A jogadora de vôlei Rosamaria, que atualmente defende o Denso Airybees, no Japão, e vem de conquistas importantes pela Seleção Brasileira, fez declarações contundentes sobre a situação do esporte no Brasil.

A atleta criticou a falta de incentivo às categorias de base e destacou que o país tem um grande potencial, mas carece de investimentos consistentes para desenvolver novos talentos.

Rosamaria também ressaltou a importância da troca de experiências entre gerações no esporte, apontando para uma conscientização crescente entre as novas atletas.

Falta de incentivo nas categorias de base

Rosamaria expressou preocupação com o desenvolvimento do voleibol no Brasil, especialmente em relação aos jovens atletas. Segundo ela, a falta de continuidade e apoio a projetos de base compromete o surgimento de novos talentos.

É difícil você manter um projeto de base com a falta de incentivo, a falta de apoio. Você sabe que esse mês tem, mas o mês que vem já não tem tanta certeza”, desabafou a jogadora, referindo-se ao Projeto de Voleibol Nova Trento, que ela acompanha de perto.

A atleta apontou que, apesar de surgirem jogadores habilidosos, muitos deles não conseguem desenvolver todo o seu potencial devido à ausência de um apoio mais consistente.

A gente tem um potencial muito grande, mas também tem que ser trabalhado de uma outra maneira.

Rosamaria avalia renovação no voleibol brasileiro

Rosamaria também destacou a necessidade de um olhar mais atento para a renovação do esporte no país, especialmente no masculino.

No masculino também você tem ótimos nomes aparecendo, mas poderia ser muito mais se a gente tivesse um trabalho, um olhar mais importante para as categorias de base.

Ela sugere que, com o tamanho e a diversidade do Brasil, deveria haver mais incentivos e suporte para os projetos voltados às categorias iniciais:

De que maneira a gente vai revelar novos talentos se está faltando esse incentivo na base?

Importância da troca entre gerações

Além de destacar os desafios estruturais, Rosamaria enalteceu a importância das conversas e trocas de experiências entre jogadoras de diferentes gerações.

Segundo ela, as atletas mais jovens estão chegando ao cenário competitivo com uma consciência maior, graças ao impacto das redes sociais e à troca constante com jogadoras mais experientes.

Quando eu cheguei, lembro muito da Fernanda Garay conversando comigo, e antes da seleção, no clube, a Carol Gattaz. São pessoas que me deram um toque e foram importantes para a minha trajetória.

Saiba mais sobre o que acontece no vôlei. Acesse nossos outros conteúdos sobre o esporte: