No rugby, as regras deixam claro que o esporte não é só para homens ou mulheres; ele foi feito para todos. O jogo promove a participação de ambos os gêneros, mostrando que o rugby vai além dos estereótipos.
O rugby é uma atividade que celebra a diversidade e dá a todos a chance de competir em um campo cheio de energia e força. É por isso que o esporte tem fãs no mundo todo e está crescendo no Brasil.
Para entender como tudo isso funciona, continue lendo. Explicaremos as regras do rugby de forma simples e direta.
As principais regras do Rugby
Nem todo mundo sabe, mas o futebol e o rugby têm a mesma origem. Contudo, as modalidades se dividem quando uma turma proíbe o uso das mãos e outra a incentivá-lo.
Deste modo, na história do esporte, acontecem adaptações para cada decisão que começa a deixar cada prática mais específica. Portanto, as regras do rugby são muito similares às do futebol.
O rugby trata-se de um jogo com 15 jogadores de cada lado que, por dois tempos, interagem com uma bola e a usam para competir pela maior pontuação no placar ao final do tempo regulamentar.
Além das substituições, o rugby tem ainda alguns elementos do futebol, como o gol, a cobrança de lateral, os cartões, o impedimento, a falta, mas todos com lógicas próprias, claro.
Abaixo, detalhamos esses mecanismos, para dar uma noção melhor de como funcionam as partidas.
Duração de jogo no rugby
No rugby union, as equipes são compostas por 15 jogadores. Os jogos têm 80 minutos de duração, divididos em dois tempos de 40 minutos cada, e com um intervalo de outros 10 minutos.
O relógio durante uma partida é corrido. Entretanto, é congelado quando há atendimento médico em campo. Até entre um ponto e o chute de conversão, ele segue correndo.
Tamanho do campo de rugby
Uma curiosidade das regras do rugby é que não existe um tamanho mínimo do campo. Contudo, existe um tamanho máximo: 144m de comprimento por 70m de largura.
Diferente do que parece, a padronização não é uma bagunça. Sendo assim, existem alguns pontos dentro de campo que acabam estabelecendo, de uma forma ou de outra, uma medida básica.
As linhas de dez metros que marcam as distâncias destas do centro do campo, são uma; a linha dos 22 metros, que no caso mede o espaço entre ela e a linha do in-goal, outra.
Esta, aliás, marca o início da zona regional semelhante à endzone do futebol americano. Ambas indicam onde se pontua por via terrestre durante uma partida.
As regras do rugby estabelecem um máximo de 22 metros de comprimento para as linhas. O espaço entre elas também tem de ser de até 100 metros.
A pontuação no rugby
Na pontuação, o rugby é mais similar ao futebol americano. Há um gol que precisa ser superado, uma região que precisa ser alcançada, até o direito de um chute complementar pós-pontuação.
Todos esses elementos, claro, têm um funcionamento próprio no rugby, como mostraremos a seguir.
Como se pontua no rugby?
Existem, segundo as regras do rugby, três maneiras de se pontuar:
- Try: o “touchdown” do rugby. Ele acontece quando um time alcança a in-goal zone do campo adversário com a posse da bola e obrigatoriamente a encosta no chão. Vale cinco pontos.
- Conversão: que nada mais é que o chute complementar a que um time tem direito após marcar um try. Ele é desferido na reta de onde a bola foi encostada na in-goal, mas na distância que o chutador escolher.
Se o chute for bem-sucedido — superando a barra horizontal do “H”, mas dentro dos limites das barras verticais — ele passa a valer dois pontos na partida.
- Drop-goal: vale três pontos e pode ser feito em qualquer momento do jogo corrido. Nele, um jogador dá um chute com o mesmo objetivo da conversão, só que de qualquer ponto do campo e obrigatoriamente precedido por um quique da bola no campo.
Qual a maior pontuação existente no rugby e quantos pontos ela vale?
Dentro da pontuação “normal”, o try é a que mais rende pontos, cinco. Mas há um lance especial ainda mais valioso: o try-penal.
Ele acontece quando há uma falta intencional que impede um try de ser marcado. Se for da interpretação do árbitro, o time que sofreu a falta recebe direto os sete pontos possíveis do lance (try + conversão).
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As faltas no rugby
As faltas são um capítulo à parte no esporte. Mas, ainda que sejam um tanto numerosas, penalizam o não seguimento de basicamente duas regras: a do tackle e a do passe.
No rugby, o passe feito com as mãos só pode ir para o lado ou para trás. Somente a bola chutada pode ir pra frente. Mesmo assim, só pode recebê-la quem estiver atrás da bola no momento em que ele é aplicado — na prática, o tracejado imaginário da bola serve como uma linha de impedimento.
As regras do rugby para o tackle, a derrubada, são um pouco mais simples. Ele deve ser feito somente abaixo da linha do peito do “tackleado” e aplicado apenas contra quem mantém a posse de bola.
Qualquer ação fora das determinações acima — passe para frente, tackle em jogadores sem bola, até a bola que vai para frente, entre outras — configura uma falta. Elas são graduadas entre infrações leves e severas.
As penalidades no rugby
Toda falta tem uma penalidade, que acompanha a gradação da infração. São, basicamente, três:
- Reposição por scrum;
- Chute de penalidade;
- Cartões amarelo e vermelho.
