Privilegiados são os maiores campeões da Libertadores, times que não só alcançaram a Glória Eterna como puderam vivenciar a sua conquista muito mais vezes que a maioria.
Entre argentinos, brasileiros, paraguaios e uruguaios, dez clubes podem hoje ostentar essa posição, que, como sabemos, nunca é garantida por muito tempo. O orgulho do protagonismo continental, no entanto, fica para sempre.
Pois bem, listamos essas dez equipes, os maiores campeões da Libertadores, no texto abaixo. Também oferecemos um pouco de contexto, uma boa dose de história e, claro, muita informação.
Quem é o maior campeão da Libertadores?
O Independiente, da Argentina, chegou a 7 títulos em 1984 e é o maior campeão da Libertadores. Além do maior número de troféus, o clube é quem venceu decisões de maneira consecutiva com as quatro entre 1972 e 1975.
Os maiores campeões da Libertadores
- Indepediente-ARG
- Boca Juniors
- Peñarol
- Estudiantes-ARG
- River Plate
- Nacional-URU
- Olimpia-PAR
- São Paulo
- Santos
- Grêmio
Grêmio (10º)
- Títulos: 3
- Edições: 1983, 1995, 2017
Abrimos a lista dos maiores campeões da Libertadores com o mais recente tri do torneio, o Grêmio.
Foi na competição continental que tricolor gaúcho começou a encorpar a fama de time copeiro, fama essa que respingou em território nacional e o auxiliou a se tornar um dos maiores campeões da Copa do Brasil.
Agradecimentos especiais, portanto, à Renato Gaúcho, Hugo de León e todos os outros responsáveis pela conquista de 1983, a primeira. Na segunda, em 1995, o Imortal já se solidificava como um bicho-papão dos mata-matas com Luiz Felipe Scolari, Danrlei e cia.
Assim, não há como deixar de fora a turma do tricampeonato, vencido em 2017, que não só permitiu ao Grêmio a presença nessa lista como solidificou um projeto de time que perdura como um dos mais competitivos do país há alguns anos.
Santos (9º)
- Títulos: 3
- Edições: 1962, 1963, 2011
O Santos foi um dos primeiros e hoje é um dos maiores campeões da Libertadores. O time de Pepe, Pelé e Coutinho conquistou duas das quatro primeiras edições, e de maneira consecutiva, é bom dizer.
As conquistas foram em meio aos talvez mais vitoriosos anos de sua história, quando, além de bicampeões continentais, foram pentacampeões paulistas e nacionais e ainda duas vezes vencedores do Mundial Interclubes.
O grupo que conquistou o tri da Libertadores não era exatamente dominante quanto o do bi, mas tinha uma bagagem interessante. Ao entrar em campo contra o Peñarol, os comandados de Muricy Ramalho tinham sido duas vezes campeões paulistas e outra da Copa do Brasil.
Sem falar do encanto recente do futebol praticado por Neymar, Ganso e demais meninos da Vila. Este, claro, não foi à campo. Libertadores é outra história, amigo.
São Paulo (8º)
- Títulos: 3
- Edições: 1992, 1993, 2005
Além de um dos maiores campeões da Libertadores, o São Paulo é o grande papa-títulos internacionais do futebol brasileiro. Por alguns anos, inclusive, ostentou isoladamente o posto de maior vencedor do torneio continental.
O dois primeiros títulos do tricolor paulista, inclusive, são o grande ponto de virada da relação dos brasileiros com a competição.
Depois que Raí, Cafu, Müller e os demais comandados de Telê Santana foram bicampeões da Liberta e do Mundial no começo dos anos 1990, todos os outros queriam uma casquinha da glória continental e dos holofotes internacionais.
A inveja se repetiu no título da edição de 2005 — que novamente foi acompanhado da conquista do Mundial —, já que marcou não só o distanciamento do São Paulo no patamar internacional como deu início ao impressionante tricampeonato brasileiro.
Olimpia-PAR (7º)
- Títulos: 3
- Edições: 1979, 1990, 2002
É provável que, se você tivesse que fazer esta lista de cabeça, não lembraria tão rápido do Olimpia. O que é curioso.
O time paraguaio, afinal, é, além de um dos maiores campeões da Libertadores, o segundo maior finalista da competição (junto do Independiente) e um dos grandes carrascos dos Brasileiros. O São Caetano que o diga.
