Os termos utilizados pelos técnicos estão cada vez mais complicados para o povão entender. Quando ouvimos o técnico do Flamengo, Tite falar sobre a “amplitude e na temporização dos extremos desequilibrantes”, a maioria das pessoas não entende muito bem.
Além disso, podemos imaginar que o famoso “tatiquês”, passou um pouco do ponto e que a linguagem do futebol tem que ser mais facilitada para continuar atraindo pessoas simples para as partidas.
Em alguns casos, isso pode até ser verdade. “Extremos desequilibrantes”, por exemplo, não passam de pontas dribladores. Agora é muito melhor falar simplesmente em “amplitude” ao invés dos “dos espaços gerados através da fixação de um ou mais jogadores nas extremidades laterais do campo”, não é mesmo?
O vocabulário dos técnicos de futebol, popularizado por analistas e toda uma “classe” de comentaristas esportivos, é resultado natural do choque da era da informação com um esporte de enorme apreensão popular.
Todo mundo enxerga o jogo de uma maneira. Os termos do tatiquês, assim, são apenas uma maneira de guiar uma dessas visões. O que a faz “pegar”, para além das maiores possibilidades de comunicação atuais, é o crescente alinhamento desse discurso com os dos profissionais do futebol, isto é, dos técnicos e dos analistas.
Claro que há ruídos. A lógica por trás dessa terminologia é um tanto acadêmica, em busca de padronizar conceitos e métodos e facilitar a troca de informações. O problema é que a literatura de futebol no Brasil ainda é curta e recente.
Dessa forma, as referências vêm de vários pontos, países e escolas. Os termos, então, não são inteiramente padronizados. Sorte que, aqui na Esportelândia, vamos explicar, uma por uma, todas as expressões do futebol moderno. Confira!
Vocabulário e termos dos técnicos de futebol
Propor o jogo
“E aí, vamo jogar uma bola”? Isso é propor o jogo, só que na pelada. No linguajar do futebol profissional, quer dizer atuar, no geral, de uma maneira proativa.
Com a bola no pé, o time que propõe o jogo busca abrir ou encontrar espaços na marcação adversária por meio de passes, movimentações, jogadas treinadas. Em outras palavras, é impor os acontecimentos da partida.
Jogo reativo
O jogo reativo é mais autoexplicativo e fica ainda mais fácil de compreender em oposição ao jogo proposto. Não é necessariamente defensivo mas, ao invés de procurar abrir ou encontrar espaços na defesa adversária, é aquele que aproveita os que são cedidos.
Um time que joga no contra-ataque é, por definição, um time reativo: o adversário faz, o outro reage.
Momento ofensivo e momento defensivo
O conceito de momento ofensivo e defensivo vem da análise de desempenho, que costuma a dividir o jogo em quatro etapas básicas: a hora que um time defende, a hora que o time vai para o ataque, o hora que o time ataca e a hora que o time volta para a defesa, fechando o ciclo.
Quando se fala em momento ofensivo, portanto, é quando o time que ataca já está posicionado no campo de ataque, não necessariamente estático, mas claramente atacando. O time que está marcando está em seu momento defensivo.
Os termos são úteis não somente para dividir melhor a análise como para notar padrões específicos no ataque e na defesa, como por exemplo um meia que no momento ofensivo joga centralizado e no momento defensivo defende pelos lados.
Transição
A transição vem desse mesmo conceito dos momentos. É, no caso, o que tem entre os momentos defensivo e ofensivo. A transição ofensiva, portanto, é quando o time sai do ataque para a defesa. O contrário, é a transição defensiva.
A palavra transição também é usada por muita gente como sinônimo de contra-ataque, o que gera um pouco de ruído na compreensão do termo dos analistas. Acontece que não só há a transição defensiva como também a transição ofensiva lenta e gradual de um time que sai jogando com passes curtos e vai progredindo pelo campo.
De maneira simples: todo contra-ataque é uma transição, mas nem toda a transição é um contra-ataque.
Amplitude
Amplitude tem um nome meio chique mas é algo bem simples. Como muita coisa, na verdade.
Trata-se de uma ferramenta de jogo que passou a ser assim nomeada para ser “fixada” na cabeça e na movimentação dos jogadores. A amplitude é simplesmente alargar, ampliar o campo na hora de atacar.
Ela é feita com pelo menos um jogador em pelo menos um dos lados que se posiciona praticamente na linha lateral. Trata-se de um conceito específico porque, como vemos na imagem abaixo, o jogador que abre não necessariamente está participando ativamente da jogada.
Passivamente, no entanto, esse jogador aberto aumenta o espaço a ser marcado pelo adversário. Ele cria automaticamente uma dúvida para o seu defensor, entre marcá-lo e deixar o espaço que estava ocupando ou deixá-lo livre e com espaço para carregar a bola.
Profundidade
Conceito “primo” da amplitude, a profundidade quer fazer o mesmo, só que no sentido vertical do campo, se assim considerarmos a linha imaginária traçada entre os dois gols.
