O futebol é um lugar de atletas de alto nível, como Neymar, Messi e Cristiano Ronaldo, que contam com muita habilidade. Assim, o corpo é bastante utilizado e a maioria das partes são essenciais, como o joelho. Algumas carreiras acabam sendo reduzidas por problemas nesta área. Isto porque, é uma articulação que equilibra e auxilia na mobilidade.
Neymar é o grande nome da Seleção Brasileira e sofreu uma lesão no Ligamento cruzado anterior (LCA) e uma ruptura do menisco. O jogador já fez a operação e segue o tratamento. Mas fica a questão, qual o impacto desta lesão para os atletas de alto nível?
+Tudo sobre Neymar: biografia, times, títulos e curiosidades
Entenda mais sobre a lesão do Neymar
O astro teve a lesão na partida diante do Uruguai, nas Eliminatórias da Copa do Mundo, no dia 18 de outubro. Assim, o jogador rompeu o ligamento cruzado anterior e do menisco, e passou por cirurgia. Desde então, passa por recuperação e viralizou recentemente um vídeo da fisioterapia do atleta.
Neymar posta vídeo gritando de dor durante tratamento da lesão no joelho.
🎥 Divulgação pic.twitter.com/rGcIsoL4UU
— Planeta do Futebol 🌎 (@futebol_info) December 20, 2023
O astro da Seleção Brasileira e do Al-Hilal, não tem previsão de retorno aos gramados e preocupa o mundo do futebol. Isso porque, o médico da equipe Canarinho, Rodrigo Lasmar, afirmou que o atleta terá nove meses de recuperação e voltaria no início da temporada europeia, em agosto. Com isso, estaria fora da Copa América, que ocorre em julho.
Opinião do especialista sobre a gravidade da lesão e principais cuidados
No futebol é muito recorrente essa lesão, porque o peso do corpo recai totalmente sobre as pernas, sobrecarregando, desgastando a musculatura e as articulações dos membros inferiores. Além disso, tornozelos e coxas são partes muito afetadas em esportes que exigem o máximo de esforço da estrutura do corpo.
O Esportelândia conversou com um especialista em traumas no joelho que explicou um pouco sobre a lesão sofrida pelo astro da Seleção Brasileira. Dependendo do nível, caso não atinja meniscos e cartilagens, o retorno para as atividades físicas anterior é no mesmo nível. No entanto, o jogador sofreu uma ruptura do menisco, o que agrava a situação.
“A recuperação requer na fase inicial o apoio com muletas por 15 dias, com fisioterapia precoce para ganho do arco de movimento (flexo – extensão), controle da dor e edema. Além disso, passando para a fase de fortalecimento muscular + propriocepção. Na última fase, trabalhamos o movimento esportivo específico para a atividade do atleta (futebol, tênis, vôlei, entre outros)”, disse Paulo Braga, especialista no assunto
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No caso de Neymar, a recuperação será longa por contar com duas lesões, no ligamento e no menisco.
“Importante salientar que o tempo de recuperação total fica em torno de 6 e 7 meses para atletas amadores ou profissionais sem que possamos abreviar esse tempo. Isso decorre devido ao tempo necessário para revascularização do enxerto utilizado para reconstruir o LCA. A recuperação dos pacientes que tem acesso e dedicação a uma boa fisioterapia é preparação no pós-operatório é bastante rápida com retorno às atividades plenas
A lesão é comum em nomes de alto nível no esporte nacional
A mesma lesão que Neymar sofreu outros atletas do esporte nacional já tiveram em determinado período da carreira.
“No Brasil é muito comum pelo número de praticantes o futebol ocorrer essa lesão. Atualmente, tenho visto alguns casos em praticantes de Beach Tênis, no vôlei, basquete, handebol. Nos esportes que contam com o drible e também no momento da queda, depois de uma impulsão”, finalizou Paulo Braga.
Rebeca Andrade
A ginasta é sinônimo de resiliência, já que passou por três cirurgias no ligamento cruzado anterior (LCA) do joelho. A última custou a participação no Mundial de 2019, que era classificatório para Tóquio 2020. Sua vaga individual foi conquistada apenas em junho de 2021, um mês antes dos Jogos.
Porém, Rebeca voltou com tudo e fez história. A atleta se tornou a primeira campeã olímpica da ginástica artística feminina brasileira, além de levar a prata no individual geral.
Carol Gattaz
Em 2023, a central do Minas se lesionou na partida diante do Flamengo, na Superliga Feminina de Vôlei. A atleta de 41 anos teve uma ruptura do ligamento cruzado anterior do joelho direito em uma queda durante o jogo. A veterana já retornou as quadras e segue representando o clube mineiro, jogando o Mundial de Clubes, que aconteceu recentemente.
Em 2021, disputou os Jogos Olímpicos de Tóquio e conquistou a medalha de prata com o Brasil. No ano de 2023, a central foi chamada pelo técnico José Roberto Guimarães para substituir a jogadora Diana e participou do Mundial de Vôlei na Holanda, onde foi vice-campeã.
Mayra Aguiar
A judoca brasileira com mais medalhas em Campeonatos Mundiais (oito) era uma das favoritas ao terceiro pódio olímpico em Tóquio. No entanto, antes ela sofreu uma grave lesão no ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo durante a Missão Europa, promovida pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) e pela Confederação Brasileira de Judô (CBJ).
Ela voltou em grande estilo e continuou desempenhando o seu trabalho no esporte. Assim, garantiu mais uma medalha nas Olimpíadas de Tóquio e hoje com 32 anos continua em alto nível no Judô.
Luisa Stefani
A paulista Luisa Stefani, passou por um grande susto em 2021. A brasileira sofreu a mesma lesão no joelho direito e teve que reconstruir o ligamento cruzado anterior. O procedimento ocorreu em Chicago (Estados Unidos).
A contusão no ligamento do joelho da atleta brasileira aconteceu na partida da semifinal do US Open. Na ocasião, ao lado da canadense Gabriela Dabrowski, Stefani disputava o tie-break do primeiro set contra Cori Gauff e Catherine McNally.
Com a lesão da atleta, as adversárias chegaram na final. Atualmente, com 26 anos, vem mostrando um tênis forte e ocupa a 10ª posição no ranking de duplas feminino.
Tipster no Esportelândia. Jornalista formado na UniCarioca. Passou por Futebol na Veia, PL Brasil e Coluna do Fla. Está no Esportelândia desde 2022.