forma menos respeitosa. Fato é que o estadunidense falou e cumpriu. Não bateu recordes do jamaicano, mas venceu as provas dos 100m, 200m e 4 x 100m em Budapeste.

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Apesar da provocação ou quebra de marca especial de um de seus recordes, Usain Bolt segue como um dos maiores no atletismo.

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Além da provocação de um fenomenal corredor para o maior das pistas nos últimos tempos, a demissão de um guarda com tatuagem nazista também chamou a atenção do público.

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Segundo o veículo alemão Bild, havia um dos seguranças com uma tatuagem nazista no pescoço. A notícia se espalhou rapidamente e a Valton Security, responsável pela equipe de segurança do torneio, tomou as medidas cabíveis.

Retorno ao topo do mundo de Karsten Warholm

O trono era de Karsten Warholm antes de Alison dos Santos assumir em 2022. Após lesão, o norueguês lutou para se recuperar a tempo do Mundial de Atletismo 2023.

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Apesar da torcida brasileira por Alison dos Santos, Warholm era o principal favorito nos 400m com barreira. Karsten mostrou que a lesão foi apenas um contratempo em sua carreira e voltou ao topo com estilo, adicionando seu 3º ouro no currículo.

Recordes no Mundial de Atletismo 2023

Em suma, o único grande recorde mundial foi dos Estados Unidos no revezamento misto 4x400m. Justin Robinson, Rosey Effiong, Matthew Boling e Alexis Holmes registraram 3m08s80 na competição.

Em todo caso, confira no quadro abaixo os demais recordes da competição, nacionais ou de jovens promissores do atletismo mundial.

Evento Registro Atletas País Competição
[Recorde Nacional] Revezamento misto 4x400m 3m14s08 Attila Molnár, Bianka Kéri, Zoltán Wahl e Janka Molnár Hungria  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Mundial de Atletismo 2023 em Budapeste, Hungria

[Recorde da Competição] Arremesso de peso masculino 23,51 metros Ryan Crouser Estados Unidos
[Recorde Nacional] 400 metros masculinos 44,84 s Molnár Attila Hungria
[Recorde Mundial Sub-20] 400m com barreiras 47,34 s Roshawn Clarke Jamaica
[Recorde da Competição] Lançamento de disco 71.46m Daniel Stahl Suécia
[Recorde da Competição] 100m feminino 10.65s Sha'Carri Richardson Estados Unidos
[Recorde Europeu] 400 metros masculino 44.26s Matthew Hudson-Smith Grã-Bretanha
[Recorde da Competição] Marcha Atlética 35km feminina 2:38:40 María Pérez Espanha
[Recorde Nacional] Revezamento 4x100m feminino 43.38s Gréta Kerekes, Jusztina Csóti, Boglárka Takács e Luca Kocsis Hungria
[Recorde da Competição] 200 metros femininos 21.41s Shericka Jackson Jamaica
[Recorde Nacional] 4x400m masculino 3:02.65 Ernő Steigerwald, Zoltán Wahl, Árpád Kovács e Attila Molnár Hungria
[Recorde Nacional] 4x400m feminino 3:27.79 Evelin Nádházy, Bianka Kéri, Fanni Rapai e Janka Molnár Hungria
[Recorde da Competição] 4x100m feminino 41.03s Tamari Davis, Twanisha Terry, Gabrielle Thomas e Sha'Carri Richardson Estados Unidos

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Uma conquista além do esporte

Divulgação/Team USA
Divulgação/Team USA

As duas melhores saltadoras com vara do mundo protagonizaram uma dura final em Budapeste. Uma final digna de classe mundial por razão além da final.

Alcançar uma final mundial ou olímpica exige um grande período de dedicação e esse confronto ficará marcado de forma especial pelo acordo em dividir o ouro. O mundo em geral já é competitivo, mas o do esporte consegue elevar esse nível de disputa.

Logo, ter duas atletas em busca da glória após anos de trabalho duro dispostas a dividir um prêmio onde um poderia querer provar que mereceu mais, sem dúvidas, esse é um nível de maturidade e espírito esportivo acima da média.

Vale lembrar que Katie Moon teve a atitude. A estadunidense já era campeã mundial, Nina Kennedy ainda buscava seu grande momento na carreira.

A marca de 4,90 metros que estava difícil de ser alcançada ficou pequena em comparação com esse desfecho de respeito mútuo e esportividade.

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Quadro de medalhas do Mundial de Atletismo 2023

Divulgação/Attila Kisbenedek
Divulgação/Attila Kisbenedek

Por fim, a delegação brasileira não conseguiu conquistar medalhas de ouro neste mundial. No entanto, o bronze de Caio Bonfim deu alguma felicidade aos fãs.

Uma edição de muita reflexão para os atletas brasileiros. Motivo de muitas releituras em seus caderninhos particulares para entender os erros e como aprender com eles.

O ciclo Paris 2024 ainda pode render muitas alegrias para o Brasil. De fato, é melhor aprender enquanto há tempo para que o sonho de pódio olímpico se torne realidade.

 
            País Ouro Prata Bronze Total
1 Estados Unidos 12 8 9 29
2 Canadá 4 2 0 6
3 Espanha 4 1 0 5
4 Jamaica 3 5 4 12
5 Quênia 3 3 4 10
6 Etiópia 2 4 3 9
7 Grã-Bretanha 2 3 5 10
8 Holanda 2 1 2 5
9 Noruega 2 1 1 4
10 Suécia 2 1 0 3
39 Brasil 0 0 1 1

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