Como há a regra do impedimento, não há como o jogador da profundidade ficar colado na linha de fundo (fundo, profundidade, entendeu?), mas dá para ele ficar o mais distante possível do seu próprio gol, “empurrando” os zagueiros adversários para trás e abrindo mais espaço no campo.
Há como combinar amplitude e profundidade. Aquele Barcelona do Guardiola adorava fazer isso, com dois dos seus três atacantes colados nas linhas laterais e o mais perto possível do gol adversário.
Superioridade
A superioridade, abreviação de “superioridade numérica” é outro desses conceitos-mecanismos.
Diferente, porém, de uma ação posicional (ir para a linha lateral ou chegar mais próximo da linha de fundo), ela é uma orientação: a de buscar a ter mais jogadores do que o adversário em determinado espaço do campo.
A ideia por trás é bastante simples: se o seu time tem mais jogadores em algum espaço, alguém vai ficar livre. E é imensa a quantidade de jogadas que podem ser feitas a partir daí.
Existe também a superioridade técnica ou física também, ainda que menos usada quando fala-se apenas em “superioridade”.
Estas são orientações para que o time encontre os atacante que são tão superiores técnica ou fisicamente que seus adversários que os duelos se configuram como vantagens de fato. Tipo o Neymar no um contra um com um um zagueiro grosso e lento.
Jogo de posição
O jogo de posição precisaria de um texto inteiro para ser explicado por inteiro, então fiquemos com a definição mais básica: trata-se de um modelo de jogo que busca abrir o espaço na marcação adversária por meio de passes e movimentações inteligentes.
Como um modelo de jogo, o jogo de posição se utiliza de ferramentas como a amplitude e mecanismos como a superioridade numérica.
Ela parte do princípio de entender o futebol a partir do espaço x tempo, termo rebuscado, porém simples. Para jogar bola, qualquer um precisa de espaço, isto é, estar minimamente livre, e tempo para pensar no que fazer.
O jogo de posição busca, essencialmente dominar os espaços do campo (por isso a amplitude e a superioridade) para aí sim tratar do tempo de fazer as jogadas.
Ataque funcional
O ataque funcional não é necessariamente um modelo de jogo, mas é uma maneira de organizar o time a partir de uma ideia.
E mais fácil ser explicado a partir da sua oposição com o jogo de posição. Assim, o ataque funcional quer dominar primeiro o tempo para aí sim tratar dos espaços. Peguemos o uso da amplitude. No jogo posicional, o ponta colado na linha lateral quer criar a dúvida ao defensor a partir da sua posição. Nessa dúvida, tem o atacante tem o seu tempo para agir.
No funcional, esse ponta vai até a bola na hora certa de modo que consiga receber antes do defensor. Enquanto não é marcado, o “ponta funcional” pode progredir no espaço livre, driblar e criar outras jogadas.
Bloco
Há dois usos para a palavra bloco. Quando dizem que o time ataca em bloco, quer dizer que os jogadores avançam pelo campo agrupados e ao mesmo tempo.
Quando fala-se em defesa em bloco médio, baixo ou alto, refere-se ao time que se defende de maneira agrupada, com os jogadores se posicionando ao mesmo tempo. O médio/baixo/alto trata do quão perto esse agrupamento está do próprio gol.
Linha alta e linha baixa
Os termos “linha alta” e “linha baixa” bebem da mesma fonte de referencial espacial do bloco médio, alto e baixo. Trata-se do posicionamento da linha defensiva, isto é, da linha formada pelos zagueiros e laterais no campo.
Quando ela é alta, ela está próxima ao gol adversário; baixa, próxima do próprio gol. A média, portanto, só pode estar no meio do caminho. Quando fala-se em “linhas”, no plural, as linhas descritas são todas as formadas pelo time, seja a pelos zagueiros, a pelos meias e pelos atacantes, mesmo que esse último seja só um.
Linha sustentada
A linha sustentada é um assunto mais específico da defesa. Ela nada mais é do que a descrição de uma linha de defensores que procura sempre manter (sustentar) a mesma distância entre eles.
A imagem abaixo é bem clara. O funcionamento também: se o atacante pela direita passar dos marcadores do meio campo, os quatro defensores próximos à área devem se movimentar para fechar os espaços, não somente o lateral esquerdo que deve “ir à caça” do adversário.
Primeira linha
O termo “primeira linha” fala do momento defensivo de um time. Essa primeira linha é a formada pelos jogadores mais próximos do gol adversário — os atacantes, poranto — que devem dar o primeiro combate na saída de bola do oponente
Entrelinhas e quebrar linhas
Se há uma primeira linha de marcação, há outras. São pelo menos mais duas, a do meio e a do ataque. A do meio pode também desmembrar-se em duas linhas, as dos volantes e a dos meias.
No meio dessas linhas todas, há um espaço, o entrelinhas, geralmente buscado pelos meias e atacantes adversários. Para dar um exemplo mais óbvio, o espaço em que Messi atua, saindo da área e nas costas dos volantes, está nas entrelinhas, entre a linha do meio e a da defesa.
