Com suas piruetas audaciosas e saltos impressionantes, a ginástica artística é um espetáculo que encanta fãs ao redor do mundo. Conhecido por suas execuções graciosas, esse esporte atrai muitos olhares nas principais competições esportivas.

Nas últimas décadas, o Brasil tem se destacado nessa modalidade, com atletas conquistando títulos mundiais e medalhas olímpicas. Esse sucesso contribuiu para o crescente interesse pela ginástica artística no país.

Se você deseja aprender mais sobre a ginástica artística, está no lugar certo. Neste texto, exploraremos a história da modalidade, destacando os principais vencedores e oferecendo uma visão detalhada das regras, movimentos e aparelhos envolvidos.

Fique conosco e descubra tudo sobre a ginástica artística!

História da Ginástica Artística

A ginástica artística, como a conhecemos hoje, teve seu início no século 19, com a criação de escolas na Alemanha voltadas para a prática desse esporte. A ideia inicial era preparar fisicamente os jovens para o serviço militar.

Friedrich Ludwig Christoph Jahn, um pioneiro da ginástica, foi o responsável pela invenção dos aparelhos fundamentais, como o cavalo com alças, barras horizontais, trave e barras paralelas, além das modalidades de saltos.

Por suas contribuições, é amplamente reconhecido como o “pai da ginástica”. No entanto, a modalidade enfrentou resistência significativa; ainda no século 19, foi temporariamente proibida devido a alegações de que era perigosa e subversiva.

Após décadas de proibição, a ginástica artística voltou a ganhar destaque com a fundação da Federação Europeia de Ginástica (FEG) em 1881, em Liège, na Bélgica. A partir daí, o esporte se expandiu rapidamente e conquistou uma base crescente de praticantes.

O reconhecimento global da ginástica artística se consolidou em 1896, quando o esporte integrou o programa da primeira Olimpíada da Era Moderna, realizada em Atenas.

História da ginástica artística nas Olimpíadas

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Nadia Comaneci na Olimpíada de Montreal 1976 (Icon Sport)

Desde 1896 no programa olímpico, a ginástica artística é um dos quatro esportes a fazerem parte de todas as edições de Jogos Olímpicos. Completam a lista, o atletismo, a esgrima e a natação.

Por pouco mais de 30 anos, apenas os homens disputavam competições de ginástica artística em Olimpíadas. A primeira participação das mulheres no esporte aconteceu em 1928, nos Jogos de Amsterdã, na Holanda.

Medalhas brasileiras na Ginástica Artística

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Rebeca Andrade e Flávia Saraiva comemoram com a bandeira do Brasil (Icon Sport)

Arthur Zanetti foi o primeiro atleta sul-americano e por consequência, brasileiro, a subir ao pódio da ginástica em Jogos Olímpicos, conquistando o ouro nas argolas em Londres 2012. Em 2016, ficou com a prata no mesmo aparelho, na Olimpíada do Rio de Janeiro.

Também no Brasil, em 2016, Diego Hypólito e Arthur Nory conquistaram prata e bronze, respectivamente, na disputa do solo.

Nos Jogos de Tóquio, Rebeca Andrade fez história, sendo a primeira mulher brasileira a conseguir uma medalha na Ginástica Artística e também a única a conseguir duas medalhas para o Brasil em uma Olimpíada.

Rebeca Andrade surpreendeu o mundo ao conquistar a medalha de ouro na disputa do salto. Além disso, também conquistou a prata no individual geral.

