A lista dos melhores times da história da Superliga nos mostra que o sucesso do vôlei brasileiro também passa por uma liga fortalecida.
Por mais que times dominantes ou hegemônicos não sejam necessariamente bons para a competitividade, eles acabam por valorizar a liga como um produto e principalmente servir como base da Seleção Brasileira.
Você verá que, no texto a seguir, todas as equipes mencionadas foram não só grandes no campeonato como importantes para o vôlei brasileiro. É uma lista, afinal, dos melhores times da história da Superliga.
O que você vai conferir neste post:
Melhores times da Superliga em todos os tempos
- Pirelli (1980-1983)
- Leite Moça/Sorocaba (1994-1997)
- Osasco (2001-2005)
- Cimed (2005-2010)
- Rio de Janeiro (2012-2017)
- Sada/Cruzeiro (2013-2018)
Pirelli (1980-1983)

Abrimos a nossa lista dos melhores times da história da Superliga com aquele que primeiro dominou o vôlei nacional. O Pirelli, de Santo André, foi o clube hegemônico da década de 1980, nos primórdios de um campeonato nacional no Brasil.
Contando num primeiro momento com ninguém menos que José Roberto Guimarães e depois com William Carvalho — integrante da “Geração de Prata” de 1984 —, o Pirelli venceu a principal competição do vôlei brasileiro em quatro oportunidades: 1980, 1982, 1983 e o de 1989, já com a base do início da década um tanto modificada.
O time ainda teve José Montanaro — eleito o Melhor Sacador e o Melhor Atacante dos Jogos de 84 — na temporada de 1981/1982, e Amauri Ribeiro, central campeão olímpico em 1992, a partir de 1982.
O sucesso nacional do Pirelli era acompanhado por uma verdadeira hegemonia estadual. Salvo o ano de 1981, o time venceu todas as outras edições do Campeonato Paulista nos anos oitenta.
Nos anos do domínio da Superliga, foi também campeão do Sul-Americano, em 1980, e vice em 1982.
Leite Moça/Sorocaba (1994-1997)

O time dos Leites — Moça, entre 1993 e 1996, e Nestlé, de 96 em diante — e das Anas — Moser, Paula Henkel e Cláudia Ramos — foi não só um dos melhores da história da Superliga como um dos mais marcantes do vôlei brasileiro.
Para começar, foi equipe que venceu as três primeiras edições do campeonato nacional como conhecemos hoje, em 1995, 1996 e em 1997. No mesmo período, venceu também um Campeonato Paulista, um Sul-Americano e um Mundial de Clubes.
Depois, foi a base do ataque da Seleção Brasileira nos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996. Além de Ana Moser, oposto, e Ana Paula Hinkel, central, a levantadora Fernanda Venturini somou-se ao grupo que conquistou o primeiro bronze da história do vôlei do País.
O projeto, que teve a mudança de nome citada acima acompanhada de uma realocação, de Sorocaba para Jundiaí, se desfez em 1999 depois um vice e uma terceira colocação na Superliga. Encerrou as atividades, portanto, sem nunca ter ficado sem um lugar no pódio na competição nacional.
Osasco (2001-2005)
Por cinco anos, o Osasco — primeiro BCN, depois Finasa — foi o melhor time do século da Superliga Feminina de Vôlei.
Figurando em cinco finais consecutivas com a mesma base (e mais outras sete com o grupo já naturalmente modificado), a equipe paulista foi tricampeã brasileira e cedeu uma infinidade de jogadoras à Seleção Brasileira, muitas das quais formaram a base bicampeã olímpica entre 2008 e 2012.
O elenco do Osasco nesses anos é uma constelação: Paula Pequeno, Jaqueline, Valeskinha, Dani Lins, Carol Albuerque, todas elas têm pelo menos uma medalha de ouro olímpico. Há também jogadoras como Arlene Xavier e Janina Conceição que participaram de outras campanhas vitoriosas com a Amarelinha.
