Do Maracanã ao triatlo. Aos 40 anos, Diego Ribas trocou os gramados pelo mar, o asfalto e a bicicleta. Agora, se prepara para encarar o maior desafio físico de sua vida: o Ironman 70.3, no Rio de Janeiro.
A prova reúne 1,9 km de natação, 90 km de ciclismo e 21 km de corrida. Uma jornada para poucos. Mas o ex-camisa 10 quer provar que ainda tem muito a conquistar no esporte, agora em um dos esportes mais difíceis do mundo.
Quem não se desafia, morre aos poucos.
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O novo desafio de Diego Ribas: do Maracanã ao Ironman
A trajetória de Diego Ribas no futebol dispensa apresentações: revelado no Santos, ídolo no Flamengo, passagens marcantes por Werder Bremen, Porto, Juventus e Atlético de Madrid.
Mas, desde a aposentadoria, o agora ex-meia tem buscado um novo tipo de adrenalina que os comentários na TV não lhe entregam e encontrou no triatlo o seu novo palco de competição.
Eu sigo com muita vontade de me desafiar. Meu corpo ainda quer movimento. O Ironman é um novo começo, uma meta intensa. E estou encarando como o maior desafio da minha vida até agora.
Ao lado da Probiótica, sua parceira nesta jornada, Diego mergulhou em treinos pesados e na adaptação a uma rotina exigente, onde a mentalidade é tão importante quanto a forma física. Afinal, o triatlo exige muito mais do que preparo: é um teste de foco, resiliência e estratégia do início ao fim.
Corpo em forma, mente no jogo
A transição de um esporte coletivo como o futebol para um teste individual como o Ironman é drástica. No campo, existe o apoio do time, a torcida, a emoção coletiva. No triatlo, é só você contra o tempo, a natureza e os próprios limites.
O triatlo traz menos imprevisibilidade que o futebol. Nos campos, tem 60, 70 mil pessoas julgando cada ação. No Ironman, é você com você mesmo. É físico, claro, mas é mais ainda mental. Saber quando acelerar, quando segurar, como se alimentar, se hidratar. Tudo depende de você.
E é aí que Diego parece ter encontrado sua maior motivação. Ele mesmo admite que está aprendendo, e se apaixonando, por tudo que envolve o processo: da escolha dos equipamentos à adaptação na bicicleta, passando pela técnica na água e a resistência na corrida.
A paixão pelo processo (e não só pelo resultado)
Em vídeos e postagens, Diego tem mostrado os bastidores da preparação: testes de equipamentos, treinos com especialistas e as dores de cada nova etapa. A rotina é puxada, com sessões que exigem entre 4 e 6 horas diárias de dedicação.
Mas ele segue com o mesmo carisma de sempre, agora inspirando uma nova audiência, formada por triatletas amadores, atletas iniciantes e fãs de superações reais.
É tudo novo e encantador. Estou reaprendendo a treinar. E isso é muito divertido. Não é só sobre competir, é sobre me transformar mais uma vez.
A prova acontecerá em 10 de agosto, no Rio de Janeiro, com largada e chegada na Marina da Glória e Copacabana. Mais de 1.800 atletas de elite e amadores de 32 países estarão presentes.
Diego Ribas já fez outras provas de triatlo?
Sim. Desde que se aposentou, Diego já participou de provas menores e de treinos simulados. Porém, esta será sua primeira prova oficial no formato 70.3 (meio Ironman), considerada extremamente desafiadora mesmo entre triatletas experientes.
Qual a diferença entre o Ironman 70.3 e o Ironman completo?
O Ironman 70.3 é a “metade” do Ironman tradicional. São 1,9 km de natação, 90 km de ciclismo e 21 km de corrida. Já o Ironman completo dobra tudo: 3,8 km de natação, 180 km de bike e 42 km de corrida (uma maratona).
Por que o triatlo exige tanto da mente?
Porque são horas de esforço contínuo, decisões estratégicas e controle emocional. Um erro de ritmo, hidratação ou respiração pode comprometer tudo.
A força mental é o que sustenta o físico quando o corpo começa a falhar e essa é uma das maiores virtudes de Diego Ribas.
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