Chamado de Rey de Copas no Paraguai, o Olimpia foi logo o finalista da primeira edição, em 1960, e esteve por três vezes consecutivas na decisão entre 1989 e 1991. Levou “somente” a de 1990.
Em todas as campanhas vitoriosas, o time sempre eliminou um brasileiro no caminho. Em 1979, a vítima foi o Guarani de Zenon e Careca; na edição de 1990, foi a vez do Grêmio. A eliminação mais lembrada, claro, é a do São Caetano de 2002, justo na final. Ao menos o Atlético Mineiro “vingou” o País em 2013.
Nacional-URU (6º)
- Títulos: 3
- Edições: 1971, 1980, 1988
Quando aparece um uruguaio é porque estamos começando a chegar no topo da lista dos maiores campeões da Libertadores.
Protagonista desde o começo, o Nacional precisou de onze anos e quatro finais para faturar o seu primeiro título continental. Com a valiosa ajuda de Luis Artime, um dos artilheiros históricos do torneio, o time alviceleste levantou o troféu em 1971.
Depois foi necessária praticamente mais uma década para o bicampeonato, dessa vez bastante marcante.
A equipe uruguaia simplesmente bateu o Internacional de 1980, o mesmo que foi campeão brasileiro invicto de 1979, e “ajudou” a decretar o fim da passagem de Falcão pelo clube gaúcho. Quatro dias depois, o meia foi vendido à Roma.
Para completar o calvário colorado, o grande nome desta e da conquista seguinte, em 1988, foi Hugo de León, que entre as duas vitórias foi ao Grêmio vencer mais outra edição da Libertadores (1983) e se tornar ídolo tricolor.
River Plate (5º)
- Títulos: 4
- Edições: 1986, 1996, 2015, 2018
Na metade da lista dos maiores campeões da Libertadores, um dos grandes vencedores internacionais da América e um dos mais recentes membros deste exclusivo “clube”.
O River Plate venceu seis dos seus nove títulos continentais de 2014 a 2020, sendo dois da Liberta. O segundo desta sequência — o quarto no total — vale, pelo menos para a torcida Gallina, mais que qualquer outro conquistado por todos nesta lista.
Estamos falando, claro, da edição de 2018, vencida contra ninguém menos que o Boca Juniors, seu arquirrival, com direito a uma boa e velha confusão nos bastidores e um nada divertido atentado ao ônibus dos jogadores xeneizes.
Além dos troféus, o River tem um sem fim de participações em semifinais e outras participações em momentos históricos da competição, como na grande virada (e goleada) contra o Jorge Wilstermann em 2018 e a classificação seguida de confusão generalizada contra o Corinthians, em 2006. Um eterno protagonista.
Estudiantes-ARG (4º)
- Títulos: 4
- Edições: 1968, 1969, 1970 e 2009
Ao contrário da longevidade do River Plate, o conterrâneo Estudiantes tem uma relação mais curta e intensa com a Copa Libertadores. Ao menos ela foi, até aqui, boa o suficiente para manter o clube entre os quatro maiores do torneio.
São dois grandes atos que contam a história de time e competição. O primeiro se dá entre 1968 e 1971, quando a equipe de La Plata se torna a primeira a conquistar três títulos consecutivos e a alcançar quatro finais seguidas.
Entre 68 e 70, o grande nome do Estudiantes era Juan Ramón Verón, o La Bruja, pai de Juan Sebastián Verón, o La Brujita. Este, curiosamente, foi o protagonista do segundo ato do clube na Libertadores, quando jogou tudo e mais um pouco na conquista do tetra contra o Cruzeiro, em 2009.
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Peñarol (3º)
- Títulos: 5
- Edições: 1960, 1961, 1966, 1982 e 1987
O que falamos dos uruguaios la com o Nacional, na sexta posição? Pois bem, temos outro na terceira posição dos maiores campeões da Libertadores. E só podia ser o grande rival dos albos, o Peñarol.
Os Carboneros foram, excluindo os brasileiros, o grande time sul-americano da década sessenta. Até chegou a bater o Palmeiras pré-Academia na final de 1961 mas não foi páreo para o Santos de Pelé em 1962, que acabou com o sonho do tri — nem para o Santos de Neymar, em 2011, que na oportunidade enterrou a chance do hexa.
