Kelly Slater, 11 vezes campeão do circuito de elite (WCT) da Liga Mundial de Surfe (WSL), foi entrevistado pela WSL Brasil no ano passado, meses antes de conquistar a sua primeira vitória em seis anos e o seu oitavo título em Pipeline.
30 anos após o 1º Título em Pipeline e na semana em que completará 50 ANOS, Kelly Slater bate o havaiano Seth Moniz na grande final e conquista o #BillabongProPipeline, a 1ª etapa do Championship Tour de 2022. #WSLBrasil pic.twitter.com/INraAKD8Yr
— WSL Brasil 🇧🇷 (@WSLBrasil) February 6, 2022
Brasileiros no topo
A princípio, Slater vê os brasileiros como pessoas orgulhosas e leais aos seus amigos e, de certa forma, inteligentes. Junto disso, o campeão também disse que os brasileiros são a força e energia dominante do tour, citando Gabriel Medina, Ítalo Ferreira e Filipe Toledo.
Nathan Hedge vence Jack Robinson e com isso…
FILIPE TOLEDO IRÁ PARA TRESTLES COM A LYCRA AMARALEAAAAAAAA !!!!!!!!! É O BRASA 🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷 LÍDER DO RANKING, TEMPORADA INCRÍVEL !!!!! #GO77 pic.twitter.com/1RY22TuOaq
— WSL Brasil 🇧🇷 (@WSLBrasil) August 19, 2022
Decerto, com os brasileiros liderando os rankings. E para o surfista americano, essa é a hora dos atletas americanos e australianos saírem da zona de conforto e subirem de nível no surfe. Além disso, Kelly também disse que os brasileiros observaram o esporte e viram que o futuro do surfe está indo para os aéreos e as manobras mais técnicas, e assim ele fica mais animado ao ver etapas porque um atleta menos conhecido vencer alguém que está no Top 1 do mundo.
“Eu estou realmente orgulhoso deles [os brasileiros]. Eles têm feito um trabalho muito bom“.
Sobre a evolução do surf feminino
O atleta relatou que o mercado para surfistas era voltado para homens adultos na época em que ele era criança. Visto que já era difícil conseguir pranchas e roupas de borracha que serviam, ainda mais para meninas.
No entanto, hoje as surfistas estão em contato com o surfe e com os meninos que também entram na água, sempre assistindo o esporte, citando até mesmo Carissa Moore, atual campeão mundial no WCT feminino, como uma das atletas que sempre superou os rapazes em competições amadoras.
Slater também acredita que o nível de surfe está rapidamente crescendo no meio feminino, e que as surfistas estão ficando cada vez mais fortes e treinando mais, e declara estar ansioso para ver o que o futuro trará para as atletas femininas.
Slater além da prancha
Quando questionado sobre o que faz quando não está pegando ondas, o maior campeão de surfe disse que treina jiu-jitsu brasileiro. Não só isso, o surfista também passa bastante tempo em casa, tocando violão, além de aproveitar o tempo com a filha e a namorada.
Champion Fighter Joel Tudor Questions Kelly Slater’s Jiu Jitsu Rank via… http://t.co/lnzgg5ZVwA #surfing #waves pic.twitter.com/UVG6BzGGCj
— World Surfing News (@surfingnews) September 18, 2015
Brasil: casa e família
“O Brasil definitivamente é uma segunda casa para mim com meus amigos por lá“.
Kelly disse se surpreender com o grande apoio que tem dos fãs brasileiros e afirma não ter esperado isso, já que ele era americano. O surfista acredita que em cada lugar que visita no mundo, deixa ali parte de si, e o Brasil é um desses locais.
Com muitos amigos brasileiros que fez por meio de suas visitas ao país e por meio da prática do jiu-jitsu, o atleta demonstra um carinho pelos brasileiros e ainda deixa um conselho para os jovens: “[às crianças brasileiras] coloquem sua energia e paixão no surfe, se é o que você ama, e se divirta”.
Foto destaque: Divulgação/Kelly Slater
Escritora e jornalista nas horas vagas, fã de esporte em tempo integral – Jornalismo/UFG