Desde a Olimpíada do Rio, em 2016, a canoagem ganhou mais atenção no Brasil. Afinal, Isaquias Queiroz conquistou três medalhas olímpicas no esporte. Mas você já sabe tudo sobre canoagem?
Se quer aprender a respeito do esporte de Isaquias, você está no lugar certo!
Aqui, vamos relembrar a história da canoagem, explicar como funcionam as modalidades e as regras. Você saberá o que quer dizer K1 200 ou C2 1000 e quais as diferenças entre as competições em caiaques e canoas.
Venha com a gente!
História da Canoagem
A canoagem começou a ser praticada como uma modalidade esportiva no início do século 20.
Em 1924, foi fundada a Confederação Internacional de Canoagem, com a responsabilidade de organizar competições mundiais.
Na década seguinte, a canoagem passou a fazer parte do programa dos Jogos Olímpicos. Atualmente, há duas modalidades olímpicas: a Canoagem de Velocidade e a Canoagem Slalom.
A canoagem de velocidade é um esporte olímpico desde os Jogos de Berlim, em 1936.
Já a canoagem slalom nasceu em 1932, na Suíça, inspirada em provas de descida de esqui na neve.
Até a edição dos Jogos Olímpicos da Cidade do México, em 1968, a canoagem incluía apenas provas de canoagem velocidade.
A canoagem slalom estreou nos Jogos Olímpicos de Munique em 1972, mas saiu do programa olímpico na edição seguinte. A volta definitiva aconteceu nas Olimpíadas de Barcelona, em 1992.
As primeiras medalhas olímpicas do Brasil na canoagem foram conquistadas na canoagem de velocidade.
Nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, Isaquias Queiroz conquistou a prata no C2 1000, ao lado de Erlon de Souza, e levou também a medalha de prata no C1 1000 e bronze no C1 200.
As competições internacionais oficiais de canoagem são regidas pela Federação Internacional de Canoagem (ICF). No Brasil, a responsável é a Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa).
Modalidades olímpicas da Canoagem
- Canoagem de Velocidade
- Canoagem Slalom
Canoagem de Velocidade
A canoagem de velocidade é disputada em rios ou lagoas, com águas calmas.
Divididos em nove raias, os atletas competem em distâncias de 200, 500 e 1.000 metros, sempre com o objetivo de atravessar o percurso o mais rápido possível.
As provas da canoagem em velocidade são realizadas em caiaques ou canoas. Há disputas individuais, em duplas ou em equipes de quatro atletas.
No caiaque, o competidor rema sentado com um remo de duas pás.
Já na canoa, o atleta se apoia no assoalho da canoa com um joelho e usa um remo de uma pá só.
Canoagem Slalom
Na canoagem slalom, o atleta rema em canoa ou caiaque por um percurso em corredeira natural ou artificial, definido por balizas. É preciso evitar penalidades e percorrer todo o trajeto no menor tempo possível.
Assim como na canoagem de velocidade, as provas olímpicas da canoagem slalom são disputadas em caiaques ou canoas. Contudo, há apenas disputas individuais e em duplas.
Regras da Canoagem de Velocidade
Na canoagem de velocidade, as competições acontecem com caiaques ou canoas. Há provas tanto individuais quanto em duplas ou por equipes.
A canoagem é praticada em rios ou lagos de águas calmas (sem ondas), com 9 raias demarcadas de 200, 500 e 1.000 metros.
Provas da Canoagem de Velocidade
Em Olimpíadas, a canoagem de velocidade tem 8 eventos no masculino:
- K1 200 e 1000;
- K2 200 e 1000;
- K4 1000;
- C1 200 e 1000;
- C2 1000.
Já no feminino, são quatro provas:
- K1 200 e 500;
- K2 500 e K4 500.
A identificação do tipo de embarcação, o número de competidores e a distância pode ser feita por meio da letra e dos números que denominam cada prova:
- K identifica provas de caiaque;
- C identifica provas de canoagem;
- 1 é referente a provas individuais;
- 2 é referente a provas em duplas;
- 4 é referente a provas em equipes de quatro atletas;
- 200 indica que a distância a ser percorrida é de 200 metros;
- 500 indica que a distância a ser percorrida é de 500 metros;
- 1000 indica que a distância a ser percorrida é de 1.000 metros.
Classes de embarcações na canoagem de velocidade
- K1 é um caiaque para uma pessoa, com comprimento máximo de 5,20 metros e o peso mínimo de 12 kg.
- K2 é um caiaque para duas pessoas, com comprimento de até 6,5 metros e peso mínimo de 18 kg.
- K4 comporta quatro pessoas e mede, no máximo, 11 metros, com peso de pelo menos 30 kg.
- C1 é a canoa que acomoda uma pessoa, com comprimento máximo de 5,2 metros e o peso mínimo de 16 kg.
- C2 é a canoa para duas pessoas, com comprimento de 6,5 metros e peso de pelo menos 20 kg.
- C4 é a canoa para quatro pessoas, com 11 metros de comprimento e 50 kg pelo menos.
Na competição, cada barco ocupa uma raia. Deve ser mantida distância de pelo menos 5 metros entre os competidores, para uma embarcação não interferir na outra.
Regras da Canoagem Slalom
A canoagem slalom é disputada em canoa individual, canoa dupla e caiaque simples, sempre em águas rápidas.
Os percursos são definidos por 18 a 25 balizas, também chamadas de portas, que o canoísta deve percorrer sem faltas e no menor tempo possível.
As portas de cor verde devem ser atravessadas a favor da correnteza e as de cor vermelha no sentido contrário.
Os árbitros observam se os atletas tocam as balizas ou deixam de passar por alguma porta. Essas infrações geram penalidades, aumentando o tempo final do competidor. São dois segundos quando eles tocam a baliza e 50 segundos quando deixam de passar pela porta.
Classes de embarcações na Canoagem Slalom
Em Jogos Olímpicos, as competições da canoagem slalom são divididas entre K1 (feminino e masculino), C1 e C2 (ambos apenas no masculino).
Na canoagem slalom, as canoas têm ao menos 3,5 metros de comprimento para C1 e 4,1 metros para C2.
Nas canoas, os atletas competem ajoelhados e utilizam remos de apenas uma pá.
Já os caiaques têm no mínimo 3,5 metros de comprimento. Os atletas competem sentados e utilizam remos de pás duplas.
Enquanto o Brasil conquistou três medalhas olímpicas na canoagem de velocidade nos Jogos Olímpicos do Rio, nenhum atleta brasileiro já subiu ao pódio em Olimpíadas na canoagem slalom.
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*Última atualização em 23 de março de 2020
Gustavo Andrade é jornalista, com MBAs em Comunicação e Marketing Digital e Gestão de Negócios. Foi repórter do UOL Esporte e do Superesportes, portal dos Diários Associados. Cobriu a Copa das Confederações de 2013, a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. Fanático por esportes, acredita que informação é fundamental até para um bom debate de boteco!
