Os 10 maiores assistentes da NBA em todos os tempos

Na NBA, os verdadeiros mestres da quadra não são necessariamente os maiores pontuadores, mas sim os responsáveis por criar as jogadas e estruturar o jogo: os assistentes.

Embora o público frequentemente se concentre nos artilheiros, são os assistentes que coordenam a ação em quadra, realizando passes exatos e sustentando o sucesso do time como um todo.

Frequentemente subestimados, esses jogadores são fundamentais para a colaboração e a estratégia no basquete. Enquanto os pontuadores recebem os holofotes, são os assistentes que moldam o jogo, construindo cada cesta com passes precisos e uma visão de jogo superior.

Buscando destacar esses talentos frequentemente subestimados, mergulhamos nos registros da NBA para trazer à luz os maiores assistentes de todos os tempos.

É hora de celebrar aqueles que, mesmo nas sombras, moldaram e continuam a moldar a história da liga. Prepare-se para conhecer os mestres do jogo que merecem um lugar de destaque em meio aos grandes nomes da NBA.

Quem é o maior assistente da NBA?

John Stockton, amplamente reconhecido como o maior organizador de jogo da história da NBA, construiu sua carreira inteira no Utah Jazz, de 1984 a 2003.

Sua habilidade excepcional em distribuir passes resultou em 15.806 assistências, um feito incomparável na história da liga. Esse número impressionante coloca Stockton em uma classe à parte, com uma vantagem de mais de 3.000 assistências sobre o segundo colocado, Jason Kidd.

Os maiores assistentes da NBA

1. John Stockton
2. Jason Kidd
3. Chris Paul
4. LeBron James
5. Steve Nash
6. Mark Jackson
7. Magic Johnson
8. Oscar Robertson
9. Russel Westbrook
10. Isiah Thomas

Isiah Thomas (10º)

• Assistências: 9.061
• Partidas: 979
• Times: Detroit Pistons (1981-1994)

Isiah Thomas brilhou como a principal figura dos Bad Boy Pistons, a icônica equipe de Detroit que reinou na NBA no final dos anos 80. Embora o time não fosse conhecido por seus destaques individuais ou um estilo de jogo espetacular, Thomas foi uma força motriz que impulsionou o sucesso da equipe.

Se destacou como um líder formidável em meio ao pragmatismo físico característico dos Bad Boys Pistons. Isiah, é, além de um dos maiores assistentes da NBA, o quinto melhor na média de assistências por partida (9,4).

Com James Edwards e Joe Dumars, o camisa 11 também chamava atenção pela velocidade, agilidade, controle de bola e poder defensivo, além de lance de três bastante regular.

Combinando estas habilidades, Isiah faturou dois anéis da NBA mais um prêmio de MVP das finais de 1990.

Russell Westbrook (9º)

• Assistências: 9.468
• Partidas: 1.162
• Times: Oklahoma City Thunder (2008-2019); Houston Rockets (2019-2020); Washington Wizards (2020-2021); Los Angeles Lakers (2021-2023); Los Angeles Clippers (desde 2023).
  

O ala-armador Russell Westbrook, do Los Angeles Clippers, entrou para o Top 10 de jogadores com mais assistências na história da NBA na última temporada (5 de dezembro de 2023).

Com essa conquista, Westbrook superou Gary Payton, que terminou sua carreira com 9.047 assistências, e posteriormente também ultrapassou Isiah Thomas, alcançando a 9ª posição. Ainda ativo, Westbrook pode continuar avançando no ranking.

Conhecido por sua habilidade em criar jogadas para seus companheiros, Westbrook já liderou a NBA em assistências quatro vezes e é o único jogador na história da liga a ter registrado uma média de triplo-duplo em uma temporada.

Oscar Robertson (8º)

• Assistências: 9.887
• Partidas: 1.040
• Times: Cincinnati Royals (1960–1970), Milwaukee Bucks (1970–1974)

Além de ser um dos maiores assistentes da NBA, Oscar Robertson é amplamente reconhecido por seu pioneirismo no esporte.

