Durante entrevista ao podcast Mais que 8 Minutos, de Rafinha Bastos, Anderson Silva surpreendeu ao revelar qual foi, para ele, o momento mais marcante de toda a carreira — e não foi contra Vitor Belfort, nem Chael Sonnen.
A luta que o Spider se refere não foi nem uma luta no UFC. Antes de chegar à glória no maior evento de MMA do planeta, Anderson disputou outras grandes competições, como PRIDE e Shotoo. E foi neste último que conquistou seu primeiro cinturão.
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A luta mais importante da carreira de Anderson Silva não foi no UFC
O legado de Anderson Silva no MMA é indiscutível. Foram nocautes emblemáticos, cinturões históricos e rivalidades que entraram para a história do esporte.
Em entrevista ao podcast Mais que 8 Minutos, o Spider surpreendeu ao apontar a luta mais importante da sua vida — e não foi nenhuma das que os fãs mais imaginam.
O momento que mais ficou marcado na minha vida foi o meu primeiro título mundial, no Shooto, com o Hayato Sakurai. Foi a luta mais importante da minha vida.
Na época, Sakurai estava invicto, era considerado imbatível e havia derrotado 4 dos 5 brasileiros que enfrentou (um empate). Anderson entrou como zebra no combate no Japão, mas carregava nas costas algo maior do que sua própria trajetória: o peso de representar o Brasil.
Quando eu realizei que eu tinha uma responsabilidade com o país. Foi quando subiram as bandeiras do Japão e do Brasil e começou a tocar o hino. Aí eu pensei: ‘Não sou só eu, tô representando meu país’. Eu tenho que ganhar esse cara agora.
Os bastidores da luta entre Hayato Sakurai x Anderson Silva no Shotoo
A preparação mental dos bastidores foi, no mínimo, incomum. Assim que chegou ao Japão, foi colocado pelos organizadores num “quarto escuro” com uma televisão que exibia apenas os melhores momentos de Sakurai nocauteando adversários.
Fiquei uma hora e meia vendo isso. Mas eu era inocente. Em vez de me intimidar, fiquei admirado: ‘Uau, ele faz isso bem… faz aquilo bem também’. Acabou que vi todos os golpes que ele usava. Quando a luta começou, eu já sabia tudo que ele ia fazer.
O combate foi duro. Anderson quebrou o nariz do rival, conseguiu pegar suas costas e encaixar um mata-leão. A luta foi interrompida para que o japonês pudesse limpar o sangue do rosto — algo que, segundo Anderson, o técnico brasileiro protestou na hora.
Meu técnico ficou puto: ‘Que isso? Continua a luta!’. Aí eu, malandramente, levantei o cabelo dele pra ver como tava o nariz. Continuou a luta, dei mais uns soquinhos ali e, no fim, ganhei por pontuação.
Foi o primeiro título mundial da carreira. E, segundo ele, o mais simbólico — não por ser o mais famoso, mas por ser o que mais mudou sua visão como lutador e representante de um país.
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