Consagrado bicampeão da Libertadores nas duas primeira edições, o Peñarol fechou a trinca na sétima, em 1966, no mesmo ano que levou o bi do Mundial Interclubes contra o Real Madrid.
Depois de chegar à final de 1970 e ser derrotado pelo tricampeão Estudiantes, o clube teve um certo hiato das decisões. Só voltou ao protagonismo nos anos oitenta, turbinado pela rivalidade contra o Nacional.
Se o time alviceleste faturou a edição de 1980, o aurinegro venceu a de 1982. O contrário aconteceu no final da década, em 1987 e 1988.
Ainda que siga dominante no cenário doméstico, é difícil de imaginar outra década brilhante do Peñarol no certame continental. Com o futebol uruguaio cooptado pelo mercado internacional, o mais provável são faíscas como a de 2011 — de preferência sem ter que enfrentar um Neymar da vida.
Boca Juniors (2º)
- Títulos: 6
- Edições: 1977, 1978, 2000, 2001, 2003 e 2007
Hoje em dia, Boca Juniors e Copa Libertadores da América são praticamente sinônimos. Mas essa conexão é relativamente recente. Até metade dos anos setenta, o time argentino não havia conquistado o torneio uma vez sequer.
O bi de 1977 e 1978 já deixou os xeneizes mais próximos da competição, mas ainda sem essa representatividade toda. Foi só nos anos 2000 que o clube se tornou um protagonista de fato, um bicho-papão de brasileiros e um legítimo papa-títulos.
Cruzeiro, Palmeiras, Santos, Grêmio todos estes sabem do que estamos falando. De 2000 à 2007, o Boca foi à cinco decisões da Libertadores e conquistou quatro. Destas, três foram vencidas contra times daqui.
O período, marcado pelo futebol fino de Riquelme, o entrosamente de Palacios e Palermo e uma boa dose de influência na Conmebol, transformou o Boca num dos cinco maiores campeões internacionais do futebol mundial.
Até aqui, são 18 títulos para além dos campeonatos nacionais, sendo seis da Copa Libertadores e três do Mundial Interclubes.
Indepediente-ARG (1º)
- Títulos: 7
- Edições: 1964, 1965, 1972, 1973, 1974, 1975 e 1984
O apelido de “Rey de Copas” não é um capricho ou sequer um superlativo dos torcedores rojos. O Independiente, afinal, é o maior campeão da história da Libertadores, dono de sete títulos, afinal de contas.
Além destas, o time tem outras nove conquistas internacionais reconhecidas pela Conmebol e pela FIFA, figurando entre as dez mais vitoriosas agremiações do mundo no quesito.
O “grosso” dessas conquistas aconteceu na primeira metade dos anos setenta. O Independiente simplesmente chegou à quatro finais consecutivas, e venceu todas.
Na época, o time ainda gozava de menor competição, com a hegemonia de Boca e River ainda em seus primeiros passos.
Tanto que a partir de 1977, quando os rivais de Buenos Aires começaram a vencer a Libertadores, o Rey só conseguiu chegar à final mais uma vez, e 1984, ano de seu sétimo e até então último título.
Lista de todos os campeões da Libertadores
Ano | Campeão | Vice |
1960 | Peñarol | Olimpia-PAR |
1961 | Peñarol | Palmeiras |
1962 | Santos | Peñarol |
1963 | Santos | Boca Juniors |
1964 | Indepediente-ARG | Nacional-URU |
1965 | Indepediente-ARG | Peñarol |
1966 | Peñarol | River Plate |
1967 | Racing-ARG | Nacional-URU |
1968 | Estudiantes-ARG | Palmeiras |
1969 | Estudiantes-ARG | Nacional-URU |
1970 | Estudiantes-ARG | Peñarol |
1971 | Nacional-URU | Estudiantes-ARG |
1972 | Independiente-ARG | Universitario-PER |
1973 | Independiente-ARG | Colo-Colo-CHI |
1974 | Independiente-ARG | São Paulo |
1975 | Independiente-ARG | Unión Española-CHI |
1976 | Cruzeiro | River Plate |