Quadro geral de medalhas da ginástica artística nas Olimpíadas

País Ouro Prata Bronze Total
União Soviética 73 67 44 184
Estados Unidos 39 44 37 120
Japão 33 34 36 103
China 32 23 26 81
Romênia 25 21 26 72
Rússia 24 22 24 70
Suíça 16 19 14 49
Hungria 15 11 14 40
Alemanha 14 12 14 40
Itália 14 7 10 31
Checoslováquia 12 13 10 35
Equipe Unificada 10 5 5 20
Finlândia 8 5 12 25
Ucrânia 7 4 8 19
Alemanha Oriental 6 13 17 36
Grécia 6 3 3 12
Iugoslávia 5 2 4 11
Suécia 5 2 1 8
Canadá 4 3 2 9
França 3 10 9 22
Espanha 3 4 1 8
Coreia do Norte 3 3
Holanda 3 3
Grã-Bretanha 3 4 10 17
Bulgária 2 4 8 14
Bielorrússia 1 4 6 11
Coreia do Sul 2 4 4 10
Brasil 2 3 1 6
Dinamarca 1 2 1 4
Noruega 1 2 1 4
Polônia 1 1 2 4
Equipe Alemã Unida 1 1 1 3
Bélgica 1 1 1 3
Letônia 1 1 0 2
Croácia 0 2 2
Israel 1 0 0 1
Australia 1 0 1
Alemanha Ocidental 0 0 1 1
Uzbequistão 0 1 1
Armênia  0 0 1 1
Turquia 0 0 1 1

Regras da Ginástica Artística

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Precisão nos movimentos é fundamental para alcançar boas notas na ginástica (Icon Sport)

Na ginástica artística, os atletas são avaliados com base em dois critérios principais: a dificuldade da série (nota A) e a execução dos movimentos (nota B). A nota de partida de um ginasta é definida pelo grau de dificuldade dos movimentos realizados em sua série.

Se houver falhas na execução, a pontuação do atleta será reduzida. Caso o ginasta não consiga completar um movimento, a pontuação prevista para esse movimento não será atribuída.

Além disso, o atleta pode ser penalizado por desequilíbrios ou quedas durante a série. É crucial entender que a dificuldade da série desempenha um papel fundamental na determinação das notas.

Uma série com alta dificuldade, mesmo com algumas falhas, pode receber uma pontuação superior à de uma série perfeita, mas de baixa dificuldade. Os eventos são distintos para homens e mulheres.

No feminino, as competidoras atuam no solo, salto, barras assimétricas e trave de equilíbrio. No masculino, as provas incluem barra fixa, barras paralelas, cavalo com alças, salto, argolas e solo.

Nas Olimpíadas e nas principais competições, os oito melhores atletas de cada aparelho avançam para a final.

As premiações são concedidas por aparelho e também por desempenho individual, que é a soma dos resultados em todos os aparelhos (seis para os homens e quatro para as mulheres).

Os ginastas que competem em todos os aparelhos também disputam as medalhas do individual geral.

Aparelhos de Ginástica Artística

  • Solo
  • Salto sobre a mesa
  • Cavalo com alças
  • Argolas
  • Barras paralelas
  • Barra fixa
  • Barras assimétricas
  • Trave

Solo

Rebeca Andrade no solo. (Icon Sport)
Rebeca Andrade no solo. (Icon Sport)

O solo é um dos aparelhos da ginástica artística e é utilizado tanto na ginástica artística feminina quanto na masculina.

O solo é um aparelho que permite aos ginastas mostrar uma ampla gama de habilidades técnicas e artísticas, e é frequentemente um destaque nas competições por sua combinação de força, flexibilidade e expressão criativa.

  • Estrutura: O solo é uma área de competição coberta por um tapete acolchoado que mede cerca de 12×12 metros. O tapete é projetado para absorver o impacto e proporcionar uma superfície segura para os movimentos acrobáticos e de dança dos ginastas.
  • Movimentos Comuns: A rotina de solo combina elementos de dança, acrobacia e saltos. Os movimentos podem incluir giros, piruetas, saltos mortais, duplos mortais, e outros elementos acrobáticos, além de movimentos de dança para mostrar graça e fluidez. Os ginastas também podem executar movimentos que exigem força e flexibilidade, como splits e arabesques.
  • Rotina: A apresentação deve durar entre 70 e 90 segundos. Durante a rotina, os ginastas devem demonstrar uma combinação de habilidades acrobáticas e de dança, com ênfase na coreografia, sincronização e execução técnica.
  • Critérios de Julgamento: Os juízes avaliam a dificuldade e a qualidade dos movimentos acrobáticos e de dança, a fluidez da rotina, a expressão artística e a criatividade. Pontos são dados com base na execução técnica, precisão dos movimentos, e a capacidade de conectar os elementos de forma coerente e estilizada.

