Logo após a vitória no último GP de Mônaco, surgiu a notícia de que a Red Bull iria deixar livre a disputa entre seus pilotos. Visto que agora estão bem próximos na liderança. Enquanto o líder Max Verstappen tem 125 pontos, Sergio Pérez vem em terceiro lugar com 110. Apenas 15 de diferença que poderiam dar ao mexicano condições matemáticas de brigar pelo título. Mas será que na pista isso é realmente possível?

A incógnita chamada Sergio Pérez

O mexicano de 32 anos, estreou na Fórmula 1 em 2010, pela Sauber. Posteriormente, os bons resultados lhe deram a primeira chance numa grande equipe do grid, A Mclaren. Sergio Pérez assumiu a vaga deixada por Lewis Hamilton ao final de 2012. No entanto, o piloto não se saiu bem na equipe inglesa, e ao final da temporada foi dispensado.

Em 2013, contratado pela equipe Force Índia, onde iria permanecer até 2020. O piloto passou boa parte da carreira disputando pontos no meio do pelotão. Conhecido pela capacidade de saber poupar pneus e administrar bem o carro. Pérez nunca foi reconhecido como um piloto veloz, capaz de brigar por um título mundial.

Como resultado dessa fama de “piloto de meio de pelotão”, ao final de 2020, a então Racing Point dispensou Pérez. A equipe decidiu contratar o tetracampeão Sebastian Vettel para a temporada de 2021. Sendo assim, a Red Bull que desde a saída de Daniel Ricciardo em 2018, vinha tendo problemas com a posição de segundo piloto. Viu em Sergio Pérez um piloto consistente, que aceitaria bem a posição de escudeiro, e portando, não causaria problemas com a joia da equipe, Max Verstappen.

Sergio Pérez ressurge com o novo regulamento

Em 2021, Max Verstappen foi campeão mundial em uma temporada histórica. No entanto, Sergio Pérez oscilou em diversos momentos do campeonato. Dessa forma, mesmo com o título mundial do holandês, a Red Bull não obteve os pontos suficientes para derrotar a Mercedes no mundial de construtores. O carro de 2021 era totalmente adaptado para o estilo Verstappen de pilotar. Por isso, exigiu um período de adaptação ao mexicano.

Mas em 2022 com o novo regulamento, parece que Sergio Pérez está mais encaixado ao carro. Já são quatro pódios na temporada, e uma vitória no GP de Mônaco. Além disso, no GP da Espanha, Verstappen precisou da ajuda do jogo de equipe para conquistar a vitória. Certamente as últimas corridas provaram que Pérez também pode vencer. Mas existe uma diferença muito grande em vencer corridas, e conquistar um campeonato.

Pérez x Verstappen

De fato, Max Verstappen é um dos maiores talentos que já pisaram na Fórmula 1. Tanto é que com 16 anos subiu ao time principal da Red Bull. Além disso, é o atual campeão mundial, e todos sabem que tem plenas condições de vencer Sergio Pérez sem dificuldades. Afinal estamos falando do único piloto que conseguiu vencer a Mercedes de Lewis Hamilton.

“Não importa para nós qual deles será campeão. Claro, o de construtores é muito importante. Mas seja Max ou Checo, ambos são pilotos da Red Bull, e eles têm a mesma chance. Claro, é uma temporada muito longa, com seus altos e baixos. Mas é ótimo ter ambos ali na briga”. disse o chefe da equipe Red Bull, Chris Horner

Embora seja saudável a livre disputa na pista, sabemos que na Fórmula 1 o jogo de equipe é necessário. E mesmo que o mexicano consiga a façanha de superar Verstappen em corridas pontuais, o talento e a agressividade do super Max vai aparecer na maior parte da temporada. Por fim, essa carta branca da Red Bull mais parece com uma tentativa de descobrir até onde Sergio Pérez consegue chegar na escala de 0 a Verstappen.

Foto destaque: Red Bull Content Pool