O atletismo, considerado a essência de todos os esportes, possui uma história rica e fascinante que remonta às antigas civilizações. Desde as corridas simples nas arenas gregas até as modernas pistas olímpicas.

Com uma vasta gama de modalidades, que incluem corridas, saltos e lançamentos, o atletismo é o palco de algumas das mais memoráveis conquistas esportivas da história. É nesse cenário que recordes são quebrados, e novos patamares são alcançados.

Este texto nos leva a explorar o universo do atletismo, desvendando suas origens, examinando as diversas provas que o compõem e compreendendo as regras que garantem a justiça e a competitividade em cada disputa.

História do Atletismo

O atletismo, reconhecido como a prática esportiva mais ancestral da humanidade, abrange três modalidades fundamentais: corridas, saltos e lançamentos.

Estas modalidades formam a base do esporte, exigindo habilidades atléticas essenciais que têm sido testadas e refinadas ao longo dos séculos.

A história do atletismo é uma rica tapeçaria de tradição e evolução. Desde suas origens na Grécia Antiga até sua forma moderna, o atletismo continua a ser um campo de excelência atlética e inspiração.

Com uma herança profunda e uma presença global, o atletismo permanece no coração dos Jogos Olímpicos e na essência do esporte competitivo.

Origem na Grécia Antiga

A trajetória do atletismo remonta à Grécia Antiga, onde começou a tomar forma em 776 a.C. com a realização da primeira Olimpíada. O evento inaugural consistia em uma corrida de aproximadamente 192 metros, conhecida como “stadium”.

Coroebus, um cozinheiro de Élis, emergiu como o primeiro campeão olímpico da história, conquistando a vitória e deixando um legado duradouro.

Os Jogos Olímpicos da Antiguidade não apenas celebravam a habilidade física, mas também a excelência moral e o espírito competitivo.

As competições evoluíram para incluir uma variedade de eventos atléticos, como corridas de longa distância, lançamentos de disco e dardo, e saltos em distância, estabelecendo as bases para o atletismo como o conhecemos hoje.

Declínio e ressurgimento

Contudo, a prática do atletismo enfrentou um declínio significativo durante a invasão romana na Grécia. Em 394 d.C., o imperador Teodósio aboliu os Jogos Olímpicos, levando a uma interrupção das tradições atléticas que durou mais de um milênio.

O ressurgimento do atletismo como esporte moderno teve seu impulso na Inglaterra do século XIX. As competições atléticas começaram a ser organizadas em escolas e universidades, popularizando a prática e levando à sua disseminação internacional.

Clubes de atletismo começaram a surgir, promovendo eventos e competições que atraíam cada vez mais participantes.

Jogos Olímpicos da Era Moderna

O ano de 1896 marcou um ponto de virada com a realização da primeira edição dos Jogos Olímpicos da Era Moderna em Atenas.

Este evento, organizado pelo Barão Pierre de Coubertin, consolidou definitivamente o atletismo como uma das práticas esportivas mais amplamente difundidas globalmente.

Os Jogos Olímpicos modernos incluíram uma variedade de provas atléticas, inspirando uma nova geração de atletas e capturando a imaginação do público mundial.

Organização internacional

Para gerir e organizar o esporte, a Federação Internacional de Atletismo (IAAF) foi estabelecida em 1912, em Londres. A criação desta entidade desempenhou um papel crucial na consolidação de regras e no aprimoramento da organização de competições.

A IAAF, agora conhecida como World Athletics, supervisiona as normas e regulamentos do atletismo, garantindo a integridade e a uniformidade das competições internacionais.

Como o atletismo chegou ao Brasil

A história do atletismo no Brasil começou a ganhar forma em 1914, quando a Confederação Brasileira de Desportos (CBD) se filiou à Federação Internacional de Atletismo (IAAF), apenas dois anos após a fundação da entidade internacional. Esta filiação marcou o início da formalização e organização do atletismo no país.

