Ju Perdigão é uma das jogadoras de vôlei mais conhecidas da SuperLiga. Considerada uma das melhores líberos em atividade no Brasil, Ju em entrevista ao podcast AtaqueDefesa, comentou sobre como teria sido difícil sua permanência no vôlei caso não jogasse na posição.
Com 1,62 metro, Ju é considerada baixa para o esporte, e por isso joga como líbero, uma posição cuja função é favorecida pelo tamanho das atletas. Dessa forma, Ju desde cedo teve claro em sua cabeça que, se não jogasse de líbero, teria que dar adeus ao vôlei.
Hoje sendo uma das principais jogadoras do Pinheiros, Ju acredita que a posição ainda não é uma das bem-pagas.
Ju Perdigão revela que mudou de posição para ter uma chance no profissional
Jogadora das categorias de base do Fluminense enquanto estudava arquitetura e urbanismo na Pontifícia Universidade Católica (PUC), Ju Perdigão teve que mudar de posição no vôlei para poder continuar no esporte
Eu comecei de levantadora no Mirim, mas logo que virou infantil já tinha Libro na minha época e eu já virei porque era um caminho que tinha mesmo, porque pra você notar eu tive um espichão, né?
Mas assim, para minha médica eu tive um mega espichão, mas eu tenho um em 1,62. Então você imagina como eu era naquela época. Minha mãe falava que eu jogava levantando e antes de cada levantamento eu arregaçava as mangas.
Porque era aquela blusa tipo de futebol que a gente jogava no Fluminense, aquela polo gigantesca. Então não tinha outro, era libero ou ia dar deus ao vôlei mesmo.
Ju Perdigão fala sobre desvalorização da posição de líbero
Para Ju Perdigão, a posição de líbero é a mais desvalorizada no vôlei. Isto porque segundo ela, líberos não ganham jogos, mas podem perdê-los.
Acho que é uma posição que tem muita importância e que eu acho que poderia ser mais… prestigiada, assim, é o meu ponto de vista.
O conhecimento popular do vôlei compartilha deste pensamento, já que em uma situação de match point, a líbero pode evitar que o adversário vença, mas caso não consiga, fica gravada no último lance da partida como alguém que não salvou a bola.
Falo isso porque financeiramente é o que acontece no vôlei, assim. Na formação dos times, normalmente é isso que acontece. Ninguém, vai escolher primeiro [a líbero].
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Marcelo Cartaxo é jornalista, redator e repórter no Esportelandia, um dos maiores sites olímpicos do Brasil. Com passagens por Futebol na Veia, Premier League Brasil, Minha Torcida, Quinto Quarto e ShaftScore, adquiriu experiências que hoje somam na equipe de redação do site.