Com as Olimpíadas de Paris 2024 batendo na porta, a China aparece no centro de um escândalo envolvendo doping de 11 atletas que estarão disputando medalhas na França no mês de julho e agosto.
Na terça-feira (18), foram liberados os nomes dos 31 (18 mulheres e 13 homens) membros da equipe de natação da China, e quase meia dúzia destes testaram positivo para trimetazidina, uma droga usada para preservar o metabolismo energético, antes das Olimpíadas de Tóquio em 2020.
Testes feitos ainda nas Olimpíadas de Tóquio em 2021 foram “revelados” em 2024
Embora os testes terem acontecidos há três anos, os resultados só vieram à tona em 2024, o que enfureceu os amantes do esporte, telespectadores e ex-atletas. As consequências não caíram apenas sobre a Confederação Chinesa, mas também a Agência Internacional de Anti-Doping.
A explicação por parte dos chineses foi que os atletas ingeriram refeições que estavam contaminadas com a substância, conhecida como TMZ.
Onze desses 23 atletas que testaram positivo em 2020 foram nomeados na terça-feira (18) como integrantes da Seleção Chinesa de natação que competirá nos Jogos do próximo mês.
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Medalhistas de ouro em 2021 estão na lista de atletas acusados de doping
Os dois medalhistas, Zhang Yufei, que ganhou o ouro nos 200 metros borboleta feminino e no revezamento 200 metros livre, e Wang Shun, medalhista de ouro nos 200 metros medley individual masculino.
As autoridades chinesas negaram veementemente as acusações de doping, chamando-as de “falsas”, “enganosas” e “difamatórias”. A saga em curso pode lançar uma sombra sobre as provas de natação em Paris 2024, com críticos acusando a WADA de padrões duplos.
A isenção dos nadadores chineses pela agência antidoping ocorre após banir a patinadora artística russa Kamila Valieva, que também alegou ter sido contaminada com TMZ antes dos Jogos de inverno de Pequim 2022.
Michael Phelps testemunha a respeito do anti-doping na natação antes das Olimpíadas de Paris 2024
A polêmica envolvendo os chineses surge em um momento oportuno para aqueles que buscam um palco maior para falar sobre o abuso de substâncias que geram desigualdade tanto nas Olimpíadas quanto em campeonatos mundiais ou nacionais.
Michael Phelps, o maior medalhista na história das Olimpíadas, irá testemunhar em um congresso na última semana de junho a respeito do anti-doping na natação.
Ao lado do nadador, que possui 28 medalhas em jogos olímpicos, sendo 25 de ouro, estarão a nadadora Allison Schmidt, Travis Tygart, CEO da Agência Anti-Doping dos Estados Unidos.
Witold Banka, presidente da Agência Internacional de Anti-Doping, foi convidado para o evento, mas não aceitou o convite.
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Marcelo Cartaxo é jornalista, redator e repórter no Esportelandia, um dos maiores sites olímpicos do Brasil. Com passagens por Futebol na Veia, Premier League Brasil, Minha Torcida, Quinto Quarto e ShaftScore, adquiriu experiências que hoje somam na equipe de redação do site.