A Seleção Brasileira de Vôlei Feminino está com seu passaporte carimbado para os Jogos Olímpicos de Paris e chega como uma das favoritas ao título. O maior evento esportivo do mundo começa dia 26 de julho e vamos fazer uma análise detalhada das principais ameaças do Brasil na Olimpíada.
A equipe canarinha está no grupo B, com Japão, Quênia e Polônia. Este é considerado um dos grupos da morte na Olimpíada. Apesar de não haver grupo fácil em Paris 2024, o Brasil caiu em uma chave com as duas únicas equipes para quem perdeu na Nations League 2024: Japão e Polônia.
Em parceria com o Sofascore, o Esportelândia traz para você quem são as maiores ameaças do Brasil na Olimpíada.
Análise dos adversários: maiores ameaças do Brasil na Olimpíada no vôlei feminino
Apesar de ter apenas três adversárias inicialmente, vamos falar aqui sobre quem são as seleções que podem ser as maiores ameaças do Brasil na Olimpíada, imaginando que o país avance aos playoffs, já que é uma das potências do vôlei feminino.
Itália
A Seleção Italiana de vôlei feminino é uma das mais fortes do mundo. Com um elenco repleto de jogadoras talentosas e experientes, claramente é uma das ameaças do Brasil na Olimpíada. Com uma altura média elevada e um histórico de premiações significativo, as italianas são conhecidas por sua forte presença tanto no ataque quanto na defesa.
A maioria das jogadoras atua nas principais ligas europeias, principalmente na Itália, que possui um dos campeonatos mais competitivos do mundo. A Seleção Italiana é a atual campeã da Nations League, sendo o segundo título (2022 e 2024).
Retrospecto da Seleção Italiana de Vôlei Feminino em 2024
Em 2024, foram 15 jogos, com 13 vitórias e duas derrotas. 41 sets vencidos e 11 perdidos. Das duas derrotas, foi um 3 x 0 para a Polônia (na 1ª rodada da Liga das Nações).
Entretanto, devolveu a derrota para a Polônia por 3 x 0 na semifinal da Liga das Nações, chegando na final e sendo campeã do torneio. O outro revés foi um 3 x 2 contra o Brasil (também na primeira fase da Nations League).
- Placar mais comum nas vitórias: 3 x 0 (8 vezes)
- 2º placar mais comum nas vitórias: 3 x 1 (5 vezes)
- Nunca virou uma partida após perder 2 sets em 2024
- 8 vitórias consecutivas em 2024
- Insights nas derrotas: Ana Carolina (22) e Rosamaria (19), do Brasil, e Stysiak (17), da Polônia, foram as maiores pontuadoras dos rivais.
Convocação das jogadoras da Itália no vôlei feminino para a Olimpíada de Paris 2024
- Levantadoras: Carlotta Cambi e Alessia Orro
- Ponteiras: Alice Degradi, Caterina Bosetti, Gaia Giovannini e Myriam Sylla
- Centrais: Anna Danesi (capitã), Marina Lubian e Sarah Fahr
- Opostos: Paola Egonu e Ekaterina Antropova
- Líbero: Mônica De Gennaro
- Suplente: Ilaria Spirito (Líbero)
Melhores jogadoras da Seleção da Itália de Vôlei Feminino
Paola Egonu
- Altura: 195 cm
- Altura do ataque: 335 cm
- Altura do bloqueio: 315 cm
- Prêmios: 42
- Time: Allianz Vero Volley Milano (Itália)
- Pontos fortes: é uma das melhores atacantes do mundo há alguns anos, com uma altura de ataque impressionante que a permite superar muitos bloqueios adversários. Foi top 9 maior pontuadora geral da Nations League com 188 pontos, sendo 153 de ataque (top 9), 21 de bloqueio (top 13) e 14 de saque (top 4).
Monica De Gennaro
- Altura: 172 cm
- Altura do ataque: 280 cm
- Altura do bloqueio: 255 cm
- Prêmios: 27
- Time: Prosecco Doc Imoco Volley Conegliano (Itália)
- Pontos fortes: excelente na defesa e na recepção, De Gennaro é uma das melhores líberos do mundo, essencial para a estabilidade defensiva da Itália. Dentro do top 25 líberos da Nations League, foi a atleta com menos erros de recepção (4), sendo top 2 em aproveitamento no quesito (dentro do top 25).
Ekaterina Antropova (Kate)
- Altura: 202 cm
- Altura do ataque: 335 cm
- Altura do bloqueio: 305 cm
- Prêmios: 8
- Time: Savino Del Bene Scandicci (Itália)
- Pontos fortes: altura excepcional e forte no ataque e bloqueio. Foram 148 pontos na Nations League (top 16), sendo top 18 em bloqueios (16) e top 4 sacadoras com mais pontos (14).
