O Brasil perdeu para a Espanha, neste domingo (17), em duelo válido pela 3ª rodada do Pré-Olímpico de Handebol e não conseguiu atingir seu objetivo, que era uma vaga nas Olimpíadas de Paris.
Após o encerramento do torneio, os países que garantiram vaga para a maior competição esportiva do mundo foram a própria Espanha e a Eslovênia, que também venceu o Brasil.
Para explicar a diferença entre o handebol brasileiro e o europeu, o Esportelândia entrevistou Gui Torriani, que é um dos maiores nomes do Brasil no esporte e que teve passagem pela Europa, mais especificamente, pela Espanha.
Gui Torriani fala sobre as principais diferenças entre Brasil e Europa no handebol
Um dos atletas convocados para o Pré-Olímpico, Gui Torriani atuou, durante uma temporada e meia, no Granollers, equipe da Espanha. Foi sua primeira experiência no exterior.
Em entrevista exclusiva ao Esportelândia, Gui Torriani revelou o que deve ser a principal diferença entre as equipes brasileiras e da Europa. Segundo ele, o segredo é o número de estrangeiros, que é maior em solo europeu.
A principal diferença de jogar no Brasil, e na Europa, em específico na Espanha, eu acredito que é o nível do handebol. Não que o Brasil não tenha a qualidade dos jogadores, mas são muitos estrangeiros, que são contratados das melhores seleções que têm no mundo.
Disse Gui Torriani, que complementou afirmando que a Liga Asobal, por exemplo, que disputou na Europa, reúne os melhores atletas do handebol no mundo:
Eu acredito que essa qualidade que vem de fora também acaba acrescentando muito para a liga na Europa, não só tanto a liga da Espanha, mas como todas as ligas do continente, então eu acho que isso faz uma diferença muito grande.
Sem mais chances de Olimpíadas, Gui Torriani avalia suas experiências na Europa
Na sequência, Gui Torriani, que tinha como objetivo disputar as Olimpíadas pela segunda vez, tendo sido a primeira em Tóquio, contou como foi sua experiência na Liga Asobal.
A experiência de jogar na Liga Asobal, comparando com o cenário brasileiro, acaba sendo da qualidade técnica dos jogadores que são contratados pelas equipes. Também a organização, tanto da Liga quanto da Copa e também da Liga Europa, que as melhores equipes acabam se classificando.
Como o próprio jogador explicou, anualmente, as ligas da Europa têm sempre uma, duas, três, quatro divisões. Com isso, a organização das Ligas acaba sendo um incentivo para as equipes, que buscam sempre melhorar.
Além de uma organização, você tem um incentivo de sempre estar classificando, para jogar uma Liga Europa. Ou para as equipes que têm menos investimento também, um incentivo de estar sempre tentando ir bem e melhorando, para também acabar não descendo de divisão.
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Repórter no Esportelândia. Formada em Letras pela UFRJ e Jornalismo pela FACHA. Passou por Vavel Brasil, Esporte News Mundo, Futebol na Veia e PL Brasil. Está no Esportelândia desde 2021.
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