Quais foram as 5 melhores cerimônias de abertura das Olimpíadas da história? O pontapé inicial de uma Olimpíada acontece com a cerimônia de abertura. Uma verdadeira festa que virou símbolo olímpico, representa o começo oficial de uma edição dos Jogos Olímpicos.
Uma tradição que começou já na primeira edição, em Atenas 1896, a cerimônia foi passando por mudanças ao longo dos anos. Atualmente, virou um espetáculo, com apresentações de artistas, além dos discursos sempre presentes. É o evento esportivo mais assistido do mundo e em Paris 2024 não é diferente.
Vem com a gente e confira detalhes das melhores aberturas das Olimpíadas da história!
Melhores cerimônias de abertura das Olimpíadas
Cerimônia de abertura da Olimpíada do Rio 2016
Não há dúvidas de que no Rio 2016 tivemos uma das melhores cerimônias de abertura das Olimpíadas. Com vários momentos icônicos, o Brasil fez uma grandiosa festa, digna dos Jogos Olímpicos.
A cerimônia contou com a presença de artistas notáveis, como os cantores Caetano Veloso e Gilberto Gil, além da supermodelo Gisele Bündchen, mundialmente conhecida.
O codiretor do evento, Fernando Meirelles, conhecido pelos filmes “Cidade de Deus” e “O Jardineiro Fiel”, optou por manter o orçamento baixo, em respeito à situação econômica do Brasil na época.
Apesar de as festividades terem custado apenas 10% do valor gasto em Londres 2012, o espetáculo não deixou a desejar. Ele celebrou a rica biodiversidade da Amazônia, a cultura indígena, o samba e a bossa nova, com Gisele Bündchen desfilando em uma passarela ao som de “A Garota de Ipanema”.
Um dos momentos mais marcantes foi quando a estrela pop brasileira Anitta se juntou a Gilberto Gil e Caetano Veloso em uma homenagem vibrante ao Carnaval, que contou com a participação de membros das 12 escolas de samba do Rio de Janeiro.
Cerimônia de abertura da Olimpíada de Atenas 2004
2004 marcou a volta dos Jogos Olímpicos ao berço das Olimpíadas, sendo uma das melhores cerimônias de abertura das Olimpíadas. A festa, é claro, fez diversas referências à Grécia Antiga. Uma grande diferença para essa abertura, o país acabou entrando por último, diferente da tradição, que a coloca como a primeira.
A cerimônia teve um desfile repleto de centauros, estátuas vivas, deuses míticos e figuras históricas como Alexandre, o Grande. Grande parte do espetáculo aconteceu dentro e ao redor de uma piscina que continha mais de 500 mil galões de água.
Em uma reviravolta interessante, o Desfile das Nações seguiu a ordem alfabética grega, o que colocou Santa Lúcia (ou Ayia Ayokia, em grego) como a primeira a entrar no estádio.
Um momento memorável foi quando o vestido de 10 mil pés quadrados de Björk se desenrolou sobre os atletas no campo, criando um cenário magnífico onde um mapa do mundo foi projetado no tecido.
Cerimônia de abertura da Olimpíada de Pequim 2008
A China está acostumada a fazer gestos grandiosos e não decepcionou em Pequim 2008, fazendo uma das melhores cerimônias de abertura das Olimpíadas. Na China, tudo é grandioso, e a cerimônia foi um verdadeiro espetáculo, com um elenco impressionante de 14 mil pessoas e um orçamento estimado em cerca de R$ 2.2 bilhões.
Uma das cenas mais marcantes foi o ginasta Li Ning acendendo a pira olímpica. Entre os artistas de destaque na Cerimônia de Abertura estavam o cantor Liu Huan, a soprano britânica Sarah Brightman, o pianista Lang Lang e o astro Jackie Chan.
Durante o evento, dançarinos pintaram um enorme pergaminho com pincéis ocultos, acrobatas inspirados em astronautas realizaram movimentos ao redor de um planeta suspenso a 18 metros do chão.
Exatamente 897 artistas se uniram para simular uma prensa de impressão de tipos móveis, criando um show visualmente deslumbrante. O ápice da noite foi a apresentação de 2.008 músicos tocando o fou, um antigo instrumento de percussão chinês, em perfeita harmonia, criando um momento inesquecível.
Cerimônia de abertura da Olimpíada de Londres 2012
Com várias celebridades, Londres 2012 ficou marcada na história como uma das melhores cerimônias de abertura das Olimpíadas. James Bond (interpretado por Daniel Craig) e Mr. Bean (interpretado por Rowan Atkinson) estiveram presente em alguns momentos do espetáculo.
Rainha Elizabeth II e James Bond
A Rainha Elizabeth II, aos 95 anos, também apareceu na cerimônia, pulando de um helicóptero ao lado de Bond. Ela realmente esteve presente, mas uma dublê assumiu seu lugar ao pular.
Mr. Bean e a Orquestra Sintônica de Londres
Já Mr. Bean se juntou à Orquestra Sinfônica de Londres para tocar uma única nota no piano, repetidamente, em um sintetizador durante “Chariots of Fire”.
