Ganhando destaque mundo do atletismo, as corridas com barreiras encantam os fãs de velocidade ao redor do mundo durante as competições.
Cada corrida é uma prova de concentração e habilidade para o velocista dentro das pistas, onde até o menor deslize pode resultar na eliminação da competição ou na conquista de uma medalha.
Com as competições de atletismo na Olimpíada de Paris 2024 em andamento, o Esportelândia elaborou um guia especial detalhando todas as regras das corridas com barreiras.
História das corridas com barreiras
100 e 110 metros
As corridas de 100 metros com barreiras têm suas origens na Inglaterra dos anos 1830, onde eram realizadas corridas de 100 jardas sobre obstáculos de madeira. Estudantes das universidades de Oxford e Cambridge ampliaram a distância para 120 jardas (109,7 metros).
Em 1888, os franceses ajustaram a distância para 110 metros. Na época, as barreiras eram bastante rígidas e a técnica de salto era rudimentar, com corredores encurvando as pernas.
Mesmo com a introdução de barreiras mais leves, tocar em três barreiras resultava em desqualificação. Essa regra foi alterada em 1935 com a introdução das barreiras em formato “L”, que caem quando tocadas.
A técnica de “caminhar” sobre as barreiras tornou-se comum, e com a chegada das pistas sintéticas na década de 1960, os recordes começaram a ser superados.
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400 metros
A corrida com barreiras teve sua primeira competição em 1860, em Oxford, na Inglaterra, onde os atletas enfrentaram doze barreiras de 100 cm de altura ao longo de 440 jardas.
Por outro lado, a estreia no programa olímpico aconteceu apenas na Olimpíada de Paris 1900, com a vitória de Walter Tewksbury, dos EUA. Desde então, a prova tem consistido em dez barreiras e foi parte do evento, exceto no ano de 1912.
Pelo lado da categoria feminina, a prova foi incluída em 1984, com a vitória de Nawal El Moutawakel, do Marrocos. Os EUA têm sido os maiores vencedores da prova masculina, com 18 medalhas de ouro, destacando-se Edwin Moses.
Os recordes mundiais atuais são de Karsten Warholm (45.94) e Sydney McLaughlin (50.68), ambos campeões olímpicos em suas respectivas categorias.
Regras das corridas com barreiras
Os atletas iniciam a corrida a partir de blocos de partida fixos no chão e percorrem uma volta completa na pista, se mantendo dentro das raias designadas. Eles devem superar dez barreiras até alcançar a linha de chegada.
As barreiras, com a largura igual à da raia, são confeccionadas em alumínio especial e projetadas para cair para a frente quando tocadas com força.
Nas provas masculinas, as barreiras têm uma altura de 91,4 cm, enquanto nas femininas, são de 76,2 cm. O contato ou derrubada das barreiras não resulta em desqualificação, mas pode afetar o tempo final do atleta.
Semelhante a outras provas de velocidade, um tempo de reação inferior a 0,1 segundos após o sinal de partida é considerado uma largada falsa, levando à desclassificação do atleta e ao reinício da prova com os demais competidores. Além disso, um atleta pode ser desclassificado se invadir a raia de outro concorrente.
Características das provas de corridas com barreiras
- 100 m com barreiras (mulheres) e 110 m com barreiras (homens): São corridas de velocidade com 10 barreiras que podem ser derrubadas. As barreiras dos homens são mais altas.
- 400 metros com barreiras: Realizada por ambos os sexos, também conta com 10 barreiras.
Técnica de passagem das barreiras
- Atacar a barreira com a perna de ataque.
- Passar a outra perna (de impulsão) lateralmente.
- Usar os braços para equilibrar, alternando o braço com a perna durante o ataque à barreira.
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Sou formado em jornalismo e escolhi fazer da minha paixão pelo esporte a minha profissão. Somo experiências em portais como PL Brasil, Minha Torcida, Futebol na Veia, entre outros.