Quando um jogador faz um passe e encontra um jogador no espaço, ele então quebrou a linha de marcação, que terá de se desfazer para marcar o jogador nas suas costas. Quando um jogador consegue driblar um membro de uma linha de marcação e progredir, também é considerado que ele quebrou a linha.
Jogo apoiado
O jogo apoiado é um termo mais aberto, podendo se referir a diversos mecanismos e conceitos. No entanto, dá para resumi-lo como os movimentos de um determinado time de ter sempre alguém se aproximando do jogador que tiver a bola para criar uma opção de passe.
Marcação alta
A marcação alta é um termo generalista quanto ao local onde acontece a marcação de um time. Se temos o costume de falar que um time “subiu ao ataque”, a marcação alta, portanto, é no próprio campo de ataque.
O verbete, no entanto, não carrega conceitos específicos. Pode-se marcar alto de maneira mais ou menos intensa, pode-se pressionar, cercar, criar armadilhas, enfim.
Pressão pós-perda
Um dos mecanismos que podem ser feitos numa marcação alta é a pressão pós-perda ou o “perde-e-pressiona”. O nome é bastante explicativo. O time que está com a posse, quando a perde, pressiona intensamente o local onde aconteceu essa perda de bola, de modo a recuperá-la.
Não que essa pressão pós-perda dure eternamente. Ela geralmente é localizada e imediata; se não houver sucesso, o time que pressionou busca voltar à defesa e posicionar a marcação.
Temporização
Temporizar é, basicamente, ganhar tempo. Normalmente usado nas transições, o termo serve tanto para a defesa quanto para o ataque.
Defendendo, é pressionar ou cercar o adversário para ganhar tempo para o restante da marcação se posicionar. No ataque, que é carregar ou prender a bola esperando o momento certo para um passe ou para o melhor posicionamento de um atacante que se projeta.
Diminuir e encurtar
Para melhor compreender o termo, é só completar: diminuir ou encurtar o espaço. Quando você ouve um treinador gritar “diminui!”, ele está pedindo para sua defesa se aproximar do adversário que carrega a bola, mas não necessariamente tentar roubá-la.
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Balanço
Balanço é outro termo que serve tanto para o ataque quanto para a defesa, só que com significados diferentes. No ataque, é trocar passes linearmente, movendo a bola da direita para a esquerda. Hoje, o movimento é tratado quase como uma maneira de temporizar.
O balanço defensivo, por outro lado, tem muito mais a ver com compensações nos posicionamentos, dependendo, claro, das ideias desse time.
Pode ser o lateral direito que fica na defesa durante o apoio do lateral esquerdo ou o ponta esquerda que recompõe após a bola ser perdida na direita, de modo a garantir que os defensores que façam a cobertura na direita não deixem um buraco no outro lado.
Flutuação
Flutuação é um movimento específico do ataque. É quando um jogador designado a uma posição, digamos, na direita, se move sem a bola para o meio, ou vice-versa. Fala-se em flutuar para diferenciar do momento em que o jogador conduz a bola de um lugar para o outro.
Saída lavolpiana e saída de três
Saída lavolpiana e saída de três são dois nomes para a mesma ação. Popularizado pelo técnico argentino Ricardo La Volpe, o movimento é simples: durante a saída de bola do tiro de meta, os dois zagueiros abrem em direção às linhas laterais mais próximas enquanto um volante ou meia recuam no meio dessa linha de zagueiros abertos.
A ideia por trás dessa ação básica é simultaneamente criar opções de passe curto e rasteiro para o goleiro e os defensores abertos e permitir que os laterais avancem e ganham campo, muitas vezes gerando amplitude.
Corredores
Quando se fala taticamente em corredores, não se refere à ultrapassagem de um lateral pelo companheiro que está ao seu lado, mas de uma divisão imaginária e específica do campo.
Imagine que sejam traçadas quatro linhas entre as duas linhas fundo. Essas linhas verticais não são equidistantes entre si, mas acabam dividindo o campo em cinco porções verticais. Cada uma delas é um corredor, sendo dois externos e dois internos de cada lado, além do corredor central.
Terço e terço final
Se os corredores são fruto de uma divisão imaginária vertical, os terços são horizontais. Como o nome diz, dividem o campo em três partes iguais. O terço final, assim, é a parte mais próxima ao gol adversário — depende do referencial, portanto.
Quadrante
O quadrante é o espaço que junta a divisão vertical dos corredores e a horizontal dos terços. Sobrepondo esses eixos, formam-se quadrantes.
Interno ou interior
Interno já é um vocabulário de posicionamento individual. Um interno é um jogador que jogar, ora, pelo meio, na parte interna do campo. Geralmente é usado para se referir a um meia que fica no meio termo entre um armador e um volante.
Na Copa do Mundo de 2018, esse papel no meio campo da Seleção Brasileira era de Renato Augusto.
Extremo
Se o interno joga pelo meio, o extremo então…É um termo geralmente usado para se referir a pontas que não são pontas por função, isto é, jogadores de ataque que jogam mais abertos, podendo gerar amplitude, mas que não são necessariamente dribladores ou armadores.