Anna Danesi
- Altura: 195 cm
- Altura do ataque: 312 cm
- Altura do bloqueio: 306 cm
- Prêmios: 12
- Time: Allianz Vero Volley Milano (Itália)
- Pontos fortes: forte no bloqueio e ataque, peça-chave na defesa. Ela ficou no top 49 maiores pontuadoras da Nations League com 105 pontos (top 34), sendo 64 de ataque (top 39) e 10 de saque (top 8). Ela realmente se destaca nos bloqueios, com incríveis 31 bloqueios (top 5).
Myriam Sylla
- Altura: 184 cm
- Altura do ataque: 320 cm
- Altura do bloqueio: 302 cm
- Prêmios: 6
- Time: Allianz Vero Volley Milano (Itália)
- Pontos fortes: é uma das principais ponteiras da seleção italiana, combinando potência e técnica em seus ataques. Impressionante alcance de ataque de 320 cm, junto com habilidades defensivas sólidas, faz dela uma jogadora completa. Foram 102 pontos na Nations League, sendo top 10 sacadoras com mais pontos (8).
Sarah Fahr
- Altura: 191 cm
- Altura do ataque: 314 cm
- Altura do bloqueio: 302 cm
- Prêmios: 6
- Time: Prosecco Doc Imoco Volley Conegliano (Itália)
- Pontos fortes: presença dominante na rede, sendo capaz de bloquear ataques adversários com eficiência. Ela foi top 12 melhores bloqueadoras da Nations League 2024.
Pontos fortes da Itália
A principal arma da Itália é seu poderoso ataque, liderado por Paola Egonu, com certeza uma das maiores ameaças do Brasil na Olimpíada. Com bloqueios altos e atacantes de calibre mundial, a Itália é uma equipe muito difícil de ser superada.
Além disso, o entrosamento é mais uma forte arma da Seleção Italiana. Isso porque, das 13 jogadoras convocadas, apenas uma não joga na Itália, ou seja, as atletas conhecem umas às outras.
Mas o conhecimento fica ainda maior quando três das principais jogadoras do time, Anna Danesi, Paola Egonu e Myriam Sylla jogam no mesmo time, o Allianz Vero Volley Milano. Como se já não bastasse, Marina Lubian, Monica De Gennaro e Sarah Fahr atuam juntas no Prosecco Doc Imoco Volley Conegliano.
Ponto-chave: força das naturalizações e ascendências da Seleção Italiana de Vôlei Feminino
A Itália mescla muito a suas origens nativas na Seleção com outros povos. Em sua convocação para a Olimpíada de Paris 2024, algumas atletas são de origens não-italianas.
Paola Egonu é de origem nigeriana. Ekaterina Antropova é islandesa, de origem russa. Myriam Sylla é de origem marfinense. Sarah Fahr é alemã.
Coincidentemente ou não, as quatro atletas de origens não-italianas têm as maiores alturas de ataque da Seleção. Bem como formam as maiores alturas de bloqueio da equipe. Somente Anna Danesi entra na disputa dos bloqueios, com 306 cm, sendo top 2.
Pontos fracos da Itália
A Seleção Italiana tem um ponto de atenção em seu histórico nos Jogos Olímpicos, pois nunca conquistou a medalha de ouro. Além disso, no último Campeonato Europeu, a Itália terminou em 4º lugar, após ser superada pela Holanda na disputa pela medalha de bronze.
Na Nations League, o clube foi superado por Polônia e Brasil, fortes adversários na Olimpíada. Em suas derrotas, as opostas geralmente lhes dão trabalho, como Rosamaria e Stysiak (Polônia). Também podem ser exploradas no meio de rede, como foi com Ana Carolina em Brasil 3 x 2 Itália.
Japão
O Japão é conhecido por seu jogo rápido e técnico, com uma excelente defesa e recepção. As jogadoras japonesas são altamente disciplinadas e têm uma grande capacidade de jogar taticamente, sendo uma das grandes ameaças do Brasil na Olimpíada, já que bateram o Brasil na semifinal da Liga das Nações 2024.
A maioria das suas jogadoras atuam no próprio país, uma liga forte, aumentando o autoconhecimento da equipe, uma vez que atuam juntas ou contra durante toda a temporada de clubes. Fizeram uma excelente Nations League, sendo vice-campeãs.
Retrospecto da Seleção Japonesa de Vôlei Feminino em 2024
A Seleção Japonesa fez 15 jogos em 2024, todos pela Liga das Nações. Foram 10 vitórias e 5 derrotas. 35 sets vencidos e 21 perdidos. As derrotas na fase inicial foram para Polônia (3 x 0), Brasil (3 x 2), Canadá (3 x 2) e Estados Unidos (3 x 0).
