Ao longo de sua rica e centenária história, o Fluminense Football Club tem sido a casa de alguns dos maiores ídolos do futebol brasileiro.
Desde sua fundação em 1902, o clube carioca viu surgir craques que marcaram época, conquistaram títulos e emocionaram gerações de torcedores.
Seja pela técnica apurada, liderança em campo ou paixão pelo tricolor, esses jogadores se eternizaram na história do Flu.
E a torcida do Fluminense voltou a viver grandes expectativas com novamente um ótimo time, agora campeão da Copa Libertadores.
Na década de 2010, por exemplo, o Tricolor realizou grandes feitos, conquistando duas vezes o Campeonato Brasileiro.
Além desse período vitorioso, os anos 60, 70, 80 e 90 também foram bastante especiais para o Tricolor, que trava batalhas constantes com os grandes do Rio de Janeiro e do Brasil.
Neste texto, faremos uma viagem no tempo para relembrar os 10 melhores jogadores que vestiram a camisa do Fluminense, deixando legados inesquecíveis no futebol brasileiro.
Para escolher o nosso top 10, utilizamos alguns critérios importantes: tamanho do jogador, idolatria perante a torcida, importância para o período em que vestiu a camisa tricolor, e claro, o talento com a bola.
E aí, está curioso? É só seguir com a gente e conferir os 10 maiores ídolos da história do Fluminense!
Os 10 maiores jogadores do Fluminense
- Fred
- Castilho
- Cano
- Romerito
- Telê Santana
- Assis
- Rivellino
- Waldo
- Washington
- Renato Gaúcho
Renato Gaúcho (10° lugar)
Renato Portaluppi, também conhecido como Renato Gaúcho, é o maior ídolo da história do Grêmio, mas também foi um jogador de renome no Fluminense.
Renato Gaúcho chegou ao Fluminense em 1995, já na reta final de sua carreira como jogador, mas foi o suficiente para se tornar um dos maiores ídolos da história do clube.
Mesmo permanecendo apenas dois anos nas Laranjeiras, até 1997, o impacto de sua passagem como atleta é lembrado até hoje, especialmente pelo memorável gol de barriga na decisão do Campeonato Carioca de 1995.
Esse gol, marcado aos 42 minutos do segundo tempo contra o Flamengo, garantiu ao Fluminense um título que o clube não conquistava havia 10 anos, imortalizando Renato Gaúcho como herói tricolor.
Embora seu período como jogador tenha sido curto, a relação entre Renato e o Fluminense não se encerrou ali. Anos depois, já como treinador, ele retornou ao clube e consolidou ainda mais sua posição no panteão de ídolos do Flu.
Em 2007, liderou a equipe na conquista da Copa do Brasil, garantindo uma vaga inédita na Copa Libertadores da América. No ano seguinte, Renato conduziu o Fluminense a uma histórica campanha na Libertadores, levando o clube à final do torneio continental, onde o time foi vice-campeão, após uma emocionante disputa de pênaltis contra a LDU.
Essas conquistas ampliaram ainda mais sua idolatria junto à torcida tricolor, que sempre verá Renato Gaúcho como um dos maiores personagens da história do Fluminense, tanto dentro quanto fora de campo.
Washington (9° lugar)
Contratado em 1983, Washington César Santos, mais conhecido como Washington, foi um dos atacantes mais icônicos da história do Fluminense.
Com sua força física, faro de gol e grande presença de área, ele rapidamente se tornou um dos pilares do time tricolor, conquistando o coração dos torcedores com suas atuações decisivas.
Durante os seis anos em que defendeu o clube carioca, de 1983 até 1989, Washington entrou em campo mais de 300 vezes, balançando as redes em 124 ocasiões, o que lhe garantiu a posição de 9° maior artilheiro da história do Fluminense.
Sua marca não se resume apenas aos números, mas à importância de seus gols, que ajudaram o time a conquistar títulos e manter sua tradição vencedora.
Washington foi fundamental na histórica conquista do Campeonato Brasileiro de 1984, sendo uma peça-chave no ataque ao lado de seu parceiro Assis, com quem formou a famosa dupla “Casal 20”, um dos ataques mais temidos do futebol brasileiro na década de 1980.
Juntos, eles conduziram o Fluminense a vitórias memoráveis, consolidando a fama do clube como um dos gigantes do cenário nacional.
Além do título brasileiro, Washington também desempenhou um papel decisivo no Tri Carioca (1983, 1984 e 1985), onde sua garra e poder de finalização garantiram conquistas regionais importantes para o Fluminense, em uma época de ouro para o clube.