Direção de vencedor do Oscar
A cerimônia, dirigida por Danny Boyle, vencedor do Oscar por “Slumdog Millionaire”, de 64 anos, destacou-se por exibir os maiores triunfos da história britânica, desde a Revolução Industrial até a fundação do Serviço Nacional de Saúde.
Também foram celebrados ícones da música popular e da literatura infantil britânica, incluindo marionetes gigantes do Capitão Gancho e da Rainha de Copas.
Cerimônia de abertura da Olimpíada de Paris 2024
A mais recente Olimpíada será incluída na lista por conta de um grande fator: a inovação. A organização de Paris 2024 decidiu por fazer a cerimônia de abertura a céu aberto. Por mais que não imaginassem a chuva que viria, foi um show à parte.
Primeiramente, foi uma grande celebração à história francesa, mas também à diversidade e às diferentes etnias. Decerto será uma das melhores cerimônias de abertura das Olimpíadas.
Zidane
Os artistas franceses fizeram uma exibição desde a Revolução Francesa até os dias atuais. Começaram mostrando o percurso da tocha olímpica antes de chegar ao Rio Sena.
O ídolo e campeão mundial no futebol pela França, Zinédine Zidane, um dos maiores jogadores franceses de futebol da história, apareceu em um filme conduzindo a chama. Após percorrer as ruas de Paris, o craque passa a tocha para crianças francesas.
Minions e Mona Lisa
Para atrair ainda mais o público jovem, os Minions estiveram presentes também, encontrando o quadro “perdido” de Mona Lisa. Então, as delegações começaram a desfilar pelo Rio Sena, divididas em 85 barcos, 205 delegações e 6.800 atletas. Quem abriu o caminho foi a precursora dos Jogos Olímpicos, Grécia, seguido pela seleção de refugiados.
Lady Gaga e Gojira com Marina Viotti
Único esporte que não pode ser em Paris, o surfe foi para o Taiti e teve cerimônia com danças típicas da região. Isaquias Queiroz e Raquel Kochhann como porta-bandeiras do Brasil. A cerimônia teve Lady Gaga cantando logo no início.
Já o grupo de metal, Gojira, às margens do Sena, juntamente com a cantora de ópera, Marina Viotti, deram um espetáculo.
Aya Nakamura e Juliette Armanet com Sofiane Pamart
Logo em seguida, alinharam opostos de um só lado: guardas da banda republicana tocaram ao lado de Aya Nakamura, cantora pop francesa, sobre a Ponte das Artes.
Houve desfiles de moda, remetendo à cultura de Paris. Como homenagem à paz, a cantora Juliette Armanet, com Sofiane Pamart tocando um piano pegando fogo, “Imagine”, de John Lennon, foi tocada em uma versão clássica.
Artista mascarado da Olimpíada, revezamento da tocha e pira olímpica acesa por Marie-José Perec e Teddy Riner
Durante toda a cerimônia, um artista mascarado apareceu levando a tocha olímpica por diversos locais de Paris. Enquanto todos imaginavam quem era o personagem por mais de três horas, ele aparece, passa a tocha para Zidane novamente, que inicia o revezamento.
O astro do futebol francês passou a tocha ao espanhol Rafael Nadal, um dos maiores tenistas de todos os tempos e maior campeão de Roland Garros, um dos maiores Grands Slams do tênis. O craque passou para outra lenda do tênis, a americana Serena Williams, que seguiu por Carl Lewis e Nadia Comaneci, uma das maiores ginastas de todos os tempos.
A ex-tenista francesa, Amélie Mauresmo, lenda na França, pegou a tocha de Nadal, passou para Tony Parker, quatro vezes campeão da NBA. Diversos outros atletas e ex-atletas pegaram a tocha até chegar às mãos de uma dupla, Marie-José Perec (atletismo) e Teddy Riner (judô), dois negros, um homem e uma mulher, mostrando a igualdade de gênero que ficará marcada na Olimpíada de Paris 2024.
Celine Dion canta Edith Piaf aos pés da Torre Eiffel
Para encerrar a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, tivemos a cantora canadense Celine Dion, que sofre de Síndrome de Pessoa Rígida desde 2022.
A doença neurológica rara causa rigidez e espasmos musculares dolorosos, afetando geralmente o tronco e membros. A superação de Celine ao cantar com a doença é um verdadeiro espírito olímpico que os Jogos querem passar.
Agora que viu as melhores cerimônias de abertura das Olimpíadas, fique por dentro do que acontece em Paris 2024:
- Bernardinho perde jogador de peso para a estreia da Olimpíada de Paris 2024
- Carol Gattaz revela magoa por ficar fora de Paris 2024: “Esperava pelo menos ter…”
- Preocupação para Zé Roberto em Paris 2024? Titular da Seleção revela dores diárias
- Quem é Gabi Moreschi? Goleira do handebol feminino destaque do Brasil em Paris 2024
Ver essa foto no Instagram
Coordenador do Esportelândia desde 2021, é jornalista pós-graduado em Jornalismo Esportivo. Autor do livro “Os Mestres do Espetáculo”, que está na biblioteca do Museu do Futebol de São Paulo. Passou por Jovem Pan, Futebol na Veia e PL Brasil.