Campeão olímpico em Atenas 2004 e um dos maiores nomes do voleibol mundial, Giba acompanhou as seleções brasileiras de vôlei na Olimpíada de Paris 2024.

Durante sua carreira, Giba foi parte fundamental de uma era dourada do voleibol brasileiro, mas quando questionado sobre ser o maior jogador da história, sua resposta surpreendeu.

Um dos maiores, mas não o maior

Quando perguntado se se considera o maior jogador de vôlei da história, Giba foi direto:

O maior, não acredito. Eu acredito que tenha sido um deles.

Para ele, o título de “o maior” envolve muitos fatores e é difícil apontar apenas um nome, dada a evolução do esporte ao longo das décadas.

Você está falando de Japão na década de 1960, Rússia na década de 1970; em 1980, Estados Unidos. Tiveram grandes jogadores. Eu faço parte de um grupo seleto, sim, mas eu não me coloco como maior.

A resposta de Giba reflete sua visão coletiva do esporte, onde várias gerações e equipes influenciaram o desenvolvimento do vôlei mundial, sendo impossível destacar apenas um atleta como o maior de todos.

Giba afirma que medalhas e adversários merecem respeito

Giba também falou sobre as derrotas em ciclos olímpicos nos quais o Brasil chegou perto do ouro, mas não conseguiu conquistar a medalha dourada. Ele relembrou as finais olímpicas que disputou e destacou a importância de respeitar os adversários:

Os Estados Unidos jogaram muito bem em 2008. O time da Rússia, em 2012, fez uma mudança ali que nós não estudamos e não conseguimos marcar o central, que foi para o oposto. Isso realmente complicou um pouco a nossa vida ali naquele 2 a 0 para a gente.

Giba enxerga essas derrotas com maturidade e valoriza a atuação dos oponentes, reconhecendo que, em alguns momentos, o outro time estava em melhor forma. “Mérito deles“, afirmou, demonstrando o espírito esportivo que sempre marcou sua carreira.

A conquista de apenas chegar às Olimpíadas

Além de falar sobre sua própria trajetória, Giba trouxe uma perspectiva interessante sobre a importância de participar das Olimpíadas, independentemente do resultado. Segundo ele, chegar aos Jogos já é uma conquista extraordinária, considerando a quantidade de atletas e nações envolvidas.

Desde 1896, foram distribuídas em torno de 16.000 medalhas, para 140 países. Só da gente ter três é coisa para caramba.

Para o campeão olímpico, essa é a verdadeira essência do esporte olímpico, onde o esforço de alcançar o maior palco do esporte mundial já é, por si só, uma vitória.

São hoje 8 bilhões de pessoas no mundo, 254 mil pessoas que participam de uma olimpíada. É 0,03% da população mundial, então só chegar na Olimpíada, você já era um campeão.

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