A Copa Davis  é o principal campeonato entre seleções do mundo do tênis. Dessa maneira, neste fim de semana foi disputado as eliminatórias para a próxima edição e a primeira fase do Finals de 2023.

Neste sentido, o Brasil enfrentou a Dinamarca pelo play-off da competição. Além da vitória no confronto, a equipe brasileira conseguiu quebrar um tabu que já durava 24 anos. Confira! 

Como funciona a Copa Davis e o Brasil no torneio

O torneio reúne os tenistas profissionais para competir representando seu país. Sendo assim, a atmosfera passa a ser diferente, o que torna a Copa Davis única. A responsável por gerir a disputa é a  Federação Internacional de Tênis (ITF), e o sistema é composto por fase de grupos e eliminação direta.

A Copa Davis é dividida em Finals, Qualificatório, Grupo Mundial I, II, III, IV e V. As seleções dos grupos V a II sempre tentam subir um nível, já as equipes que disputam o Grupo Mundial I buscam a vaga na rodada qualificatória, a qual permite chegar no Finals. Desse modo, a competição é disputada em várias datas ao longo do ano.

O Brasil compõe o Grupo Mundial I. Sendo assim, disputou os play-offs, onde derrotou a China por 4 x 0, em fevereiro. Com o triunfo, a seleção avançou para as eliminatórias do Grupo I, que estão sendo disputadas entre os dias 15 e 17 de setembro.

Nesta rodada, o Brasil enfrentou a Dinamarca, o confronto colocou em jogo a vaga na fase qualificatória do Finals da Copa Davis 2024. O confronto é composto por quatro jogos de simples e um de duplas, onde a seleção que ganhar três partida vence o duelo.

Brasil x Dinamarca pelo play-off da Copa Davis

As duas equipes disputavam uma vaga na fase classificatória para o Finals da Copa Davis 2024. O mando de quadra do confronto foi do país nórdico, assim a cidade de Hillerod recebeu o duelo. A superfície da quadra foi o piso duro e o local era coberto, características que favoreciam os rivais.

Para a disputa da etapa o Brasil contou com Thiago Monteiro, Thiago Wild, Felipe Meligeni, Rafael Matos e Marcelo Demoliner. Já a Dinamarca foi com Holger Rune, 4º colocado do ranking da ATP, Elmer Moeller, August Holmgren, Christian Sigsgaard e Johannes Ingildsen.

O duelo entre as duas seleções foi bastante equilibrado e com muitas emoções para os dois lados. Sendo assim, após as vitórias de Thiago Monteiro, Thiago Wild e da dupla de Rafael Matos e Felipe Meligeni, o Brasil ganhou o confronto por 3 x 0.

Assim, a quarta partida foi simbólica, o ponto de honra dos dinamarqueses foi marcado por Elmer Moeller que derrotou Marcelo Demoliner por 2 x 1, com parciais de 6/3, 6/7 (6) e [10-4]. Já o quinto jogo nem foi disputado, finalizando o confronto em 3 x 1 para a equipe brasileira.

Classificação coloca fim em um tabu de 24 anos

O grande triunfo da equipe verde e amarela não valeu somente a vaga no qualificatório para o Finals da Copa Davis de 2024. Após a histórica vitória do Brasil sobre a Dinamarca, os tenistas brasileiros colocaram um fim no jejum de não vencer um duelo jogando no continente europeu. A saber, a última vitória tinha sido sobre a Espanha, em 1999.

Na ocasião, brasileiros e espanhóis se enfrentaram pela primeira rodada do Grupo Mundial, no saibro de Lerida, entre os dias 2 e 4 de abril. O Brasil ganhou o duelo por 3 x 2 e se classificou para as quartas de final da edição, onde foi eliminado pela França. Jaime Oncins, o atual capitão do país na Copa Davis, fez parte da equipe nos dois confrontos.  

O embate começou com Carlos Moyá derrotando Fernando Meligeni por 3 x 1, com parciais de 6/2, 6/7 (3), 6/0 e 6/4. Logo depois, o Brasil virou o confronto com as vitórias de Guga sobre Alex Corretja por 6/3, 6/4 e 7/5. Nas duplas, Guga e Jaime Oncins derrotaram Alex Corretja e Albert Costa por 3 x 2, com parciais de 6/2, 5/7, 4/6, 6/4 e 6/3.

A quarta partida foi vencida por Guga, que anotou 6/2, 6/4 e 6/1 sobre Carlos Moyá. Assim, a equipe comandada por Ricardo Acioly fez 3 x 1 e liquidou a fatura. O quinto jogo foi simbólico, Alex Corretja triunfou sobre Marcio Carlsson por 6/1 e 6/2.

Ao longo desses 24 anos foram nove duelos com derrotas na Europa: França, em 1999, República Tcheca, em 2002, Suécia, em 2003, Áustria, em 2007, Croácia, em 2008, Rússia, em 2011, Alemanha, em 2013, Bélgica, em 2016 e Portugal, em 2022.