Durante muito tempo, o golfe foi associado a um esporte elitizado, acessível apenas para aqueles com recursos financeiros. No entanto, ao longo dos anos, essa percepção vem mudando significativamente.

O presidente da Confederação Brasileira de Golfe – CBGolfe, Osmar da Costa Sobrinho, abordou a transformação do golfe de esporte elitizado em suas declarações. Ele destacou que não é mais necessário possuir grande riqueza ou ser membro de um clube exclusivo para praticar o esporte. Hoje em dia, há espaços públicos e instalações que cobram uma taxa acessível à maioria da população interessada.

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O golfe é um esporte que tradicionalmente tem sua base forte nos Estados Unidos e na Europa. Apesar de termos alguns países na África do Sul com grandes jogadores. O que acontece? Sempre foi tratado como clube de elite. Por quê? Porque, para jogar golfe antigamente, você tinha que ser sócio de um clube. Isso, por si só, já era caro. Tornar-se sócio em um clube elitizado, por isso que falo. É um clube elitizado. Mas não é. Hoje, você tem alguns lugares para jogar. Por exemplo, você pode jogar no campo público. É um campo público. Você vai lá, paga a sua green fee, que é uma taxa, e pode jogar. Você está no driving range, que é onde você bate a bola para treinar, também de fácil acesso. Por exemplo, em São Paulo, temos o centro de treinamento da Federação Paulista de golfe, que fica próximo ao aeroporto de Congonhas. Lá, você paga pelo baldinho de bolas e tem professores. Então, não existe mais esse paradigma de esporte de elite.”

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A importância da psicologia no golfe

Num período em que a psicologia está ganhando crescente relevância na sociedade devido aos transtornos e distúrbios mentais enfrentados por muitos, observamos um aumento gradual do foco no aspecto psicológico no mundo esportivo. Isso visa mitigar conflitos internos que afetam diretamente o rendimento dos atletas.

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Ao contrário da maioria das modalidades esportivas, o golfe exige dos praticantes não apenas um corpo saudável, mas também uma mentalidade forte e preparada.

Quando questionado sobre o assunto, o mandatário da Confederação Brasileira de Golfe respondeu com sinceridade, destacando que a entidade oferece suporte aos golfistas em diversas categorias, com foco especial na dimensão psicológica.

Ele enfatizou a importância desse apoio, especialmente porque o golfe é um esporte que demanda concentração, muitas vezes praticado de forma solitária. Enfatizando que sem foco não se prática absolutamente esporte nenhum.

Na confederação, temos uma equipe com treinadores, psicólogos e fisioterapeutas. O golfe é um esporte que exige muito da mente do atleta. Se você não estiver focado, não estiver concentrado, você não joga”.

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Um marco da psicologia esportiva

Utilizando um exemplo recente que repercutiu pelo cenário esportivo mundial, temos o caso da ginasta norte-americana Simone Biles, que optou por não competir na final do solo durante os Jogos Olímpicos de Tóquio em 2021, devido a uma situação de estresse.

CBGolfe

Com frequência, o atleta se vê sobrecarregado pelas demandas, sejam elas de origem interna ou externa, o que impacta negativamente seu desempenho. No intuito de eliminar esses malefícios no desenvolvimento de suas atividades, a CBGolfe saiu na frente ao realizar investimentos na área e implementar um sistema de consultas psicológicas aos golfistas.

“O problema mental que vimos na Simone Biles nos Jogos Olímpicos, onde ela falou que não tinha condições de competir, foi um marco para a psicologia do esporte e foi ressaltado na abertura do evento em entrevista com o Galvão Bueno. Hoje, muito mais do que em qualquer outro esporte, é fundamental para o golfe. Falo isso porque jogo há 30 anos e se você não estiver focado, você não joga. Nós, na confederação, introduzimos o sistema de colocar os atletas para fazer treinamento e realizar consultas com psicólogos. Também estamos investindo nisso, porque se você não estiver mentalmente preparado, não pratica nada; você precisa estar preparado.”