O termo “extremo desequilibrante”, que falamos no começo do texto e que só foi usado por Tite na Copa do Mundo, trata dos jogadores que atuam nessa faixa de campo mas são sim capazes de dribles e passes que desequilibram a defesa. Pontas, em outras palavras. É cada uma…
Box-to-box
O box-to-box é um termo importado da Inglaterra. Lá, “box” é a área. A tradução do termo é literal: o jogador que vai de área a área. Lá, assim como aqui, é algo “exclusivo” de volantes, que no caso atacam e defendem com a mesma intensidade e mesmo volume.
Ritmista e regista
O ritmista ou regista é um jogador de meio campo, geralmente jogando mais recuado, que dita o ritmo da partida e rege a circulação de bola.
É a designação moderna de um armador. Pirlo foi assim chamado enquanto jogava; Gérson, o da Seleção de 1970, e Didi, da Copa de 1958, poderiam ter essa alcunha. Para os mais antigos, são os meia direitas, ou “8”, repaginados.
Pivote
Outro termo importado, dessa vez da Espanha. Ao contrário do que se pode imaginar, o pivote é um jogador defensivo. Mas a raiz do seu significado não é tão distante assim do nosso tradicional “pivô”.
Se o pivô é um atacante que joga de costas para a defesa e serve como um ponto de referência, um eixo de giro para o ataque, o pivote faz a mesma função na saída de bola. É o volante que fica de costas para a marcação e faz girar a bola durante a construção. O espanhol Sergio Busquets é um mestre nessa função.
Lateral interno e lateral construtor
Apesar de parecidos, lateral interno e lateral construtor querem dizer coisas distintas. O primeiro trata do posicionamento do lateral no ataque. Este, ao invés de fazer as jogadas próximas à linha lateral, as faz no meio do campo, geralmente nos corredores internos.
O lateral construtor, por sua vez, é uma função, que pode ser exercida tanto junto das linhas laterais quanto mais para o meio. Essa função de construtor é literal: construir jogadas, buscando passes tabelas, é um jogador que as inicia, não as termina com um cruzamento, por exemplo. O Daniel Alves da Seleção Brasileira é um craque nesse quesito.
Duelos e embates
Entrando agora nos verbetes de scout e análise de desempenho, duelos e embates são quaisquer ações de disputa de bola enter dois jogadores. O 1 x 1 é um duelo rasteiro, assim como um “pé de ferro” de uma bola que sobra. Já um zagueiro e um atacante pulando para o cabeceio é um embate aéreo.
Pré-assistência
Se uma assistência é um passe que leva à finalização que marca um gol, a pré-assistência é o passe que leva à assistência. As pré-assistências mais comuns são as bolas enfiadas nas pontas, que resultam em cruzamentos de primeira que aí sim levam ao gol.
Passe-chave
O passe-chave é, basicamente todo o passe que leva a uma chance de gol, sendo ele aproveitado ou não. Pré-assistências e assistências são passes-chave, por exemplo, assim como o lançamento para um atacante que chuta para fora ou mesmo que fure a bola.
Portador
Outra expressão melhor explicada quando completa: portador da bola. É, literalmente, o jogador que está com a bola dominada. É um termo referencial. Por exemplo, a pressão pós-perda ataca o portador da bola, enquanto o balanço defensivo cuida de quem não está com ela.
Futebol moderno
Outro termo amplo, vago, confuso, até. Uns o usam para falar da ordem econômica e mundial do futebol contemporâneo, de cifras altíssimas, de arenas, de sócio-torcedor e outras expressões dessa configuração sociopolítica.
Outros o enxergam como referencial para modelos de jogo que empregam muitos dos conceitos e mecanismos descritos nessa lista. Há até quem cole o futebol moderno à um estilo de jogo específico, como o Jogo de Posição, por exemplo.
Amado, odiado, iluminador, confuso, o futebol moderno é um fato. Assim como os seus termos.
Expressões dos técnicos no futebol moderno
- Propor o jogo
- Jogo reativo
- Momento ofensivo e momento defensivo
- Transição
- Amplitude
- Profundidade
- Superioridade
- Jogo de posição
- Ataque funcional
- Bloco
- Linha alta e linha baixa
- Linha sustentada
- Primeira linha
- Entrelinhas e quebrar linhas
- Jogo apoiado
- Marcação alta
- Pressão pós-perda
- Temporização
- Diminuir e encurtar
- Balanço
- Flutuação
- Saída lavolpiana e saída de três
- Corredores
- Terço e terço final
- Quadrante
- Interno ou interior
- Extremo
- Box-to-box
- Ritmista e regista
- Pivote
- Lateral interno e lateral construtor
- Duelos e embates
- Pré-assistência
- Passe-chave
- Portador
- Futebol moderno
Conheça todos os esquemas táticos do futebol
1-1-8
O esquema 1-1-8 surgiu como a pioneira abordagem tática no mundo do futebol. Seu advento remonta a 1863, com vestígios de sua aplicação até 1871.