Classificadas, enfrentaram a China nas quartas de final, limparam a derrota para o Brasil ao vencerem a Seleção por 3 x 2 na semifinal. Entretanto, perderam por 3 x 1 para a Itália na decisão do torneio, ficando com o vice-campeonato.
- Placar mais comum nas vitórias: 3 x 0 (6 vezes)
- 2º placar mais comum nas vitórias: 3 x 2 e 3 x 1 (2 vezes cada)
- Placar mais comum nas derrotas: 3 x 0 e 3 x 2 (2 vezes cada)
- Insights nas derrotas: Stysiak (22), da Polônia, Gabi Guimarães (24) e Rosamaria (19), do Brasil, Gray (30) e Van Ryk (27), do Canadá, e Egonu (27), da Itália, foram as grandes pontuadoras dos rivais. Apenas contra os EUA as pontuações foram menores e divididas entre as atacantes.
Convocação das jogadoras do Japão no vôlei feminino para a Olimpíada de Paris 2024
- Levantadoras: Koyomi Iwasaki e Nanami Seki
- Ponteiras: Kotona Hayashi, Sarina Koga (capitã), Mayu Ishikawa, Arisa Inoue e Yukiko Wada
- Centrais: Nichika Yamada, Airi Miyabe e Ayaka Araki
- Líberos: Manami Kojima e Satomi Fukudome
- Suplente: Akane Yamagishi (Líbero)
Melhores jogadoras da Seleção Feminina de Vôlei do Japão
Koyomi Iwasaki
- Altura: 175 cm
- Altura do ataque: 303 cm
- Altura do bloqueio: 285 cm
- Time: Saitama Ageo Medics (Japão)
- Prêmios: 2
- Pontos fortes: é uma das jogadoras mais versáteis do ataque japonês. Na Nations League, foram 42 pontos (top 73), mas se destaca em bloqueios, com 13 (top 21), sendo top 3 do time, e top 6 melhores pontuadoras da VNL em aces (12).
Kotona Hayashi
- Altura: 173 cm
- Altura do ataque: 292 cm
- Altura do bloqueio: 280 cm
- Time: Osaka Marvelous (Japão)
- Prêmios: 6
- Pontos fortes: a atleta é top 18 em maiores pontuadoras da última Nations League, com 140 pontos, sendo 128 de ataque (top 14), a terceira melhor do Japão. Além disso, é top 10 em pontuadoras por saque (10). Mas a ponteira se destaca ainda mais na parte defensiva, sendo a segunda da VNL com mais recepções bem feitas (97), uma a menos que a tailandesa Chatchu-On. Foram apenas 11 erros, sendo a segunda com menos falhas no top 10. Por fim, lidera em porcentagem de sucessos nas recepções: 37,74%.
Sarina Koga
- Altura: 180 cm
- Altura do ataque: 307 cm
- Altura do bloqueio: 290 cm
- Time: NEC Red Rockets (Japão)
- Prêmios: 17
- Pontos fortes: segunda maior pontuadora da Nations League 2024, com 272 pontos, a capitã japonesa não lidera apenas em atitude, mas também em técnica. Ela é uma exímia ponteira, sendo top 1 em pontos de ataque (252) e top 5 em aces (13).
Mayu Ishikawa
- Altura: 175 cm
- Altura do ataque: 300 cm
- Altura do bloqueio: 290 cm
- Time: Igor Gorgonzola Novara (Itália)
- Prêmios: 9
- Pontos fortes: sétima maior pontuadora da Liga das Nações, com 209 pontos, foi top 5 em pontos de ataque (195) e top 10 em pontos de saque (8). Ainda é a 9ª melhor receptora, com 68 recepções e apenas 12 erros, sendo a terceira com menos erros no top 10.
Pontos fortes do Japão
A melhor arma da Seleção Japonesa é a sua defesa sólida e agilidade. As japonesas têm 3 atletas no top 11 das melhores receptoras da Nations League 2024. A capacidade do Japão de realizar defesas rápidas e precisas, além de contra-ataques ágeis, é fundamental para enfrentar adversários mais altos e fortes.
Falando em defesas, o Japão foi o time da Liga das Nações com mais atletas entre as melhores defensoras da competição, tendo 5 jogadoras dentro do top 15 em aproveitamento (Koga (3), Hayashi (5), Iwasaki (13), Ishikawa (14) e Kojima (15)).
Por outro lado, engana-se quem pensa que seu ataque é fraco. A equipe japonesa se destaca pela técnica ofensiva apurada, sendo excelentes em ataques precisos e bloqueios eficientes. Tem duas atletas entre as top 10 melhores pontuadoras da última Nations League (top 2 e 7).
