A Seleção Brasileira feminina de vôlei voltou a figurar entre as melhores do mundo, mas as críticas não ficaram de fora após o vice-campeonato na VNL 2025. O desempenho irregular das opostas Rosamaria e Kisy gerou questionamentos sobre a força ofensiva do time.
Entre as vozes mais contundentes está a de Virna Dias. Em entrevista ao Basticast, a ex-jogadora da Seleção não poupou palavras ao apontar a carência da equipe em uma posição que já foi referência no Brasil.
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A dura crítica de Virna Dias à falta de uma oposta decisiva
Virna foi clara ao dizer que o Brasil perdeu força justamente na posição que já teve nomes lendários. Para ela, as jogadoras atuais ainda não transmitem a confiança necessária em jogos grandes.
A gente precisa de oposta. A gente não tem uma oposta tipo uma Márcia Fú, uma Sheilla, uma Elisângela, uma Leila… que dê aquela segurança. “A bola é pra mim, na hora do pau eu vou virar”. As meninas ainda são muito cruas.
A comparação direta com gerações anteriores reforça a cobrança sobre o grupo atual. Na visão da medalhista olímpica, a Seleção ainda não encontrou quem assuma a responsabilidade nos momentos mais pesados.
A ausência de Natália e a aposta em Michelle
Virna também opinou sobre nomes que poderiam ter feito diferença no Mundial. Para ela, Natália, mesmo fora dos planos de Zé Roberto, ainda teria capacidade de decidir partidas.
Se fosse a Natália, se ela estivesse aí, a gente teria essa jogadora pra decidir. É uma pena ela está com esses desgastes físicos.
Além da veterana, a ex-jogadora destacou Michelle como opção viável, apesar das limitações físicas.
Eu teria convocado a galega lá, a Michelle. Gosto muito dela. Apesar de não ter estatura, é uma jogadora que dá um volume de jogo grande. Mas é que o Zé tá pensando em altura, né? Eu entendo o olhar dele.
O desafio de Zé Roberto para equilibrar renovação e experiência
À frente da Seleção desde 2003, Zé Roberto tem conduzido um processo de renovação. A aposta em jovens como Ana Cristina e Júlia Bergmann mostra a busca por renovação ofensiva, mas a crítica de Virna expõe a lacuna que ainda existe no ataque.
O dilema do treinador é encontrar equilíbrio entre apostar em talentos emergentes e manter referências experientes para sustentar o grupo em grandes competições. Porém, algumas lendas simplesmente decidiram se aposentar da Seleção, como Thaísa e Carolana.
Por que a Seleção Brasileira sofre tanto na posição de oposta?
A posição de oposta exige potência física, regularidade e mentalidade de decisão. No Brasil, os últimos grandes nomes – Sheilla e Tandara – marcaram uma geração vitoriosa. Desde então, a renovação nessa função não acompanhou o ritmo das demais posições.
Natália pode voltar à Seleção Brasileira?
Hoje, não. A jogadora já deixou claro que seu foco está em clubes, e Zé Roberto optou por não contar mais com a ponteira veterana no ciclo até Los Angeles 2028. Ainda assim, nomes históricos como Virna seguem defendendo que sua experiência seria útil.
Qual é o futuro das opostas Rosamaria e Kisy?
Ambas fazem parte do projeto de renovação e têm apoio da comissão técnica. Rosamaria se destaca pela versatilidade e Kisy pelo potencial físico, mas ambas ainda precisam amadurecer para assumirem o protagonismo em decisões, segundo Virna.