Essa formação tática consistia em contar com um único defensor e um meio-campista, ao passo que o restante da equipe se organizava em uma linha de oito jogadores ofensivos, visando o objetivo de marcar gols.
1-2-7
A estratégia inicialmente empregada no futebol da Inglaterra designava diferentes jogadores para a região do meio-campo, os quais desempenhavam funções de criação de jogadas e/ou proteção defensiva, visando marcar gols.
1-3-2-4 dos Mágicos Magiares
A disposição tática 1-3-2-4 se distingue do sistema 4-2-4, originado no Brasil, principalmente devido à posição mais recuada do quarto zagueiro, atuando como um líbero.
1-6-3 (formação Kamikaze)
A tática 1-6-3 foi usada pela primeira vez pela Seleção Japonesa durante as Olimpíadas de Berlim-1936, sob a liderança do General Yoshijiro Umezu. Notavelmente, o Japão venceu a equipe sueca por 3-2, antes de sofrer uma derrota por 0-8 para a Itália.
Devido a esse resultado, o esquema ganhou o apelido de “formação kamikaze”. Na década de 1960, Walter Bahr, ex-jogador da seleção dos Estados Unidos que atuava como técnico do Philadelphia Spartans, adotou essa formação em alguns jogos para atrair maior atenção da mídia e dos torcedores para a equipe.
2-2-6
Abarcando o intervalo entre 1869 e 1891, este período foi caracterizado por uma abordagem tática que priorizava a defesa, contando com dois zagueiros e dois meio-campistas.
Apesar disso, a equipe mantinha seis jogadores na linha de ataque, porém com funções predominantemente ofensivas. Dentre estes, destacavam-se dois alas, dois atacantes interiores e dois centroavantes.
2-3-2-3 (formação método)
O treinador Vittorio Pozzo, então à frente da Seleção Italiana e simpatizante do nacionalismo associado à filosofia fascista, não tinha confiança no esquema 2-3-5, ainda predominante na Europa, e também resistia ao recém-introduzido WM.
A solução encontrada foi uma fusão dos dois sistemas. De forma simplificada, Pozzo organizou um plano combinando a defesa do 2-3-5 com o ataque do WM.
Além disso, ele introduziu a marcação individual, uma tática que sempre visava neutralizar o cérebro da equipe adversária – geralmente o centro-meio no 2-3-5 ou o centroavante no WM.
Esse esquema enfatizava a solidez do meio-campo e a capacidade de contra-ataque rápido, que, segundo ele, se adequava perfeitamente ao estilo de jogo dos italianos (um estilo que ainda é a base do futebol italiano atual).
Foi com essa abordagem que a Itália conquistou duas Copas do Mundo consecutivas, em 1934 e 1938.
2-3-2-3 (formação WW)
O “WW” húngaro, ao contrário do “Metodo” italiano 2-3-2-3, permite que o meio-campista central tenha total liberdade para avançar no ataque.
Assim, quando a equipe está com a posse de bola, ele se transforma em um esquema 2-2-1-2-3. Essa formação é uma fusão do WM com o 4-2-4.
De acordo com Hugo Meisl, o criador desse esquema, os onze jogadores devem estar constantemente em movimento para evitar que o adversário antecipe suas intenções.
Mesmo um meio-campista, se tiver oportunidade, deve avançar e aparecer na área adversária de surpresa, enquanto um colega de equipe imediatamente ocupa seu lugar no campo que ficou vago devido ao seu avanço.
Em resumo, o sistema é não ter um sistema fixo. Inteligência, velocidade e surpresa são os elementos-chave para o sucesso.
Este esquema alcançou certo sucesso com Gusztáv Sebes, treinador da seleção húngara, no início da década de 50.
2-3-5 (formação clássica ou Pirâmide)
A partir de 1850, a formação tática adotada por praticamente todas as equipes de futebol era o 2-3-5, conhecido como “Pirâmide” ou “Sistema Clássico”, pois era o esquema predominante na época em que o futebol começou a se disseminar da Grã-Bretanha para o resto do mundo.
Essa formação consistia em dois zagueiros, três meio-campistas ofensivos e cinco atacantes, com dois nas alas, dois segundos atacantes e um centroavante, indicando assim o início da preocupação dos treinadores em ocupar e controlar a parte central do campo.
O esquema 2-3-5 foi amplamente utilizado até a Copa do Mundo de 1938.
2-3-5 Danubian School
O esquema 2-3-5 da Escola Danubiana é uma variação da formação clássica 2-3-5, na qual o meio-campista central recua mais.
Essa tática foi adotada por equipes austríacas, tchecas e húngaras na década de 1920, alcançando seu ápice com os austríacos em 1930. Essa abordagem foi fortemente influenciada por figuras como Hugo Meisl e Jimmy Hogan.
3-2-2-3 (formação MM)
O esquema teve sua origem em 1925, quando o técnico inglês (e professor de geometria) Herbert Chapman, do Arsenal, concebeu essa tática para adaptar sua equipe à emergente regra do impedimento – os zagueiros avançavam, deixando os atacantes adversários em posição de impedimento.