Salto sobre a mesa

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Jake Jarman no salto sobre o cavalo (Icon Sport)

O salto sobre a mesa é outro aparelho utilizado na ginástica artística, além do solo, em competições masculinas e femininas. Esta prova é a mais breve da ginástica artística, com uma duração aproximada de 50 segundos.

Os atletas correm ao longo da pista, utilizam o trampolim para ganhar impulso e, após saltarem sobre a mesa, realizam os movimentos aéreos que serão avaliados. A precisão na aterrissagem é crucial para obter uma pontuação alta.

  • Estrutura: Consiste em uma mesa de salto, que é uma estrutura retangular e acolchoada com aproximadamente 1,25 metros de altura. O ginasta se impulsiona do trampolim e realiza um salto sobre a mesa, que é coberta por uma superfície dura para garantir segurança. A mesa tem cerca de 1,60 metros de comprimento e 0,90 metros de largura.
  • Movimentos Comuns: O ginasta realiza uma série de movimentos durante o salto, incluindo saltos mortais, piruetas e outros elementos acrobáticos. A execução pode envolver movimentos como o “Tsukahara” (um salto que inclui uma meia pirueta e um mortal) e o “Yurchenko” (um salto que inclui uma rotação em entrada e saída).
  • Rotina: O salto deve ser executado com precisão e estilo, e a rotina geralmente envolve uma única tentativa de salto com foco na execução perfeita e na aterrissagem controlada.
  • Critérios de Julgamento: Os juízes avaliam a dificuldade do salto, a execução técnica, a amplitude e a forma do salto, e a qualidade da aterrissagem. Pontos podem ser deduzidos por erros na execução ou na aterrissagem.

Cavalo com alças

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Rhys McClenaghan se apresentando no cavalo com alças (Icon Sport)

O cavalo com alças é um aparelho exclusivo da ginástica artística masculina. Com dimensões de 1,15 m de comprimento, 1,60 m de largura e 35 cm de altura, o aparelho inclui alças que podem ser ajustadas, estando a uma altura de 12 cm.

Os atletas são obrigados a executar certos movimentos, incluindo tesouras e manobras circulares, durante suas apresentações.

  • Estrutura: O cavalo com alças é um aparelho longo e retangular, com alças (ou alças) fixadas nas extremidades. O cavalo é colocado a uma altura de cerca de 1,35 metros do chão e tem aproximadamente 1,60 metros de comprimento. As alças são ajustáveis e têm cerca de 20 cm de diâmetro, sendo presas a suportes que permitem ao ginasta realizar movimentos enquanto se segura nas alças.
  • Movimentos Comuns: Incluem balanços, giros e movimentos de força. Exemplos de movimentos incluem o “swing”, “circle”, “flair” e “scissor”. As rotinas frequentemente apresentam elementos acrobáticos como lançamentos e descidas controladas.
  • Rotina: A apresentação deve durar entre 60 e 70 segundos. Durante a rotina, os ginastas devem demonstrar controle, força e fluidez ao executar os movimentos.
  • Critérios de Julgamento: Os juízes avaliam a dificuldade dos movimentos, a técnica e a execução, a estabilidade dos balanços e a precisão das transições entre os elementos.

Argolas

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Luka Van Den Keybus nas argolas (Icon Sport)

As argolas são um aparelho específico para a ginástica artística masculina. Este equipamento é composto por uma estrutura que sustenta duas argolas a uma altura de 2,75 metros do chão. A distância entre as argolas é de 50 cm, e o diâmetro interno delas é de 18 cm.