Sua passagem pelo time deixou um legado que é lembrado até hoje, com seu nome sempre citado entre os maiores ídolos da história tricolor.
Waldo (8° lugar)
A escolha da nossa 8ª colocação é uma questão de números: Waldo Machado da Silva, mais conhecido como Waldo, é o maior artilheiro da história do clube, com impressionantes 319 gols em apenas 403 jogos, o que lhe confere uma média de 0,79 gol por partida.
Sua habilidade como centroavante fez dele uma lenda nas Laranjeiras e uma referência de eficiência e talento no ataque tricolor.
Cria das categorias de base do Fluminense, Waldo foi promovido ao time profissional em 1954 e rapidamente se destacou. Seu faro de gol e presença na área eram inigualáveis, o que o transformou em uma peça-chave do time.
Durante seus anos no clube, Waldo não apenas acumulou gols, mas também títulos importantes. Ele foi fundamental na conquista do Campeonato Carioca de 1959, sendo o principal responsável pelos gols decisivos.
Além disso, brilhou no Torneio Rio-São Paulo, vencendo a competição em duas ocasiões, em 1957 e 1960. Nessas edições, sagrou-se artilheiro, marcando 13 e 11 gols, respectivamente, e comprovando sua regularidade e instinto matador.
Seu legado vai além dos números expressivos. Waldo é lembrado como um jogador inteligente, com movimentação precisa e um chute poderoso, qualidades que o tornaram um dos maiores ídolos da torcida tricolor.
Mesmo após sua saída em 1961, quando se transferiu para o Valencia, da Espanha, Waldo permaneceu como uma referência para os futuros atacantes do Fluminense e uma lenda do futebol carioca.
Rivellino (7° lugar)
Roberto Rivellino, mais conhecido como Rivellino, foi um dos maiores e melhores jogadores da história do futebol e também do Fluminense. Ele, que já está na lista dos maiores jogadores do Corinthians, também marcou época no Tricolor.
Rivellino foi contratado pelo Fluminense em 1975, e sua chegada ao clube carioca marcou o início de uma das fases mais emblemáticas da história tricolor, a “Máquina Tricolor”. Mesmo não tendo permanecido por muitos anos no Fluminense, sua presença trouxe prestígio e qualidade técnica inquestionável.
Vestindo a camisa tricolor até 1978, Rivellino rapidamente se tornou o grande maestro da equipe, esbanjando sua habilidade incomparável, visão de jogo privilegiada e o famoso chute potente que o consagrou no cenário mundial.
Durante sua passagem pelas Laranjeiras, Rivellino conquistou dois títulos do Campeonato Carioca, em 1975 e 1976, sendo peça-chave nessas conquistas.
A campanha de 1976, em particular, ficou marcada por atuações memoráveis de Rivellino, onde ele mostrou seu talento ao lado de craques como Carlos Alberto Torres e Paulo César Caju, formando uma equipe que até hoje é lembrada como uma das mais talentosas da história do clube.
Ao longo dos 158 jogos em que defendeu o Fluminense, Rivellino balançou as redes 53 vezes, números impressionantes para um meia, que além de ser criador de jogadas, também finalizava com extrema precisão.
Sua técnica refinada e capacidade de decidir jogos o colocam, indiscutivelmente, entre os maiores que já passaram pelo clube, apesar de sua curta permanência. Rivellino, que já havia brilhado com a camisa da Seleção Brasileira, trouxe esse mesmo brilho para o Flu, consolidando-se como um dos maiores ícones da história do clube.
Por tudo isso, mesmo não tendo acumulado um grande número de títulos, sua qualidade técnica o coloca na 7ª colocação em nossa lista dos maiores jogadores da história do Fluminense, sendo, possivelmente, o atleta de maior talento puro a vestir a camisa tricolor.
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Assis (6° lugar)
Benedito de Assis Silva, mais conhecido como Assis, é um nome que ressoa de forma especial entre os torcedores do Fluminense.
Atuando como atacante, ele formou uma das duplas mais emblemáticas do futebol brasileiro ao lado de Washington, na famosa parceria que ficou conhecida como “Casal 20”.
Assis vestiu a camisa tricolor entre 1983 e 1987, período em que se destacou não apenas pelos gols e títulos, mas por seu protagonismo em momentos decisivos.
Sua trajetória no Fluminense é repleta de conquistas, com destaque para o título do Campeonato Brasileiro de 1984. Naquele ano, Assis foi fundamental ao marcar o gol da vitória na final contra o Vasco da Gama, garantindo a taça para o Tricolor das Laranjeiras.
