Italo Ferreira é um fã declarado das piscinas de ondas. No entanto, o vice-campeão mundial de 2024 acredita que as competições e os formatos nesse tipo de evento não são os ideais.

Italo usou a piscina de ondas do Boa Vista Village para se preparar e, competir no WSL Finals em Trestles. O resultado foi satisfatório e apesar de não conquistar o título mundial, o brasileiro saltou de quinto para segundo no ranking final de 2024.

Italo Ferreira critica formato das competições em piscina de ondas

Apesar de curtir surfar em piscinas, Italo Ferreira afirmou em entrevista para a revista Hardcore que não gosta dos formatos que o circuito da WSL realizou nas últimas temporadas:

Acho que isso realmente proporciona boas condições. Só acho o formato um pouco chato para competir da forma que está rolando. Deveriam colocar categorias e você somar as notas porque aí você já limita a alguns caras que já estão um pouco mais acima de nível.

Seria muito mais legal e mais divertido para a piscina se você conseguir colocar modalidades, incluindo a performance, a radicalidade que é isso, as manobras aéreas, e o tubo. Aí você já consegue selecionar e separar uns caras dos outros. Fica muito mais interessante porque você vai extrair o máximo do atleta.

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Italo Ferreira foi vice-campeão da etapa na piscina de ondas da WSL em 2023 [WSL/Aaron Hughes]
Mesmo não gostando dos formatos das competições, Italo Ferreira comentou na mesma entrevista que a piscina de ondas é o futuro do surf:

Vai passar pelas piscinas, sem dúvida. Não tem como não passar. Eu acho muito positivo hoje. Não só para grandes eventos, que você consegue encurtar o tempo e executar todo um dia só, como para lazer ou para a performance.

Piscina de ondas ajudou no WSL Finals?

Por fim, Italo destacou para a Hardcore que os treinos na Boa Vista Village o ajudaram na disputa do WSL Finals:

Eu treinei todos esses tipos de manobras nessa piscina e levei isso para o mar. É claro que é totalmente diferente quando você entra no mar, você tem maré, vento, ondas maiores, porque a piscina realmente tem um limite, mas a leitura e a linha de onda são iguais para qualquer lugar do mundo.

Eu venho treinando na piscina justamente pelo fato da repetição e aquilo fixar muito na sua cabeça, no meu caso. Consigo executar todo tipo de manobra e aí, quando eu vou para o mar, eu meio que já tenho basicamente tudo feito na minha cabeça e aí é só pegar a onda e fazer o que tem que ser feito.

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