Nesta semana acontece o Mundial de Atletismo de 2023. A competição está sendo disputada em Budapeste, na Hungria, e está com entregando toda a emoção prometida. A saber, esta é a sua 40ª edição e acontece até o dia 27 de agosto.

O Brasil possui muita história no Mundial de Atletismo, já que, com a participação em 2023, confirmou vaga em todas as edições do evento. Sendo assim, vamos relembrar as conquistas de medalhas de ouro dos atletas brasileiros. Confira!

O Mundial de Atletismo 2023 em Budapeste

A competição acontece a cada dois anos e reúne os principais atletas do atletismo mundial. Durante o evento, são disputadas as provas de velocidade, arremesso de peso, salto em distância, entre outras categorias da modalidade.

O Mundial de Atletismo em Budapeste está pegando fogo e já possui grandes histórias. Neste sentido, a delegação do Brasil contribuiu para esse capítulo ao enviar Alison dos Santos, o Piu, que competiu nos 400m com barreiras, os velocistas nos 100 metros rasos, Letícia Oro e Rosângela Santos, lenda brasileira do 4×100 feminino, entre outros atletas para continuar a história do país na competição.

As medalhas de ouro do Brasil no Mundial de Atletismo

Desde a primeira edição do Mundial de Atletismo, em Helsinque, na Finlândia, em 1983, o Brasil conquistou 15 medalhas, sendo dois ouros, seis pratas e sete bronzes. A medalha mais cobiçada do evento foi conquistada no salto com vara e nos 400 metros com barreiras, relembre com a gente!

Fabiana Murer e o voo para o ouro

A paulista é uma das principais representantes do esporte brasileiro. Murer compete no salto com vara e participou de três Olimpíadas, cinco campeonatos mundiais, três Pan-Americanos. Em sua trajetória, ganhou duas medalhas de ouro em Campeonatos Mundiais, uma indoor e outra outdoor, e um ouro no Pan do Rio de Janeiro, em 2007.

Hoje vamos relembrar a sua conquista da medalha de ouro no Mundial de Atletismo de Daegu, em 2011. Fabiana Murer foi responsável pelo primeiro lugar mais alto do pódio do Brasil na competição.

A brasileira chegou muito bem em Daegu, estando entre as principais favoritas junto com a russa Yelena Isinbayeva, detentora do recorde do torneio e atual campeã olímpica. Sendo assim, a expectativa sobre as duas eram imensas e a brasileira não decepcionou.

O salto com vara é disputado em duas rodadas: uma classificatória e a final, e as etapas são realizadas em dias diferentes. Na primeira fase, no dia 28 de agosto, as 12 melhores atletas avançaram. Já na final, no dia 30, as três melhores ganharam as respectivas medalhas. Cada saltadora tem direito a três saltos por marca. Se não passar pela altura, está eliminada.

No primeiro dia, para facilitar a organização da prova, as atletas são divididas em dois grupos (A e B), a brasileira e Isinbayeva ficaram no segundo. As duas saltadoras se classificaram sem dificuldades. Ambas saltaram 4m55 no primeiro salto e avançaram com a melhor marca do dia.

A performance na classificatória só aumentou ainda mais a vontade do público pela decisão do salto com vara. Assim, no dia 30, as duas e outras duas saltadoras fizeram a marca de 4m65, sem errar antes. Então, as atletas subiram o sarrafo para 4m75, altura em que Murer e a russa Svetlana Feofanova passaram de primeira, enquanto as outras derrubaram o objeto.

A alemã Martina Strutz passou na segunda tentativa, já a estadunidense Jennifer Suhr errou as três tentativas e foi eliminada. Assim, a altura subiu para 4m80, Strutz passou de primeira, Murer, de segunda. Dessa maneira, vendo a marca das rivais e tendo errado os 4m75, Yelena Isinbayeva tentou saltar a mesma altura, mas não obteve êxito e se juntou a Feofanova e a cubana Yarisley Silva, as eliminadas da rodada.

Sem a principal rival no páreo, Fabiana Murer viu Strutz saltar 4m80 na primeira tentativa, algo que ela só fez no segundo salto. Porém, com o sarrafo a 4m85, a brasileira passou de primeira, mas a alemã não conseguiu superar a marca. Desse modo, a brasileira conquistou o ouro do salto com vara no Mundial de Atletismo 2011. A saber, com o ouro garantido, a paulista tentou saltar 4m90 e 4m92, mas não conseguiu.

O pódio ficou da seguinte maneira:

  • ouro – Fabiana Murer (Brasil) – 4m85
  • prata – Martina Strutz (Alemanha) – 4m80
  • bronze – Svetlana Feofanova (Rússia) – 4m75

Alison dos Santos e o ouro veloz

Outro atleta nascido no estado de São Paulo, Piu, como também é conhecido, é especialista nos 400m com barreiras. O velocista tem conquistado vários fãs com seu carisma e seus resultados nas pistas, se tornando uma das principais referências do esporte brasileiro.

Alison foi medalhista de bronze nas Olimpíadas de Tóquio, em 2021, ouro no Pan-Americano de Lima e nos Jogos Universitários, em 2019, e no Mundial de Atletismo de 2022, em Eugene, nos Estados Unidos.

O paulista chegou em Eugene sendo uma das esperanças do Brasil em grandes resultados, já que havia brilhado em Tóquio. Logo, Piu não decepcionou e fez um Mundial de Atletismo magistral, assim se juntou a Fabiana Murer como os principais medalhistas do país na competição.

Os 400 metros com barreira é disputado em três etapas: a classificatória, as semifinais e a final. Na primeira fase, disputada no dia 16 de julho, foram realizadas cinco baterias, onde os quatro primeiros colocados avançavam direto para a semifinal. Para completar 24 velocistas na semifinal, os quatro atletas que terminaram abaixo do quarto lugar nas baterias, com os melhores tempos, também avançaram.

Na semifinal, no dia 17, foram três baterias, onde os dois primeiros colocados avançaram direto, junto com os dois melhores tempos. Na final, no dia 19, os três melhores ganharam as respectivas medalhas.

Alison dos Santos disputou a primeira fase do Mundial de Atletismo na segunda bateria da classificatória. O brasileiro terminou em primeiro, com tempo de 49s41, e avançou para a semifinal. Na contagem geral, Piu ficou com o 9º melhor tempo do dia, Khallifah Rosser foi o mais rápido com 48s62.

Na fase seguinte, o paulista participou da segunda bateria da semifinal e também ganhou. Alison dos Santos fez o tempo de 47s85, o melhor do dia, e foi com moral para a grande final. No momento decisivo, Piu largou da raia seis muito bem, assim, conseguiu deixar seus rivais para trás, vencer o Mundial e impor o novo recorde com o tempo de 46s29.

Os três medalhistas foram:

  • ouro – Alison dos Santos (Brasil) – 46s29
  • prata – Rai Benjamin (Estados Unidos) – 46s89
  • bronze – Trevor Bassit (Estados Unidos) – 47s39