O atletismo no Brasil tem uma rica história de crescimento e sucesso. Desde a filiação à IAAF em 1914 até os triunfos olímpicos de Adhemar Ferreira da Silva e a atual administração pela CBAT, o atletismo brasileiro continua a evoluir e a inspirar novas gerações de atletas.

As diversas modalidades de competição desenvolvidas ao longo dos anos continuam a desafiar e a celebrar as capacidades atléticas dos competidores, mantendo o atletismo como um pilar central do esporte no Brasil.

Primeira participação olímpica

Em 1924, o Brasil fez sua estreia nos Jogos Olímpicos, enviando uma equipe para competir na primeira edição realizada em Paris, na França.

Esta participação foi um marco significativo para o esporte no país, abrindo portas para futuros atletas brasileiros em competições internacionais.

Instituição do Campeonato Brasileiro

No ano seguinte, em 1925, foi instituído o Campeonato Brasileiro, proporcionando uma plataforma nacional para os atletas competirem e se desenvolverem.

Este campeonato desempenhou um papel crucial na promoção e no crescimento do atletismo em todo o Brasil.

Primeiros resultados de expressão mundial

Os primeiros resultados de expressão mundial para o Brasil no atletismo foram alcançados por Adhemar Ferreira da Silva, que brilhou na Olimpíada de Helsinque, em 1952.

Adhemar conquistou a medalha de ouro no salto triplo em 23 de julho, apenas três dias depois de José Telles da Conceição ter ganhado a medalha de bronze no salto em altura.

Estas foram as primeiras medalhas do Brasil no atletismo em Jogos Olímpicos, colocando o país no mapa do atletismo mundial.

Adhemar da Silva
Adhemar Ferreira da Silva foi o primeiro brasileiro a se sagrar campeão olímpico no atletismo (Domínio Publico)

Administração atual

Atualmente, o atletismo no Brasil é gerido pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAT), fundada em 1977.

A CBAT é responsável pela organização e regulamentação das competições nacionais, além de promover o desenvolvimento do esporte em todas as suas modalidades.

Evolução das modalidades

A partir das três modalidades básicas do atletismo — corrida, salto e lançamento — foram desenvolvidas diversas formas de competição.

Essas modalidades evoluíram para incluir uma vasta gama de eventos que testam a velocidade, a resistência e a força dos atletas, desde corridas de curta e longa distância até provas complexas como o decatlo e o heptatlo.

Modalidades do atletismo e regras

As competições do atletismo atualmente envolvem: 

  • arremessos e lançamentos; 
  • corridas rasas, com barreiras ou obstáculos;
  • marcha atlética;
  • provas combinadas;
  • revezamentos;
  • saltos.  

Entenda, a seguir, quais as modalidades praticadas em cada um desses “tipos de atletismo” e confira também as regras de todas as provas.

Arremessos e lançamentos

Os arremessos e lançamentos no atletismo se dividem entre: dardo, disco, peso e martelo. O brasileiro Darlan Romani é um dos principais atletas do arremesso de peso do mundo atualmente

As competições são realizadas na parte interna do campo do estádio, onde atletas de ambos os sexos participam utilizando objetos de diferentes pesos. O vencedor será aquele que registrar a maior distância no arremesso ou lançamento.

  • Arremesso de peso: a bola masculina pesa 7,26 kg, enquanto a feminina tem peso de 4 kg. 
  • Lançamento de disco: feito de metal, o disco pesa 2 kg nas competições entre homens e tem tamanho variável entre 21,9 e 22,1 centímetros. Na disputa feminina, o peso do disco é de 1 kg e o tamanho varia entre 180 e 182 mm. A área de lançamento tem diâmetro de 2,50 m.
  • Lançamento de dardo: nas disputas masculinas, o tamanho do dardo é de 2,60 m e o peso é de 800 g. Nas competições femininas, o dardo mede tamanho de 2,20 m, com peso de 600 g. O lançamento do objeto é feito entre duas linhas de 90 m de distância.
  • Lançamento de martelo: o martelo do atletismo é composto por por uma bola de ferro presa a uma alça com arame metálico. Esse objeto pesa 7,26 kg e tem comprimento de 120 cm na disputa masculina. Na competição feminina, pesa 4 kg.
Darlan Romani no arremesso de peso
Darlan Romani no arremesso de peso (Divulgação/COB)