Durante a prova, os ginastas realizam uma série de exercícios que exigem força, balanço e equilíbrio. A pontuação de execução do atleta melhora à medida que a estrutura que sustenta as argolas permanece mais estável e sem tremores.

  • Estrutura: Consistem em dois anéis de metal, suspensos a uma altura de cerca de 2,75 metros do chão. Os anéis têm aproximadamente 18 cm de diâmetro e são fixados em cordas ou cabos ajustáveis. Os ginastas seguram as argolas com as mãos e realizam movimentos enquanto estão suspensos.
  • Movimentos Comuns: Incluem movimentos de força, balanços, giros e acrobacias. Alguns exemplos são o “iron cross” (cruz de ferro), o “planche”, e o “back lever”. Movimentos de lançamento e descidas também são comuns.
  • Rotina: A apresentação deve durar entre 60 e 70 segundos. Durante a rotina, os ginastas devem demonstrar uma combinação de força, controle, precisão e fluidez nos movimentos executados.
  • Critérios de Julgamento: Os juízes avaliam a dificuldade dos movimentos, a técnica de execução, a estabilidade dos movimentos e a qualidade das transições entre os elementos.

Barras paralelas

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Daiki Hashimoto nas barras paralelas (Icon Sport)

As barras paralelas são um dos aparelhos da ginástica artística masculina e são usadas para realizar uma variedade de movimentos acrobáticos e técnicos. A categoria exige força, controle e coordenação, e são conhecidas por permitir uma ampla gama de movimentos que desafiam as habilidades dos ginastas.

  • Estrutura: Consiste em duas barras horizontais paralelas, fixadas a uma altura de aproximadamente 1,80 metros do chão. Cada barra tem cerca de 3,50 metros de comprimento e é ajustável em largura para se adequar ao tamanho do ginasta.
  • Movimentos Comuns: Incluem balanços, movimentos de força, transições entre as barras e acrobacias como o “swing” e o “handstand”. Outros movimentos podem incluir elementos como o “planche”, “L-sit”, e vários tipos de giros e saltos.
  • Rotina: A apresentação deve durar cerca de 60 a 70 segundos. Durante a rotina, os ginastas devem mostrar controle, técnica e fluidez ao executar os movimentos nas barras.
  • Critérios de Julgamento: Os juízes avaliam a dificuldade e a execução dos movimentos, a amplitude dos balanços e a precisão nas transições e no controle dos movimentos de força.

Barra fixa

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Tin Srbic na barra fixa (Icon Sport)

A barra fixa é um dos aparelhos da ginástica artística masculina. É uma barra horizontal, geralmente feita de metal ou material similar, montada em suportes fixos e ajustáveis em altura.

A barra fixa exige uma combinação de força, técnica e coordenação, sendo um aparelho que destaca a habilidade dos ginastas em realizar movimentos acrobáticos complexos enquanto permanecem suspensos.

  • Estrutura: A barra é colocada a uma altura de cerca de 2,80 metros do chão. Ela tem aproximadamente 2,40 metros de comprimento e 2,8 cm de diâmetro. Os ginastas seguram a barra com as mãos e realizam seus movimentos suspensos nela.
  • Movimentos Comuns: Incluem balanços, puxadas, giros, lançamentos e movimentos acrobáticos como o “swing” e o “giros”. Além disso, movimentos como o “inverted giant swing”, “double back salto” e “full twisting dismount” são frequentemente executados.
  • Rotina: A apresentação deve durar cerca de 60 a 70 segundos. Durante a rotina, os ginastas devem demonstrar força, controle, precisão e fluidez na execução dos movimentos.
  • Critérios de Julgamento: Os juízes avaliam a dificuldade dos movimentos, a técnica e a execução, incluindo a amplitude dos balanços e a precisão nas transições e descidas.

