O ciclo olímpico para os Jogos de Los Angeles em 2028 já começou, e a Confederação Brasileira de Vôlei teve que tomar uma decisão junto aos técnicos da seleção feminina e masculina, Zé Roberto e Bernardinho sobre a permanência de ambos nos projetos.
Após reuniões com o presidente Radamés Lattari e o diretor técnico Jorge Bichara, os treinadores aceitaram dar continuidade aos trabalhos. Ou seja, Zé Roberto, Bernardinho e Leandro Brachola, técnico das seleções de vôlei de praia, continuam nos respectivos cargos em busca de uma vaga na Olimpíada de Los Angeles 2028.
Após renovação de Bernardinho e Zé Roberto, presidente da CBV revela próximos passos
Conforme o presidente da CBV, “nenhum dia de trabalho foi perdido desde o fim dos Jogos de Paris”, o que significa que após a eliminação das equipes feminina e masculina, a organização tem trabalhado para acertar a permanência dos treinadores. Algo que foi concretizado na quinta-feira (5).
Nenhum dia de trabalho foi perdido desde o fim dos Jogos de Paris. Como sempre ocorreu, agimos com muita responsabilidade. Temos uma eleição em janeiro e respeitaremos todas as etapas que esse importante momento exige. Mas a CBV não poderia parar e o planejamento precisava seguir.
Zé Roberto havia dado indícios de que deixaria a seleção brasileira após Paris 2024. Bernardinho, por outro lado, foi bastante criticado desde que assumiu novamente o Brasil após a saída de Renan Dal Zoto por motivos de saúde.
Então nos reunimos com Zé Roberto, Bernardinho e Brachola para externar nosso interesse na continuidade do trabalho deles como coordenadores das seleções de quadra e praia.
A integração entre as equipes adultas e de base é um pilar fundamental do nosso olhar para 2028 e 2032. Os três deram respostas positivas, o que nos deixa muito felizes e confiantes no projeto que temos. São três campeões olímpicos e profissionais dos mais respeitados dentro e fora do Brasil.
Zé Roberto celebra permanência e fala sobre a geração brasileira
O técnico da seleção feminina, Zé Roberto Guimarães, mesmo dando sinais de que iria deixar a CBV, continua no trabalho para 2028. Em entrevista, falou sobre a geração que o Brasil possui atualmente e revelou que sua relação com a base é forte, e o CT da CBV em La Mosselle, na França, facilita o intercâmbio com outras escolas e estilos de vôlei.
Estou muito motivado e confiante para este novo ciclo olímpico. Temos uma geração alta, talentosa que vai trabalhar bastante para conseguir os resultados. A minha relação com a base é forte e vamos buscar uma formação técnica com ainda mais qualidade nos fundamentos.
O CT da CBV em La Moselle vai facilitar o intercâmbio com outras escolas. O voleibol está muito equilibrado, mas temos material humano para seguirmos entre os melhores do mundo.
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Brachola, coordernador técnico do vôlei de praia, mostrou resultado do trabalho com ouro olímpico
Duda e Ana Patrícia foram uma das sensações do Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Medalhistas de ouro, os jogadores de vôlei de praia coroaram o trabalho não só de si mesmas, como também o de Leandro Brachola no comando da disciplina na CBV.
O último ciclo foi positivo, e o ouro da Duda e da Ana Patrícia coroou esse trabalho. Desenvolvemos um trabalho em parceria com as comissões técnicas das duplas, visando resultados expressivos.
Na base, realizamos frequentemente camps de treinamento, que incluem desenvolvimento da metodologia de treinamento, incremento da preparação física, e apoio ao trabalho das comissões técnicas. Estaremos próximos do adulto e da base, dando sequência ao trabalho com foco nas principais competições.
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Marcelo Cartaxo é jornalista, redator e repórter no Esportelandia, um dos maiores sites olímpicos do Brasil. Com passagens por Futebol na Veia, Premier League Brasil, Minha Torcida, Quinto Quarto e ShaftScore, adquiriu experiências que hoje somam na equipe de redação do site.