Fluminense e Gerdau Minas fizeram dois duelos na última semana, um pela Superliga Feminina de Vôlei e outro pela semifinal da Copa Brasil. Os dois foram vencidos pela equipe mineira, pelo mesmo placar, de 3 sets a 1.
Assim, as atletas de Vôlei Pietra e Thaisa estiveram em lados opostos. No entanto, há um assunto que as une fora das quadras, a importância da mulher no esporte.
E, na véspera do Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8 de março, as duas falaram sobre o assunto.
Pietra escolhe o presente que gostaria de ganhar todos os dias
Pietra, ponteira do Fluminense, é destaque na recepção na Superliga Feminina de Vôlei. A atleta aparece em segundo lugar, com 65% de aproveitamento, sendo 110 bolas perfeitas em 168 ações.
E fora das quadras, a ponteira analisa a importância do dia 8 de março. Para ela, é uma data de celebração, mas também um dia para ser usado como ato de revolução.
É bonito o gesto de nos dar flores, mas preferimos respeito o ano todo. Isso, sim, por mais que seja o mínimo. Seguimos em uma luta diária para conquistarmos ainda mais espaço por todas as nossas qualidades e não por ser um rosto bonito.
Thaisa vai comemorar marca importante na Superliga Feminina no Dia Internacional da Mulher
Nesta sexta-feira (8), o Gerdau Minas recebe o Sesc Flamengo, líder da Superliga Feminina, e a partida terá um significado pessoal e importante para Thaisa. A atleta pode chegar aos 5 mil pontos marcados na competição.
E não poderia haver dia melhor. Já que, segundo a central, muitas vezes as mulheres são desmerecidas ou levadas em conta apenas por um rosto bonito, sempre medida por beleza, não pela inteligência.
Estamos vencendo muitas barreiras nessa luta, não só na vida, mas no esporte também. Sempre vou bater nessa tecla da nossa força, da nossa coragem, da nossa resiliência, e o quanto que a gente precisa de atenção, dessa visibilidade, desse patrocínio, de igualdade. Porque a dedicação e a força de vontade são as mesmas dos homens.
E completou lembrando que a mulher abdica de mais coisas que o homem, principalmente em relação ao desejo que muitas têm de serem mães. As atletas costumam adiar esse sonho.
Muitas vezes a mulher é menos valorizada se for mãe. Que sigamos lutando contra isso, mostrando a nossa força, que tem muitas pessoas que se inspiram na gente e podemos cada vez mais mudar com relação a isso. Sigo querendo servir de inspiração para essas mulheres não só no esporte, mas na vida.
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Repórter no Esportelândia. Formada em Letras pela UFRJ e Jornalismo pela FACHA. Passou por Vavel Brasil, Esporte News Mundo, Futebol na Veia e PL Brasil. Está no Esportelândia desde 2021.