Corridas

As corridas do atletismo são divididas entre rasas, com barreiras ou obstáculos. Há variações de percursos e, principalmente, de distâncias. A prova mais longa e tradicional é a maratona.

  • Corridas de curta distância: são as provas que definem os atletas mais rápidos. Praticadas em pistas ovais, podem ter 100, 200 ou 400 metros. Nessas disputas, os corredores são separados por raias de 1,22m de largura.
  • Corridas de meio fundo: são disputadas entre 800 e 1.500 metros. Os competidores não são obrigados a permanecer em suas raias, sendo permitido passar pelo espaço de outro competidor.
  • Corridas de fundo: são as corridas de longa distância, com percurso entre 5 mil e 10 mil metros.
  • Corrida com barreiras e obstáculos: podem ter distâncias de 100, 110, 400 ou 3 mil metros. Seu principal diferencial é a disposição de barreiras que devem ser saltadas pelos atletas.
  • Maratona: a mais tradicional prova do atletismo tem 42 quilômetros e 195 metros de distância e é praticada em ruas ou estradas.
O jamaicano Usain Bolt fez história no atletismo como recordista mundial dos 100 e dos 200 metros rasos
O jamaicano Usain Bolt fez história no atletismo como recordista mundial dos 100 e dos 200 metros rasos (Icon Sport)

Marcha atlética

À primeira vista, a marcha atlética pode parecer uma corrida comum. Contudo, as regras exigem que os atletas mantenham sempre um pé em contato com o solo, ou seja, nunca podem tirar ambos os pés do chão simultaneamente.

Além disso, o joelho da perna que avança não pode ser flexionado até que o movimento completo seja realizado.

Se um competidor deixar de tocar o solo em algum momento, ele será advertido. O acúmulo de três advertências resulta em eliminação.

Na marcha atlética, os homens competem em percursos de 20 e 50 km, enquanto as mulheres têm apenas a disputa de 20 km.

No Brasil, os principais nomes são Caio Bonfim, no masculino, e Viviane Lyra, representante feminina. Caio Bonfim, inclusive, conquistou a medalha de prata na Olimpíada de Paris. Foi o primeiro brasileiro a ter uma medalha na modalidade.

Caio Bonfim
Caio Bonfim foi medalhista de prata nos Jogos Olímpicos de Prais 2024 (Icon Sport)

Provas combinadas

As provas combinadas do atletismo são aquelas que envolvem diferentes modalidades e testam o quão completo um atleta é. 

Há dois formatos de competição, um exclusivo para mulheres e outro praticado apenas pelos homens.

A modalidade feminina recebe o nome de heptatlo e engloba 7 modalidades: 

  • 100m com barreiras; 
  • salto em altura; 
  • arremesso de peso; 
  • 200m rasos; 
  • salto em distância; 
  • lançamento de dardo;
  • 800m rasos.

Já a prova masculina é o decatlo, com 10 modalidades:

  • 100m rasos; 
  • salto em distância; 
  • arremesso de peso; 
  • salto em altura; 
  • 400m rasos; 
  • 110m com barreiras; 
  • arremesso de disco; 
  • salto com vara; 
  • lançamento de dardo;
  • 1.500m rasos.

As provas de heptatlo e decatlo são disputadas ao longo de dois dias. Em cada prova, os competidores recebem pontuações de acordo com os resultados alcançados. Ao fim de todas as disputas, aqueles que somarem as maiores pontuações são os vencedores.