Muitas jogadoras atuam juntas em clubes japoneses, como SAGA Hisamitsu Springs, Saitama Ageo Medics, Victorina Himeji e NEC Red Rockets, o que fortalece a coesão do time. Por já terem vencido o Brasil, elas se tornam uma das ameaças do Brasil na Olimpíada.
Pontos fracos do Japão
A estatura das jogadoras japonesas é mais baixa em comparação com outras equipes e isso pode ser uma desvantagem nos bloqueios, podendo enfrentar dificuldades contra times com jogadoras mais altas e ataques poderosos. Embora técnica e rápida, a equipe japonesa pode ter problemas em manter um ataque potente contra defesas robustas.
Polônia
O vôlei feminino da Polônia vem sendo motivo de surpresa na comunidade do voleibol. Isso porque, apesar da tradição no masculino, o feminino não tinha o mesmo sucesso e vem de grande evolução recente, se tornando uma das ameaças do Brasil na Olimpíada.
Atualmente a equipe é a 4ª colocada no ranking da FIVB e teve uma boa participação na Nations League, onde terminou com o 3º lugar, batendo o Brasil na decisão pelo bronze em 2024. A equipe também ficou com a 3ª colocação em 2023.
O técnico italiano Stefano Lavarini é o grande cérebro por trás do time feminino polonês. A saber, o treinador levou a Coreia do Sul às semifinais nas Olimpíadas de Tóquio 2020, terminando com a 4ª colocação, perdendo para o Brasil na semis e para a Sérvia na disputa pelo bronze.
Retrospecto da Seleção Polonesa de Vôlei Feminino em 2024
A Seleção Polonesa fez 15 jogos na Nations League, sendo 12 vitórias e três derrotas. Foram 37 sets vencidos e 15 perdidos. Foi uma excelente primeira fase, onde as polonesas embalaram 8 vitórias consecutivas, parando apenas no Brasil (3 x 1).
Então, venceram mais dois jogos e perderam para a China na última rodada, quando já estavam classificadas. Bateram a Turquia nas quartas de final por 3 x 2 e perderam para a Itália por 3 x 0 na semifinal. Por fim, limparam a derrota da primeira fase ao vencer o Brasil na disputa do 3º lugar (3 x 2).
- Placar mais comum nas vitórias: 3 x 0 (8 vezes)
- 2º placar mais comum nas vitórias: 3 x 1 (2 vezes)
- Placar mais comum nas derrotas: 3 x 0 (2 vezes)
- Insights nas derrotas: Gabi Guimarães (24), Júlia Bergmann (17) e Rosamaria (15), do Brasil, Yuan X.Y. (16) e Li Yingying (14), da China, e Egonu (22), da Itália, foram as grandes pontuadoras dos rivais.
Convocação das jogadoras da Polônia no vôlei feminino para a Olimpíada de Paris 2024
- Levantadoras: Joanna Wołosz (capitã) e Katarzyna Wenerska
- Ponteiras: Martyna Łukasik, Martyna Czyrniańska e Natalia Medrzyk
- Opostas: Magdalena Stysiak e Malwina Smarzek
- Centrais: Klaudia Alagierska, Agnieszka Korneluk e Madalena Jurczyk
- Líberos: Maria Stenzel e Aleksandra Szczygłowska
- Suplente: Olivia Różański (Ponteira)
Melhores jogadoras da Seleção Feminina de Vôlei da Polônia
Agnieszka Korneluk
- Altura: 200 cm
- Altura do ataque: 328 cm
- Altura do bloqueio: 295 cm
- Time: KS DevelopRes Rzeszów (Polônia)
- Prêmios: 18
- Pontos fortes: é uma atleta versátil, tendo acumulado pontos de ataque, bloqueios e saques durante a Liga das Nações. Foram 92 pontos no total (top 40), sendo 46 de ataque, 36 de bloqueios (top 2) e top 8 em aces (10).
Magdalena Stysiak
- Altura: 203 cm
- Altura do ataque: 324 cm
- Altura do bloqueio: 310 cm
- Time: Fenerbahçe Medicana (Turquia)
- Prêmios: 7
- Pontos fortes: 5ª maior pontuadora da última Nations League, Stysiak guia o ataque da Polônia em quadra. Foram 228 pontos, sendo 194 de ataque (top 6), 26 de bloqueios (top 8) e foi top 10 entre as melhores pontuadoras de saque (8).
Martyna Łukasik
- Altura: 189 cm
- Altura do ataque: 315 cm
- Altura do bloqueio: 288 cm
- Time: Prosecco Doc Imoco Volley Conegliano (Itália)
- Prêmios: 5
- Pontos fortes: segunda maior pontuadora da Polônia na Liga das Nações, teve 159 pontos marcados (top 13), sendo 139 de ataque (top 13), 14 de bloqueios (top 20) e 6 pontos em aces (top 12). Por outro lado, foi a melhor receptora entre as polonesas, tendo 84 recepções bem-sucedidas (top 4) na Nations League.