1977 | Boca Juniors | Cruzeiro |
1978 | Boca Juniors | Deportivo Cali-COL |
1979 | Olimpia-PAR | Boca Juniors |
1980 | Nacional-URU | Internacional |
1981 | Flamengo | Cobreloa-CHI |
1982 | Peñarol | Cobreloa-CHIA |
1983 | Grêmio | Peñarol |
1984 | Independiente-ARG | Grêmio |
1985 | Argentinos Juniors | América de Cali-COL |
1986 | River Plate | América de Cali-COl |
1987 | Peñarol | América de Cali-COL |
1988 | Nacional-URU | Newell's Old Boys-ARG |
1989 | Atlético Nacional-COL | Olimpia-PAR |
1990 | Olimpia-PAR | Barcelona-EQU |
1991 | Colo-Colo-CHI | Olimpia-PAR |
1992 | São Paulo | Newell's Old Boys-ARG |
1993 | São Paulo | Universidad Católica-CHI |
1994 | Vélez Sársfield-ARG | São Paulo |
1995 | Grêmio | Atlético Nacional-COL |
1996 | River Plate | América de Cali-COL |
1997 | Cruzeiro | Sporting Cristal-PER |
1998 | Vasco da Gama | Barcelona-EQU |
1999 | Palmeiras | América de Cali-COL |
2000 | Boca Juniors | Palmeiras |
2001 | Boca Juniors | Cruz Azul-MEX |
2002 | Olimpia-PAR | São Caetano |
2003 | Boca Juniors | Santos |
2004 | Once Caldas-COL | Boca Juniors |
2005 | São Paulo | Athletico Paranaense |
2006 | Internacional | São Paulo |
2007 | Boca Juniors | Grêmio |
2008 | LDU-EQU | Fluminense |
2009 | Estudiantes-ARG | Cruzeiro |
2010 | Internacional | Chivas Guadalajara-MEX |
2011 | Santos | Peñarol |
2012 | Corinthians | Boca Juniors |
2013 | Atlético Mineiro | Olimpia-PAR |
2014 | San Lorenzo | Nacional-URU |
2015 | River Plate | Tigres-MEX |
2016 | Atlético Nacional | Independiente Del Valle-EQU |
2017 | Grêmio | Lanús-ARG |
2018 | River Plate | Boca Juniors |
2019 | Flamengo | River Plate |
2020 | Palmeiras | Santos |
Qual time brasileiro tem mais títulos da Libertadores?
São Paulo, Santos e Grêmio dividem o posto de time brasileiro com mais títulos da Libertadores.
Os três venceram três vezes cada a competição. O Santos foi o primeiro a levantar o troféu, com o bi de 1962 e 1963, mas o tricolor paulista foi quem chegou aos tri primeiro, em 2005. O tricolor gaúcho, por sua vez, foi quem venceu a Copa mais recentemente, em 2017.
Times brasileiros campeões da Libertadores
- São Paulo: 3 (1992, 1993 e 2005)
- Santos: 3 (1962, 1963 e 2011)
- Grêmio: 3 (1983, 1995 e 2017)
- Cruzeiro: 2 (1976 e 1997)
- Internacional: 2 (2006 e 2010)
- Flamengo: 2 (1981 e 2019)
- Palmeiras: 2 (1999 e 2020)
- Vasco da Gama: 1 (1998)
- Corinthians: 1 (2012)
- Atlético Mineiro: 1 (2013)
Qual jogador tem mais títulos da Libertadores?
O jogador com mais título da Libertadores na história é o argentino Francisco Sá. O zagueiro esteve presente em seis campanhas campeãs, quatro delas com o Independiente (1972-1975) e outras duas com o Boca Juniors (1977 e 1978).
A lista completa dos maiores campeões da Libertadores é:
- Francisco Sá: 6 (Independiente-ARG)
- Ricardo Bochini: 5 (Independiente-ARG)
- Ricardo Pavoni: 5 (Independiente-ARG)
- Alejandro Semenewicz: 4 (Independiente-ARG)
- Miguel Angel Santoro: 4 (Independiente-ARG)
- Sebastián Battaglia: 4 (Boca Juniors)
- Guillermo Barros Schelotto: 4 (Boca Juniors)
- Hugo Ibarra: 4 (Boca Juniors)
- Pato Abbondanzieri: 4 (Boca Juniors e Internacional)
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*Última atualização feita em 25 de março de 2020
Jornalista formado pela UNESP, foi repórter da Revista PLACAR. Cobriu NBB, Superliga de Vôlei, A1 (Feminino), A2 e A3 (Masculino) do Campeonato Paulista e outras competições de base na cidade de São Paulo. Fanático por esportes e pelas histórias que neles acontecem, dos atletas aos torcedores.