O vôlei feminino brasileiro é conhecido por suas grandes jogadoras, e uma delas brilhou intensamente nos últimos anos: Tandara Caixeta, oposta campeã olímpica em 2012. Natural de Brasília, a jogadora se destacou não apenas por suas habilidades técnicas, mas também por sua força física, impressionantes médias de pontuação e pela energia contagiante que depositava na quadra.
Entretanto, atualmente a oposta está afastada do vôlei por conta de um doping. Em sua recente conversa com o jornalista Alê Oliveira, no podcast Ataque e Defesa, Tandara falou sobre o momento da seleção brasileira feminina de vôlei. Dessa maneira, a oposta confidenciou que o Brasil ainda não se encontrou na posição em que ela atua. Confira!
O Osasco Voleibol Clube se solidariza com a atleta Tandara Caixeta e se coloca à disposição para o suporte necessário nesse momento. #JuntosPorOsasco pic.twitter.com/US0IvUJRq1
— Osasco Voleibol Clube (@OsascoVC) August 6, 2021
Tandara Caixeta e sua carreira até suspensão pelo doping
A oposta iniciou sua jornada no mundo do vôlei aos 16 anos, quando disputou sua primeira Superliga pelo Brasil Telecom, em 2005. A partir desse ponto, sua carreira ganhou impulso e ela continuou a alcançar recordes em todos os níveis do esporte. Na seleção brasileira, ela se tornou uma das referências, conquistando vitórias memoráveis até o momento de sua suspensão.
Ao longo de sua carreira, Tandara passou por várias equipes, contribuindo para o sucesso de cada uma delas. Seu talento a levou a clubes como Osasco, Sesi-SP, Campinas, Praia Clube, Minas, entre outros. Em 2018, ela teve sua primeira experiência internacional ao jogar pela equipe chinesa Guangdong Evergrande. Na temporada seguinte, Tandara voltou ao Brasil, mais precisamente ao Osasco, reforçando ainda mais seu currículo impressionante.
Entre suas inúmeras conquistas, destaca-se a vitória na Superliga de 2011/12 com o Osasco, além dos recordes de maior pontuação na Superliga e em uma única partida. Tandara também acumulou títulos individuais, como MVP da final da Superliga, melhor sacadora, atacante e oposta em várias edições.
Na seleção brasileira, Tandara fez história ao conquistar o ouro olímpico em 2012, além de diversos outros títulos, como os Campeonatos Sul-Americanos Sub-18 e Sub-20, Mundial Sub-18, Mundial Infanto-Juvenil e o Mundial Juvenil. Ela também foi parte da equipe vencedora do Pan-Americano Guadalajara, Campeonato Sul-Americano, Grand Prix (hexacampeã), Montreux Volley Masters, Copa dos Campeões e Torneio de Alassio.
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O Brasil ainda não se encontrou
Tandara Caixeta segue afastada do vôlei, mas revelou a saudade de se arrastar no chão, de ralar o corpo, da sensação de chegar junto. No tempo em que atuava, a oposta foi eleita três vezes a melhor da posição na Liga das Nações, 2017, 18 e 21. Além disso, possui recordes de força física, velocidade de saque a cento, entre outros.
Dessa maneira, Tandara sempre foi uma referência de oposta e atacante por onde passou. Sendo assim, Alê Oliveira pediu a analise do momento da seleção feminina de vôlei em relação a posição de opostas. A medalhista Olímpica classificou que a equipe do país possui boas opções:
A gente tem hoje seis opostas, eu acompanhei a Liga das Nações, Kisy, Rosamaria, tem a Tainara, tem a Lorene e a Lorraine, para mim todas com características diferentes. Por exemplo, a Kisy, canhota, joga uma bola acelerada que é totalmente diferente da minha característica. E na minha concepção é diferente da bola da Lorene, que é um pouquinho mais alta, que é uma jogadora mais de força”.
Com isso Tandara afirmou que o Brasil ainda não se encontrou e apontou as muitas variações sendo resultado disso:
Eu acredito que o Brasil hoje dentro da seleção tenha várias jogadoras, mas acredito que ainda não se encontrou. Assim, penso que por isso tenha essa grande rotação, essa mudança”.
PARTIU PARIS 2024 ??
A seleção feminina de vôlei conquistou a classificação para Paris 2024 através do Pré-Olímpico da modalidade!
A vaga para os Jogos Olímpicos veio após grande vitória das nossas atletas sobre a seleção japonesa, no tie-break, em Tóquio.
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(21/25,… pic.twitter.com/jbcHmsHvfQ— Time Brasil (@timebrasil) September 24, 2023
Tandara não vê falta de material humano para seleção
Após a exposição da oposta, Alê Oliveira questionou qual seria o motivo da alta rotação da equipe brasileira. Tandara não rodopiou e pensa que falta um toque final, uma refinação no entrosamento:
Eu acho que é entrosamento, porque todas são características diferentes. Por exemplo, é muito difícil você encontrar outra Tandara, a minha característica é diferente da Sheilla. Ela era uma jogadora mais acelerada, eu vim depois com uma bola um pouco mais alta, como atacante mais de força, a Sheilla era mais habilidosa.
Então, hoje você vê essa habilidade na Kisy, que ainda falta esse entrosamento. Essa essa questão de acerto fino, refinado, ali no final”.
Desse modo, a oposta afastou a falta de atletas habilidosas na equipe comandada por José Roberto Guimarães:
Material humano não falta porque o voleibol brasileiro tem várias jogadoras de revelação, tem a Gabi Guimarães que está fazendo história na Turquia, isso é importante também. Temos a Júlia Bergmann, que é uma menina nova, que está chegando com uma habilidade absurda. Então, acho que faltou todo mundo dançar conforme a mesma música”.
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