O ex-jogador de vôlei Giba, campeão olímpico em Atenas 2004, foi assunto de uma polêmica envolvendo a ponteira Gabi Guimarães, capitã da Seleção Brasileira feminina de vôlei, durante a Olimpíada de Paris 2024.
Após uma partida, Giba colocou sua medalha de ouro no pescoço de Gabi, gerando uma série de interpretações e debates nas redes sociais. Em entrevista, Giba falou sobre o gesto e rebateu as críticas que surgiram em torno do episódio.
O gesto de Giba que viralizou
Giba estava acompanhando de perto as partidas das seleções brasileiras de vôlei em Paris 2024.
Durante a fase classificatória, após a vitória do Brasil sobre a Polônia, ele tirou do bolso sua medalha de ouro de Atenas 2004 e a colocou no pescoço de Gabi, uma das grandes estrelas da equipe.
O momento foi visto por muitos como um símbolo de apoio e motivação para a jogadora, que ainda busca seu primeiro ouro olímpico. O ex-jogador chegou a publicar o momento em suas redes sociais com a legenda: “Está cada vez mais perto de ganhar a sua, Gabi“.
Entretanto, alguns críticos apontaram que o gesto poderia ter trazido “azar” ao time, que acabou perdendo para os Estados Unidos na semifinal e ficando com o bronze após vencer a Turquia.
Para os supersticiosos, o gesto de Giba poderia ter influenciado negativamente o desempenho da equipe.
Giba responde às críticas
Quando questionado sobre a alegação de que “zicou” a equipe ao dar sua medalha para Gabi, Giba foi categórico em sua resposta:
Eles têm que parar de achar que usar uma cueca vermelha vai funcionar, ou que se a medalha foi dada, vai dar… O que vale é o trabalho, empenho e a dedicação que a gente teve durante o tempo inteiro para poder fazer isso.
Para o ex-atleta, superstições não definem o resultado de uma partida ou de uma campanha olímpica. Ele afirmou não acreditar nesse tipo de pensamento, deixando claro que o foco deve estar na preparação e no esforço das atletas.
O “bigode da sorte” e a questão da superstição
Apesar de descartar a superstição da medalha, Giba revelou que teve um momento em que ele próprio foi parte de uma “superstição” coletiva no vôlei.
Ele lembrou o famoso “bigode” que usou durante os Jogos de Atenas, uma homenagem ao seu pai, apelidado de “mexicano”. Naquela Olimpíada, Giba foi eleito o melhor jogador, e o Brasil conquistou o ouro.
O bigode virou um pedido dos atletas. Eu fiz ele em 2004, uma homenagem para o meu pai, que usava aquele bigode. Então virou uma arma psicológica, tanto para o meu time quanto para o adversário.
Segundo Giba, o bigode se tornou uma espécie de “ícone”, uma arma mental tanto para seus colegas quanto para os adversários. No entanto, ele fez questão de destacar que, apesar da fama do bigode, o que realmente importava era o treinamento e a dedicação nos jogos.
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Repórter no Esportelândia. Formada em Letras pela UFRJ e Jornalismo pela FACHA. Passou por Vavel Brasil, Esporte News Mundo, Futebol na Veia e PL Brasil. Está no Esportelândia desde 2021.