Com esse grupo — treinado por José Roberto Guimarães — o time paulista levantou o caneco nacional em 2003, 2004 e 2005, e foi vice em 2002 e em 2006. No período, foi pentacampeão estadual, tricampeão da Salonpas Cup e uma vez vencedor do Top Volley.
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Cimed (2005-2010)
No ano seguinte à medalha de Ouro nas Olimpíadas de Atenas, o Cimed começou a não só capitanear a renovação da Seleção Brasileira como a dominar de fato a Superliga Masculina de vôlei.
Entregando à Bruninho Rezende suas “primeiras chaves” do time e lançando Lucão e Éder, a equipe catarinense formou uma das grandes redes da história do vôlei brasileiro e criou as bases para o Ouro Olímpico de 2016.
Mais importante ainda, o trio foi essencial para tetracampeonato da Superliga entre 2005 e 2010, sendo os últimos três conquistados consecutivamente entre 2008 e 2010. Neste espaço de tempo, o Cimed levou uma Copa do Brasil e um Sul-Americano.
E mais jogadores importantes do vôlei brasileiro passaram por Florianópolis nesse período. Entre os destaques, podemos citar o levantador Marcelinho, o central Sidão, o oposto Thiago Alves e o líbero Mário Júnior, todos campeões com a Seleção pelo menos uma vez.
Rio de Janeiro (2012-2017)
Aqui, caro leitor, foi a decisão mais difícil deste texto. Afinal, o Rio de Janeiro — já foi Rexona/Ades, Unilever e SESC; hoje é Flamengo— é um dos maiores times de vôlei do Brasil em todos os tempos. Não é todo mundo que vence 10 títulos da Superliga em 12 anos.
Por isso mesmo, foi complicado demarcar exatamente qual era o melhor grupo dessas conquistas a ser destacado. Na dúvida, fomos com o critério mais objetivo: quem levantou mais canecos consecutivamente. E as jogadoras presentes entre 2012 e 2017 o fizeram cinco vezes.
E não foram os únicos troféus conquistados no período. Na conta, mais quatro Campeonatos Cariocas, quatro Sul-Americanos, 2 Copas do Brasil e mais duas Supercopas. Fora que, independente da escolha, a mente por trás do projeto seria homenageada: Bernardinho, é claro.
O técnico, obviamente, não pode levar todos os méritos. Ele teve sua grande parceira, a líbero Fabi, ao seu lado em todos os momentos. Entre os anos, outra constelação: Valeskinha, Fofão, Natália Zilio, a estadunidense Courtney Thompson e outras expoentes da nova geração, como Drussyla Costa e Gabi Guimarães.
Sada/Cruzeiro (2013-2018)
O Sada/Cruzeiro é não só um dos grandes campeões da Superliga masculina. É o maior vencedor da história do campeonato. São, até aqui, seis títulos em menos de 15 anos de vida. Cinco deles foram conquistados consecutivamente, entre 2013 e 2018.
É o grupo desse período que destacamos com um dos melhores da história da Superliga. Até porque, além do pentacampeonato nacional, foram outros 13 títulos nos cinco anos, sendo quatro do Campeonato Sul-Americano e outros três do Mundial de Clubes.
Claro que, para isso, foram necessários verdadeiros craques. Entre os maiores, dois dos grandes jogadores da história da Superliga: o levantador William Arjona, o “Mago”, e o oposto Wallace, o “Macho Alfa”.
Ainda passaram pelo Sada/Cruzeiro o central Éder, o oposto Evandro Guerra, ambos medalhistas de ouro nas Olimpíadas de 2016, sem falar no oposto Alan, formado no clube que desponta como um dos melhores da liga atualmente.
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*Última atualização em 23 de novembro de 2020
Jornalista formado pela UNESP, foi repórter da Revista PLACAR. Cobriu NBB, Superliga de Vôlei, A1 (Feminino), A2 e A3 (Masculino) do Campeonato Paulista e outras competições de base na cidade de São Paulo. Fanático por esportes e pelas histórias que neles acontecem, dos atletas aos torcedores.
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