Um dos principais nomes do atual cenário do surf mundial, Filipe Toledo resolveu se abrir sobre algumas situações delicadas da carreira. Em entrevista concedida ao GE, o atleta falou a respeito de assuntos delicados e problemas de depressão.
Depois de se afastar do circuito mundial da WSL no início 2024, Toledo revela se sentir recuperado e que pretende voltar com força máxima para a temporada de 2025. Convivendo com ansiedade e complicações emocionais, Filipinho esperar retomar a sua melhor fase.
Filipe Toleto fala sobre desafios de lidar com a depressão
O desabafo de Filipe Toledo
Durante a entrevista, Filipe Toledo revelou que os sinais iniciais dos problemas emocionais começaram há cinco anos, justamente quando perdeu uma bateria para o norte-americano John John Florence no campeonato.
Os primeiros sinais que começaram a aparecer para mim foram no início de 2019. Eu lembro exatamente. A gente estava na Gold Coast, eu perdi uma bateria para o John John (Florence) e, naquele momento, a derrota em si doeu muito. Era o primeiro evento do ano, então tinha acabado de voltar à ativa.
Era muita coisa em jogo, e a vontade era abrir o ano com um bom resultado. Depois dali a gente fez Bells Beach, onde eu consegui um resultado legal, fiquei em segundo e na sequência fui para Margaret (River).
Filipe Toledo conta que aquela temporada foi muito marcante para a sua carreira, pois foi exatamente quando começou a perceber algumas coisas que denunciavam a sua situação.
Então 2019 foi um ano de muita oscilação, onde eu comecei a detectar alguns sinais, alguns sintomas e, no final de 2019, eu me encontrei num lugar onde jamais imaginei que poderia chegar.
A gente sempre para e olha: “Poxa, eu tenho tudo, família, amigos, faço o que eu gosto e tal…” Mas não é só sobre isso.
Eu tenho muitos anos de profissional com cobranças normais de trabalho, patrocinadores, estando pouco em casa e quase não vendo os meus filhos crescerem. Foi aí que eu vi que tinha que me cuidar, porque a coisa tinha ficado séria a partir daquele momento.
Exemplo para os demais
O Filipe Toledo revelou que era muito difícil imaginar que algo desse tipo pudesse acontecer com ele. No entanto, também concorda que serviu como exemplo para as pessoas de quem todos estão suscetíveis a problemas desse tipo.
Acho que o primordial é mostrar para o mundo todo que ninguém é máquina. Somos humanos e passamos por isso.
Muitas vezes eu não queria falar, não queria fazer terapia, só queria ficar em casa, mas fiz força para me tratar. Hoje estou bem, vendo os meus filhos crescerem e estou maduro para entender toda essa situação.
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Editor no Esportelândia e redator no site Showmetech. Comentarista no portal “De Olho no Peixe” e diretor do documentário “Futebol do Espetáculo”, disponível no YouTube. Passou por Cinerama, PL Brasil e Futebol na Veia. Está no Esportelândia desde 2022.