Barras assimétricas

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Simone Biles nas barras assimétricas. (Icon Sport)

As barras assimétricas são um dos quatro aparelhos da ginástica artística feminina. Este aparelho consiste em duas barras horizontais de alturas diferentes, permitindo que as ginastas realizem uma série de movimentos acrobáticos.

As barras assimétricas exigem força, coordenação, flexibilidade e precisão, sendo um aparelho que destaca a habilidade técnica das ginastas.

  • Estrutura: As barras são fixadas em suportes verticais e ajustáveis em altura. A barra inferior é geralmente ajustada a uma altura de cerca de 1,70 metros, enquanto a barra superior está aproximadamente a 2,50 metros do chão. A distância entre as barras pode ser ajustada conforme necessário para a ginasta.
  • Movimentos Comuns: Incluem balanços, piruetas, transições entre as barras, lançamentos e giros.
  • Rotina: A apresentação deve durar entre 30 a 90 segundos. Durante a rotina, a ginasta deve demonstrar um domínio das habilidades de balanço, força, e transições suaves entre as barras.
  • Critérios de Julgamento: Os juízes avaliam a rotina com base na dificuldade dos movimentos, execução técnica, amplitude dos balanços, fluidez e originalidade.

Trave

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Zhou Yaqin competindo na trave (Icon Sport)

A trave é um aparelho exclusivo da ginástica artística feminina. Ela consiste em uma barra estreita de 10 centímetros de largura, 5 metros de comprimento e 1,25 metros de altura.

As ginastas realizam uma série de movimentos acrobáticos, de dança e transições em uma rotina que deve demonstrar equilíbrio, flexibilidade, força e graça. A trave é conhecida por ser um dos aparelhos mais desafiadores devido à sua estreiteza, exigindo grande precisão e confiança por parte da ginasta.

  • Movimentos Comuns: Incluem saltos, giros, passadas, acrobacias (como flick-flacks, saltos mortais) e movimentos de dança.
  • Rotina: A apresentação deve durar entre 70 a 90 segundos e deve cobrir toda a extensão da trave.
  • Critérios de Julgamento: Os juízes avaliam a rotina com base na dificuldade dos movimentos, execução técnica, fluidez, originalidade e a forma como a ginasta utiliza a trave.

