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Campeã mundial quebra barreira do doping para fazer história no Mundial de Atletismo

Campeã mundial quebra barreira do doping para fazer história no Mundial de Atletismo
Iconsport

O atletismo é uma das modalidades que mais atrai fãs no mundo esportivo e uma das principais categorias dos Jogos Olímpicos. Neste sábado (19), começa o Mundial de Atletismo 2023, em Budapeste, na Hungria. O último dia de competição é 27 de agosto. A saber, é a 40ª edição do campeonato.

Após a sua primeira polêmica, o Mundial de Atletismo teve a resolução de outro caso nesta quinta-feira (17): o litígio de Tobi Amusan. A atual campeã mundial e recordista dos 100m com barreiras feminino teve que se defender de acusações de doping. Confira!

O Mundial de Atletismo de Budapeste 2023

A competição ocorre a cada dois anos e reúne os principais atletas do atletismo mundial. O torneio realiza provas de velocidade, arremesso de peso, salto com vara, salto em distância, entre outras categorias da modalidade. O local que sedia as disputas não é fixo e são escolhidos em votação.

Dessa maneira, a cidade de Budapeste foi eleita para receber o evento em 2023. O Mundial de Atletismo é responsável por grandes histórias e superações por parte de todos os atletas e ficar fora dele é inimaginável. Porém, quase que Tobi Amusan, a campeã em Eugene, ficou de fora por motivos fora das competições.

Da dor da suspensão ao sonho do bicampeonato

Tobi Amusan é uma velocista especialista nos 100 metros com barreiras. A atleta nasceu em 1997, na Nigéria, e desde muito nova se destacou nas provas que envolviam velocidade. Dessa maneira, conquistou a medalha de prata no Campeonato Africano da Juventude de 2013. Já em 2015, na sua estreia no Campeonato Africano de Atletismo Júnior, Amusan foi ouro nos 100 metros com barreiras, a competição foi em Adis Abeba.

Com o passar do tempo, a nigeriana foi melhorando seu tempo nos 100m com barreiras e aumentou ainda mais o leque de conquistas. Desse modo, foi tricampeã Nacional (2021, 2022 e 2023), bicampeã dos Jogos da Commonwealth (2018 e 2022), venceu cinco etapas da Liga Diamante de 2021 até 2023, o Campeonato Africano de 2022 e o quarto lugar na Olímpiada de Tóquio.

O auge de Tobi Amusan foi em 2022, durante o Campeonato Mundial de Atletismo de Eugene, quando ela estabeleceu o novo recorde mundial de 12s12. O feito foi realizado nas semifinais da prova. Já na grande final abaixou seu tempo para 12s06, mas a marca não foi considerada como recorde por ter sido conquistada com a velocidade do vento de +2 m/s.

Com a conquista em solo estadunidense, Amusan se tornou a primeira nigeriana a conquistar uma medalha de ouro no Campeonato Mundial de Atletismo. Sendo assim, estava focada em defender seu título mundial em Budapeste, mas quase foi impedida de realizar o objetivo.

Suspensão de Tobi Amusan por doping

Visando o Mundial de Atletismo de 2023, a nigeriana estava a toda velocidade, inclusive, venceu as últimas cinco competições que disputou. Ao longo do ano, Amusan variou seu tempo de prova entre 12s24 e 13s23. Porém, no dia 19 de julho, recebeu uma notícia que colocava em risco a sua chance de ser bicampeã em Budapeste: Tobi estava suspensa.

A justificativa para a ação foi a possível não localização da velocista em três oportunidades de exame antidoping. A saber, os atletas fazem testes surpresas para o controle de doping, mas se a entidade responsável não localizar a pessoa no endereço fornecido três vezes ao longo de 12 meses, o esportista é suspenso por 2 anos.

Tobi Amusan não demorou e se pronunciou através de sua rede social e afirmou ser uma atleta limpa e que provaria sua inocência no caso:

Hoje a Unidade de Integridade do Atletismo (AIU) acusou-me por suposta violação das regras de localização, num período de 12 meses. Pretendo lutar contra essas acusações e o meu caso será decidido por um tribunal antes do Mundial. Sou uma atleta limpa, sou regularmente (talvez mais do que o normal) testada pela AIU. Fui testada poucos dias depois do meu ‘terceiro teste perdido'. Tenho confiança que o assunto será resolvido a meu favor e que poderei ir aos Mundiais.

 

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Liberação de Tobi Amusan para o Mundial de Atletismo

Com a aproximação da competição, a Nigéria anunciou a delegação de atletas que defenderiam a bandeira do país, com a presença de Amusan entre eles. Mas a World Athletics afirmou que a velocista não poderia disputar o Mundial de Atletismo, pois estava suspensa.

Por outro lado, nesta quinta-feira (17), Tobi Amusan recebeu a autorização para participar da competição. Após comparecer ao tribunal e ter a comprovação de que não cometeu nenhuma infração, a velocista recebeu o sinal de que poderá defender seu título mundial em Budapeste. Fato que comemorou em suas redes sociais:

Esta manhã, descobri que o Tribunal Independente que ouviu o meu caso decidiu que não violei as regras de localização e, como resultado, não serei sancionada e nenhum dos meus resultados será excluído. Estou emocionada por deixar isso para trás e ansiosa para defender meu título no Campeonato Mundial da próxima semana. Em geral, tenho sido e sempre serei uma aliada do esporte limpo.

 

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Tobi Amusan no Mundial de Atletismo 2023

Após todo esse processo, Amusan vai embarcar para Budapeste para tentar defender sua conquista de Eugene e, quem sabe, fazer um novo recorde da prova. A competição dos 100 metros com barreira está planejada para começar na quarta-feira (22). O Mundial de Atletismo começa com a disputa da Marcha atlética masculina de 20 km, no sábado (19), às 3h50 (horário de Brasília).

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