Jairo Porto, ex-preparador físico da Seleção Brasileira de Futebol Feminino, participou do Basticast e, entre os diversos assuntos tratados, expressou sua opinião sobre a inclusão de atletas transexuais no esporte.
Para isso, citou o exemplo de Tifanny, a primeira transexual a competir em uma partida oficial da Superliga de Vôlei.
Diferença fisiológica
Durante a entrevista, Jairo Porto abordou a questão das diferenças fisiológicas entre atletas trans e cisgênero.
Segundo ele, a fisiologia de uma pessoa trans que fez a transição de homem para mulher ainda apresenta vantagens significativas em termos de desempenho atlético. Porto ressaltou que essa diferença é clara e indiscutível.
A gente tem um atleta trans que era homem, e passou a ser mulher e vem jogar como mulher que tem destaque na performance. Você tem ao contrário? Então a diferença fisiológica está aí comprovada mais uma vez.
Preservação do espaço feminino
Porto também expressou sua preocupação com o impacto da inclusão de mulheres trans no esporte feminino, especialmente em relação ao espaço e às oportunidades para as mulheres cisgênero.
Eu, particularmente, não sou favorável. Eu acho que vai tirar o espaço das mulheres. Se a gente está num momento de luta pelo espaço da mulher, eu acho que a gente pode tirar o espaço das mulheres.
Ele destacou que, apesar de ser um tema complexo, sua posição é baseada na ciência e na fisiologia, e não em opiniões sobre questões de gênero.
Retorno às regras anteriores
Jairo Porto mencionou que alguns esportes já começaram a rever suas regras sobre a participação de atletas trans, como Tifanny, revertendo para políticas anteriores.
O ex-preparador físico observou uma tendência de alguns esportes em reconsiderar a permissão para que atletas trans participem de competições femininas.
Inclusive, tem alguns esportes que já não estão mais permitindo. Ou seja, avançou e hoje está retornando ao ponto inicial.
O caso Tifanny
Ao falar especificamente sobre Tifanny, Porto destacou as diferenças de desempenho da atleta antes e depois da transição.
Para ele, os números comprovam as mudanças na performance e reforçam seu argumento sobre as diferenças fisiológicas entre atletas trans e cisgênero.
A Tifanny tinha uma performance no masculino e tem outra no masculino. Isso é indiscutível, é só pegar os números do que ela apresentava antes e do que apresenta agora.
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Repórter no Esportelândia. Formada em Letras pela UFRJ e Jornalismo pela FACHA. Passou por Vavel Brasil, Esporte News Mundo, Futebol na Veia e PL Brasil. Está no Esportelândia desde 2021.