O aspecto interessante dessa estratégia foi a formação do “quadrado mágico” no meio-campo, não porque os jogadores fossem excepcionais, mas porque a configuração do meio-campo poderia ser alterada conforme a necessidade da equipe.
Um meio-campista ofensivo poderia ajudar na criação de jogadas e, inversamente, um meia mais recuado poderia auxiliar na marcação, proporcionando uma flexibilidade tática única.
3-2-3-2
O 3-2-3-2, também conhecido como MM, é uma estratégia tática do futebol composta por três defensores, dois meio-campistas recuados, três meio-campistas avançados e dois atacantes, formando uma configuração semelhante a um “M” tanto na defesa quanto no ataque.
Foi utilizando essa formação que o Brasil conquistou seu primeiro vice-campeonato na Copa do Mundo, em 1950.
3-3-3-1
Desenvolvido por El Loco Marcelo Bielsa na talentosa seleção chilena de 2010, o esquema tático foi uma das referências utilizadas por Guardiola no lendário Barcelona.
A equipe era composta por três defensores, com os dois laterais podendo avançar para se juntar ao ataque, um volante, dois meias pelos lados do campo, uma linha de três meias-atacantes e um centroavante fixo.
3-3-4
Neste sistema, são empregados dois zagueiros e um dos laterais na linha defensiva. No meio-campo, um dos laterais atua como meio-campista defensivo, enquanto o volante ocupa a posição central do meio-campo ao lado de um dos meias-armadores. O outro meia-armador atua como atacante, juntamente com os três jogadores de frente.
3-4-3
O sistema tático mencionado fez sua primeira aparição na Copa do Mundo de 1962. Na defesa, há a presença de um líbero, responsável por cobrir as jogadas defensivas. Nos flancos do meio-campo, encontramos um ala defensivo e um ponta.
Além disso, no setor ofensivo, são utilizados três atacantes, sendo dois pontas de lança e um centroavante.
3-4-3 moderno
Em 2011, o Barcelona de Pep Guardiola, famoso pelo estilo de jogo Tiki-taka, inovou ao adotar o sistema tático 3-4-3 sem um zagueiro de posição tradicional.
Os três defensores que atuaram como zagueiros eram volantes ou laterais de origem, como Busquets, Mascherano e Abidal. Foi utilizando essa formação que a equipe conseguiu uma vitória expressiva sobre o Villareal, por 5×0.
3-5-2
O esquema tático descrito é o 3-5-2, atualmente amplamente utilizado. Ele consiste em um meio-campo com dois volantes e dois laterais que avançam pelo campo, desempenhando o papel de alas sem necessidade de marcador. Os dois centroavantes são responsáveis por receber bolas cruzadas na área pelos alas.
Originado na Europa como uma opção menos defensiva em relação ao tradicional 4-4-2, o 3-5-2 inclui um zagueiro adicional na defesa, com o último jogador sendo o líbero. Os laterais são posicionados mais à frente e assumem o papel de alas.
Na parte defensiva do esquema, cada zagueiro marca um atacante adversário, enquanto o líbero, posicionando-se na frente ou atrás da linha defensiva, atua como apoio, auxiliando na defesa quando necessário. Os meio-campistas protegem a entrada da área, enquanto os alas monitoram as laterais do campo.
3-5-2 Dinamarquês
Sepp Piontek, o treinador alemão que comandava a seleção dinamarquesa semifinalista da Euro 84, introduziu uma inovação em um esquema de três zagueiros que não era defensivo.
O líbero saía para o jogo quando a equipe estava com a posse de bola, muitas vezes incorporando o meio-campo e até mesmo o ataque.
O sistema consistia em uma linha de três defensores, no meio-campo havia um volante, dois alas e dois meias-armadores, além de dois centroavantes que atuavam um pouco abertos. Esse sistema tático foi amplamente utilizado na Europa durante os anos 90.
3-6-1
O 3-6-1 é um sistema tático que envolve três jogadores na linha defensiva, dois volantes, dois no meio-campo, um na lateral direita e outro na lateral esquerda, com apenas um atacante.
Durante a fase ofensiva, tanto os meias quanto os laterais se juntam ao ataque, enquanto um dos volantes fecha o meio-campo e o outro permanece como opção de passe na intermediária.
Na fase defensiva, os laterais e os volantes retornam para reforçar a defesa, enquanto os meias ocupam a intermediária de sua equipe.
4-1-2-1-2 (diamante)
Esse esquema tático é muito similar ao 4-4-2 original, porém com uma diferença crucial: em vez de dois volantes, há apenas um, além de dois meias e um meia avançado.
Devido à disposição dos jogadores em campo, há quatro jogadores formando um “losango”. Essa formação é conhecida como 4-1-2-1-2 ou 4-3-1-2.
4-1-3-2
Essa descrição corresponde à formação tática conhecida como 4-2-3-1. Nesse esquema, há dois pontas-de-lança que atuam na linha de frente, um médio ofensivo posicionado logo atrás deles e dois médios laterais que têm a responsabilidade de criar oportunidades pelo corredor lateral.