Jogando pelo Cincinnati Royals e pelo Milwaukee Bucks, Robertson foi muito além das atribuições tradicionais de sua posição. Ele marcou pontos como um ala e buscou rebotes como um ala-pivô.

Seu recorde de 181 triplos-duplos é impressionante por si só, mas é complementado por seu prêmio de MVP da temporada regular em 1964 e suas 12 participações no All-Star Game.

Robertson iniciou sua carreira com o prêmio de Rookie do Ano em 1961 e a encerrou como campeão. Durante sua trajetória, ele registrou médias notáveis de 25,7 pontos, 7,5 rebotes e 9,5 assistências por jogo.

Magic Johnson (7º)

• Assistências: 10.141
• Partidas: 906
• Times: Los Angeles Lakers (1979-1991, 1996)

Assim como Michael Jordan na lista dos maiores pontuadores, ter Magic Johson, o maior armador da história do basquete, apenas na quinta posição entre os maiores assistentes da NBA só mostra como o esporte e a liga são ricos e complexos.

Para quem o assistiu, é inegável: Magic Johnson realmente fazia mágica com a bola. Ele conquistou cinco títulos, três prêmios de MVP e 12 convocações para o All-Star Game, tudo isso em apenas doze anos de carreira.

O tempo de quadra pode ser o fator que influencia sua “baixa” colocação na lista dos maiores assistentes. No entanto, se considerarmos os números relativos, Johnson tem uma média impressionante de 11,4 assistências por jogo, superior à do líder atual.

Magic Johnson é, de fato, o líder em assistências nos playoffs, com 2.346 passes decisivos, e registrou 180 jogos com 15 ou mais assistências, além de mais de 520 jogos com 10 ou mais assistências.

Mark Jackson (6º)

• Assistências: 10.334
• Partidas: 1.296
• Times:  New York Knicks (1987-1992, 2001-20022), Los Angeles Clippers (1992-1994), Indiana Pacers (1994-1996, 1997-2000), Denver Nuggets (1996-1997), Toronto Raptors (2000-2001), Utah Jazz (2002-2003), Houston Rockets (2003-2004)

Mark Jackson dificilmente é lembrado em listas mentais de maiores assistentes da NBA. O que até faz sentido para um jogador que foi eleito o Rookie do Ano de 1988, entrou para o All-Star 1989 e depois parou de se destacar individualmente em premiações.

Coletivamente, porém, Jackson esteve em grandes momentos da liga, especialmente pelo Indiana Pacers, como o único título de conferência da franquia e a histórica final do Leste contra o Chicago Bulls de Michael Jordan, em 1998, epicamente retratada na série “The Last Dance”.

Ainda que discreto, Jackson fez contribuições significativas no basquete norte-americano. Ele está entre os 15 jogadores com mais partidas disputadas, além de figurar entre os que mais registraram jogos com 15 assistências ou mais (71) e ser um dos líderes em passes para cestas em uma sequência de cinco jogos, com 80 assistências.

Steve Nash (5º)

• Assistências: 10.335
• Partidas: 1.217
• Times: Phoenix Suns (1996-1998, 2004-2012) Dallas Mavericks (1998-2004), Los Angeles Lakers (2012-2015)

Na terceira posição dos maiores assistentes da NBA, por apenas uma assistência, encontramos Steve Nash, um verdadeiro “virtuose” do passe. Considerado um dos melhores estrangeiros a atuar na liga, Nash tornou os giros e acrobacias durante as assistências uma marca registrada.

Sua criatividade não passou despercebida: o camisa 12 conquistou o prêmio de MVP da temporada regular em duas ocasiões. Além de sua visão de jogo excepcional, o canadense se destacava pela eficiência e inteligência superiores.

Nash é o líder em aproveitamento de lances livres, com 90,4%, e também em arremessos de quadra efetivos, com 55,6%.