Apesar de não ter alcançado o pódio, Balotelli fez história no atletismo brasileiro. Com 8.213 pontos, Fernando Ferreira alcançou sua melhor marca pessoal no decatlo e encerrou sua participação na Olimpíada de Paris como o 14º melhor atleta olímpico em sua categoria.

Revezamentos do atletismo

Os revezamentos no atletismo são provas disputadas por equipes de quatro atletas. Existem competições masculinas, femininas e mistas, onde as equipes são compostas por dois atletas de cada sexo.

Nos Jogos de Tóquio 2020, o revezamento misto 4 x 400 metros foi disputado pela primeira vez nas Olimpíadas.

Além do 4 x 400 metros, também existe o revezamento 4 x 100 metros. Nessas provas, cada atleta percorre um quarto da distância total (100 ou 400 metros) e deve passar um bastão para o próximo companheiro de equipe.

Se a passagem do bastão for feita fora da área delimitada, a equipe será eliminada. Em caso de queda do bastão, o atleta deve retornar para pegá-lo.

Revezamento
Os brasileiros Felipe Bardi e Paulo André Camilo no revezamento (Wagner Carmo/CBAt)

Saltos no atletismo

Os saltos no atletismo são divididos entre os horizontais e os verticais. Nos dois formatos, há disputas masculinas e femininas.

Os saltos horizontais são o salto triplo e o salto em distância.

Já os saltos verticais são o salto em altura e o salto com vara.

  • Salto triplo: são realizados dois saltos antes do último salto em que o atleta cai dentro de uma caixa de areia. Cada competidor pode saltar três vezes durante as eliminatórias. Os 12 melhores são classificados para a final. Quem fizer o salto mais distante na decisão será o vencedor.
  • Salto em distância: após uma corrida até uma marca sinalizada no chão, os atletas saltam em direção a uma caixa de areia. A marca deixada na areia é usada para medir a distância. O atleta com melhor salto é o vencedor.
  • Salto em altura: o objetivo é ultrapassar um sarrafo sem derrubá-lo. A cada rodada, é determinada uma altura inicial. À medida em que os atletas ultrapassam a marca inicial, há o aumento de 3 centímetros para a próxima rodada. Para cada altura, os atletas têm três chances. Quem atingir a maior altura sem derrubar o sarrafo é o vencedor.
  • Salto com vara: os atletas utilizam uma vara flexível, entre 4 e 5 metros, para tentar superar um sarrafo e, em sequência, caírem sobre um colchão. A partir da rodada inicial, há o aumento de 5 centímetros na altura do sarrafo. O atleta tem três tentativas para cada altura, sendo a melhor delas considerada como seu resultado final.
Thiago Braz
O brasileiro Thiago Braz foi campeão olímpico no salto com vara na Rio 2016 (Wagner Carmo/CBAt)

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Recordes mundiais do atletismo