Esse feito o imortalizou no coração dos tricolores, que passaram a associá-lo ao apelido de “Carrasco”, devido aos gols decisivos que frequentemente marcava contra o rival vascaíno.
Além do título nacional, Assis ajudou o Fluminense a conquistar o tricampeonato carioca consecutivo (1984, 1985 e 1986), consolidando o domínio tricolor no futebol carioca durante a década de 80.
Seu desempenho excepcional o levou a ser eleito para a Seleção do Bola de Prata pela Revista Placar, reconhecimento dado aos melhores jogadores do Campeonato Brasileiro.
Com 171 partidas disputadas e 54 gols marcados pelo Flu, Assis se eternizou como um dos maiores ídolos da história do clube.
No entanto, seus números vão além das estatísticas: sua garra, liderança e poder de decisão em jogos importantes são as lembranças mais vivas na memória dos torcedores.
A década de 80 foi marcada por seu brilho, e o legado de Assis no Fluminense continua inspirando novas gerações de tricolores até os dias de hoje.
Telê Santana (5° lugar)
Muito lembrado pelos trabalhos como treinador de futebol, principalmente no São Paulo na década de 90, Atlético Mineiro em 71 e Seleção Brasileira nos anos 80, Telê Santana também foi um jogador de altíssimo nível.
Jogando como ponta-direita, Telê Santana atuou basicamente sua carreira inteira no Fluminense. Cria da base Tricolor, o jogador estreou no profissional em 1951, permanecendo no clube até 1960.
Durante esse período, disputou 559 jogos, sendo o 3° jogador com mais atuações pelo clube. Além disso, foi peça chave das conquistas do Campeonato Carioca (1951 e 1959), Copa Rio (1952) e Copa Rio-São Paulo (1957 e 1960).
Por fim, sua idolatria ainda aumentou quando Telê Santana iniciou sua carreira como treinador, comandando justamente o Fluminense. Em 1969, em seu primeiro ano, conquistou o Campeonato Carioca, que na época tinha um peso muito maior do que tem atualmente.
Romerito (4° lugar)
Nascido em Assunção, no Paraguai, Julio César Romero, mais conhecido como Romerito, desembarcou no Rio de Janeiro em 1983 para vestir a camisa do Fluminense.
Sua chegada rapidamente chamou a atenção pela habilidade, versatilidade e inteligência tática, características que o tornaram um dos jogadores mais queridos e respeitados pelos tricolores.
Romerito permaneceu no clube até 1988, quando sua excelente fase o levou a ser contratado pelo Barcelona. Para muitos, ele é considerado o maior jogador estrangeiro que já atuou pelo Fluminense.
Formando um ataque lendário ao lado de Assis e Washington, Romerito ajudou a consolidar uma das fases mais vitoriosas da história do clube. Juntos, eles conduziram o Fluminense à conquista do Campeonato Brasileiro em 1984, além de dois títulos seguidos do Campeonato Carioca, em 1984 e 1985.
O paraguaio foi fundamental nessas campanhas, sendo autor de momentos memoráveis. Seu gol na final do Brasileirão de 1984, contra o Vasco da Gama, selou a vitória por 1 x 0 e garantiu o título nacional, um feito que entrou para a história do clube e do futebol brasileiro.
Romerito também se destacou individualmente, integrando a Seleção do Bola de Prata, premiação da revista Placar, que reconhece os melhores jogadores do Campeonato Brasileiro.
Ao todo, ele disputou mais de 200 partidas pelo Fluminense, anotando 59 gols, e construindo uma carreira marcada por títulos, carisma e liderança dentro de campo.
Esses feitos colocam Romerito como o 4° colocado na nossa lista dos maiores jogadores da história do Fluminense, sendo eternamente lembrado pela torcida tricolor.
Germán Cano (3º lugar)
Desde que Germán Cano desembarcou nas Laranjeiras, no início de 2022, o Fluminense vivenciou uma transformação significativa. O atacante argentino rapidamente se encaixou no esquema tricolor, tornando-se a peça-chave que o time tanto precisava.
Com uma capacidade impressionante de finalização e um faro de gol apurado, Cano não apenas assumiu a posição de artilheiro, mas também trouxe um novo dinamismo ao ataque do Flu, elevando o nível do futebol da equipe.
Em sua temporada de estreia, Cano já mostrou seu valor, marcando impressionantes 44 gols e terminando como artilheiro do Campeonato Brasileiro. Sua presença em campo logo se tornou sinônimo de perigo para as defesas adversárias, e a torcida tricolor encontrou nele um novo ídolo.