Principais gestos e movimentos da ginástica artística

  • Abertura: ação muscular de extensão da articulação dos quadris e pernas.
  • Avião: posição de equilíbrio típica da trave, em que o ginasta mantém uma perna no chão e eleva a outra para trás, com os braços abertos. Exige força, flexibilidade e equilíbrio.
  • Biles 1 (solo): movimento criado pela ginasta Simone Biles para o solo. É um duplo mortal estendido para trás com meia volta.
  • Biles 2 (salto): outro movimento criado por Simone Biles, é usado no salto sobre o cavalo e tem o maior grau de dificuldade no código de pontuações. É uma meia volta na primeira fase do salto com dupla pirueta na segunda fase.
  • Carpada: as pernas estendidas formam um ângulo com o tronco. É possível também ter uma posição carpada de pernas afastadas.
  • Demidov: movimento típico das barras paralelas, o ginasta segura com uma mão uma das barras, e gira em torno do próprio corpo.
  • Dos Santos (Duplo Twist Carpado): movimento criado pela brasileira Daiane dos Santos. São dois giros em torno do corpo, seguido de dois mortais no ar com uma flexão no quadril levando as mãos à altura do joelho.
  • Empunhaduras: são tomadas, pegadas ou presas, que representam várias maneiras do ginasta segurar o aparelho e manter-se nele.
  • Estendida: o corpo deve estar em linha reta, sem nenhum ângulo.
  • Flic-Flac: movimento preparatório para acrobacias. O ginasta levanta os braços esticados ao mesmo tempo em que seus pés deixam o solo, usando um grande impulso dos ombros. Pode ser executado para frente ou para trás.
  • Giro de quadril para trás (oitava de apoio para apoio): o corpo executa um giro completo em torno do eixo transversal. Movimento típico das barras assimétricas.
  • Giro gigante: elemento específico das barras assimétricas. Uma rotatória em volta da barra de 360º, executada com todo o corpo na posição estendida.
  • Grupada: todas as partes do corpo se flexionam e se aproximam de ponto central corporal. As pernas devem estar flexionadas e a testa deve tocar o joelho.
  • Parada de mãos: exercício mais básico da ginástica artística. O corpo deve permanecer na linha do pulso. Dedos afastados permitem melhor equilíbrio.
  • Parafuso: uma rotação (em torno do próprio corpo para os lados) sem o uso das mãos no solo.
  • Roda: é chamada também de estrela. O ginasta passa lateralmente em apoio invertido (de ponta cabeça) e retoma de pé.
  • Rondada: semelhante à roda, com os dois pés chegando ao solo no mesmo instante. Usada pelos ginastas para acelerar uma “passada” de movimento pontuado.
  • Rudi: um parafuso e meio na posição estendida após o movimento para frente. Exemplo: flic-flac para frente, mortal simples para frente.
  • Salto pak: típico das barras assimétricas. É usado para passar da barra mais baixa para a mais alta. A ginasta faz um movimento semelhante com o flic-flac, pois o salto pak é também um movimento preparatório pontuado.
  • Selada: corpo forma um arco e as costas ficam “arqueadas” para trás.
  • Stützkehre: movimento típico das barras paralelas. Parada de mãos; Pequena projeção dos ombros à frente e as pernas descem mantendo o corpo todo firme; Passagem pelo apoio normal – as pernas devem, agora, ser chutadas para frente e para cima; O braço de apoio conduz o corpo, dando direção e altura; Queda no apoio invertido, seguido de nova parada de mãos.
  • Tkachev: movimento usado nas barras assimétricas e na barra fixa. O ginasta larga a barra, passa de costas por cima dela na posição carpada ou com pernas separadas, e em seguida, pega a barra novamente.
  • Tsukahara: salto mortal duplo com um parafuso completo no primeiro salto.

Os atletas que executam movimentos inéditos na ginástica artística têm esses movimentos batizados com seus nomes. Esse é o caso, por exemplo, de Daiane dos Santos com o duplo twist carpado.

A norte-americana Simone Biles já deu nomes a movimentos de solo e salto. Em 2019, ela apresentou pela primeira vez um duplo mortal com dupla pirueta ao sair da trave e um duplo mortal com tripla pirueta no solo.

Confira, no vídeo, o último movimento da série apresentada por Biles na trave. A acrobacia era até então inédita.

Simone Biles é uma das maiores estrelas da ginástica artística na atualidade. Na Olimpíada do Rio de Janeiro, ela conquistou quatro medalhas de ouro e uma de bronze. Em Tóquio, ela decidiu se cuidar após sofrer de bloqueios mentais.

Apesar de ser bastante questionada por sua decisão, Simone manteve sua posição e não competiu em Tóquio. A norte-americana é esperada para ser uma das principais estrelas dos Jogos Olímpicos de 2024.

Qual a nota máxima da ginástica artística?

O limite de pontuação na ginástica artística é 20.000. Até 2004, o máximo era 10.000, mas, com a inclusão de critérios de dificuldade e execução, as melhores notas frequentemente ultrapassam 15.000, algo comum para ginastas como Rebeca Andrade e Simone Biles em seus melhores momentos.

Aos 14 anos, Nadia Comaneci impressionou o mundo com uma performance excepcional nas barras assimétricas, tornando-se a primeira atleta a receber a nota máxima na ginástica artística. Todos os sete jurados concordaram que sua apresentação foi perfeita e atribuíram a nota 10 à jovem romena.

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