O Rugby é um esporte que tem crescido em popularidade no mundo. A modalidade é muito forte nos países europeus, na Oceania e África do Sul. Neste sentido, a Copa do Mundo de Rugby, a principal competição mundial entre seleções, está chegando. A disputa está marcada para ocorrer entre os dias 8 de setembro e 21 de outubro, na França.

Porém, um tema que tem repercutido na imprensa é a resistência pela convocação de Bastien Chalureau para a seleção francesa. O jogador foi condenado por racismo em 2020 e alguns deputados ameaçam pedir a sua exclusão da equipe. Confira!

A Copa do Mundo de Rugby 2023

A competição chega vai ter a sua 10ª edição disputada em 2023, o local escolhido para receber a Copa do Mundo de Rugby Union foi a França. O torneio deste ano celebra a comemoração do 200º aniversário da ‘invenção' do esporte por William Webb Ellis. O evento, que ocorrerá entre 8 de setembro a 21 de outubro, também é um aquecimento para os Jogos Olímpicos de Verão de 2024, também sediado em Paris. A saber, a final será realizada no Stade de France. 

O formato de disputa é simples: as 20 equipes classificadas para a Copa do Mundo de Rugby são divididas em cinco grupos com quatro integrantes cada. Após se enfrentarem na sua chave os dois primeiros colocados avançam para as quartas de final. Logo depois, quem avançar joga as semifinais e em seguida a grande final do torneio.

Nova Zelândia, França, Itália, Uruguai e Namíbia, no  Grupo A, África do Sul, Irlanda, Escócia, Tonga e Romênia, no Grupo B, País de Gales, Austrália, Fiji, Geórgia e Portugal, no Grupo C, Inglaterra, Japão, Argentina, Samoa e Chile, Grupo D, são as equipes que brigarão pelo troféu entre o dia 8 de setembro e 21 de outubro.

Polêmica na seleção francesa de Rugby

O primeiro caso controverso da Copa do Mundo é a convocação dos jogadores que vão representar a França no torneio. A polêmica gira em torno de Bastien Chalureau, jogador da segunda linha, que foi convocado após o corte de Paul Willemse por lesão, já foi condenado por crime de racismo. Dessa maneira, a sua convocação tem enfrentado resistência de deputados franceses que prometem pedir sua exclusão.

Em 2020, o jogador foi condenado pelo Tribunal Criminal de Toulouse a seis meses de prisão por violência e racismo. Além disso, teve o porte de arma retirado por cinco anos. O caso ocorreu após uma briga de rua, na qual também proferiu ofensas contra dois ex-jogadores de Rugby, Yannick Larguet e Nassim Arif. O último apresentou queixa após ser ferido no rosto.

Bastien Chalureau reconheceu o uso de violência, mas recorreu das acusações por racismo, expressando sua inconformidade com o veredicto. A investigação permanece está em andamento.

Deputados do LFI procuram maneiras de impedir convocação

No lado político, a escolha do treinador da seleção francesa de Rugby  por Bastien Chalureau não foi bem vista. Visto que, François Piquemal e Thomas Porte, ambos deputados da LFI, se pronunciaram contrários e que procurariam  a Ministra do Esporte para rever o caso.

Em sua rede social, Piquemal expôs sua indignação e o não pedido de desculpa por parte de Chalureau:

“Pensado nos ex-jogadores de rugby Yannick Larguet e Nassim Arif, vítimas de um ataque racista e violento de Bastien Chalureau em 2020, em Toulouse. A escolha deste último sem um pedido público de desculpas é um erro do XV de França. Vou contestar a Ministra do Esporte sobre o assunto”.

Portes foi ainda citou a homenagem a memória de Federico Martin:

Enquanto nos mobilizamos para homenagear a memória de Federico Martin Aramburu morto no meio de Paris pelos nazistas, o apelo de Chalureau à seleção é um insulto à sua memória e a todas as vítimas do racismo. É especialmente o caráter racista que fez reagir. Um elemento que Chalureau sempre contestou. Enquanto uma das vítimas o acusou de ter lançado “Como vão vocês, pesquisando no Google? “ , o Montpellier refutou essas acusações”.

Presidente da FFR tambem se posiciona

Florian Grill também tomou partido sobre o caso. Em entrevista ao “RMC Sport” , o regente da Federação Francesa de Rugby defendeu o jogador e reforçou que casos assim não inaceitáveis:

Bastien Chalureau reconhece a luta, mas nega os comentários racistas. Penso que as observações racistas são, obviamente, inaceitáveis, caso tenham sido feitas, mas a justiça deve ser permitida”.