Definitivamente, o universos dos e-sports chegou para ficar! Aos 24 anos, Mathias Galdi faz parte da nova geração de profissionais que compõem o cenário no Brasil. Apresentador da Ubisoft, concedeu entrevista exclusiva ao Esportelândia onde relatou a sua trajetória no mundo dos games e deu dicas para quem quer se sair bem nessa carreira. Confira a entrevista abaixo.
Mathias Galdi na Ubisoft
Entrevista com Mathias Galdi
Em conversa exclusiva com o Esportelândia, Mathias Galdi revelou que a sua admiração pelo universo dos e-sports começou por causa de uma relação familiar. O apresentador conta que acompanhar o seu irmão para assistir uma final de campeonato de LOL (League of Legends) o deixou encantado com toda aquela grandiosidade.
Primeiro contato foi com meu irmão, ele gostava muito de LOL e um dia ele foi em alguma final, não lembro qual, aí fiquei o dia todo assistindo só pra ver ele na transmissão mesmo.
E aí, eu achei que ia ser um negocinho besta, que só ia ter ele assistindo e coisa assim. E foi totalmente o contrário, uma transmissão muito fera e arquibancada lotada, gente maluca mesmo torcendo.
Mathias deixa claro que hoje as suas maiores paixões são os jogos FIFA e Rainbow Six, dois dos mais badalados games da comunidade na atualidade. O apresentador revela que o simulador de futebol sempre fez parte da sua vida, principalmente por influência de seus irmãos.
Cara, eu gosto muito de FIFA e de Rainbow Six. São os dois jogos que eu realmente jogo todo dia e não me canso. FIFA sempre teve em casa, muito por influência dos meus irmãos, então cresci realmente jogando FIFA, torço pro Tottenham por conta do FIFA, então sempre foi algo presente na minha vida.
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Por outro lado, Galdi admite que começou a gostar de Rainbow Six por uma obra do acaso. Durante uma oferta, seu amigo insistiu para que comprasse o jogo e começasse a testar. De forma inusitada, a novidade acabou caindo nas graças e virando seu xodó.
Resolvi dar uma chance, né. E eu nunca fui bom em jogo de tiro, e no R6 não foi diferente. Mas uma coisa que me prendeu muito foi o competitivo.
Eu comecei a assistir o competitivo pra aprender a jogar, para saber o que era meta, saber o que os melhores faziam e tentar replicar nas minhas partidas. Nisso me apaixonei pelo jogo, pela estratégia que cada time tinha, o timing do jogo, tomada de decisão, enfim, cheguei por acaso e nunca mais sai.
Como ser um bom atleta de e-sports?
De início, Mathias Galdi explica que quem quer seguir carreira no mundo dos e-sports deve jogar bastante os jogos que gosta. Antes de mais nada, jogar por diversão, porque se sente bem com isso. Ele acredita que é um processo natural.
Primeiro passo acho que é jogar o jogo. Vira uma bola de neve. Você joga, gosta do jogo, quer melhorar, quer praticar pra melhorar sua gameplay e por aí vai. Quando você não larga mais. Eu era fissurado com Rainbow Six mesmo antes de trabalhar com ele e já amava o jogo. Isso ajudou muito quando ingressei nesse universo.
No entanto, Mathias Galdi explica que não basta apenas conhecer o jogo para se tornar um bom competidor. A paciência é listada por ele como uma dos principais pontos para se tornar um atleta de ponta. Ainda por cima, deu exemplos de profissionais que são considerados fenômenos da modalidade.
Acredito que muito se passa por ter uma cabeça no lugar. Pra quem quer começar nos e-sports, é preciso muita paciência também, não é todo jogador que vem de uma academy, de um tier 2 ou 3 que vai conquistar um lugar num time de ponta, esse processo pode demorar.
Claro, tem jogador que é predestinado, que nasceu pra jogar o joguinho e acabou, não tem conversa, hoje no R6 acho que um dos exemplos é o Volpz, da Liquid, 19 anos e discutivelmente o melhor do Brasil atualmente. Ou então um M0nesy na G2 do CS, mas são casos raros. Pra começar, precisa de muita paciência, eu acredito.
O novo jogo de futebol da EA Sports
Jogador de FIFA há anos, Mathias Galdi não esconde a expectativa para a próxima edição do jogo. Contudo, o game de futebol que será lançado pela EA Sports este ano não possui mais a licença para utilizar o nome da entidade máxima de futebol. Dessa forma, o jogo deve se chamar “EA Sports FC”.
Esse ‘jogo sem nome' tem tudo pra dar certo. Mas todos os FIFAS tinham tudo pra dar certo. Tenho um pouco de receio do jogo não ser muito focado na gameplay bruta. Claro, eu sou viciado no “menu”, onde você joga mas sem entrar em campo.
Mas a melhor parte de um jogo de futebol não pode ser fora de campo. Espero que essa mudança seja um divisor de águas, espero mesmo.
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Editor no Esportelândia e redator no site Showmetech. Comentarista no portal “De Olho no Peixe” e diretor do documentário “Futebol do Espetáculo”, disponível no YouTube. Passou por Cinerama, PL Brasil e Futebol na Veia. Está no Esportelândia desde 2022.