Isso geralmente resulta em um jogo que se desenrola muito pelas alas, explorando as oportunidades de cruzamento e avanço na área adversária.
4-1-4-1
O esquema tático descrito é o 4-1-4-1, uma formação moderna que tem sido utilizada pela Seleção Brasileira a partir de 2016, embora tenha havido controvérsias sobre sua origem.
Alguns pesquisadores sugerem que equipes como o Flamengo de 1981 e a Seleção Brasileira de 1982 já jogavam com uma formação semelhante.
No entanto, o primeiro uso prático verificado e confirmado foi feito por Vanderlei Luxemburgo quando montou a equipe do Flamengo campeã brasileira de 1992.
Nessa formação, há duas linhas de quatro jogadores, com um volante à frente da zaga e um centroavante à frente do meio-campo.
Na prática, são quatro defensores (dois zagueiros e dois laterais), um volante de transição, dois meio-campistas centrais, dois meio-campistas laterais ou pontas e um centroavante.
Esse esquema permite um equilíbrio entre defesa e ataque, com ênfase na compactação e na transição rápida da defesa para o ataque. Treinadores como Tite e Guardiola têm utilizado essa tática com sucesso em seus clubes desde 2015.
4-2-3-1
O esquema descrito é o 4-2-3-1, uma formação tática amplamente utilizada no futebol moderno do século XXI.
É considerada eficaz porque permite que a equipe tenha tanto uma sólida defesa quanto um ataque dinâmico, envolvendo seis jogadores em ambos os aspectos do jogo.
Nessa formação, há quatro defensores, compreendendo dois zagueiros e dois laterais. Além disso, há dois meio-campistas que desempenham um papel duplo, auxiliando tanto na defesa quanto no ataque.
Os dois meias laterais contribuem com apoio ofensivo e ajudam na cobertura defensiva quando necessário.
Um meia centralizado é responsável pela organização do jogo no meio-campo, enquanto um centroavante, que pode ser fixo ou móvel, lidera a linha de ataque.
Essa formação é especialmente eficaz quando os jogadores possuem habilidades tanto defensivas quanto ofensivas, e quando há uma boa compreensão tática e coordenação entre eles.
É uma estratégia versátil que permite à equipe manter um equilíbrio entre ataque e defesa durante toda a partida.
4-2-4
O 4-2-4 é um esquema tático composto por 4 defensores (zagueiros), 2 meio-campistas e 4 atacantes. Foi uma formação popular nas décadas de 1940 e 1950.
Neste esquema, os laterais desempenham um papel defensivo, ajudando os zagueiros na proteção da área, e, portanto, não avançam muito para o ataque.
No meio-campo, há apenas dois jogadores, um na ala direita e outro na ala esquerda, ambos atuando como jogadores de cobertura, pois a área já está ocupada pelos 4 atacantes.
Além de contribuir defensivamente, eles também precisam estar atentos para evitar contra-ataques adversários.
4-3-2-1 (árvore de natal)
O esquema tático 4-3-2-1, também conhecido como “árvore de Natal”, é considerado uma variação ofensiva do 4-3-3 e tornou-se mais proeminente a partir da Copa do Mundo de 2010.
Na defesa, há uma linha de quatro jogadores, composta por dois laterais e dois zagueiros, protegida por dois volantes. No meio-campo, há um meia armador centralizado e dois meia-atacantes posicionados pelos flancos.
Esses meias-atacantes têm a função de ajudar tanto na marcação, ao se juntarem à linha de meio-campo junto aos volantes, quanto no apoio ao ataque, ao agirem como os pontas de um esquema 4-3-3.
Eles atuam ao lado do centroavante, formando uma linha ofensiva compacta. Essa formação busca garantir equilíbrio entre defesa e ataque, permitindo transições rápidas e eficientes.
4-3-3
O 4-3-3 é um esquema tático composto por quatro jogadores na defesa, três meio-campistas e três jogadores no ataque, geralmente dois pontas e um atacante central.
Esse esquema se tornou popular no final da década de 1960 e início da década de 1970, especialmente após ser adotado pela seleção da Holanda na Copa do Mundo de 1974.
No aspecto ofensivo, os pontas e os laterais têm papel fundamental, pois ambos sobem para o ataque, contribuindo para aumentar a pressão sobre a defesa adversária.
Isso muitas vezes sobrecarrega o lateral adversário, que precisa marcar dois jogadores simultaneamente.
Além disso, os três homens de frente também auxiliam na marcação dos laterais ou volantes adversários quando a equipe está sem a posse de bola, contribuindo para pressionar a saída de bola adversária e recuperá-la mais rapidamente.
Essa capacidade de pressão intensa tanto no ataque quanto na defesa é uma das características marcantes do esquema tático 4-3-3.
4-4-2
O 4-4-2 é um esquema tático amplamente utilizado no futebol, composto por 2 laterais, 2 zagueiros, 4 meio-campistas e 2 atacantes, além do goleiro.