  • 100 metros rasos masculino: Usain Bolt (Jamaica) com 9,58 segundos – (2009)
  • 100 metros rasos feminino: Florence Griffith Joyner (EUA) com 10,49 segundos – (1988)
  • 200 metros rasos masculino: Usain Bolt (Jamaica) com 19,19 segundos – (2009)
  • 200 metros rasos feminino: Florence Griffith Joyner (EUA) com 21,34 segundos – (1988)
  • 400 metros rasos masculino: Wayde van Nierkek (África do Sul), com 43s03 – (2016)
  • 400 metros rasos feminino: Marita Koch (Alemanha Oriental), com 47s60 – (1985)
  • 800 metros rasos masculino: David Rudisha (Quênia), com 1min40s91 – (2012)
  • 800 metros rasos feminino: Jarmila Kratochvilova (Tchecoslováquia), com 1min53s28 – (1983)
  • 1.500 metros rasos masculino: Hicham El Guerrouj (Marrocos), com 3min26s00 – (1998)
  • 1.500 metros rasos feminino: Faith Kipyegon (Quênia), com 3min49s11 – (2023)
  • 5 mil metros rasos masculino: Joshua Cheptegei (Uganda), com 12min35s36 – (2020)
  • 5 mil metros rasos feminino: Faith Kipyegon (Quênia), com 14min05s20 – (2023)
  • 10 mil metros rasos masculino: Joshua Cheptegei (Uganda), com 12min35s36 – (2020)
  • 10 mil metros rasos feminino: Letesenbet Gidey (Etiópia), com 29min01s03 – (2021)
  • 4×100 masculino: Jamaica (Nesta Carter, Michael Frater, Yohan Blake e Usain Bolt), com 36s84 – (2012)
  • 4×100 feminino: Estados Unidos (Tianna Bartoletta, Allyson Felix, Bianca Knight e Carmelita Jeter), com 40s82 – (2012)
  • 4×400 masculino: Estados Unidos (Andrew Valmon, Quincy Watts, Butch Reynolds e Michael Johnson), com 2min54s29 – (1993)
  • 4×400 feminino: União Soviética (Tatyana Ledovskaya, Olga Nazarova, Mariya Pinigina
    e Olga Bryzgina), com 3min15s17s – (1988)
  • 4×400 misto: Estados Unidos (Wilbert London, Allyson Felix, Courtney Okolo e Michael Cherry), com 3min09s34 – (2019)
  • Maratona masculina: Eliud Kipchoge (Quênia) com 1hora, 59 minutos e 40 segundos – (2019)
  • Maratona feminina: Brigid Kosgei (Quênia), com 2 horas 14 minutos e 4 segundos – (2017)
  • Salto em altura masculino: Javier Sotomayor (Cuba), com 2,45m – (1993)
  • Salto em altura feminino: Stefka Kostadinova (Bulgária), com 2,09m – (1987)
  • Salto em distância masculino: Mike Powell (Estados Unidos), com 8,95m – (1991)
  • Salto em distância feminino: Galina Chistyakova (União Soviética), com 7,52m – (1988)
  • Salto com vara masculino: Armand Duplantis (Suécia), com 6,21m – (2022)
  • Salto com vara feminino: Yelena Isinbayeva (Rússia), com 5,06m – (2009)
  • Salto triplo masculino: Jonathan Edwards (Reino Unido), com 18,29m – (1995)
  • Salto triplo feminino: Yulimar Rojas (Venezuela), com 15,74m – (2022)
  • Arremesso de peso masculino: Ryan Crouser (Estados Unidos), com 23,56m – (2023)
  • Arremesso de peso feminino: Natalya Lisovskaya (União Soviética), com 22,63m – (1987)
  • Lançamento de disco masculino: Jürgen Schult (Alemanha Oriental), com 74,08m – (1986)
  • Lançamento de disco feminino: Gabriele Reinsch (Alemanha Oriental), com 76,80m – (1988)
  • Lançamento de dardo masculino: Jan Zelezny (República Tcheca), com 98,48m – (1996)
  • Lançamento de dardo feminino: Barbora Spotakova (Rússia), com 72,28m – (2008)
  • Lançamento de martelo masculino: Yuriy Sedykh (União Soviética), com 86,74m – (1986)
  • Lançamento de martelo feminino: Anita Wlodarczyk (Polônia), com 82,29m – (2016)
  • Decatlo: Kevin Mayer (França), com 9,126 pontos – (2018)
  • Heptatlo: Jackie Joyner-Kersee (Estados Unidos), com 7.291 pontos – (1988)

Principais competições do Atletismo

Dentre todas as competições ao redor do mundo, duas se destacam no calendário do atletismo e são extremamente cobiçadas pelos atletas: as Olimpíadas e o Campeonato Mundial de Atletismo.

Os Jogos Olímpicos ocorrem a cada quatro anos e têm o atletismo como um dos esportes de maior audiência. Neste século, as provas protagonizadas pelo jamaicano Usain Bolt foram o principal foco de atenção mundial.