LeBron James (4º)

• Assistências: 11.009
• Partidas: 1.492
• Times: Cleveland Cavaliers (2003-2010, 2014-2018), Miami Heat (2010-2014), Los Angeles Lakers (desde 2018)

Há alguma coisa que LeBron James não faça? Não bastasse a presença na lista dos maiores pontuadores, de aparições em playoffs e em finais, o “Papai” galga maiores posições aqui entre os maiores assistentes da NBA. Até o contemporâneo Chris Paul está ameaçado!

Nos últimos anos, LeBron James tem se concentrado mais em assistências e na armação de jogo, o que é evidente em seu desempenho. No entanto, mesmo ao longo de sua carreira, o camisa 23 sempre foi um excelente passador.

Considerando as 16 temporadas em que atuou em pelo menos 60 partidas, James só não distribuiu mais de 500 assistências em quatro delas, incluindo sua temporada de calouro em 2003.

Chris Paul (3º)

• Assistências: 11.894
• Partidas: 1.272
• Times: New Orleans Hornets (2005-2011), Los Angeles Clippers (2011-2017), Houston Rockets (2017-2019), Oklahoma City (2019-2020), Phoenix Suns (2020-2023), Golden State Warriors (desde 2023)

É possível que Chris Paul seja um dos últimos “armadores clássicos” que veremos na NBA, um cara mais baixinho, de ótima visão de jogo e com apreço pelos passes açucarados.

Sem saudosismo, o novo tipo de armador, cada vez mais alto, forte e pontuador, tem virado um item indispensável nas franquias. Próximos Steve Nashs e John Stocktons estão cada vez mais distantes. No máximo transmutados em alas-armadores chutadores.

Falando em Stockton, Chris Paul foi o último jogador a liderar a NBA em assistências e roubos de bola, assim como o lendário armador do Jazz, em 2008, 2009 e 2014. Paul também liderou a liga em assistências somente em 2014 e 2015, e em roubos de bola somente em 2011, 2012 e 2013.

Jason Kidd (2º)

• Assistências: 12.091
• Partidas: 1.391
• Times: Dallas Mavericks (1994–1996, 2008–2012), Phoenix Suns (1996–2001), New Jersey Nets (2001–2008), New York Knicks(2012–2013)

Com um porte físico que lembra os jogadores da posição nos dias atuais, mas com um estilo considerado clássico, Jason Kidd se destacou por seu foco em envolver todos os companheiros em quadra. Por muitos anos, ele foi uma presença constante em vídeos de melhores momentos.

E um dos maiores assistentes da NBA. Campeão em 2011 e 10x All-Star, o armador esteve perto de levar o prêmio de MVP de 2002, quando liderou o Nets ao vice-campeonato.

Além das assistências, Jason Kidd se destaca por outros dois números notáveis entre os jogadores desta lista: é o líder em rebotes (8.725) e bloqueios (450) entre os armadores, além de ser o maior arremessador de três pontos (1.988) entre todos os jogadores mencionados. Um verdadeiro “two-way playmaker”, como diria a NBA.

John Stockton (1º)

• Assistências: 15.806
• Partidas: 1.504
• Times: Utah Jazz (1984-2003)

É difícil decidir o que é mais impressionante no talento de John Stockton para armação: sua média de mais de 10 assistências por jogo ao longo de toda a carreira ou o fato de ter mantido essa média por quase 20 anos.

Como um armador completo, Stockton distribuía passes porque era seu “chamado”, mas também tinha talento para pontuar e inteligência para defender. Com quase 20 mil pontos marcados e mais de 3.200 roubos de bola, ele é o líder histórico da NBA nesse quesito.

Não é surpreendente que ele tenha liderado a liga em assistências por nove anos consecutivos, ou que seja o recordista de assistências em uma única temporada regular (1.164). Em dois desses anos, também foi o líder em roubos de bola.

Eleito All-Star em dez ocasiões, Stockton fez história no Utah Jazz, mesmo sem conquistar o troféu Larry O'Brien. Ele foi um dos pilares das duas únicas conquistas de conferência da franquia, em 1997 e 1998.

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