Dos quatro meio-campistas, dois desempenham um papel mais defensivo, atuando como volantes ou meias de contenção, enquanto os outros dois podem ser meias mais ofensivos ou alas, dependendo da estratégia da equipe.
Essa formação é reconhecida por sua versatilidade e equilíbrio entre defesa e ataque.
4-4-2 à Inglesa
O 4-4-2 Inglês, concebido pelo Sir Alf Ramsey, teve como ponto de partida o esquema tático básico 4-2-4, no qual os pontas foram recuados, resultando na criação dos Wingers – os meias laterais que se tornaram uma presença constante tanto na Premier League quanto na seleção inglesa até hoje.
Esse esquema consistia em uma linha defensiva de quatro jogadores, seguida por outra linha de quatro no meio-campo, composta por dois meias abertos, um volante e um meia central responsável pela armação das jogadas.
Na linha de frente, eram posicionados dois centroavantes fixos, geralmente jogadores altos e fortes, que atuavam como referências no ataque, tanto na área adversária quanto nas bolas aéreas.
Essa formação, com suas características físicas e táticas específicas, tornou-se emblemática do estilo de jogo inglês e deixou um legado no futebol.
4-5-1
Esse esquema tático é o 4-5-1, que consiste em utilizar 4 defensores (2 zagueiros centrais e 2 laterais), 5 jogadores de meio-campo e apenas 1 atacante, além do goleiro.
Uma variação comum desse esquema é o 4-4-1-1, no qual uma linha de 4 jogadores no meio-campo é acompanhada por um meia-atacante, como ocorreu com Zidane na Copa do Mundo FIFA de 2006.
O 4-5-1 ou o 4-4-1-1 permitem uma distribuição eficiente dos jogadores em campo durante a fase defensiva, com todos os jogadores participando da marcação, adotando geralmente o sistema de “back line”, onde todos os jogadores ficam atrás da linha da bola para pressionar o adversário e recuperar a posse.
O atacante pode ser exceção, atuando na frente para pressionar a saída de bola adversária. Essa formação é especialmente útil para equipes que buscam se defender de forma compacta e organizada, concedendo poucos espaços para o adversário criar oportunidades de gol.
4-6-0
No “False 9”, o atacante central, em vez de permanecer na linha de frente, recua para o meio-campo para ajudar na marcação e na construção das jogadas.
Isso é feito em resposta à pressão exercida pelo adversário quando se utiliza o esquema 4-5-1, onde há uma forte presença no meio-campo.
Embora seja uma tática menos comum, o “False 9” é empregado para neutralizar o poder ofensivo do adversário, especialmente quando uma equipe enfrenta um oponente mais forte ou mais favorito.
É uma abordagem bastante defensiva, projetada para limitar as oportunidades de gol do oponente e aumentar a solidez defensiva da equipe.
5 x 5 irreversível
A tática adotada pela equipe do Entrerriense FC no Campeonato Carioca na década de 1990 pode variar dependendo do contexto específico de cada jogo e da estratégia do treinador na época.
5-3-2
Nesse esquema, os defensores centrais são apoiados pelos laterais, que recuam para formar uma linha defensiva sólida. O líbero, quando presente, atua como um defensor adicional, oferecendo cobertura extra na defesa.
No aspecto defensivo, todos os meio-campistas e atacantes recuam para reforçar a defesa e compactar o meio-campo, tornando mais difícil para o adversário entrar na área.
Os meio-campistas também desempenham um papel crucial em bloquear as linhas de passe e pressionar o adversário quando necessário.
Essa abordagem tática é comumente adotada por equipes que estão protegendo uma vantagem ou buscando garantir um resultado contra equipes mais fortes.
Ela visa minimizar os espaços para o adversário criar oportunidades de gol, mantendo uma postura defensiva sólida e organizada.
5-4-1
Esquema altamente focado na defesa, composto por três defensores centrais, dois alas, dois meias criativos, dois meio-campistas defensivos e apenas um jogador de ataque.
5-5-0
O 5-5-0 é uma estratégia que consiste em cinco jogadores na linha defensiva (2 laterais, 2 zagueiros e um líbero) e cinco no meio-campo (2 volantes e três meias), sendo uma das abordagens mais defensivas de uma equipe.
É comumente utilizada para conter os ataques adversários, especialmente quando a equipe está liderando por uma margem estreita e o oponente busca igualar o placar.
Essa tática é acionada quando a equipe está à frente por apenas um gol, adotando então a configuração 5-4-1, enquanto o adversário pressiona em busca do empate.
Nesse cenário, o único atacante da equipe recua para a linha defensiva, contribuindo com a marcação no meio-campo e abandonando temporariamente o papel de atacante.
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Jornalista formado pela UNESP, foi repórter da Revista PLACAR. Cobriu NBB, Superliga de Vôlei, A1 (Feminino), A2 e A3 (Masculino) do Campeonato Paulista e outras competições de base na cidade de São Paulo. Fanático por esportes e pelas histórias que neles acontecem, dos atletas aos torcedores.