O scrum é um dos mais específicos elementos do rugby. Ele parece um snap de futebol americano, um choque físico estruturado entre os jogadores dos dois times.
No scrum, porém, além de ser feito por apenas 16 atletas (oito de cada), o lançador joga a bola no meio do bolo — chamado de túnel — e não recebe dele. A bola, por sua vez, que entra lateralmente nesse embate, só pode ser recuperada numa das pontas, isto é, por trás das pernas do último homem de cada time.
O chute, por sua vez, é como um pênalti de futebol, só que cobrado como uma conversão. Vale dois pontos também.
Agora, quando a infração for realmente grave, como uma agressão ou atitudes antidesportivas, o árbitro pode aplicar cartões. O amarelo tira um jogador por 10 minutos da partida; o vermelho, do jogo inteiro.
As regras do rugby para ruck, maul e line-out
Existem três casos mais específicos da regra do rugby, ao estilo do scrum: o ruck, o maul e o line-out.
O primeiro trata-se do momento após um tackle bem-sucedido. Nele, o jogador derrubado deve obrigatoriamente soltar a bola no chão. Lá, ela só pode retomada após um ruck, que é como um scrum espontâneo.
Nele, os adversários se empurram com o objetivo de passar o pé sobre a bola. Somente quando isso acontece que o time que passou pode retomar a posse com as mãos e seguir o jogo.
O maul é similar a um ruck, só que com a bola na mão de um dos jogadores. É também uma formação espontânea, só que com o objetivo de ou manter o companheiro “tackleado” em pé ou, no caso da defesa, de derrubá-lo de vez.
O line-out, por fim, é basicamente o lateral do rugby. Quando a bola sai dos limites do campo, o time que defendia arremessa a bola para o alto, mirando entre duas torres paralelas — formadas pelo “arremesso” dos jogadores para alto — de cada time.
As regras do rugby nas Olimpíadas
O rugby finalmente voltou às Olimpíadas. Mas, se você se lembrar da edição de 2016, no Rio de Janeiro, as regras eram um tanto diferentes. O esporte jogado no Rio é chamado de Rugby Sevens (disputado por sete jogadores de cada lado).
O jogo é basicamente o mesmo, somente adaptado. O campo segue com as mesmas dimensões e portanto a duração diminui, para sete minutos em cada tempo, só que com apenas um minuto de intervalo. As demais mudanças são:
- Os cartões amarelos suspendem por apenas dois minutos;
- São apenas três substituições permitidas;
- O scrum é formado por apenas três jogadores de cada time;
- A conversão é feita com drop-kicks.
Mudança na regra do rugby
Recentemente, a World Rugby (federação internacional) anunciou mudanças para todas as partidas de rugby. A mudança foi feita para a Copa do Mundo de Rugby de 2023.
As principais mudanças incluem medidas para acelerar o jogo. Portanto, agora os jogadores possuem um tempo para as execuções de conversões, de penalidades e para formar o alinhamento lateral e um scrum.
Rugby em cadeira de rodas nos Jogos Paraolímpicos
O rugby em cadeira de rodas começou a integrar o calendário oficial de Jogos Paraolímpicos no ano de 200.
Na competição de rugby em cadeira de rodas, a Grã-Bretanha se destacou nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, conquistando a medalha de ouro.
Esse feito colocou o país no topo da modalidade, consolidando sua reputação como uma das potências no rugby em cadeira de rodas.
Por outro lado, o Brasil não apresenta um desempenho tão consistente nesta modalidade para esportiva.
Regras do rubgy em cadeira de rodas
Os jogos de rugby em cadeira de rodas ocorrem em quadras de 28 metros de comprimento por 15 metros de largura, dimensões semelhantes às de uma quadra de basquete.
As partidas são divididas em quatro períodos de oito minutos cada, com três intervalos. O objetivo principal do jogo é atravessar a linha do gol adversário com as duas rodas da cadeira de rodas e a bola nas mãos.
Este é um esporte de alto impacto, que combina elementos do rugby, basquete e handebol, o que o torna dinâmico e repleto de contato físico, uma característica que lhe rendeu o apelido de “murderball”.
Divisão de atletas no rugby em cadeira de rodas
No rugby em cadeira de rodas, homens e mulheres competem juntos, sem divisão por gênero, e são classificados de acordo com sua habilidade funcional.
Os atletas são distribuídos em sete classes diferentes, variando de 0,5 a 3,5 pontos, dependendo do nível de mobilidade e função física residual. Quanto maior a motricidade do atleta, maior será a sua pontuação.
Durante as partidas, a soma das classes dos quatro jogadores em quadra não pode ultrapassar oito pontos. Entretanto, se uma equipe tiver uma mulher em quadra, é permitido um acréscimo de 0,5 ponto ao limite, incentivando a participação feminina na modalidade.
Após conhecer as regras do rugby, que tal conferir os funcionamentos de outros esportes olímpicos? Acesse:
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*Última atualização em 28 de julho de 2024
Jornalista e formado em análise de desempenho (Futebol). Comentarista das rádios Bate Fundo Esportivo e Web MF. Passou por FNV Sports, PL Brasil, Strikers, OFutebolero e Futebol na Veia. Está no Esportelândia desde 2023. Apaixonado por grandes histórias.