O auge de sua trajetória no Fluminense, até então, veio em 2023, quando Cano se consagrou como um dos maiores jogadores da história do clube. Naquele ano, ele foi o principal responsável pela conquista inédita da Copa Libertadores, um título que o Tricolor perseguia há décadas.
Com 13 gols marcados na competição, Cano foi o artilheiro absoluto e deixou sua marca como o jogador com mais gols pelo Fluminense na história da Libertadores.
Sua liderança e poder de decisão nos momentos mais cruciais fizeram dele o protagonista dessa conquista histórica, imortalizando seu nome na galeria de ídolos do clube.
Castilho (2° lugar)
Considerado por muitos o maior ídolo da história do Fluminense, o goleiro Carlos José Castilho é uma verdadeira lenda tricolor.
Entre 1946 e 1965, ele marcou sua trajetória com dedicação e performances memoráveis, tornando-se o jogador com o maior número de aparições pelo clube, totalizando impressionantes 698 partidas.
Castilho praticamente dedicou toda sua carreira ao Fluminense, demonstrando lealdade e excelência que o tornaram uma referência dentro e fora de campo.
Com a camisa tricolor, Castilho colecionou títulos importantes, como a histórica conquista da Copa Rio em 1952, quando o Fluminense se sagrou campeão mundial de clubes.
Além disso, levantou o troféu do Torneio Rio-São Paulo em 1957 e 1962, e foi tricampeão carioca nos anos de 1951, 1959 e 1964, consolidando sua posição entre os maiores vencedores do clube.
Sua habilidade, segurança no gol e espírito de liderança o transformaram em um símbolo de confiança para os torcedores e seus companheiros de equipe.
A carreira de Castilho no Fluminense também lhe rendeu grande destaque no cenário internacional. Ele foi convocado para disputar quatro Copas do Mundo: 1950, 1954, 1958 e 1962.
Na edição de 1954, ele assumiu a titularidade na Seleção Brasileira, demonstrando a importância de sua presença entre os melhores goleiros do país.
Embora tenha sido reserva nas conquistas do bicampeonato mundial em 1958 e 1962, sua participação como um dos pilares da seleção brasileira reforçou ainda mais seu legado.
Fred (1° lugar)
Há bastante controvérsia quando se trata de escolher quem é o maior ídolo da história do Fluminense. A decisão sobre quem merece esse título é baseada em alguns critérios fundamentais: qualidade técnica, capacidade de decisão em momentos cruciais e os títulos conquistados ao longo da carreira.
Dentro da trajetória gloriosa do Tricolor das Laranjeiras, poucos jogadores se destacam tanto quanto Frederico Chaves Guedes, mais conhecido como Fred.
O atacante, cuja história está intrinsecamente ligada ao sucesso do clube, desempenhou papéis decisivos em momentos-chave e ajudou a conquistar alguns dos títulos mais importantes da história do Fluminense.
Fred chegou ao Fluminense em 2009, trazendo consigo uma promessa de grandeza que rapidamente se concretizou. Em sua primeira passagem pelo clube, que se estendeu até 2016, ele se tornou uma peça-chave no ataque e um símbolo de liderança e habilidade.
Após um período turbulento e seu retorno ao clube em 2020, após o rebaixamento do Cruzeiro e problemas relacionados a pagamentos salariais, Fred reafirmou sua importância e compromisso com o Fluminense.
Durante sua primeira etapa no Fluminense, Fred acumulou números impressionantes. Ele foi crucial para a conquista de dois títulos do Campeonato Brasileiro, em 2010 e 2012, e também ajudou a garantir dois títulos do Campeonato Carioca, em 2012 e 2022.
Além disso, ele foi parte fundamental da conquista da Primeira Liga em 2016. Sua contribuição não se limitou apenas a números e títulos; Fred se destacou como artilheiro do Campeonato Brasileiro em 2012 e 2014, e também do Campeonato Carioca em 2011 e 2015.
Com mais de 300 jogos e 199 gols marcados em suas duas passagens pelo Fluminense, seu legado no clube é inegável.
Fred se aposentou dos campos em 2022, encerrando sua carreira de jogador com a camisa tricolor. No entanto, seu vínculo com o clube não terminou ali.
Ele continuou a contribuir para o Fluminense fora dos campos, assumindo o cargo de diretor de planejamento esportivo até agosto de 2024.
Sua presença contínua e sua dedicação ao clube reforçam ainda mais seu status como um dos maiores ídolos da história do Fluminense.
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Repórter no Esportelândia. Formada em Letras pela UFRJ e Jornalismo pela FACHA. Passou por Vavel Brasil, Esporte News Mundo, Futebol na Veia e PL Brasil. Está no Esportelândia desde 2021.