Desde que o circuito mundial de surf começou no longínquo 1976, os australianos são sempre presença garantida em busca de títulos.

O lendário Mark Richards conquistou o troféu em quatro títulos mundiais entre as décadas de 1970 e 1980 e só foi superado até hoje por Kelly Slater.

Entre as mulheres, Stephanie Gilmore também se destaca com oito títulos mundiais em seu extenso currículo.

Qual o grande segredo dos australianos?

Mick Fanning
WSL/Sloane

Apesar dos anos recentes de seca na categoria masculina, os australianos chegam mais uma vez fortes, liderados por Ethan Ewing e Jack Robinson.

O país não tem um campeão desde 2013, quando Mick Fanning levantou seu último título mundial. Porém, os australianos nunca deixaram de ser uma força nesse período, que teve Julian Wilson liderando os Aussies e o fim da carreira de Fanning.

Qual é, então, o grande segredo dos surfistas australianos? Um dos pioneiros do surf no Brasil, Rico De Souza, falou sobre o diferencial dos atletas da Austrália em um episódio do Aloha Podcast:

Eu fui para a Austrália em Bells Beach em 1975 com a equipe havaiana. Eu notei que na Austrália tem um benefício muito grande por conta dos clubes; cada praia tem um clube.

Então, se fosse no Rio de Janeiro, cada praia teria um clube – Grumari, Prainha, Macumba, Barra – todos teriam um clube.

Em seguida, Rico explicou como isso aumenta a competitividade entre os surfistas australianos:

Esses clubes são formados por famílias e atletas olímpicos. Eles competem entre si dentro do clube, depois contra outros clubes do estado e depois nacionalmente.

Quando o cara sai dali, ele sai fera, um grande competidor. A Austrália tem isso e durante muitos anos, eles foram os grandes campeões”, afirmou Rico.

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