Carol Gattaz falou sobre o momento atual do vôlei brasileiro. As derrotas em grandes competições que antes eram vencidas com frequência no feminino e masculino.
A camisa 2 minastenista colocou seu ponto de vista sobre as derrotas, críticas e o que o Brasil precisa para voltar ao topo do vôlei mundial. Confira.
Carol Gattaz opina sobre atual momento do vôlei brasileiro
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A multicampeã participou do podcast No Ataque e detalhou seu ponto de vista sobre o porquê o vôlei brasileiro não está conquistando tantas medalhas de ouro como no passado.
São vários os fatores que englobam essa evolução. Primeiro, a renovação é natural e consequência de qualquer esporte. O que a gente precisa ter muito é paciência. Obviamente, a gente não pode comparar as gerações passadas com as que estão vindo, não só aqui no Brasil, mas no mundo inteiro.
Então é por isso que falo e as pessoas falam: “Ah, mas a gente tem que ter pensamento vencedor, que a gente tem que ser campeão…”. Eu também acho que a gente tem que entrar lá para ser campeão, para ganhar a medalha de ouro.
E é o que todo mundo quer, mas hoje em dia, com toda essa renovação, com outras potências no vôlei surgindo tanto no feminino como no masculino, acho que estar brigando entre os primeiros já é muito importante. Porque o voleibol mudou totalmente. Antigamente, a gente tinha uma safra de jogadores masculinos que pode ser que não tenha mais futuramente, e no feminino também.
E no feminino também… Tivemos uma safra de bicampeãs olímpicas ali que era extraordinária, mas pode ser que não tenha tantas jogadoras juntas no futuro. Talvez uma, duas ou três, mas tantas juntas assim, pode ser que não tenha no mesmo time.
Então terá que ter muita paciência. E essa paciência na renovação muitas vezes as pessoas não têm. E principalmente em um esporte como o vôlei, amado pelos brasileiros, e que tem muitos fãs que cobram da gente no dia a dia.
E não estão errados, porque eles querem ver os times melhorando, mas, ao mesmo tempo, acho que as pessoas têm que entender o contexto geral. O voleibol vem se modernizando, vem melhorando, o trabalho que vem sendo feito ao longo dos anos é um trabalho positivo.
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“O voleibol de hoje não é o mesmo de 10 anos atrás”, explica Carol Gattaz sobre evolução do esporte
É claro que, como todo trabalho, assim como tudo na vida, a gente tem que estar sempre melhorando, se modernizando, porque o voleibol de hoje não é o mesmo de 10 anos atrás.
É um voleibol mais dinâmico. Então o que tem que acontecer nos treinamentos, principalmente com a base? Então a gente tem que seguir esse conceito…
Independente de ter comissões técnicas longevas e que se atualizem, isso leva tempo e é no mundo inteiro. É muito difícil você ver uma seleção que se mantém no topo todo o ano, em qualquer esporte.
Isso você pode ver historicamente. Então o vôlei brasileiro, em questão de medalhas, é um dos times que mais tem tempo em pódios.
Então a gente tem que agradecer muito todas essas pessoas que passaram por essas comissões que estão tanto tempo ali, tanto no feminino como no masculino, e que continuam trazendo bons resultados, porque é muito difícil.
A gente vai continuar trabalhando, mas uma renovação vem seguida de muita paciência. – finalizou a medalhista em Tóquio 2021.
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Repórter no Esportelândia. Licenciado em Literatura Inglesa. Jornalista com passagens por Quinto Quarto, Blog de Escalada, Minha Torcida, Futebol Interior e Techpost. Está no Esportelândia desde 2022.