Joanna Wołosz
- Altura: 181 cm
- Altura do ataque: 303 cm
- Altura do bloqueio: 281 cm
- Time: Prosecco Doc Imoco Volley Conegliano (Itália)
- Prêmios: 20
- Pontos fortes: capitã da equipe, a experiência de 34 anos não lidera o time em estatísticas. Seu principal trabalho é organizar as jogadas em quadra, fazendo isso com maestria.
Aleksandra Szczygłowska
- Altura: 172 cm
- Time: KS DevelopRes Rzeszów (Polônia)
- Prêmios: 2
- Pontos fortes: a líbera polonesa é a top 1 em defesas da Nations League (173).
Pontos fortes da Polônia
A altura média das jogadoras polonesas é um dos seus maiores trunfos, especialmente no bloqueio e no ataque. A média de altura das jogadoras da Polônia é de aproximadamente 186 cm.
A altura elevada da maioria das jogadoras, como Agnieszka Korneluk (200 cm) e Magdalena Stysiak (203 cm), contribui para um bloqueio sólido. Stysiak chega a incríveis 324 cm de altura de ataque, enquanto Korneluk atinge 328 cm, grandes ameaças do Brasil na Olimpíada.
Além disso, a Polônia tem uma defesa sólida, com a líbero com mais defesas da última Nations League e três atletas no top 15 de melhores receptoras, incluindo Szczygłowska, a jogadora com menos erros de recepção do top 15 (8).
Pontos fracos da Polônia
É uma equipe com poucos pontos fracos, já que tem um ataque muito forte e a melhor defensora da última Nations League. Também tem 3 atletas no top 15 melhores receptoras.
A única desvantagem da equipe pode ser a motivação contra equipe de ponta, como Brasil e Itália, mas também mostrou resiliência, ficando 1 x 1 no duelo contra as duas na Liga das Nações.
Estados Unidos
Atual campeã dos Jogos Olímpicos de Tóquio, a Seleção Americana caiu de rendimento desde o último título olímpico. No Campeonato Mundial, em 2022, amargou o 4º lugar.
Na Nations League de 2022 ficou com o 5º lugar, 4º lugar em 2023 e piorou em 2024: 7º lugar. Mas segue sendo um time perigoso e pode dar trabalho em Paris, sendo uma das ameaças do Brasil na Olimpíada.
Retrospecto da Seleção Americana de Vôlei Feminino em 2024
A Seleção Americana fez 13 jogos na Nations League em 2024, sendo 7 vitórias e 6 derrotas. Foram 27 sets vencidos e 20 perdidos. As meninas dos EUA começaram vencendo a Tailândia, mas perderam para China e Brasil.
Embalaram três vitórias seguidas sobre República Dominicana, Canadá e Bulgária, mas voltaram a perder, desta vez para Polônia e Turquia. Venceram a França e a Holanda, perderam para Itália e fecharam a primeira fase vencendo o Japão. Nas quartas de final, novamente frente as italianas, levaram um 3 x 0 e foram eliminadas.
- Placar mais comum nas vitórias: 3 x 0 (5 vezes)
- 2º placar mais comum nas vitórias: 3 x 1 (2 vezes)
- Placar mais comum nas derrotas: 3 x 1 (4 vezes)
- Insights nas derrotas: Li (20), Gong (16), Yuan (15) e Wang (15), da China, Gabi Guimarães (24), do Brasil, Stysiak (27), da Polônia, Vargas (27) e Karakurt (19), da Turquia, Egonu (23 e 20), da Itália, foram as atletas que mais pontuaram sobre as americanas.
Convocação das jogadoras dos Estados Unidos no vôlei feminino para a Olimpíada de Paris 2024
- Levantadoras: Jordyn Poulter e Lauren Carlini
- Ponteiras: Avery Skinner, Jordan Larson (capitã), Kathryn Plummer e Kelsey Robinson-Cook
- Opostas: Annie Drews e Jordan Thompson
- Centrais: Haleigh Washington, Dana Rettke e Chiaka Ogbogu
- Líberos: Justine Wong-Orantes
- Suplente: Micha Hancock (Levantadora)
Melhores jogadoras da Seleção Feminina de Vôlei dos Estados Unidos
Jordan Larson
- Altura: 186cm
- Altura do ataque: 302cm
- Altura do bloqueio: 295cm
- Time: LOVB Madison (Estados Unidos)
- Prêmios: 6
- Pontos fortes: consistência no ataque e liderança em quadra. Foi a maior pontuadora dos EUA na Nations League, com 124 pontos (top 25), sendo top 7 em aces (11).
Jordan Thompson
- Altura: 193cm
- Altura do ataque: 320cm
- Altura do bloqueio: 314cm
- Time: LOVB Houston (Estados Unidos)
- Prêmios: 16
- Pontos fortes: com uma excelente altura de ataque e bloqueio, tem uma versatilidade considerável.
Chiaka Ogbogu
- Altura: 188cm
- Altura do ataque: 318cm
- Altura do bloqueio: 307cm
- Time: LOVB Austin (Estados Unidos)
- Prêmios: 18
- Pontos fortes: descendente de nigerianos, é uma atleta física e é impositiva nos bloqueios, sendo top 15 na Nations League em bloqueios com 19 pontos.
Lauren Carlini
- Altura: 186cm
- Altura do ataque: 302cm
- Altura do bloqueio: 295cm
- Time: LOVB Madison (Estados Unidos)
- Prêmios: 6
- Pontos fortes: distribuição de jogo precisa e liderança. Foi top 15 entre as levantadoras, com 128 levantamentos bem-sucedidos, e é top 1 com menos erros entre as top 25, sendo a 6ª com melhor aproveitamento no quesito.
Justine Wong-Orantes
- Altura: 168cm
- Altura do ataque: 282cm
- Altura do bloqueio: 277cm
- Time: Long Beach State Univ. (Estados Unidos)
- Prêmios: 11
- Pontos fortes: a líbero é uma força defensiva e tem recepções excepcionais. Foi top 6 em defesas na Liga das Nações, com 141 defesas bem feitas e apenas 37 erros, sendo top 5 dentre as 10 primeiras.
Pontos fortes dos Estados Unidos
Uma vantagem da Seleção Feminina de Vôlei dos Estados Unidos é a sua capacidade de ataque, com jogadoras altas e fortes que conseguem superar bloqueios adversários com facilidade. Além disso, a equipe possui uma excelente distribuição de jogo, graças às habilidades das suas levantadoras.
A altura média da equipe americana é de 188,8 cm, o que é uma boa estatura. No total, as atletas somam 136 prêmios individuais em suas carreiras, destacando a experiência e a qualidade do time. A maioria das jogadoras atua na liga norte-americana LOVB (League of Volleyball).
Essa familiaridade dentro de uma mesma liga contribui para a coesão e entrosamento da equipe. Sem contar que Larson, Drews e Carlini jogam no mesmo clube, o LOVB Madison, e Thompson e Hancock no LOVB Houston, contribuindo com o entrosamento.
Pontos fracos dos Estados Unidos
Um dos pontos fracos dos Estados Unidos pode ser a inconsistência na recepção e defesa em momentos críticos dos jogos. Em partidas apertadas, falhas de comunicação e erros não forçados podem comprometer o desempenho da equipe.
Além disso, a equipe caiu de rendimento desde o título olímpico e é uma equipe mais previsível. Mesmo assim ainda é uma das ameaças do Brasil na Olimpíada.
Turquia
A Seleção Turca de Vôlei Feminino é uma das equipes mais fortes e consistentes no cenário mundial. Com um elenco talentoso e experiente, a Turquia busca se destacar nas Olimpíadas de Paris 2024, trazendo um desempenho sólido em competições internacionais recentes, se tornando uma das ameaças do Brasil na Olimpíada.
Nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, terminou na 5ª colocação. As turcas têm uma grande consistência na Liga das Nações, sendo bronze em 2021, 4ª colocada em 2022 e campeã em 2023. Ainda em 2023, foram campeãs do Campeonato Europeu, mas, em 2024, acabou na 6ª colocação da Nations League, caindo nas quartas de final.
Retrospecto da Seleção Turca de Vôlei Feminino em 2024
A Seleção Turca disputou 13 jogos em 2024, acumulando 8 vitórias e 5 derrotas, com 31 sets vencidos e 21 perdidos. A equipe mostrou força e resiliência em diversas partidas, mas também enfrentou desafios significativos.
Começou a Nations League perdendo para o Japão por 3 x 2, venceu a Holanda no segundo jogo e perder para a Itália na sequência. Embalou então 7 vitórias e perdeu os dois últimos jogos da primeira fase para China e Brasil, mas avançou às quartas de final, quando perdeu para a Polônia por 3 x 2.
- Placar mais comum nas vitórias: 3 x 1 (4 vezes)
- 2º placar mais comum nas vitórias: 3 x 0 (3 vezes)
- Placar mais comum nas derrotas: 3 x 2 (3 vezes)
- Insights nas derrotas: a Turquia frequentemente leva jogos para quatro sets, mas tem dificuldade em fechar as partidas, especialmente contra equipes de elite. Entretanto, com exceção ao jogo contra o Brasil (3 x 0), vende caro suas derrotas, sempre vencendo sets ou levando ao tie-break. Koga (31) e Ishikawa (20), do Japão, Antropova (23) e Degradi (16), da Itália, Li (25) e Wang (17), da China, e Stysiak (17), da Polônia, foram as maiores pontuadoras contra as turcas. Apenas o Brasil venceu com tranquilidade e um jogo coletivo.
Convocação das jogadoras da Turquia no vôlei feminino para a Olimpíada de Paris 2024
- Levantadoras: Cansu Özbay e Elif Şahin
- Ponteiras: Hande Baladın, Meliha Diken, Tuğba İvegin, Derya Cebecioğlu e Ebrar Karakurt
- Centrais: Eda Erdem Dündar (c), Zehra Güneş e Aslı Kalaç
- Oposta: Melissa Vargas
- Líbero: Gizem Örge
- Suplente: Beyza Arıcı (Central)
Melhores jogadoras da Seleção Feminina de Vôlei da Turquia
Melissa Vargas
- Altura: 195 cm
- Altura do ataque: 326 cm
- Altura do bloqueio: 315 cm
- Time: Fenerbahçe Medicana (Turquia)
- Prêmios: 29
- Pontos fortes: é a grande potência de ataque do time em todos os quesitos. Na última Nations League a cubana foi a top 1 em pontos, com 293, sendo top 2 em pontos de ataque, top 9 em bloqueios (25) e líder em pontos de saque (22). É uma das grandes ameaças do Brasil na Olimpíada.
Ebrar Karakurt
- Altura: 196 cm
- Altura do ataque: 319 cm
- Altura do bloqueio: 310 cm
- Time: Igor Gorgonzola Novara (Itália)
- Prêmios: 8
- Pontos fortes: outra excelente força ofensiva turca, sendo top 15 em pontos na última Liga das Nações (150), sendo 128 de ataque (top 14), 14 de bloqueios (top 20) e top 10 em aces (8). Além disso, é a atleta com mais recepções bem feitas do time (50), sendo top 18 da Nations 2024.
Aslı Kalaç
- Altura: 185 cm
- Altura do ataque: 308 cm
- Altura do bloqueio: 301 cm
- Time: Fenerbahçe Medicana (Turquia)
- Prêmios: 6
- Pontos fortes: consistência no bloqueio e habilidade defensiva, além de ser uma presença sólida no meio de rede. Foi uma das grandes bloqueadoras da última Nations League, com 31 bloqueios (top 5). Também foi top 10 em aces (8).
Gizem Örge
- Altura: 170 cm
- Altura do ataque: 270 cm
- Altura do bloqueio: 260 cm
- Time: Fenerbahçe Medicana (Turquia)
- Prêmios: 19
- Pontos fortes: defesa ágil e eficiente, essencial para a cobertura de fundo de quadra. A líbera lidera a Turquia em defesas (118), sendo top 11 na Nations League 2024.
Elif Şahin
- Altura: 189 cm
- Altura do ataque: 302 cm
- Altura do bloqueio: 300 cm
- Time: Eczacıbaşı Dynavit (Turquia)
- Prêmios: 1
- Pontos fortes: precisão nos levantamentos e boa visão de jogo, facilitando a criação de oportunidades de ataque para a equipe. Foi top 10 em levantamentos mais bem-sucedidos da última Nations League, com 144. Bem como foi top 8 em aces (10).
Pontos fortes da Turquia
A força da Seleção Turca reside em sua capacidade de ataque, especialmente com jogadoras altas e poderosas como Karakurt e a cubana Vargas. A equipe também se destaca na defesa com a presença sólida de Gizem Örge como líbero. A altura média das jogadoras turcas é de aproximadamente 185 cm, o que lhes dá uma vantagem significativa no bloqueio e no ataque.
A maioria das jogadoras joga na Turquia e algumas delas jogam juntas no mesmo clube, o que ajuda na conexão entre elas e no entrosamento em quadra. Cansu Özbay, Saliha Şahin, Zehra Güneş e Gizem Örge, por exemplo, jogam no VakıfBank. Já Eda Erdem, Naz Aydemir Akyol e Ayça Aykaç atuam no Fenerbahçe. Além de Simge Aköz, Hande Baladın e Aslı Kalaç atuarem juntas no Eczacıbaşı Dynavit.
Pontos fracos da Turquia
A Turquia tem dificuldade de manter a consistência ao longo dos jogos, particularmente em momentos decisivos contra equipes de alto nível. A Seleção também enfrenta desafios na finalização de partidas longas, conforme evidenciado pelas derrotas em cinco sets.
