No mundo do vôlei, dois nomes sempre dominam as conversas quando o assunto é excelência: Bernardinho e Zé Roberto Guimarães. Ambos são ícones, com títulos olímpicos e reconhecimento mundial.
No entanto, para William Arjona, o “Mago”, que atuou como levantador, com uma carreira vitoriosa, o melhor treinador com quem já trabalhou é outro: Javier Weber.
Durante sua participação no podcast Ataque Defesa, com o jornalista Alê Oliveira, Arjona revelou como o técnico argentino foi decisivo para sua transformação dentro e fora das quadras.
A trajetória vitoriosa de Javier Weber
Javier Weber se destacou no voleibol como jogador e técnico. Participou de três Olimpíadas pela Argentina, conquistando bronze em Seul 88 e ouro no Pan de 1995.
No Brasil, venceu a Superliga com a Ulbra-RS em 1998 e 1999. Um dos momentos marcantes de sua carreira foi a eliminação do Brasil nas Olimpíadas de Sydney 2000.
Como técnico, Weber liderou o Bolívar-ARG a uma era dominante, vencendo a liga de 2006/07 de forma invicta, com 57 jogos sem derrotas.
Também dirigiu a seleção argentina (2008-2013), alcançando o 5º lugar nos Jogos de Londres 2012 e bronze no Pan de 2011.
William Arjona e sua experiência com Weber
William Arjona teve a chance de trabalhar com Javier Weber durante quatro anos no Bolívar, e essa parceria marcou profundamente sua carreira.
Mesmo diante da tentadora proposta de jogar no Banespa, William Arjona optou por seguir para a Argentina, pois sentia que trabalhar com Weber seria essencial para sua evolução.
Eu tinha recebido uma proposta do Banespa, e o Montanaro falou pra mim: ‘Como é que você vai deixar de jogar no Banespa pra jogar na Argentina?’ Eu falei: ‘Monta, não sei, tem alguma coisa que eu preciso ir jogar na Argentina, para trabalhar com o Weber’. E foram quatro anos muito especiais.
Arjona destacou que o estilo de comando e a visão de jogo de Weber foram determinantes para sua evolução como levantador e líder.
O técnico argentino não apenas transmitia conhecimento técnico, mas também tinha um entendimento preciso dos momentos decisivos da partida e da psicologia dos jogadores.
O Weber foi fundamental para essa minha mudança de chave, meu crescimento, meu pulo do gato como levantador e líder. Ele entendia do jogo e sabia exatamente como chegar no cara certo na hora do jogo. Essa liderança é o que faz a diferença.
A liderança que faz a diferença
Para William Arjona, o grande diferencial de Weber era a capacidade de conectar a experiência de atleta com a prática como treinador, criando uma linguagem acessível para os jogadores.
Segundo William Arjona, essa habilidade permitia que Weber soubesse exatamente como motivar cada jogador e extrair o melhor de sua equipe nos momentos decisivos.
Ele sabia o caminho. Ensinou como chegar no cara fundamental na hora do jogo e como convencer esse cara a fazer o que você quer naquele momento. Isso é um detalhe de liderança, de você ter o time na mão.
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Repórter no Esportelândia. Formada em Letras pela UFRJ e Jornalismo pela FACHA. Passou por Vavel Brasil, Esporte News Mundo, Futebol na Veia e PL Brasil. Está no Esportelândia desde 2021.