A Líbero do EC Pinheiros, Ju Perdigão foi entrevistada no podcast Ataque Defesa e trouxe uma perspectiva sobre a diferença de salários entre o vôlei masculino e feminino.
Segundo a jogadora, as mulheres têm uma igualdade salarial maior do que os homens no vôlei. Além disso, afirmou que ganham mais também, devido a uma média de audiência e visibilidade do vôlei feminino.
Ju Perdigão diz que mulheres ganham mais do que homens atualmente
Juliana reitera que, para ela, mulheres recebem mais dinheiro do que os homens no voleibol há algum tempo, tendo salários também mais igualitários em relação à média de quantas recebem salários altos, médios e, consequentemente, baixos.
Eu acho que atualmente, sim [mulheres ganham mais do que os homens]. Já faz tempo esse atualmente. Tem um tempo que sim. Não tenho como dizer com certeza, mas pelo que eu sei, tem a galera do masculino que ganha muito bem.
O feminino, apesar de também ter muita gente que ganha muito dinheiro, tem uma galera que está jogando ali por quase nada, no meio ali é mais equilibrado, o que eu acho que não acontece no masculino.
Tem sempre uma galera que não ganha quase nada, que joga muito por amor, que está tentando e joga por paixão.
“Tem a ver com a audiência”, diz Ju Perdigão sobre a diferença salarial no vôlei
Não apenas Ju Perdigão afirma que mulheres ganham mais do que homens no vôlei. A ex-jogadora da Seleção Brasileira, Virna Dias afirma que é o único esporte que ocorre esta diferença salarial.
Tem a ver com audiência. Eu acho que, pelo feedback que a gente tem. Você assiste mais o vôlei feminino que o masculino. Eu acho que é basicamente por isso.
Conforme os dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), uma jogadora de vôlei em início de carreira recebe, em média, R$ 9.266,32 por mês. Já uma atleta de nível intermediário tem um salário mensal em torno de R$ 10.482,33. Para as jogadoras sêniores, a média salarial é de R$ 12.591,69 mensais.
Dizer com infelizmente é porque assim vou dar o exemplo do futebol que é uma coisa que hoje em dia está bastante em discussão. As meninas do futebol também dão o mesmo duro que os caras, mas tem a ver com a audiência.
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Marcelo Cartaxo é jornalista, redator e repórter no Esportelandia, um dos maiores sites olímpicos do Brasil. Com passagens por Futebol na Veia, Premier League Brasil, Minha Torcida, Quinto Quarto e ShaftScore, adquiriu experiências que hoje somam na equipe de redação do site.