Sérvia
A Seleção Feminina de Vôlei da Sérvia é uma das forças dominantes no cenário internacional, claramente uma das ameaças do Brasil na Olimpíada. Em 2024, a equipe passou por uma fase de transição e experimentou novos talentos durante a Liga das Nações Feminina. Abaixo, apresentamos um panorama completo da equipe, incluindo seu retrospecto recente, as principais jogadoras, estatísticas e insights relevantes.
A equipe foi finalista nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016, ficando com a prata, e ganhou o bronze em Tóquio 2020. Ganhou os dois últimos campeonatos mundiais, 2018 e 2022, e foi finalista do Campeonato Europeu de 2021 e 2023, ficando com a prata em ambos, após um bicampeonato em 2017 e 2019. Não dando grande importância à Nations League, ficaram em 12º lugar e levaram o time reserva.
Retrospecto da Seleção Sérvia de Vôlei Feminino em 2024
A Seleção disputou 12 jogos, obtendo 3 vitórias e sofrendo 9 derrotas. A equipe jogou com um time alternativo, poupando suas titulares do torneio. Venceu apenas Tailândia, Canadá e Bulgária.
- Placar mais comum nas vitórias: 3 x 1 (2 vezes)
- 2º placar mais comum nas vitórias: 3 x 0 (1 vez)
- Placar mais comum nas derrotas: 3 x 1 (7 vezes)
- Insights nas derrotas: Peña Isabel (18), Martinez (17) e Gaila (17), da República Dominicana, Wang (19), Li (19) e Gong (18), da China, Stysiak (23) e Mędrzyk (18), da Polônia, Vargas (31), da Turquia, Marring (17), da Holanda, Cazaute (18), da França, Ishikawa (17), do Japão, e Antropova (18) e Degradi (17), da Itália, foram as maiores pontuadoras das equipes que venceram as sérvias. O Brasil com um jogo mais coletivo foi a exceção.
Convocação das jogadoras da Sérvia no vôlei feminino para a Olimpíada de Paris 2024
- Levantadoras: Bojana Drča e Maja Ognjenović (c)
- Oposta: Tijana Bošković
- Ponteiras: Bianka Buša, Katarina Lazović, Aleksandra Uzelac, Bojana Milenković e Sara Lozo
- Centrais: Hena Kurtagić, Maja Aleksić e Jovana Stevanović
- Líbero: Aleksandra Jegdić
- Suplente: Ana Bjelica (Oposta)
Melhores jogadoras da Seleção Feminina de Vôlei da Sérvia
Tijana Bošković
- Altura: 194 cm
- Altura do ataque: 329 cm
- Altura do bloqueio: 310 cm
- Time: Eczacıbaşı Dynavit (Turquia)
- Prêmios: 45
- Pontos fortes: potência de ataque e liderança em momentos decisivos. É multipremiada e frequentemente apontada como melhor jogadora do mundo.
Aleksandra Uzelac
- Altura: 188 cm
- Altura do ataque: 315 cm
- Altura do bloqueio: 310 cm
- Time: Zeren Spor Kulübü (Turquia)
- Prêmios: 9
- Pontos fortes: potência de ataque e bloqueio eficiente. Uma das jogadoras com maior altura de ataque e bloqueio do time convocado. É top 3 em ataques e top 2 em bloqueios, sendo um ativo importante para as sérvias, sem contar que é uma das poucas que participou da última Nations League. Ela é uma das ameaças do Brasil na Olimpíada, já que jogou no Fluminense e conhece bem as atletas brasileiras.
Maja Ognjenović
- Altura: 183 cm
- Altura do ataque: 300 cm
- Altura do bloqueio: 293 cm
- Time: Savino Del Bene Scandicci (Itália)
- Prêmios: 13
- Pontos fortes: experiência e habilidades de levantamento de alto nível, a capitã do time não atuou na Nations League, mas joga em uma das ligas mais fortes do mundo. Em 2023, na Liga das Nações, foi top 18 em levantamentos bem-sucedidos (82), sendo a atleta com menos erros que todas as demais antes dela (4), sendo a top 2 em aproveitamento o quesito.
Pontos fortes da Sérvia
A principal força da equipe sérvia reside em seu ataque poderoso, liderado por Tijana Bošković, uma das ameaças do Brasil na Olimpíada. A presença de várias jogadoras altas e experientes também contribui para um bloqueio eficiente.
Como as principais jogadoras não atuaram em 2024 pela Seleção, existe um mistério sobre como a Sérvia irá se apresentar com suas melhores jogadoras, podendo ser um fator surpresa contra as adversárias.
Pontos fracos da Sérvia
Coordenador do Esportelândia desde 2021, é jornalista pós-graduado em Jornalismo Esportivo. Autor do livro “Os Mestres do Espetáculo”, que está na biblioteca do Museu do Futebol de São Paulo. Passou por Jovem Pan, Futebol na Veia e PL Brasil.