O Campeonato Mundial de Atletismo, por sua vez, é disputado a cada dois anos, sempre nos anos ímpares, alternando com as Olimpíadas. Esta competição, que ocorre desde 1983, quando foi realizada em Helsinque, na Finlândia, reúne os principais nomes do atletismo mundial.

Além dessas competições, é importante mencionar os Jogos Paralímpicos e o Mundial de Atletismo Paralímpico, que também atraem os melhores atletas paralímpicos de todo o mundo.

Para os fãs de atletismo, resta aguardar as próximas edições dessas competições para descobrir quem serão as novas estrelas do atletismo mundial.

Atletismo paralímpico

O atletismo paralímpico, destinado a atletas com deficiência, é uma das modalidades mais inclusivas e diversas do esporte mundial.

A modalidade abrange uma ampla gama de eventos que espelham aqueles disputados por atletas sem deficiência, essa modalidade permite que competidores demonstrem sua habilidade, determinação e espírito de superação.

Desde sua estreia nos Jogos Paralímpicos de Roma em 1960, o atletismo paralímpico tem se transformado em um símbolo de inclusão e igualdade.

Além de promover a inclusão, o atletismo paralímpico também tem elevado a competitividade no cenário internacional, oferecendo um palco onde recordes são quebrados e novas estrelas surgem a cada edição dos Jogos.

Atletismo paralímpico história, regras e medalhistas
Vinicius Rodrigues, um dos principais nomes para Paris 2024 no atletismo (Reprodução/Rede socialalessandrokawan)

Classificação de atletas do atletismo paralímpico

A classificação do atleta, estabelecida pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC), categoriza os competidores do atletismo paralímpico em três grupos principais:

  • Atletas surdos;
  • Aqueles com deficiência física;
  • Atletas com deficiência intelectual.

A classificação utiliza uma combinação de letras e números — T para eventos de pista e F para eventos de campo — seguidos por um número que define o nível de habilidade do atleta.

Modalidades do atletismo paralímpico

O atletismo paralímpico é uma modalidade rica em diversidade, com uma vasta gama de eventos que desafiam os limites físicos e mentais de atletas com deficiência.

As competições incluem provas de corrida, saltos, lançamentos e arremessos, cada uma projetada para testar diferentes habilidades. A variedade de distâncias, que vai de 100 metros a maratonas.

Os atletas paralímpicos que competem em provas de pista e de rua, como corridas de velocidade, meio-fundo e fundo, além de saltos, são identificados com a letra T, de “track”.

Classificações no atletismo paralímpico

A classificação varia de acordo com o tipo de deficiência: T11 a T13 para deficiências visuais, T20 para deficiências intelectuais, e T31 a T38 para paralisia cerebral, com subdivisões para cadeirantes e andantes.

Há também classificações específicas para atletas com baixa estatura, deficiências nos membros inferiores e superiores, e para aqueles que competem em cadeiras de rodas ou com próteses.

Nas provas de campo, como lançamentos e arremessos, os atletas são classificados com a letra F, de “field”.

A organização é semelhante às provas de pista, com categorias que vão de F11 a F13 para deficiências visuais, F20 para deficiências intelectuais, e F31 a F38 para paralisia cerebral, novamente com distinções entre cadeirantes e andantes.

Atletas com baixa estatura e deficiências nos membros inferiores e superiores também têm suas respectivas categorias, assim como aqueles que competem em cadeiras de rodas ou com próteses.

Além das classificações por tipo de deficiência, o atletismo paralímpico conta com regras específicas para atletas-guia e de apoio.

Atletas da categoria T11, que possuem deficiências visuais mais severas, correm ao lado de um atleta-guia e utilizam um cordão de ligação; no salto em distância, são auxiliados por um apoio. Atletas da categoria T12 podem optar por utilizar um guia e apoio, enquanto os da T13 competem sem qualquer auxílio.

Agora que você já sabe tudo sobre atletismo, aproveite para conferir mais sobre a história, as regras e todos os detalhes de outros esportes: